Wolfstar . Mystery Of Love escrita por StoleMindPalace


Capítulo 2
The first time that you kissed me


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo!



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  Sirius não sabe como é. Nunca soube de verdade como é sofrer. Quando eu tinha dois anos de idade um lobisomem chamado Fenrir me atacou, por que o meu pai Lyall o atacou verbalmente no ministério. Eu fui a vergonha desde cedo. Não é fácil crescer quando se é um lobisomem, muito menos quando é um lobisomem gay em uma comunidade intolerante. Aos onze anos entrei para Hogwarts, e o único amigo efetivo que tive desde o início foi James Potter, mas a pessoa mais importante da minha vida até o momento presente foi um homem mais velho, de outra casa, Sirius Black. Sirius Black era o sol, e toda a Sonserina girava em torno dele. Era uma pessoa tão boa, mas nunca havia tido chance de conhece-lo efetivamente, até o momento em que conheci. Foi em um grupo de monitoria que havia sido montado pelos alunos mais velhos para ajudar os quartanistas com os exames no ano passado, e ele era o meu monitor. Ele era lindo, tinha cabelos pretos e uma barba já se sobressaia em seu pescoço. Me culpava o tempo todo por pensar aquilo, mas é, eu pensava.

 “- Não foi tão difícil assim pra mim, sabe, entender transfiguração.

Olhei para o chão

— Não é que eu não entendo, Sirius. É só que eu não consigo me concentrar.

Franziu a testa, sabia exatamente do que eu estava falando.

— O que tira a sua atenção, Senhor Lupin?

O seu rosto se aproximava a cada segundo, desesperei-me por um breve momento. Colocou sua mão sobre a minha.

— O que está fazendo? – Perguntei sem demonstrar desespero ou afobação.

— Não tem ninguém aqui.”

  E foi aí que nos beijamos. Me lembro de deitar sorrindo aquela noite, e em todas as outras noites que nos escondíamos para nos encontrarmos. Mas Sirius nunca soube de verdade. Por que eu tenho o “jeito”. Jeito de lobisomem, jeito de mestiço, jeito de gay. Sirius não era nada disso. Sirius tinha nome, e muitos amigos. Se fosse ele que tivesse sido espancado, dezenas de pessoas sairiam de onde estivessem e lotariam a sala da enfermaria, e somente duas pessoas além dele vieram me ver, James Potter e a sua namorada Lily Evans. James sempre estivera ao meu lado, desde o primeiro dia, no trem que nos trazia a Hogwarts. Se desesperou quando viu a proporção que tudo aquilo tinha tornado. Lily desde sempre se mostrou compreensiva com tudo que eu passei. Recebi sua visita somente mais tarde, já que logo que descobriu o que eu havia passado correu para o gabinete do diretor, protestando até o fim contra toda aquela situação.

  Sirius só foi me visitar só no meio da tarde, em um intervalo de aulas.

— Ah, eu não quero que me veja assim, Sirius, olhe os meus olhos! Tudo em meu rosto está roxo!

 Se sentou ao meu lado na cama, fechou os olhos e respirou fundo.

— Foi Jorkins que bateu em você, não foi Remus?

O olhei seriamente

— Sim, foi ele.

— Ele é da minha casa, e eu tomei uma atitude sobre isto.

Estremeci.

— Não, Sirius, por favor. Eu não posso deixar que se ferre por minha causa.

Olhou para o meu rosto com uma expressão carinhosa.

— É melhor eu me ferrar do que você. A lua cheia está chegando meu amor. – E me beijou.

  Naquele momento Lily apareceu no quarto, e Sirius pulou para fora da cama.

— Oi Remus, Sirius. – Sorriu. – Estive conversando com o professor Dumbledore e ele disse que irá visita-lo o quão antes possível, disse que logo que resolver um problema nas estufas estará aqui.

  - Você acha que isto é mesmo necessário? – Perguntei, quase sussurrando.

— Remus, quebraram o seu nariz, chutaram tanto o seu saco que você deve estar estéril, isto é sim necessário, eu realmente acho que você deve entender a situação que se encontra.

  Olhei para o meu colo.

— Sim, eu entendo

  Lily segurou a minha mão

— Você é forte Remus. Isto que aconteceu foi horrível, mas você consegue.

  Sirius foi embora primeiro, logo seguido por Lily, que foi conversar com o professor Slughorn sobre o quadribol.

  Demorou um tempo até o professor Dumbledore aparecer, ele se sentou próximo a mim e perguntou:

— Como se sente, Senhor Lupin?

— Sinceramente, não muito bem, senhor.

Sorriu levemente.

— Que bom que não finge que está bem para mim.

— Por que eu fingiria? Não tem por que eu fingir nessa situação, você é a única pessoa que pode efetivamente me ajudar.

Respirou fundo.

— Eu entendo o que quer dizer, Senhor Lupin, mas atualmente receio que não seja possível te ajudar. Não temos nenhuma prova que foi o Senhor Jorkins que lhe atacou, e com toda certeza ele vai negar até a morte que foi ele, então eu te peço as mais sinceras desculpas, mas não há muita coisa que eu possa fazer. – Naquele momento senti o meu coração cair e quebrar em milhões de pedaços, e ele continuou a falar. – A suspensão dele da equipe de quadribol irá continuar valendo, fique tranquilo.

Respirei fundo, me ajeitei na cama e disse:

— Me perdoe professor, o senhor sabe que eu gosto muito mesmo de você e que você me ajudou muito mesmo, mas isto é inaceitável. A lua cheia está chegando sabia? – eu disse em tom meloso – E o mínimo que vai acontecer comigo é eu ir parar em um hospital. – olhei para o meu colo, com vergonha. – eu não consigo nem mesmo andar no momento, não tem nem mesmo um motivo pra eu mentir para o senhor. Me desculpe o palavreado, mas foda-se a equipe de quadribol da Sonserina! Eu não me importo com esta besteira, só não disse nada até o momento por que importa para Sirius, mas não para mim, me perdoe professor, mas esta é a verdade.

 Dumbledore continuou sereno, como sempre. Depois de alguns segundos de reflexão, disse:

— Iremos conversar com ele, já partindo do pressuposto que ele o atacou.

— Bom. – Ficamos em silencio por alguns minutos, Dumbledore refletiu por estes minutos que pareciam horas.

— Irei convocá-lo ainda hoje, e senhor Lupin, se quiser ir jantar no salão principal hoje, está liberado.

Sorri em aprovação, e ele saiu. Não vi Sirius aquela noite, somente no jantar, que ele me olhou com uma cara de espanto, mas não foi me cumprimentar, o que era comum. Sentei me ao lado de Lily, ainda tinha um pouco de dificuldade de locomoção, principalmente por usar muletas, as quais eu não estava acostumado. Senti os olhares dos alunos se virarem em minha direção.

— Vai voltar para o dormitório hoje, Remus?

Neguei com a cabeça

— Madame Pomfrey indicou que eu ficasse lá por pelo menos mais um dia, para esperar as cicatrizes curarem completamente.

— Entendo.

Quando acabou o jantar, fui caminhando lentamente até a enfermaria, estava cruzando o corredor quando senti uma pancada forte na cabeça, e apaguei.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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