Wolfstar . Mystery Of Love escrita por StoleMindPalace


Capítulo 1
Oh, to see without my eyes


Notas iniciais do capítulo

É a primeira fanfic que eu posto aqui nessa rede social, não sei direito como usar aqui, espero que esteja tudo certo e que vocês gostem



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Ele estava estirado no chão quando o encontrei. Tremia de frio e dor, prestes a ter um colapso. Sua pele, já pálida naturalmente, estava mais pálida ainda. Olhava para o horizonte de mãos atadas.

— Remus...- Engoli em seco, minha vontade era gritar, gritar o mais alto que poderia, mas preferi manter o controle. Todos sabiam sobre ele, sobre o que ele era, e a comunidade bruxa nunca foi a mais aberta a coisas como esta. A sociedade bruxa sempre foi muito homofóbica, se assim posso dizer. O problema é que ele arcava com aquilo sozinho. Ninguém nunca havia visto nós dois juntos, e nem haviam motivos para desconfiar, Remus era do quinto ano da grifinória, enquanto eu, do sexto ano da sonserina, duas realidades completamente diferentes. Segurei a sua cabeça e a coloquei em meu colo, me lembro de entrelaçar meus dedos em seus cabelos, sem me importar com as lágrimas. – Quem foi? Quem fez isso com você?

— Não é relevante, Sirius, não mesmo. – Resmungou Remus, juntando toda a força para dizer. Notei uma grande quantidade de sangue em sua boca, passei a mão em seu rosto, não sabia o que fazer efetivamente. – E não me lembro. Estava andando até a sala de transfiguração e um menino loiro me empurrou contra a parede, não me lembro de seu rosto, Sirius, não mesmo.

— Precisamos te levar na enfermaria, o que acabou de acontecer aqui foi sério.

— Não... – Resmungou, contorcendo o rosto em negação. – Eu não posso ir com você... e se me virem com você? Não, não faça isso.

— Foda-se se me virem com você, Remus. Olha como você está! O seu nariz está pingando de sangue, está mais pálido que o comum, e se você continuar assim até a lua cheia? Como o seu corpo vai ficar? – Sussurrei. – Não, eu não me ligo se me virem com você, a minha masculinidade não é frágil, meu amigo, se perguntarem alguma coisa, que perguntem, não vou deixar você estirado no chão.

 Fechou os olhos e sorriu de canto de rosto.

— Vamos.

Carreguei-o pelo braço até a enfermaria, com sorte encontramos poucas pessoas no caminho, já que ainda era horário de aula, e a maioria das pessoas eram segundanistas matando aula. Madame Pomfrey estava medicando um terceiranista com febre quando chegamos. Veio correndo em nossa direção, nunca foi muito simpática, mas daquela vez vimos que ela pode ser muito legal quando quer.

— Ai meu Merlin! O que aconteceu com você Senhor...

— Lupin, este é o nome dele, Lupin. – Respondi por ele.

— Eu... caí. – Respondeu sem jeito.

— Ah, sim... – Olhou para mim com um sorriso de desconfiança. – Caiu... – Encaminhou-o até uma das macas, logo descobrimos que tinha fraturado seu nariz, mas diversas áreas de seu corpo estavam comprometidas, Passei toda a tarde com ele, segurei a sua mão quando ela reparava o seu nariz e o mesmo gritava, quando ela jogou remédio em todos os seus cortes, até ele dormir.

— Eu não perguntei o seu nome, você aí. – Disse a Madame Pomfrey, se direcionando para mim.

— Me chamo Sirius Black, senhora.

— Senhor Black, eu tenho noção que não sou a pessoa mais simpática do mundo, todos os alunos sabem disso e já disseram isso na minha cara. Mas eu não sou burra. Eu sei que o seu amigo não caiu, ele pode ter caído enquanto batiam nele, mas não, ele não só caiu. Você sabe alguma coisa sobre isto?

 Respirei fundo, nos sentamos a sua mesa.

— Madame Pomfrey, eu não sei exatamente quem foi, e se eu não sei, provavelmente tudo que eu vou dizer aqui vai ser irrelevante, mas ele foi sim agredido. Encontrei ele caído em um dos corredores daqui.

— Eu entendo, Sirius, você tem alguma ideia do porquê disso ter acontecido?

 Olhei para a mesa. Não sabia o que falar.

— Eu não sei se seria do agrado do Remus eu falar sobre isso, sabe?

Ela entendeu exatamente o que eu havia tentado não dizer. Eu havia o chamado de Remus.

— Entendo. O senhor sabe que a homofobia é explicitamente proibida na escola, não sabe?

Encarei a mesa, estava envergonhado.

— O problema é que todos sabem sobre ele, mas nenhuma dúvida sobre mim, nós temos um trato, ninguém precisa saber do que é nosso.

— Os professores são ninguém, o diretor é ninguém, a enfermeira é ninguém. O seu namorado acabou de ser espancado, este é o momento correto pra falar.

— Eu falaria se soubesse de algo. Me desculpe. – Levantei-me e saí da enfermaria, indo para o dormitório da Sonserina. Ao adentrar no salão comunal da casa, vi um grupo de meninos sentados no sofá. Falavam sobre uma pessoa que não reconhecia quem era a princípio, mas logo vi que era Remus.

— Vocês não tem ideia! Ele chorava igual a uma bichinha! – Dizia Jorkins, do quinto ano, para Burbage e Dawlish, que também eram do quinto ano.

— Sinto muito que tiveram que se rebaixar a esse nível para afirmarem a masculinidade e heterossexualidade de vocês. – Eu disse, friamente. Meu rosto exprimia repulsa. – Em vez de pegarem meninas vocês ficam batendo em meninos gays por aí. Alma sonserina maravilhosa a de vocês.

 Me encararam com choque, levantei o queixo, para parecer imponente ou alguma coisa do tipo. Jorkins estava confuso, mas logo retomou a pose:
— Por que se importa tanto? Parece até que é amigo daquele viadinho.

 O encarei, visivelmente enojado

— E se eu for, Jorkins? O nome do “viadinho” que tanto fala é Remus Lupin, sabia? E sim, ele é meu amigo. – Fui subindo as escadas, até ele dizer pelas minhas costas:

— Por que isso não me surpreende?

Virei, perguntando:

— Por que? Por que não te surpreende, Jorkins? Sabe o que eu vou fazer? Eu vou ter uma reunião com Slughorn ainda amanhã de manhã, não me importo em perder aulas, os professores certamente vão entender, eu vou fazer o meu máximo pra ter tirar da equipe de quadribol, seu merdinha homofóbico! – Empurrei ele contra a parede, via as pessoas do salão nos encarando, naquele momento vi o alarde que eu estava fazendo, soltei sua camisa.

— Sirius por favor...- Jorkins só faltava ajoelhar em minha frente.

— Você não merece.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!



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