Viraha escrita por PolarBear


Capítulo 4
O ciúmes de um amor não correspondido...


Notas iniciais do capítulo

Oiiii denovo, pra quem leu antes de eu postar esse os outros capítulos, eu dei uma alterada no primeiro e o segundo, porque eu escrevi como se o Leo tivesse entrado no castelo sem uma mascara, mas na verdade ele estava com uma mascara sim, cobrindo a boca e o nariz, era só isso mesmo, ai vai ser por conta disso que a Claire não vai reconhecer o Leo, se quiser dar uma olhada nos capítulos que eu ajustei não teve muita diferença não, mas pode ver la, beijoss boa leitura!! szz



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(Castelo — 15:20 — Quarta-feira) 

Os preparativos para a competição fizeram com que todos naquele castelo começassem a se mexer, Harold acompanhava de perto cada detalhe preparado pelos criados em casa fase e mesmo que isso parecesse de grande importância para alguns continuava sendo de grande insignificância para Claire. 

Na cabeça dela tentava ser idealizada diversas imagens de possíveis voluntários na competição e os possíveis ganhadores, mas sempre acabava caindo na idealização de que aquele homem quem a “sequestrou” iria aparecer lá e se tornar seu maior aliado, entretanto isso só a fazia lembrar das palavras dele dizendo que não seriam nem meros conhecidos quando ele terminasse aquele trabalho, talvez ele estivesse com uma distância maior do que qualquer um pudesse calcular daquele castelo, em rios de dinheiro por um simples colar, que ela fizera como favor e depois descobrira que teria sido enganada, ele não havia lhe contado o porque daquilo tudo... 

Ela respirou fundo mais uma vez admirando a vista da cidade que teria de uma torre qualquer, era uma cidade tão grande e colorida, tudo que ela mais queria era passear por ela durante o dia, nunca havia feito isso, por medo de perceberem sua ausência mais rápido do que durante a noite, mas ela nunca deixou de sonhar. 

— Claire? — Joseph a interrompeu de seus devaneios. — Está tudo bem entre você e nosso pai? 

Ele era o típico príncipe perfeito, mas para Claire sempre fora seu segundo pai, 7 anos mais velho ele sempre estivera presente, mas assim que completou 21 anos o rei passou a treina-lo mais a fundo em atividades para ser rei, isso fez com que ele e Claire passassem a se ver cada vez menos, em épocas ficando quase 1 mês sem se encontrarem. 

— O que? Agora você decidiu se importar com o que acontece comigo? Pensei que estivesse muito ocupado. 

— Claire você sabe muito bem que eu tenho muitas coisas que me preocupar, você já está bem grande para ficar tendo essas atitudes, não acha? 

Ela revirou os olhos e bufou. 

— Eu não teria esse tipo de atitude se você não tivesse me abandonado. 

— Eu nunca te abandonei. 

— Nunca? Você parou de falar comigo por quase 5 anos, as únicas poucas vezes que conversamos foi para pedir alguma coisa na mesa do café da manha, você só sabe se importar em ser rei e não se deu conta que perdeu a sua irmã! 

— Claire eu... 

— Não, não me venha dizer que não foi culpa sua, porque eu sei que você teve sim tempo para fazer outras coisas, só que eu nunca estive nessa sua lista. 

— Meu deus será que você não consegue entender que é difícil? 

— Não Joseph, eu não consigo. 

— Olha me desculpe! eu sinto muito mesmo, não queria perder você... o problema foi que nosso pai, ele sempre estava lá...  

— Olha Joseph, se você quer consertar as coisas, não basta apenas me pedir desculpas, você sabe disso.  

Claire era firme em suas palavras mas no fundo ela só queria abraça-lo ali mesmo pelo simples fato de estar ali, ele fora quem a deixara mais solitária naquele castelo, fez com que ela dependesse de sua companhia para depois simplesmente abandona-la, por mais que seu sentimento de felicidade pelo retorno dele fosse grande, a solidão que passara nos últimos 5 anos a deixara fechada demais, o medo de ser deixada a havia consumido. 

