I Choose You escrita por beanunees


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760744/chapter/2

Arrumar as minhas coisas nunca foram tão complicadas, encaixotei tudo de uma maneira em que pudesse me localizar e mesmo assim estou mais perdida do que cego em tiroteio. Minha colega de quarto ainda não chegou, o que me deu a total liberdade de escolher qual lado do quarto eu queria. Quando consegui acabar de arrumar quase tudo, me liguei que faltava 10 minutos para a minha próxima aula e eu não chegaria a tempo nem se fosse voando. O prédio ficava a 1 km de distância dos alojamentos. Me desculpe, mas irei cabular a primeira aula de Introdução à física e tirarei um belo de um cochilo até a hora da aula de cálculo diferencial e integral 1 que é daqui a 5 horas.

Porque as minhas aulas não são todas no período noturno??? Odeio acordar cedo, na real odeio acordar a qualquer hora do dia, mas não preciso vencer na vida ou meus pais me matam. Quando eu estou quase me entregando ao meu subconsciente, a porta se abre e alguém entra arrastando o que parecia ser uma mochila e o barulho começa. Eu já estava odiando ter que dividir o quarto com alguém e eu tinha a plena certeza de que a pessoa era relaxada.

− Me chamo Quinn Jones e sei que você não está dormindo.

− Estava quase até você chegar e fazer essa barulheira. A propósito, me chamo Ashley Lundrigan.

− Legal, que curso você faz? Eu faço Engenharia Química.

− Curso física – Digo tirando a almofada da minha cara.

− Já teve alguma aula hoje? Desculpa as perguntas, gosto de me entrosar rapidamente.

− Percebi e sim, já tive uma aula hoje e a próxima é no período noturno. Por isso estava tentando dormir, antes de você chegar.

− Me desculpe, não irei atrapalhar mais seu sono de beleza. Vou dar um rolê pelo campus, não vai perder a hora da sua aula.

− Coloquei o despertador, mas o obrigada por se importar.

− Bom, seremos colegas de quarto, teremos que conviver juntas. Até depois, Lundrigan.

Ela bate à porta do quarto e o silencio finalmente retorna e eu me entrego ao meu subconsciente de uma vez e apago.

Horas se passam e o meu despertador começa a berrar na cabeceira da cama e eu me levanto me arrastando e vou até o banheiro para tomar uma ducha e correr para o maldito prédio azul. Acreditam se quiser, mas eu já peguei ranço daquele prédio.

Saio correndo quando eu vejo que falta 20 minutos e por sorte tem um táxi deixando uma estudante em frente ao dormitório e aproveito a onda e peço para ele me deixar na porta do prédio e me cobrou 10 dólares por 1 km. A aula se arrastou tanto que eu quase dormir em cima do livro e quando finalmente o sinal bateu, eu queria chorar de emoção. Saio correndo em direção ao campus e esbarro com o atendente bonitão/ futuro dono do meu coração.

− Sabia que te encontraria por aqui essas horas. – Ele sorri para mim e eu pareço estar viajando para Nárnia.

− Bom que me achou, porque eu estou precisando de um expresso duplo.

− Agora eu não posso mais nessa situação, mas prometo que na próxima vez trago um.

− Em que você vai me ajudar nesse exato momento? – Pergunto na cara dura.

− Te prometi um tour pelo campus, não se lembra?

− Ah, verdade. Meu dia foi tão insano que esqueci da parte mais legal.

− E qual foi a parte mais legal????

− Consegui falar com um veterano sem ele tentar me rebaixar por ser caloura.

− Eu fui calouro ano passado, por isso não trato ninguém como fui tratado.

Encaro o céu e fico decepcionada com o que vejo, ele estava nublado desde cedo e eu não queria que minha noite terminasse assim. Nublada

− Então, por onde começaremos a tour. – Ele sorri ao me encarar

− Contanto que ela termine no meu quarto, podemos começar por onde você quiser.

− Então é melhor nem começar e eu ir direto para o meu dormitório.

− Eu estou apenas brincando. Você está no dormitório público?

− Exatamente e infelizmente não tenho dinheiro para ter um quarto em uma república qualquer.

− Não se chateie com isso é um saco ter que dormir sozinho em um quarto e ter dinheiro também. Gostava quando meus pais não tinham nada, daí a empresa prosperou e aqui estamos nós.

− Empresa do que? Se não quiser responder, não precisa.

− Uma gravadora de discos. Bones Records.

− Eu já ouvi falar, vocês fecharam contrato com o Bruno Mars e ele é o meu cantor favorito.

− Graças a ele, a gravadora pegou o impulso e agora está gravando com vários famosos. E o que seus pais fazem?

− Meus pais tem uma padaria no Brooklyn, sou de NY.

− Meus pais queriam que eu fosse para Columbia, mas não quis sair da cidade e preferi ficar e estudar em Princeton.

− Você tem cara de quem teve tudo na vida.

− E tive mesmo e te digo que é um saco. Ter dinheiro te faz ficar conhecido, te faz conhecer infinitas coisas e eu sinceramente gostaria de não ter conhecido muita coisa.

− Eu cresci fazendo pão e botando a mão na massa, literalmente hahahaha.

Ele solta uma gargalhada e paro de rir e passo a encarar ele.

− Gostaria de conhecer a sua padaria um dia.

− Só se me levar para conhecer o Bruno Mars.

− Prometo te infiltrar na gravadora assim que eu souber que ele está por lá dando uma voltinha.

O papo fluiu tanto que nem vimos que paramos em frente aos dormitórios públicos. Conversar com ele realmente foi bom, espero que aconteça umas mil vezes.

− Obrigada por me trazer até aqui, você foi muito querido desde o minuto que me conheceu.

− Eu sou a pessoa mais querida que irá conhecer nesse campus, quem pode ser igual a mim é o senhor Potter, que por um acaso é meu tio.

− Jura que você é sobrinho do professor gostosão Potter?

− Sim, ele vai adorar saber que você acha ele gostosão. Quem não vai gostar nada é o filho dele.

− Quem é o filho dele? – Pergunto assustada.

− Bruce Montgomery Potter

− Aquele loiro que me deu a informação de manhã?

− Ele mesmo, mas eles não se bicam muito. Quer dizer, o Bruce não gostou muito de perder algumas meninas para o charme do pai e por isso trocou de curso.

− Isso explica o porquê ele chamou o senhor Potter de rabugento.

− Bom, ele não parou de falar da caloura perdida que chegou com tudo na lanchonete.

− Quem seria a caloura perdida?

− Estou olhando para ela. – Ele sorri e eu me dou conta que era de mim que ele estava falando

− Às vezes acho que sou de humanas e não de exatas e que estou no curso errado de tão lerda que eu sou.

− Está entregue e eu tenho muito que estudar, esse semestre ainda vai me derrubar alguma hora

− Mas se tu tens dinheiro, porque trabalhar?

− Eu gosto de ter meu próprio dinheiro e estou juntando por uma boa e secreta causa.

− Um dia eu irei saber? –Pergunto

− Quem sabe, um passo de cada vez Lundrigan.

− Boa noite, Bones.

− Boa noite, Lundrigan.

Ele me dá um beijo na testa e eu entro no dormitório com um sorriso idiota no rosto

“Um passo de cada vez, Lundrigan” AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Choose You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.