Simplesmente me abrace escrita por Patty Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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POV Bella

 

Quando eu tinha 17 anos comecei a namorar Edward Cullen, engravidando pouco depois. Meus pais me expulsaram de casa com a roupa do corpo. Só fiquei com meus documentos e meu celular. Meus avós tinham aberto uma caderneta de poupança para mim quando nasci e eu vinha fazendo depósitos desde que comecei a trabalhar aos 13 anos como babá e fazendo trabalhos de digitação e de tradução de francês e italiano para juntar dinheiro para a faculdade. Por sorte, meu notebook estava na casa da minha amiga Angela. Quando procurei Edward em seu dormitório na Universidade de Columbia, onde estudava medicina, ele ficou furioso e logo me acusou de ter engravidado só para prendê-lo a mim. Ele não demonstrou pena nem quando eu disse que tinha sido expulsa de casa. Praticamente me arrastou até à casa dos seus pais. O dr. Carlisle e a sra. Esme disseram que eu não ficaria desamparada, mas eles nem me conheciam e provavelmente só me acolheram para que o filho não tivesse problemas por eu ser menor de idade. A mãe de Edward me levou a um quarto de hóspedes. Ele chegou pouco depois, deixou um dinheiro sobre a cômoda dizendo que era para eu comprar o que precisasse de mais imediato e saiu. E isso se repetiu durante 3 semanas. Ele entrava no quarto e eu geralmente estava no computador. Ele deixava o dinheiro, eu balançava a cabeça sem olhar para ele e nenhum dos dois falava nada. Nunca usei o dinheiro dele para mim. Comprava coisas para o bebê e guardava o troco junto com a nota fiscal em um envelope, que era colocado no que chamei de “a gaveta das coisas ruins”. Eu continuei indo à escola, onde tinha o apoio dos colegas mais próximos, professores e funcionários. A responsável pela biblioteca, sra. Cope, foi quem mais me ajudou. Ela me conhecia desde pequena e sabia dos meus sonhos. Desde que aprendi a ler eu passava quase todas as tardes lá. No final do mês Edward e eu fomos ao cartório com seu irmão Emmett e Rosalie, a namorada dele, para o casamento civil. Edward não me olhava nem me tocava. Quando a juíza começou a fazer perguntas, ele disse que eu tinha engravidado de propósito e que ele só estava casando por causa do filho já que eu tinha sido expulsa pelos meus pais. A juíza quis ouvir minha versão, mas eu estava tão infeliz, me sentindo tão humilhada, que apenas abaixei a cabeça enquanto Edward em um gesto bruto me entregava a certidão. Mais um item para a gaveta das coisas ruins. Voltamos para a casa dos Cullen com eles conversando sobre a faculdade e festas, como se eu não existisse. Edward parou o carro, eu desci e ele saiu cantando pneu.

 

POV Edward

 

Quando eu tinha 22 anos comecei a namorar Isabella Swan, a minha Bella. Ela tinha acabado de fazer 17 anos e era virgem. Fazer da primeira vez dela algo especial foi ainda mais especial para mim. Ela me garantiu que estava tomando pílula e poucos meses depois falou que estava grávida. Eu não acreditei que tinha sido sem querer e comecei a gritar que era para me prender. Ela começou a chorar dizendo que os pais a expulsaram de casa com a roupa do corpo, mas eu não acreditei. Eu peguei o braço dela e a arrastei até o carro para irmos à casa dos meus pais. Eles ficaram preocupados por eu ter engravidado uma menor de idade e acharam melhor que ela ficasse em nossa casa. Enquanto minha mãe a levava a um dos quartos de hóspedes, meu pai me passou um sermão daqueles, mas em nenhum momento se recusou a me ajudar. Irritado pela conversa, fui ao quarto onde ela estava, deixei um dinheiro sobre a cômoda dizendo que era para ela comprar o que precisasse de mais imediato, embora não acreditasse que ela tivesse sido expulsa de casa, e saí. Durante aquele mês cuidei dos papéis do casamento e tentei apurar a história dela. Como todo bairro tem seus fofoqueiros de plantão, descobri tomando café em uma padaria que Charles e Renée Swan tinham colocado a filha para fora de casa, com muitos questionamentos sobre o porquê deles terem feito isso já que Bella era uma menina quieta e estudiosa. Nos finais de semana eu ia vê-la para deixar algum dinheiro, já que ela estava mesmo precisando, e ela não tirava os olhos do computador e nem falava comigo. Parecia que se achava coberta de razão. Meus pais disseram que ela saía cedo para a escola, voltava quase à noite e estava sempre de cabeça baixa, envergonhada, mal falando com eles. Eu já estava muito irritado e falei que não era vergonha e sim porque ela não queria assumir o que tinha feito. Quando chegou o dia de irmos ao cartório com meu irmão Emmett e Rose, sua namorada, que seriam nossas testemunhas no casamento civil, eu resolvi manter distância e quando a juíza perguntou o motivo de casarmos tão novos falei que ela tinha engravidado de propósito e que eu só estava casando por causa do meu filho já que ela tinha sido expulsa de sua casa. A juíza perguntou o que ela tinha a dizer, mas ela continuou em silêncio sem olhar ninguém e então eu com raiva entreguei a certidão a ela. Não era isso que ela tanto queria? Muito bem, agora eu estava finalmente preso a ela, mas só no papel. Levei-a para casa conversando apenas com Emmett e Rose, ignorando-a como ela fazia comigo. Parei o carro, ela desceu e eu saí ainda mais irritado. Eles disseram que ela parecia muito triste, mas eu tinha certeza de que era encenação.


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