— Eu sei...  

Ele abaixou a cabeça e saiu, foi aí que ela se virou para o horizonte outra vez, uma brisa levou seus cabelos castanhos ao vento junto com uma lagrima que caia de seus olhos. 

 

(Centro da cidade — 15:20 — Quarta-feira) 

Diana caminhava pela cidade pensativa, fazia tempo que não reencontrava Leo em sua vida, sempre que entrava em alguma cidade olhava os bares famosos em busca de algum sinal dele e essa fora a primeira vez que tivera sucesso, mas mesmo que tenha ficado feliz em revê-lo sentia uma angústia por saber que ela já não era a única mulher na vida dele. 

Procurava pensar em outra coisa, entretanto tudo a levava outra vez na noite que tiveram junto há tempos atrás e em como ele reagiu como se nada daquilo tivesse tido um significado, não como foi para ela... 

 

(Castelo — 19:46 — Quarta-feira) 

Claire caminhava pelos corredores do castelo, sua criada Mary estava ocupada demais com a organização do futuro evento então nem a avistou nos lugares de costume, já os guardas haviam diminuído a quantidade, Claire não pensava que conseguiria sair muito cedo depois do ocorrido aquela semana, mas parece que haviam aberto ainda mais o leque de possibilidades para ela. 

Dessa vez Claire nem precisou esperar entardecer mais ainda, usou uma das entradas secretas que havia descoberto do castelo e em poucos minutos já estava na cidade. 

Ela arrumou seu capuz para que seu rosto ficasse bem coberto e as pessoas não vissem seu rosto, caminhou e admirou algumas lojas que nunca havia visto abertas, até chegar em uma praça, já havia visto do castelo, mas ela era bem maior do que sua imaginação mostrava. 

Havia varias pessoas na rua, lojas fechando e bares abrindo, ela caminhou até se encostar na beirada de uma ponte, ela cortava um rio que parecia ter uma correnteza lenta, passou a admirar-lo enquanto se afundava cada vez mais em seus pensamentos. 

 

(Centro da cidade — 20:01 — Quarta-feira) 

Leo Havia pensado varias vezes, pediu conselhos, mas nada o levara a uma resposta concreta, ficar ou ir, se ele fosse por um lado estaria dando um passo a frente, entretanto seria um passo no escuro, poderia dar um golpe de muita sorte quanto um de muito azar, já caso ficasse teria a possibilidade de ajudar uma pessoa, uma desconhecida na verdade, isso poderia ser de grande agrado por ele, mas e depois o que aconteceria? As duas opções eram um tiro no escuro, uma traria respostas que buscou a vida toda, já a outra seria apenas por... Ele não sabia o porquê, ela simplesmente mexera algo dentro de Leo, aquelas lágrimas, ele as reconhecia, os olhos, eram iguais aos seus quando perdera tudo, olhos que imploravam por uma chance de viver uma vida que era impossível, agora lá estava ele, conquistou tudo com as próprias mãos, algumas ajudas é claro, porém de fato, ele sempre foi o autor de si mesmo, agora, era isso que ele sempre sonhou em ser? Nunca esteve em seus planos se tornar um mercenário, já não sabia a muito tempo se estava realmente feliz com tudo aquilo. 

Leo queria gritar, levar aquela garota para o paraíso, segurar a mão dela como ele sempre quisera ter alguém segurando a dele, guiando seu caminho, mas ele respirou fundo outra vez, por que fazer por ela o que ninguém quis fazer por ele? O que ela tinha de mais que ele nunca teve? E mais uma vez de volta a estaca zero. 

— Uma menina sozinha? A essa hora da noite? Só pode estar de brincadeira, é claro que ela quer alguma coisa. 

Leo se virou para este homem, ele devia ter a mesma altura que Leo, junto a ele estava outro homem, os dois não tiravam os olhos de uma menina encapuzada na beirada da ponte, eles começaram a avançar até ela e Leo logo percebeu suas intenções. 

