Simplesmente me abrace escrita por Patty Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9




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POV Bella

 

No dia seguinte Edward parecia determinado, embora seus olhos continuassem vermelhos. Acompanhados por Jasper, voltamos ao cartório para registrar nosso filho e ele me pediu desculpas na frente da juíza. A história da pílula de farinha já era conhecida. Ele tirou do bolso um par de alianças e tivemos enfim nossa foto de casamento. Eu estou de perfil, com ele colocando minha aliança e beijando minha testa. Se alguém perceber que estou chorando, vai atribuir à emoção. De lá nós fomos a um abrigo de sem-teto com o dinheiro que estava no envelope. Edward disse ao funcionário responsável que uma criança da nossa família tinha decidido doar o conteúdo do seu cofrinho. O rapaz nos agradeceu e saímos. À noite ele me pediu para conversamos com seus pais e disse que atrasaria sua formatura para poder ficar com Andy enquanto eu estudava e que parte do dinheiro que havia recebido como herança do avô seria usado para a minha faculdade. Pela primeira vez, eu tomei a iniciativa de falar e disse que poderia pagar praticamente todo o curso de literatura em Columbia já que tinha trabalhado todas as tardes sem praticamente ter despesas nos últimos meses. Carlisle e Esme, como insistiram que os chamasse, sugeriram que eu só me inscrevesse nas disciplinas da parte da manhã e Edward ficaria com Andy por perto para que ele pudesse mamar. Na hora do almoço nós voltaríamos para casa, Edward descansaria um pouco e depois iria para o hospital para o turno na residência de 3 da tarde às 3 da manhã. Seria bem puxado, principalmente para ele, mas pelo menos não levaríamos tanto tempo para nos formarmos. Eu me vi fazendo planos e sonhando de novo. Isso era muito bom. Mas será que daria certo? Eu estava insegura, mas Edward foi de uma calma, de um carinho que nunca esperei que ele fosse capaz. No dia seguinte, ele me pegou no colo e me levou para o seu quarto que estava parecendo mesmo um quarto de casal. No banheiro, jogos de toalhas e roupões combinando. Ele pediu para levarmos tudo o que era meu para o nosso quarto e, pela primeira vez desde que falei que estava grávida, nos beijamos na boca. Eu não sabia quando conseguiria fazer amor com ele de novo, mas me permiti aquela felicidade. Fiz minha matrícula na faculdade e na volta Edward sugeriu que passássemos na biblioteca porque gostaria muito de conhecer a sra. Cope. Concordei imediatamente e não acreditei quando a vi no jardim da escola com os meus amigos e as minhas avós. Edward tinha combinado com elas para ficarem hospedadas na casa dos seus pais. Só vovô John não pode vir porque não podia deixar sua loja. A família de Edward as recebeu muito bem e foram 3 dias maravilhosos. Eles se divertiam quando eu falava com Isa em italiano e com Marie em francês, dizendo que em breve Andy também dominaria os 2 idiomas. Para minha alegria, ele parecia uma cópia do pai. Era um bebê fofinho, com cabelinhos cor de bronze e olhinhos verdes lindos. Parecia que eu tinha acordado de um pesadelo e fui aos poucos me sentindo confortável com a família de Edward, rindo das piadas, conversando com todos, ajudando na casa, não me importando em morar com os pais dele, que eram tão diferentes dos meus. Lógico que tive várias recaídas. Às vezes chorava sem motivo aparente e quando era assim, seguindo o conselho de Jasper, procurava manter a calma e tentava descobrir o que desencadeara aquela reação. Mas às vezes havia um motivo concreto e aí eu respirava fundo e tentava dar a volta por cima. Como no dia em que estava com Edward e vi meus pais e eles fingiram que não me viram. Ou no dia em que Rose veio falar comigo na faculdade acompanhada da moça que estava com Edward no dia que eu queria tanto esquecer. Era Tanya Denali, sua colega no curso de direito. Ela me pediu desculpas e disse que não sabia que eu estava naquele quarto e o que Edward pretendia fazer. Parecia até mais constrangida do que eu. Fiquei sabendo que ele estava tão bêbado que logo caiu na cama inconsciente e que ela foi atrás de Emmett e Rose contando o que tinha acontecido e aí eles saíram para me procurar. Acreditei nela e aceitei quando me deu o cartão de um advogado que estava representando várias mulheres que também engravidaram sem saber que estavam tomando pílula de farinha. Não apagaria meu sofrimento, mas seria uma boa punição à empresa que foi negligente e prejudicou tantas pessoas. Quem não sabe o que aconteceu comigo, felizmente a grande maioria dos familiares e amigos, acha que eu dei muita sorte em ter um marido lindo e extremamente atencioso. Na faculdade muitas alunas comentavam com inveja o quanto meu marido era apaixonado por mim e pelo bebê. Mas eu sei que Edward Cullen é capaz de amar e odiar com a mesma intensidade e estremeço com o pensamento. Eu tento seguir em frente, mas aquele sofrimento me deixou muitas marcas e às vezes converso com Jasper sobre isso. Não mais como paciente e sim como amiga e cunhada já que ele e Alice começaram a namorar pouco depois dele me dar alta. Quando recebi a indenização, terminei de pagar a faculdade, deixei uma parte para uma reserva financeira e doei quase a metade para a minha antiga escola. Ainda frequento a minha amada biblioteca, sempre levando Andy comigo. A sra. Cope é como uma avó para ele.

