Inês Huerta la Diaba - LA escrita por Débora Silva


Capítulo 12
>>> 12 - Será verdade?




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MAIS TARDE...

Inês desceu as escadas junto a Victoriano e os dois riam de algo que ele dizia estavam felizes depois de uma tarde inteira de amor estavam renovados e cheios de fome. Uma mulher que tinha chegado ali sem que eles tivessem visto os olhou caminhar para a mesa de jantar e com a voz tremula assim como seu corpo disse:

— Filha...

Inês sentiu seu corpo todo tremer e virou no mesmo momento.

— Mãe? - não podia ser verdade que ela estava ali e pior ainda vestida daquele modo.

Natália estava com um vestido velho, sujo e parecia que não via um banho a muito tempo e ela sentiu os olhos queimar pelas lágrimas estava mais magra e se via que a vida tinha maltratado ela e muito. Inês se aproximou e Victoriano apenas observou ais poucos ia conhecendo Inês, ou melhor, era a primeira pessoa que conhecia de família dela.

— O que te aconteceu? - quis tocar, mas a senhora se afastou.

— Você, nos roubou! - os olhos dela carregavam decepção. - Nós roubou depois de se entregar aquele maldito homem!

Inês negou com a cabeça já com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu não me entreguei a ele! - falou com desespero. - Ele queria me forçar e eu apenas me defendi, mas ele disse o que quis e eu tive que sumir de lá aquela mulher queria me matar por causa daquele porco!

Victoriano se aproximou sabia que ela não podia se exaltar daquele modo e a segurou pelos ombros para que ela sentisse o apoio dele.

— Ele era casado e não me podia ver pela fazenda que vinha atrás de mim com aquele papinho nojento, mas eu nem dava bola para ele até o dia que ele quis me pegar a força e eu dei uma paulada nele. - chorou. - Eu era só uma menina e aquela maldita mulher me amaldiçoou por achar que eu queria aquele homem!

Natália se manteve firme não chorou mesmo querendo ela estava ali contando a verdade, mas ela não conseguia acredita o ex-marido a tinha envenenado e agora ela vivia pelas ruas e depois de muito andar conseguiu por fim saber onde a filha estava e podia ver que Inês vivia muito bem enquanto ela até fome passava.

— Eu peguei o dinheiro que era meu! - limpou o rosto. - Depois de seu marido também querer me estuprar debaixo de seu nariz. - acusou. - Eu peguei o que meu pai deixou pra mim ou ele iria destruir tudo e pelo que vejo conseguiu já que a senhora... - nem conseguiu dizer.

— Uma mendiga? Olha o que me transformei depois que você se foi e me deixou para trás cheia de problema tendo carregar a sua vergonha nas costas!

— Eu não me entreguei aquele homem! - gritou.

— Meu amor, por favor, você não pode se alterar assim! - falou com calma não querendo ser evasivo.

— Esse aí é mais um trouxa que você vai deixar liso? - recordou o que o ex tinha dito a ela no último encontro.

— Não fale o que não sabe! - olhou para Victoriano. - Me deixe sozinha com ela! - vestiu a armadura de uma vida.

— Tem certeza?

— Sim! - Victoriano saiu e ela olhou a mãe. - O que aconteceu com o restante de seu dinheiro? Era uma fortuna comparada a minha!

— Falimos depois de muitas dividas na fazenda e tivemos que vender!

Inês sentiu o ódio passar por todo seu corpo e ela não deixaria passar aquela mentira porque ela tinha visto o padrasto e ele estava bem até dentes de ouro usava e ela estava ali dizendo que tinham falido? Ela iria caçá-lo e o fazer sofrer porque ninguém iria mexer com sua família.

— É mentira porque ele apareceu aqui é até dentes de ouro trás na boca! - falou com nojo. - Te roubou e a senhora ainda é cega por ele porque eu percebo que mesmo eu aqui falando a verdade a senhora não acredita! O que veio fazer aqui? - não queria falar daquele modo, mas ela não entenderia de outra forma.

— Eu preciso de dinheiro! Um lugar pra que eu posso dormir sem correr o risco de ser agredida ou coisa pior. - falou com pesar.

Inês mais uma vez fraquejou com aquelas palavras era sua mãe não podia ser possível que estivesse daquele modo.

— Aqui você tem tudo! - era sua mãe e não a deixaria na rua. - Vamos comer, está com fome?

— Eu posso trabalhar...

— Não repita uma coisa dessas! - queria tocar em sua mãe era tantos anos. - Venha!

Natália caminhou com ela e sentiu o estômago doer a mesa tinha bastante comida mesmo sendo somente para ela e Victoriano, era novo ter a mãe ali, mas ela faria de tudo para que ficasse e acreditasse em suas palavras porque não era mentira e ela iria provar.

— Eu preciso lavar pelo menos as mãos!

— Ali tem um banheiro pode usar depois te darei um quarto para que tome um bom banho!

— Obrigada! - caminhou para o banheiro e no mesmo momento Victoriano veio de braços abertos e ela o agarrou.

— Eu não quero falar... - deitou no peito dele cheia de amor e dor por ver sua mãe daquele modo.

— Vamos resolver! - ele disse com calma. - Você vai conseguir!

Ela suspirou nos braços dele era a primeira vez que se deixava ver frágil. Natália veio do banheiro e eles sentaram a mesa e jantaram em completo silencio, mas Inês sempre colocava mais no prato de sua mãe, não se importava com o mau cheiro mesmo a vendo incomodada e sempre dava mais a ela que comia, estava cheia de fome e comeu tudo que podia até ali dona Natália tinha andado 12 horas sem parar para encontrar a filha já que o ex marido tinha dito que ela estava naquela cidade.

Quando o jantar acabou Inês a levou para o quarto e deu a ela toalhas limpas e quando a mãe a pegou disse:

— Um dia a senhora vai acreditar em mim! - e sem mais Inês saiu do quarto com o coração acelerado seria uma longa noite sabendo que sua mãe ali estaria.


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