— Moça? O que faz aqui tão tarde? 

O primeiro cara disse. 

— Sozinha. 

E o segundo o completou. 

— É perigoso sabe. — Ele pegou uma mecha de cabelo dela e escorreu ela por entre seus dedos, aquele ato fez o estômago de Leo revirar. — Qualquer um pode aparecer e fazer o que bem entender. 

— Simplesmente porque estou só? Se estivesse com um homem então não iriam estar me incomodando? 

— Talvez... 

— Por medo? 

Eles riram e um deles agarrou o pulso dela. 

— Você é bem atrevida sabia? 

— E vocês são mais ainda. 

Leo disse se pondo entre ela e os dois homens. 

— Quem é você? 

— O namorado dela e vocês? 

Eles riram outra vez deixando Leo irritado. 

— Não acha perigoso deixar ela sozinha aqui? Só estávamos querendo ajudar. 

— Agarrando o pulso dela daquele jeito? Com aquele linguajar? Sinto muito, mas acho que é de vocês que ela tem que ser protegida. 

— Você é um psicótico ciumento ou o que? 

Um deles se aproximou enchendo o peito para parecer mais forte e Leo abriu se famoso sorriso irritante. 

— Como eu já disse sou o namorado dela. 

Eles foram pra cima de Leo que desviou com uma dificuldade mínima. Depois de algumas tentativas falhas dos dois Leo se cansara e derrubara os dois com alguns golpes. 

— Eu não precisava da sua ajuda. 

— Não há de que minha donzela. — Leo fez uma reverência que a deixou um pouco irritada. — O que foi, eu não mereço nem mesmo um “obrigada meu salvador”? 

Ele fez uma voz aguda e sensual no tom mais sarcástico possível. 

— Como eu já disse não precisava da sua ajuda, agora se me der licença preciso ir para casa. 

— Permita-me acompanha-la ao menos. 

— Não obrigada. — Ela começou a andar, mas ele a seguiu. — Você poderia me deixar em paz? 

— Não até me certificar que você chegue segura em casa. 

Ela bufou. 

— Seu eu lhe agradecer você para? 

— Não. 

Dessa vez a menina inclinou um pouco a cabeça para ver os olhos de Leo, assim que o fez ele a reconheceu era Claire Eliott outra vez bagunçando sua vida, mas ela não o reconheceu, talvez aquela mascara funcionasse melhor do que Leo pensara.

— E o que você quer para me deixar em paz? 

Ele não conseguiria leva-la para casa, porque isso custaria sua identidade a ele e era claro que ela saiu outra vez escondida. 

— Bom, um conselho talvez? 

Isso poderia ser útil e o salvar daquela situação. 

— Conselho? 

Ela o olhou desconfiada. 

— Eu estou em uma encruzilhada, qualquer conselho vale ouro agora. 

Ela riu um pouco da situação mas se aproximou dele. 

— Esta bem, me diga seu problema. 

— Bom, eu tenho meu caminho, que eu sempre trilhei com minhas próprias mãos e eu sigo ele com um objetivo em mente, um objetivo que faz alguns anos que passei a seguir, para mim isso já se tornou quase a razão do meu viver e agora eu tenho os recursos para dar mais um passo em direção a ele, acontece que apareceu algo. — Leo respirou fundo e tentou evitar olhar para ela, aqueles olhos cor de mel o lembravam daquelas lagrimas implorando por ele. — E isso, bom, eu não conheço essa pessoa, mas ela me pediu um favor, uma coisa que com certeza mudaria a vida dela, algo que eu já precisei, mas nunca ninguém esteve lá para me fazer esse favor. 

— E por que isso te impede de seguir seu objetivo? 

— Por que para eu ajudar essa pessoa eu preciso ficar na cidade, e fazer algumas coisas a mais, mas se eu for seguir meu objetivo, tenho que sair da cidade o mais rápido possível. 