 

POV Edward

 

Eu tinha tomado a decisão de refazer todos os passos, assumindo minha culpa. E faria isso diante de cada pessoa que presenciou o que eu fazia com Bella. Eu iria a cada lugar onde ela se sentiu humilhada e admitiria meu erro.  No dia seguinte fomos ao cartório para registrar nosso filho acompanhados por Jasper e eu pedi desculpas a Bella na frente da juíza. A história da pílula de farinha já era conhecida. Eu tirei do bolso um par de alianças e fizemos a foto de casamento, comigo colocando a aliança no dedo dela e beijando sua testa. Depois fomos a um abrigo de sem-teto doar o dinheiro que estava no envelope. Falei que a iniciativa era de uma criança da nossa família. O funcionário responsável nos agradeceu e saímos. À noite pedi a Bella para conversamos com meus pais e disse que atrasaria minha formatura para poder ficar com Andy enquanto ela estudava e que parte do dinheiro que havia recebido como herança do meu avô seria usado para completar o valor da faculdade dela. Pela primeira vez, ela tomou a iniciativa de falar e disse que poderia pagar praticamente todo o curso já que tinha trabalhado todas as tardes sem praticamente ter despesas nos últimos meses. Meus pais deram uma ótima solução: ela só se inscrever nas disciplinas da parte da manhã e eu a levar à faculdade e ficar com Andy por perto para que ele pudesse mamar. Na hora do almoço nós voltaríamos para casa, eu descansaria um pouco e depois iria para o hospital para o turno na residência de 3 da tarde às 3 da manhã. Fiquei feliz quando a vi animada para fazer a matrícula. Mal sabia ela que ainda teria muitas surpresas. No dia seguinte, peguei-a no colo e a levei ao meu quarto, colocando-a na cama e dizendo que aquele seria nosso quarto a partir daquele momento. Eu havia comprado vários itens de cama e banho combinando, como se estivesse mesmo montando um enxoval. Beijá-la depois de tanto tempo era uma felicidade indescritível e eu tinha esperança de fazermos amor logo que o resguardo dela terminasse. Depois que Bella fez a matrícula na faculdade, pedi que fossemos à sua antiga escola dando a desculpa de querer conhecer a bibliotecária de quem ela tanto gostava e que ela provavelmente também gostaria de conhecer Andy. Como já esperava, Bella concordou e, quando chegamos, a sra. Cope nos esperava no jardim da escola com  os amigos dela e suas avós. Eu tinha ligado para o dr. Volturi e ele me colocou em contato com seus filhos. Conversei com todos os amigos de Bella e com os avós dela. As avós foram extremamente amáveis comigo, o que me fez concluir que ela só tinha falado coisas boas a meu respeito. Eu as convidei para ficarem em nossa casa sempre que quisessem e mandei por e-mail fotos que Jasper tinha tirado: nossa troca de alianças no cartório, nós dois abraçados no jardim e na piscina pouco antes de Andy nascer e Bella com Andy no colo na maternidade e eu olhando os dois, abobalhado. Na véspera de voltarem a Nova York, Alec, o filho do dr. Volturi, me disse que as senhoras Isabella e Marie também viriam. Só o avô não poderia. Imaginei as duas encarando uma viagem interestadual de carro, com um grupo de adolescentes. No dia do encontro no jardim da escola tirei muitas fotos de Bella feliz, recebendo finalmente o carinho que merecia. Ela não teria mais uma gaveta de coisas ruins, mas sim álbuns com muitas lembranças boas. Depois fomos com suas avós para nossa casa e passamos 3 dias maravilhosos. Era interessante ouvir Bella conversando com elas em italiano e em francês. Logo Andy também dominaria os 2 idiomas. Todos diziam que ele se parecia muito comigo. Eu não tinha tanta certeza na época, apesar de seus cabelos e olhos serem da mesma cor que os meus. Bella estava cada vez mais à vontade com a minha família e até disse que não se importava em morar com meus pais, afirmando que eles eram extremamente atenciosos com ela. Às vezes ela chorava sem motivo aparente, às vezes havia uma razão concreta, mas ela estava se recuperando cada vez mais rápido. Um dia nós encontramos seus pais e eles fingiram que não a viram. Eu fiquei pior do que ela porque vi nos olhos deles o desprezo que a aterrorizava e ela sempre falava nas sessões com Jasper. Outra vez eu tinha mandado uma mensagem para ela na faculdade dizendo que estava esperando com Andy no carro e, quando ela chegou ao estacionamento, vi Rose e Tanya indo ao seu encontro. Não perguntei nem a Bella nem a Rose o que conversaram, mas vi Tanya dando um cartão à Bella, que depois me contou que processaria o laboratório que fabricava o anticoncepcional. Eu nunca mais falei com Tanya, mas sempre serei grato por ela ter avisado Emmett e Rose sobre o que eu tinha feito naquele dia. Não gosto nem de pensar no que poderia ter acontecido enquanto eu estava imprestável de tão bêbado. Eu procurava estar perto de Bella sempre que possível para que ela voltasse a confiar em mim já que muitas mulheres ainda me procuravam e até na faculdade dela eu sentia olhares enquanto a esperava com Andy. Havia muitos comentários sobre a forma carinhosa como eu a tratava e eu sentia inveja em alguns deles. O meu trabalho também a deixava insegura. São muitas horas fora de casa e várias vezes nossos planos são cancelados por alguma emergência. Eu faço parte da mesma equipe que Emmett, que acabou se especializando em obstetrícia, e Aro, que meu pai convidou para trabalhar conosco. Mas Jasper nos ajudou muito. Ajudou Bella a superar e me ajudou a encontrar formas de demonstrar o quanto a amo. Hoje somos cunhados porque ele e Alice acabaram se apaixonando. Quando Bella recebeu a indenização, terminou de pagar a faculdade, guardou uma parte e doou quase a metade para a sua antiga escola. E ela ainda vai frequentemente à biblioteca. Andy adora o lugar e a sra. Cope.


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