Miraculous - Um Novo Início escrita por Ben10


Capítulo 20
Três Portas - Especial Halloween




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    - Vamos a uma festa de Halloween à fantasia? – Perguntou a garota, animada, para os amigos na sala de aula, enquanto o sinal ainda não soava.

    - Festa à fantasia? Sério isso? – O outro revirou os olhos, enquanto olhava o panfleto da festa em suas mãos.

    - Vai ser legal! – Ela continuou, choramingando.

    - Eu concordo com a Iasmin, é Halloween! – Nino agitava os braços, animado – Além do mais... Vai ter comida!

    - Parece divertido... – A azulada mantinha a mão no queixo, como se pensasse em algo.

     - Nunca fui em uma festa à fantasia... Eu topo! – Os olhos de Adrien brilhavam de entusiasmo, como se fosse uma criança ao olhar um pote de doces enorme.

    - Concordo com o resto do pessoal, vamos aproveitar o feriado! E, vamos concordar, não é todo dia que você pode sair na rua fantasiado ou se entupir de doces.

    Alya tinha razão... Realmente, o Halloween é, de alguma forma, digamos, especial. Além de ser um dia alegre de “Doces ou travessuras”, também é a época dos filmes assustadores e histórias assombrosas...

    O Halloween, ou Dia das Bruxas, tem o motivo de ser chamado assim. É o dia que o tecido responsável por separar o nosso mundo e o mundo dos mortos fica mais fraco... O dia em que os mortos... Caminham junto dos vivos.

    Hoje contarei a vocês três histórias... Uma sobre como um fantasma pode sentir saudades e a vontade de voltar para a vida, a fim de ver alguém importante. Outra de uma prisão, onde só escapa o mais inteligente. E, por último... A festa dos mortos-vivos, uma noite que parecia tranquila... Mas se transforma em um pesadelo horrível que mistura: vingança, amor e saudade.

    Você está pronto para lê-las? Ótimo, então irei começar...

 

 

 

A VIDA PÓS MORTE?

    O jovem estava sentado sobre uma lápide, nela estava escrito seu nome, Mitch, o sobrenome já não aparecia mais, logo abaixo *2000   †2010

    Sentia saudade de estar vivo e principalmente... Sentia saudade dela, sua irmã... Poucos minutos mais nova. A falta que fazia era imensa! Se tivesse coração ele estaria doendo. Saudade do sorriso, das encrencas que se metiam, das brigas, de fazer as pazes... Certamente estaria chorando nesse momento, se fosse possível um fantasma chorar...

    Queria, de alguma forma, voltar para a vida. Nem se fosse pelo menos por poucos minutos... Só para vê-la novamente. Poucos segundos já bastavam, para retirar aquele estranho sentimento de dentro dele.

    Tombou a cabeça para o lado, apoiando-a com a mão. Como ele queria não estar morto.

     “Seria possível a vida após a morte?” Ecoava a pergunta em sua cabeça, em uma voz calma e serena, uma voz feminina, uma voz que, de tão calma, era assustadora.

    Mitch parou para observar a pergunta. Tinha de ser possível! Tinha que encontrar uma solução! Encontrará! Sim! E, assim, poderá vê-la novamente!

    A porta do primeiro conto se fecha, dando espaço para o próximo...

 

 

 

 

 

 

O CAMINHO PARA A ARMADILHA

 

    Os sete andavam a caminho para a tal festa, se vestiam de acordo com o tema:

    Marinette usava um colam rosado, uma saia de paetê de mesma cor, meia calça branca, sapatilhas vermelhas, o cabelo preso em coque e, como toque final, um par de asas coloridas nas costas, permitindo diferenciar sua fantasia de uma bailarina;

    Alya tinha em sua cabeça um chapéu preto, usava um vestido preto detalhado de violeta, sapatilhas roxeadas, o cabelo solto e segurava uma varinha;

    Nino vestia uma camisa branca e por cima um colete preto, a calça também preta, uma capa da mesma cor que possuía a aba levantada e por dentro tinha a cor vermelha, o sapato social machuca os pés, mas se reclamasse... Certamente Alya o mataria, já que tinha falado sobe sua dor dez vezes;

    Adrien usava vestes de príncipe e uma coroa discreta na cabeça. Ideia de Marinette que achou a roupa perfeita nele, o mesmo não iria descordar da namorada teimosa;

    Pâmela tinha os cabelos presos em uma maria Chiquinha e as pontas coloridas, de um lado azul e do outro vermelho. A blusa branca de manga longa com a frase “Daddy’s lil monster”, o short com um lado azul e o outro vermelho, botas pretas, meia calça rendada e segurava um bastão escrito “Good Night”;

    Iasmin usava um uniforme de escola japonesa, estilo marinheiro, a roupa estava suja de sangue falso, assim como seu rosto, seu cabelo preso em duas maria-chiquinhas, ela carregava uma faca em mãos – teve de prometer para os amigos que era falsa;

    Marco tinha o cabelo arrepiado e uma faixa branca amarrada na testa, usava um kimono sem as mangas, como se tivesse as rasgado, faixa de karatê vermelha, os pés descalços, orelhas pontiagudas e marrons, como de lobos;

    Akira, mesmo não aceitando, estava lá, usava uma fantasia de lobo que era como um macacão cinzento cheio de pelos, com um capuz, possuindo orelhas no topo e detalhes de lobo.

    Procuravam o local da festa, alegres, até chegarem na porta de um casarão, que parecia abandonado. Alya deu um passo a frente e abriu a porta. Para a surpresa de todos, lá que acontecia a tal festa. Entraram e logo foram recebidos por um tipo de monstro, se assemelhava ao Frankstein.