— Bom, você já passou pelo o que ela está passando, sentiu tudo que ela sente, se você acha que a sua ajuda realmente é necessária, por que não ajuda-la, é claro, se ele ou ela não quiser a sua ajuda, não tem motivo para continuar aqui, mas seu objetivo é tão crucial assim a ponto de não poder parar por um momento e ajudar alguém? 

Ele a olhou nos olhos, ali ela parecia ser outra pessoa, alguém bem diferente de quem viu no castelo, parecia estar em paz. 

— Olha, se essa dor foi tão terrível assim para você, não seria egoísmo simplesmente ir embora? Você melhor do que ninguém sabe o que ela está passando, se for embora estaria fazendo justamente o que aquelas pessoas fizeram com você, isso criou raiva dentro de você, raiva por te ignorarem e não ligarem para a sua dor, quer se tornar o que você já odiou um dia? 

Ele respirou fundo. 

— Vo.. 

— Leo! Estava te procurando! — Diana apareceu atrás dos dois e passou um braço pelo pescoço de Leo se pendurando nele. — Quem é essa? 

— Uma amiga... 

— Eu já estava de saída. 

Claire se virou e foi embora dando passos rápidos. 

— Que estranha, vocês se conhecem a bastante tempo? 

— Ah, não muito. 

— Ela é aquela menina que você disse que precisava de ajuda? 

— Não. 

— Vocês por acaso estão juntos? 

— O que? Diana por que tantas perguntas assim? 

— Nada, só estou curiosa. 

— Curiosa até demais. 

— E qual o problema? Nunca foi ruim eu estar sabendo da sua vida. 

— Acontece que os tempos são outros. 

— Só por que agora você não me quer mais daquele jeito? 

— O que? Achei que tivesse superado isso. 

— Superado o fato de que você fez sexo comigo e depois me largou e disse que aquilo tudo foi um erro? Não é como se eu precisasse superar, só achei que tivesse tido algum significado para você. 

— Eu já não lhe disse que foi um erro? 

— Na hora você não achou isso. 

— É mas agora eu acho, já pedi desculpas. 

Leo já estava ficando impaciente. 

— Por que tanto arrependimento se foi bom para nós dois? 

— Porque eu fiz aquilo sem pensar, não queria que você pensasse que eu gosto de você dessa forma. 

Ela respirou fundo. 

— Esta bem. 

Ela começou a se virar para ir embora. 

— Diana... 

— Não, não finja que se importa. 

— Eu me importo, mas acontece que... 

— Que você não me quer, não como quer ela. 

— A qual é! Eu nunca disse nada sobre aquela garota, por que você tem que problematizar tudo? 

— Porque.. porque eu... — Uma lagrima se formou nos olhos dela. — Eu tento Leo, tento te deixar feliz, eu melhor do que ninguém sei pelo o que você passou, por que você não me deixa ser seu porto seguro? 

— Diana... — Ele inspirou o ar, não tinha o que falar, ela queria algo que ele não podia dar a ela, ele quase tinha raiva dela por conta disso, mas o que poderia fazer? Ninguém tinha controle de seus sentimentos. — Eu não posso, não posso fazer isso, me desculpe. 

Ela segurou as lagrimas até conseguir sair dali, as palavras dele a machucaram profundamente, ele nunca conseguia ver ela de outra forma senão como amiga, foi por isso que ela chorou, chorou o máximo que pode, tentou tirar toda aquela tristeza de dentro de si, uma tristeza causada por um sentimento que ela não tinha consciência de quando ele se tornou tão grande a ponto de deixa-la nesse estado. 


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Notas finais do capítulo

Oii, se você chegou aqui sem entender porque a Claire não reconheceu o Leo é porque você não leu as notas iniciais, bom mas basicamente eu dei um ajuste nos dois primeiros capítulos e agora ele entra no castelo com a boca e o nariz cobertos.
Beijoss até o próximo



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