I Choose You escrita por beanunees


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E seja o que Deus quiser.



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“1 nova mensagem”

“Minha filha, você verá por si como a faculdade vai ser a melhor experiência da sua vida. Tente fazer amizades, nada de namorados ou ficantes. Foque nos estudos, você sabe o quanto foi difícil te colocar para estudar em Princeton. Fora isso, curta todo o instante que puder. Estamos orgulhosos de você.

Com amor, Papai e Mamãe”

Primeiro dia da nova vida e eu juro que não sei o que fazer, vejo calouros correndo para todos os lados e eu ao menos sei para onde correr. Dou de cara com uma lanchonete e o cheiro do café me alcança e no atual momento percebi o que eu precisava fazer. Olho para o céu e percebo que gotas d’água começam a cair e uma confusão se formou em meio ao campus e todos procuravam um lugar para se proteger da chuva. Entrei na lanchonete e entrei na fila para pegar um café e para minha sorte só tinha três pessoas na minha frente.

Encaro o atendente a minha frente e fico pasma com a sua beleza, “sem namorados ou ficantes” minha cabeça gritava, mas quem diria que ele um dia me daria alguma chance. Estava claro que ele era um veterano que estava trabalhando para pagar as despesas do curso, seja lá qual fosse.

− Boa tarde, em que posso te ajudar hoje? – Pergunta ele todo sorridente e carismático

− Boa tarde para você também... – O encaro tentado descobrir seu nome e ele demora a entender

− Dylan, meu nome é Dylan Bones.

− Bom, prazer. Minha mãe disse que eu devia começar a fazer novas amizades e eu estou tentando. Devo estar me saindo péssima, não é mesmo?

− Gostaria muito de te ajudar nesse quesito, mas estou trabalhando e tem uma fila enorme atrás de você. Qual é mesmo seu nome?

− Ashley, me chamo Ashley Lundrigan.

− Bom, senhorita Ashley, o que gostaria de beber?

− Um cappuccino com canela e para comer, um croissant de presunto e queijo.

Ele mexe no teclado no computador a sua frente e faz o meu pedido com uma rapidez assustadora.

− Deu 15 dólares, senhorita

Entrego uma nota de vinte dólares em sua mão e ele me devolve o troco. Eu tentei sorri disfarçadamente quando nossas mãos se tocaram, mas era certo que eu já estava parecendo um pimentão de tão nervosa.

− Sua senha é a 24, vai aparecer naquele visor quando estiver pronto. Volte sempre de preferência no final do meu expediente às dez e meia. Posso te mostrar o campus, pois está escrito na sua testa que é caloura.

− Muito obrigada.

Sento-me numa mesa com uma janela e observo o lado de fora, os prédios, a paisagem e as pessoas. Tudo ao meu redor parecia incrível, o campus era incrível e eu sentia que esse seria um dos melhores anos da minha vida. O que poderia acontecer de ruim???

Quando o meu pedido finalmente chegou, a chuva lá fora parou e muitos saíram da lanchonete a deixando praticamente vazia. Olho para o caixa e não enxergo o atendendo bonitão e fiquei meio para baixo. Olho o meu celular e percebo que falta 20 minutos para a minha primeira aula e eu não sei ao menos qual é o prédio que eu terei que entrar. E começo a mexer nos meus papéis e no mapa do campus para ver se consigo me localizar, depois que cinco minutos se passaram e não obtenho sucesso algum as minhas buscas, aceito minha derrota e vou até o balcão pedir informação para quem vier primeiro.

− Oi, tudo bom? Será que pode me ajudar?

− O que precisa? – Pergunta um loiro alto e seus olhos eram tão azuis que eu fiquei paralisada por alguns segundos para tentar me recuperar do tombo que acabei de levar.

− Preciso muito saber onde fica esse prédio aqui – Mostrei o papel para ele e como ajuda ele dá uma risada de deboche.

− Está vendo aquele prédio azul? No final da quadra?

− O último? Meu Deus.

− Esse é o prédio a qual você deve estar em 10 minutos, caso não queira chegar atrasada na sua primeira aula com o senhor Potter.

− Você também cursa física? Que legal.

− Cursava, troquei para Engenharia Mecânica. Eu acho melhor você correr, o rabugento do Potter não tolera atrasos.

− Obrigada... qual seu nome mesmo?

− Bruce Montgomery

− Muito obrigada, Bruce. Nos vemos por aí

Saio correndo da lanchonete em direção ao maldito do prédio azul, tinha mesmo que ser o último da quadra???? Comecei meu primeiro dia bem, chegarei na sala que nem um porco suado na minha primeira aula.