    - Boa fantasia, parece mesmo real – Marinette examinou o cara, impressionada com suas vestes.

    - Fantasia? Que fantasia? – Ele perguntou, confuso, mas foi ignorado, já que os jovens estavam no meio dos outros, comendo e dançando.

    As portas se fecharam e agora nem passava pelas suas cabeças que estavam presos lá dentro. Achavam que seria só uma festa normal, mas, na verdade, o destino teve outros planos... Logo não restaria nenhum para contar história, todos morrerão por um simples descuido, o descuido de ir para aquela maldita festa!

    E aqui se fecha a porta do segundo conto, e se abre outra para o terceiro. Uma história onde os dois primeiros andam lado a lado...

 

 

 

 

 

 

OS MORTOS ENTRE OS VIVOS

    Corria pelo cemitério, desesperado, para que não o pegassem, levava consigo um objeto no formato de prisma. Esse tal projétil seria capaz de realizar seu desejo de encontrar a irmã novamente, mas somente até a meia noite.

    “Muito bem, Mitch... Agora, use-o!” – A voz deu um comando em sua mente.

    - Mas... Está escrito aqui: “Se para bem próprio você utilizar, uma maldição pode esperar. Em alguém que você ame e preze, a praga se manifestará” – Ele leu o que havia no prisma, era uma linguagem antiga, mas nunca se pode subestimar os dons de um fantasma.

    “Bobagem! Você não irá usar para seu bem próprio... Mas sim para reencontrar alguém. Isso iria ajudar os dois, não só você!” – Na cabeça de Mitch, aquilo realmente fez sentido.

    Ele olhou o relógio de uma das torres da igreja. Tinha uma hora, já era o bastante. Um brilho o rodeou e deixou-o humano. Sentiu o coração bater, a respiração descompassada, havia se esquecido como respirar, tocou a sua pele... Agora estava vivo!  Um jovem normal de dezessete anos, olhou o prisma e o pediu:

    - Onde está ela? Me leve até minha irmã!

    Só foi possível ver um feixe de luz e o garoto sumindo, Mitch reapareceu na festa, que já não era mais festa... O lugar agora era horrível: o chão se desmanchando, zumbis por toda parte, os sete estavam de costas um para o outro, formando uma roda e tentando se defender.

    Entre eles a irmã do recém-vivo. Tinha uma expressão de raiva e não sorridente como se lembrava...

    O chapéu de Alya estava quase destruído, a capa de Nino estava rasgada, Adrien tinha sangue nas roupas brancas, Marco possuía marcas nos braços e Iasmin tinha agora suas roupas com sangue de verdade (e também revelara que a faca era realmente verdadeira).

    - Um apocalipse zumbi na minha mente parecia tão top – A que a pouco tinha duas maria chiquinhas, e agora só possuía uma, batia nos zumbis com o bastão.

    - É o que eu diga! – O “Garoto Lobo” respondeu chutando outro, que chegava perto. A roupa do joelho para baixo estava rasgada em uma das pernas, onde na mesma tinha sangue escorrendo...

    Mitch paralisou, queria tanto ajudar, mas como? Olhou o projétil em sua mão e suspirou, a única forma de parar isso tudo... Voltaria para os mortos e salvaria a irmã e os amigos dela.

    De alguma forma, ele sentia que aquilo era culpa dele. Oras... Claro que era! Fez algo para seu bem pessoal! E a escrita no prisma já deixara bem claro que uma praga caíria em alguém que ele ama, caso fizesse a coisa errada.

    “Não, Mitch! Não ouse...”

    E assim fez. Falou o pedido para o prisma e abriu mão da chance... Um por um, os zumbis sumiam, os sete não pensaram duas vezes e correram dali. No caminho conversavam:

    - Da próxima vez... Eu nunca mais vou em festas que vejo o panfleto no cemitério – A garota refletiu, olhando para o céu.

    - Você achou o cartaz no cemitério?! – Marco, assim como os outros, estava com os olhos arregalados – O que diabos você fazia no cemitério?!

    - Sei lá. É bem tranquilo naquele lugar... Bom para pensar e ficar mais calma... – Iasmin deu de ombros.

    Eles reviraram os olhos e riram. De longe, Mitch os observava e ria junto. A irmã tinha uma aura branca sobre si, sentia tanta falta de ouvir aquela risada... Agora virava luz e ia novamente para seu túmulo, suspirou e soltou uma última frase:

    - Adeus para sempre, mana...

    “Seu idiota...” – A voz resmungou em sua cabeça.

    - Quem é você afinal? – Indagou para a voz, cruzando os braços.

    - Pode me chamar de Venom. – Respondeu ela, em um tom sombrio – Será que... Podemos ser amigos?

     - Claro! Eu odeio ficar sozinho mesmo! – Ele riu, enquanto terminava de sumir.

 

 

 

    Mal sabiam que tudo aquilo não havia sido feito por acaso, foi de propósito. Um ser maligno ressuscitou os mortos e planejou a festa, manipulou Iasmin para que levasse o panfleto até os amigos... Mas quem? Quem é o grande vilão? Quem teve sua vingança?

    O Halloween acabou, as três portas se fecharam e, por fim... O tecido já se regenera e fica mais forte... Espero que tenham gostado e logo estarei de volta... Talvez não tão logo.

    Não tenho mais nada para tratar com vocês aqui, adeus... Ou melhor, até breve.


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Notas finais do capítulo

Só lembrando que esse capítulo não muda nada na história da fanfic, okay? ^^



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