Exílio escrita por Catarina Pereira


Capítulo 4
Capítulo 4 - Revolução


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
Oitenta e quatro anos depois, cá estamos com um capítulo.
Aproveitem



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A rotina era a mesma de sempre: despertador, checar o quadro de tarefas, se arrumar, tomar café, depois que o período de punição já houvesse acabado, e trabalho. Cada dia começava igual, exceto por um detalhe: todos pareciam melhor dispostos para enfrentar as imposições do Controle e esse era o resultado das caixas criadas por Christopher.

Os dias seguintes ao evento que deu origem às novas políticas de saúde mental da Casa 14 foram no mínimo esquisitos. De um lado, Dulce tentava evitar os olhos de Christopher, o contato, as conversas, ao mesmo tempo em que percebia que ele também a evitava. De outro lado, evitar os olhares causava ações furtivas, rápidos olhares com significados cada vez mais profundos, visitas breves após os noticiários em que beijos rápidos aconteciam e novas promessas de interromper essa relação eram feitas.

Outra evidência da estranheza da semana estava em que a casa estivera passando por outros momentos importantes e tudo tinham a ver com algumas conversas em particular. A primeira delas foi logo depois do primeiro noticiário após o evento. Dulce se recolheu depois de ver que Christopher e Christian conversavam em um dos quartos sozinhos. Logo depois, ela recebeu uma visita, que entrou após algumas batidas.

— Dul?

Christopher fechou a porta atrás de si, enquanto Dulce baixava os olhos e também o tom de voz. Ela não queria que ninguém os escutasse.

— Dul, precisamos conversar.

— Shh! - Christopher olhou para ela, confuso - Não podemos conversar agora - ela sussurrava - precisamos esperar, Chris.

— Calma, precisamos falar de outra coisa - Ele se aproximou quando Dulce fechou os olhos, impaciente. - Não precisamos falar sobre isso agora, se não quiser. Mas tem outra coisa que estou conversando com todos, um por vez.

Ela voltou a abrir os olhos e sentou-se na cama. Dulce o olhou atenta, porém desejava que ele saísse e a deixasse longe desses sentimentos que não podia controlar. Não podiam estar tão perto e não podiam estar sozinhos, pois perderiam o controle e alguém os descobriria. Apesar disso, tentou forçar-se a escutar o que Christopher queria dizer.

— Dul, é sobre a caixinha verde, eu não falei sobre ela antes, não queria que o Controle escutasse sobre ela lá na sala. - Ele se sentou na cama, próximo a Dulce. - Você vai me ouvir?

— Tudo bem - ela respondeu contrariada. - Mas depois, me prometa que não vamos voltar a estar sozinhos num lugar privado, por favor. - Dulce notou a resistência no olhar de Christopher. - Por favor, Chris.

— Tudo bem. Quando tivermos oportunidade, vamos conversar melhor sobre isso. Mas agora, sobre a caixa. - Dulce assentiu - Você se lembra o que eu disse das outras duas caixas?

— Sim, uma para guardar o que temos e outra o que tivemos.

— Isso! Uma caixa para o presente e uma para o passado - Christopher completou.

— A terceira caixa então é a do futuro - ela deduziu. - Devemos colocar o que queremos ter?

— Mais ou menos. Nessa caixa está a nossa chance de revolução.

Dulce ergueu as sobrancelhas, confusa.

— Dul, acompanhe meu pensamento: o que queremos ter, como você disse, é o mesmo para todos, não precisamos escrever porque é conhecido. - Christopher explicou - Todos queremos ter liberdade, todos queremos voltar para o México, todos queremos nossas vidas de volta. O que falta é o como vamos fazer isso.

Dulce concluiu, dizendo lentamente:

— Na caixa verde vamos colocar ideias de como sair desse lugar.

— Exatamente. Vamos tecer isso juntos. E precisamos dessas conversas em particular para combinar melhor, mas a ideia é que a gente chegue em formas de sair que a gente consiga prever o maior número de reações contrárias. Só assim poderemos estar preparados.