Consegui chegar a tempo e me sentei na segunda fileira ao lado de uma morena sorridente e que aspirava confiança. A sala ficou totalmente silenciosa e eu encaro o quadro e dou de frente com um cara musculoso e muito lindo. E Deus, esse era o rabugento do senhor Potter?

− Bem-vindo a todos, me chamo Ezra Potter e serei o seu professor de geometria analítica pelo resto do semestre, caso eu não morra durante o processo. Muitos acham que sou rabugento, chato, grosso ou o professor mais gostoso de todo o campus. – A turma inteira dá risada da piada a qual ele fez, mas não achei graça alguma, ou será que achei? – Bom turma, brincadeiras à parte, gostaria de dizer que caso tenham alguma dúvida extraclasse, podem me procurar na sala dos professores que eu esclareço.

A menina que está ao meu lado estende a mão, chamado a atenção de toda a turma

− Tem algo para perguntar, senhorita?? Qual seu nome?

− Me chamo Kitty Hills. Gostaria de saber como irá funcionar o sistema avaliativo do senhor.

− Bom, isso eu ia falar na próxima aula. Mas já que a senhora perguntou, vamos iniciar os jogos. Iremos trabalhar com um projeto em grupo que eu irei determinar ao longo do semestre e no fim do mesmo irão apresentar. Darei provas e testes que a soma deles, darão sua nota final do semestre.

− Trabalho em grupo? Isso é tão antiquado, Deus me livre. – Diz alguém no fundo da sala

− Sabemos o quanto vocês odeiam trabalho em grupo, por isso mandamos vocês fazerem. Na real queremos que vocês se matem entre si que nos poupa trabalho de corrigir muitas provas. – Diz o professor e começa a rir – Para começar bem o semestre, vou fazer algumas perguntas para ver se vocês estão realmente ligados na matéria. Vou olhar um nome nesta lista e a pessoa terá que responder.

− E se ela não souber responder? O senhor irá fazer o que? –Pergunta uma menina da quarta fileira

− Hoje nada, mas na próxima aula quem sabe.

− Mete bala, professor. – Diz um menino que está sentado no fundo da sala.

− Vejamos, começaremos com a senhorita Ashley Lundrigan. Quem seria essa pessoa????

DROGA! JUSTO EU? NÃO PODIA TER OUTRA ASHLEY?????????????????

− Sou eu, senhor Potter. – Ergo minha mãe direita.

Ele olha na direção em que minha voz está e me observa calorosamente como se fosse me devorar a qualquer momento e eu estava começando a ficar assustada.

− Gostaria de saber se a senhorita sabe o conceito desta matéria.

− O que é geometria analítica?

− Isso mesmo, senhorita.

— Bom, na matemática clássica, a geometria analítica, que também podemos chamar de geometria de coordenadas ou de geometria cartesiana, é o estudo da geometria por meio de um sistemas de coordenadas e dos princípios da álgebra e da análise.

− Temos uma CDF na classe, meus caros. – Grita um louco no fundo

Respiro fundo e os olhos do professor não param de me encarar e eu não sabia o que fazer a não ser encarar de volta.

− Muito bem, sua resposta está correta. E você aí do fundo, antes ser a CDF do que o bobo da corte. – O professor responde e a turma cai em gargalhada quase que instantaneamente. – O próximo será...

O sinal tocou e todos saíram quase que na velocidade da luz e eu como sempre fui a última a sair porque gosto de organizar minhas coisas.

− De longe eu percebi que você seria a minha melhor aluna neste semestre, gostaria de se candidatar para ser minha assistente? – Ele me pergunta e eu o encaro

− Não sabia que isso existia, acho tão ensino fundamental.

− Existe, e com uma recomendação minha, você pode trabalhar em qualquer lugar. Pense e me diga na próxima aula

− Tudo bem, senhor Potter.

− Ezra, pode me chamar de Ezra. Bom, fora da sala e quando não tiver ninguém perto. A reitoria cobra isso de nós professores.

− Okay, Ezra. Até a próxima aula.

Saio em direção ao corredor e ainda tenho a sensação que ele ainda está me encarando, mas sigo e saio da sala o mais rápido possível. Felizmente, eu tinha um período vago e fui para o dormitório arrumar o resto das minhas coisas. O dia estava apenas começando e eu já queria dormir e só acordar daqui a uma semana.


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