Dulce se calou. Em seus momentos de solidão, ela sempre pensava em formas diferentes de escapar, porém nenhuma parecia factível, tampouco infalível. Talvez Christopher estivesse certo ao pensar que o plano feito por um abrangesse apenas uma visão das coisas, o que o deixaria bem mais vulnerável a erros. Mas um plano feito por todos? Cada um ali era diferente e tinha um ponto de vista que completava a visão do outro. Isso daria certo.

— O que você acha, Dul?

— Estamos juntos, e precisamos mais do que nunca disso para sair daqui.

***

O noticiário marcava todos os dias o fim das tarefas obrigatórias, bem como os próximos passos destinados aos membros das casas a partir das regras e punições levantadas pelo apresentador. Diferente da última semana, na qual a Casa 14 tinha passado ilesa em relação aos delitos e às punições, o noticiário dessa noite alertou que a casa tinha descumprido uma regra e sua punição ainda não havia sido deliberada pelo Controle, devendo os membros esperarem por maiores esclarecimentos durante a visita do fiscal.

Dulce segurava em suas mãos, agora trêmulas após as recentes notícias, três pedacinhos de papel vermelhos contendo um momento do dia, uma lembrança que guardaria e uma ideia para fuga. Nesse dia, ela havia passado toda sua tarde de folga esperando por Artur na sala de espera de um de seus acompanhamentos médicos e se colocou a pensar como havia ensinado Poncho a ela no dia anterior, quando conversaram sobre os planos de fuga: primeiro a ação final, ou seja, fugir ilesos. Depois, Como chegariam lá, os possíveis percalços e suas possíveis soluções. Regressivamente, como organizar a fuga sem serem percebidos.

Levantou-se do sofá, levando os papéis para a caixa, enquanto o resto do grupo discutia em meio aos sussurros que delito seria esse e que punições poderiam agravar a situação. Olhou rapidamente para Christopher, no intuito de alertá-lo sobre o delito ter sido cometido por eles dois, mas ele não sustentou seu olhar por tempo suficiente. Dulce estava alarmada, e se retirou mesmo sob protestos de Maite, que pedira para ela ajudar a pensar em coisas que eles fizeram que poderiam quebrar alguma regra.

Entre as paredes do quarto e com a porta fechada, ela podia parar de fingir. Aqueles pensamentos que tinham sumido voltaram a aparecer, fazendo com que ela fosse perdendo o controle das emoções novamente. Se ela tivesse controlado esse impulso bobo de beijar Christopher, eles não estariam passando por isso novamente. Dulce deitou-se, ouvindo todos aqueles pensamentos, mais altos do que qualquer outro som, que a culpavam de trazer problemas para a casa e sentiu os olhos arderem. A noite seria longa.

***

Uma respiração pesada podia ser ouvida do outro lado da porta, mas Christopher não sabia se seria bom ajudar como havia feito da última vez. A situação agora era mais caótica e mais complexa, envolvia uma das regras primordiais e ele sabia disso. E sabia que, além dele, apenas Dulce conhecia a infração. Resolveu entrar silenciosamente, a fim de evitar ser ouvido pelos colegas e pelas câmeras do corredor.

Dulce estava encolhida na cama, com os olhos apertados e dificuldade de respirar, tudo isso acompanhado de um rosto empapado em lágrimas. Christopher se aproximou da cama, ajoelhando-se em frente a ela, com cuidado para não assustá-la mais.

— Dul… - ele sussurrou, puxando para trás uma mecha de cabelo que cobria o rosto da ruiva. - Estou aqui com você. Olha pra mim...

Ela abriu os olhos de uma vez, com uma expressão assustada.

— Você não pode ficar aqui - ela disse fracamente entre soluços. - Vai embora, fomos nós que causamos tudo isso!

— Eu sei… Mas você não pode ficar sozinha assim… Me deixa te ajudar. Respira comigo. Por favor.

Dulce fechou os olhos novamente, tentando colocar atenção na respiração de Christopher. Na primeira vez, isso a ajudou a controlar essas emoções que tanto faziam mal, mas dessa vez era diferente. Passou-se algum tempo e nada mudou, pelo contrário. Ela queria chorar cada vez mais. Sentiu um peso ao seu lado na cama e um braço passando por ela, então soube que não estaria sozinha.

Talvez o que precisava era chorar e tentar tirar de dentro dela tudo aquilo que incomodava. Talvez o que precisava era sair dali, mas não podia fazê-lo. Talvez o que precisava era aceitar que não podia estar com Christopher, mas que precisava dele para enfrentar tudo isso. Deixou-se levar pelo abraço e pelos sentimentos, expulsando a angústia que sentia, enquanto Christopher estava ali por ela.

***

O dia começou com as expectativas de sempre, porém com uma diferença notável: Dulce havia dormido depois de muito tempo em uma cama acompanhada de apenas uma pessoa e, no momento, estavam todos seus amigos ali com ela, segurando sua mão ou com a cabeça apoiada por perto, esperando saber se ela estava bem. O problema era que não podia contar a eles o que tinha acontecido, eles ficariam contra ela e não poderia suportar não ter os amigos por perto. Além disso, ela mesma não sabia dizer o que sucedeu nos dias anteriores, seria mais difícil ainda explicar. Eles a condenariam.

Uma nova remessa de culpa a atingiu, trazendo lágrimas novamente aos olhos de Dulce, que já reclamavam de tanto chorar, e uma nova onda de pontadas na cabeça acompanhadas de náusea e tontura fizeram com que ela se encolhesse mais. Maite foi a primeira a notar a movimentação de Dulce e se aproximou sonolenta para tentar conversar com a amiga.

— Dul, o que foi, amiga? O que você tem?

A resposta foi um grunhido que acabou por acordar a Christopher e Alfonso, também próximos a ela, que no momento tentavam captar algo mais que pudesse explicar o que Dulce sentia. Anahí acordou em seguida, também aproximando-se de Dulce para medir sua temperatura, tentando sem sucesso alguma resposta da amiga. Silenciosamente entrando em um acordo, eles despertaram Christian e resolveram deixar que Dulce descansasse um pouco mais, saindo do quarto para começar as tarefas matinais. Dulce por sua vez, não conseguia parar de ouvir todas aquelas vozes que diziam o quão mal ela havia feito a todos que tanto se preocupavam por ela.

O café da manhã seria preparado por Maite, a qual deixou para Christopher os cuidados do pequeno Artur. Todo o grupo esperava ansioso que Dulce por fim se levantasse e que não precisasse de mais um atestado do médico. Todos eles esperavam uma decisão do Controle em relação à punição que recairia sobre a casa, porém seguiram a rotina como se nada houvesse acontecido na noite anterior.

Dulce se sentiu paralisada quando ouviu de longe a porta da frente e o cumprimento do fiscal Andrés, sentindo cada vez mais pontadas na cabeça e náusea torturante que não permitia que se levantasse. Chegara o momento em que perderia todos que ela amava, por fim, e que perderiam a chance de voltar para o México. Voltou a colocar a coberta acima da cabeça, encolhendo-se cada vez mais, no intuito de não conseguir escutar as palavras de Andrés e que as vozes de sua cabeça por fim ficassem abafadas.

— Bom dia, pessoal. - Começou o fiscal, aguardando que todos estivessem sentados. - É, parece que agora vocês passaram dos limites… O Controle está reunido tentando definir uma pena plausível para a falta que vocês cometeram e o prognóstico não é bom.

Andrés fez uma pausa, enquanto olhava um a um os moradores da casa, esperando alguma reação que indicasse algo além de dúvida.

— Bem, enquanto não definem, eu queria saber onde está Dulce. Vocês sabem as regras, todos tem que estar aqui na hora dos recados.

— Ela não consegue levantar… - respondeu Maite, prontamente.

— De novo doente?

Poncho tentou ajudar, justificando.

— Bem, ficamos alguns dias sem comida, é natural que as imunidades baixem.

— Vou fazer o pedido de um médico - disse Andrés após um suspiro. - Mas por favor, tentem cuidar das saúdes, porque os próximos dias tendem a ser difíceis para todos vocês.

— Andrés, eu posso perguntar uma coisa?

— Rápido, Anahí. - Respondeu ríspido, sem tirar os olhos da folha que preenchia - Tenho ainda que passar as tarefas de vocês.

— Vou ser rápida, prometo. É que no noticiário de ontem eles disseram que estávamos com uma falta e que o Controle estava deliberando a punição. Até aí tudo bem. Mas normalmente eles descrevem a falta, e dessa vez não disseram o que foi. E sinceramente também não sabemos o que é.

— Não sabem? - Ele perguntou, incrédulo.

Todos assentiram.

— Talvez vocês devessem conversar mais sobre vocês. Quem cometeu a falta sabe muito bem o que fez - Andrés olhou severo para Christopher - Eu não estou autorizado a passar essa informação, não é meu dever. Meu dever é apenas repassar ordens e a ordem hoje é aguardar a deliberação do Controle. A propósito, já terminei de fazer o pedido e o médico está a caminho, além disso, preciso terminar os informes. Vamos começar por você, Anahí, já que começou a perguntar…

As informações foram respectivamente passadas e Dulce recebeu o diagnóstico de crise de ansiedade aguda. Poderia passar o dia em casa, mas apenas um dia, uma vez que o Controle não valorizava tanto a saúde mental dos exilados, que eram considerados ‘fracos’ e ‘desimportantes’ quando comparados aos residentes da Sociedade Nova.

A manhã seguiu para todos se arrastando, inclusive para Dulce, que não podia nem pensar em todas as punições que recaíram sobre a casa pela manhã, apesar de não ter escutado a conversa de Andrés com o resto dos moradores. Ela apenas teria um dia para se recuperar e precisava reunir todas as forças para acabar de uma vez com a situação. Precisava calar essas vozes e fazer-se ouvir para pensar em formas úteis de sair desse lugar e levar todos com ela. Precisava fazer a dor de cabeça parar e a náusea sumir. Precisava descansar e colocar a cabeça em ordem antes de que todos chegassem.

Naquela tarde, Christopher e Maite seriam responsáveis pelos afazeres e, logo que chegaram acompanhados das crianças, foram checar como estava Dulce, que seguia deitada com os olhos fixos e um leve movimento dos lábios.

— Deve estar recitando algum mantra para se acalmar - sugeriu Maite, sussurando para não voltar a eles a atenção de Dulce. - Acho melhor deixar que ela fique tranquilinha mais um pouco…

— Sim - concordou Christopher - Acho que ela devagar vai conseguindo se recuperar.

Eles fecharam devagar a porta, decidindo quem faria o almoço e quem ficaria com as crianças enquanto isso. Notaram que nenhuma notificação extra chegou na casa, e que a caixa de comida jazia intacta do piso da cozinha, o que significava que o Controle ainda não tinha tomado uma decisão e que poderiam desfrutar de uma refeição, ainda que essa fosse a última até novo aviso. Assim sendo, retomaram as atividades como normalmente faziam, enquanto no quarto, Dulce vagarosamente se levantava, passando da cama para a mesa e agarrando os papéis vermelhos e a caneta, a fim de anotar todos os detalhes do plano de fuga que tinha arquitetado durante a manhã, deixando lacunas para que alguns detalhes pudessem ser definidos com o tempo.

***

Maite mantinha Artur em seu colo enquanto Christopher ajudava os meninos a montar a brincadeira que teriam nessa tarde. Mal notaram quando uma Dulce pálida se sentou no canto do sofá, encostando a cabeça e observando os movimentos das crianças. Maite se levantou, levando com ela o garotinho e o dinossauro de brinquedo e sentando-se ao lado de Dulce.

— Tudo bem?

— Quase, Mai. Logo já estou melhor.

— Guardamos algo do almoço pra você.

— Não tenho fome…

— Impossível - comentou Christopher, entrando na conversa - ficamos três dias sem comer e nem café da manhã você tomou hoje, Maria.

Dulce esboçou um sorriso fraco.

— Não é bem que eu não tenha fome… É que não estou segura se meu estômago vai querer comer no momento. - Dulce justificou enquanto Christopher a olhava preocupado. - O que vocês estão fazendo?

— Vamos ser piratas, tia! - Gritou Manu, empolgado, fazendo com que Dulce se encolhesse com o barulho.

— Vai com calma, Jack Sparrow - falou Christopher divertido com a animação do menino - sua tia Dulce está ainda um pouco sensível.

— É Capitão Jack Sparrow - corrigiu Manu, bravo com a ousadia do tio. - Vá limpar o convés, marujo! - ordenou, arrancando risadas de todos.

Dulce permaneceu entre as crianças durante toda a tarde, ganhando um pouquinho de cor a cada momento que Christopher checava a sala entre uma tarefa e outra. Chegada a hora da janta, todos já estavam presentes e mal falavam, devido à impaciência pelo Noticiário, que possivelmente traria más notícias aos moradores da Casa 14. Dulce beliscou um pouco de comida e se retirou para esperar a última responsabilidade do dia em seu quarto, ao que foi seguida pelos outros moradores.

— Dulce María - Disse Anahí, entrando no quarto com os outros e fingindo estar brava - você nem tocou na sua comida! Como vamos fazer para manter você saudável desse jeito?

Dulce sorriu frente à brincadeira da amiga.

— Fica tranquila, Any, eu não estava com o estômago muito bom. - Ela se levantou um pouco ao continuar, ganhando a atenção de todos. - Eu estive pensando muito essa manhã sobre a nossa caixinha verde. Talvez seja hora de a gente dar uma olhada nas ideias que acumulamos, não acham?

— Apoiado, Dul. As coisas estão ficando complicadas e o quanto antes conseguirmos pensar em algo, melhor - Concordou Poncho.

Christian buscou a caixinha, abrindo-a em cima da cama de Dulce, enquanto todos se sentavam em volta dos papeis coloridos. Christopher tomou a dianteira lendo uma a uma as sugestões dos amigos e organizando-as por categorias, desde ‘fugir pela mata que circundava o exílio’ até coisas mais complexas que envolviam sequestros de autoridades e união com outros exilados.

— Talvez ideias muito absurdas devessem compor uma categoria… - Comentou Maite.

— É um começo, Mai. - concordou Christopher passando as frases muito estranhas para um montinho aparte. - E o próximo passo é analisar prós e contras de tudo isso.

— Gente - chamou Dulce. - Eu tenho uma ideia que ainda não coloquei na caixa, mas acho que ajudaria a pensar.

Dulce alcançou as folhas que esteve escrevendo pela manhã, pigarreando antes de começar a descrever o plano.

— Poncho tinha comentado que seria interessante começar a pensar pelo final, para então pensarmos em como alcançar cada etapa. Acho que é uma boa maneira e escrevi algumas coisas nesse sentido. - ela tomou fôlego, atentando a qualquer sinal de protesto antes de prosseguir - Podemos começar pensando: uma vez que estivermos fora daqui, onde vamos estar? Onde especificamente, eu digo. Vamos para a casa de alguém? Vamos nos separar cada um para um lugar? Penso eu que a melhor estratégia é estarmos juntos para termos força como estamos fazendo agora. E que lugar melhor para estar do que em um lugar onde podem nos oferecer asilo? Ter um contato político pode ser um ponto positivo nessa situação toda e o único lugar que pode nos oferecer isso é a casa da Any. O que acham?

Any interrompeu as falas, saindo do quarto depressa e voltando prontamente com mais um maço de folhas e uma caneta, com a qual escreveu: ‘Plano de revolução’, acompanhado de uma estrelinha, com uma letra grande, redonda e legível no topo da folha. Adicionou logo abaixo os escritos: ‘Casa Anahí (asilo político) - Todos juntos’.

O plano ganhava cara com as sugestões de todos, apenas interrompido pela vinheta que abria o Noticiário.

Começava a revolução.


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Notas finais do capítulo

Até que enfim as ideias para a fuga chegaram
Desculpem novamente a demora, a falta de tempo acaba com a gente ):
Até a próxima
Beijos, Cat



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