Heroine escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 2
Boomerang Blues


Notas iniciais do capítulo

Gente só posso lhes dizer uma coisa, mesmo eu quero que essa personagem fosse para o inferno fazer meet com Rineli e Nilde (Se pegou a referencia o Capitão Delicia vai ficar feliz) fiquei triste por ela, chorei com ela nessas cenas e chorei com ela em outra cena.
Já pode chamar o Assassino para matar. (Pegou a referencia? Capitão Delicia fica mega feliz).
Musica tema: Boomerang Blues - Renato Russo



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As palavras que deslizaram daqueles lábios pálidos não chegaram aos ouvidos de Emily, elas se perderam no meio do caminho porque naquele momento aquela jovem estava paralisada com as palavras mesmo não as entendendo.

—Sinto muito, Emily mais seu bebê está morto. —Carlisce disse com os olhos dourados triste voltados para aquela jovem moça parada na sua frente. Assim que as primeiras duas palavras foram ditas Emily se desligou do mundo.

Ela literalmente quis fugir do mundo e se esconder de todos enquanto chora a sua dor, mas assim que as palavras Está Morto deslizar por seus ouvidos e lhe tomaram o corpo como uma batida de carro forte a jovem apenas abaixou a cabeça e ficou a olhar para seu ventre já grande, ela olhava sua barriga como se estivesse tentando provar para o médico que ele estava mentindo.

Emily não estava ouvindo o que o Médico dizia porque ela em pensamentos gritava para que o bebê se movesse e ela pudesse falar que era mentira, ela queria que aquela criança lhe chutasse como ela chutava antes mais a única coisa que veio foi o silencio de sua mente.

—Não —Ela diz enquanto se levanta fazendo com que a cadeira cai, Sam que antes estava ouvindo o médico dizer com palavras difíceis que a criança, teu filho, tinha sofrido uma parada cardíaca no ventre ainda levou um susto ao ouvir o barulho da cadeira contra o chão. —Isso é mentira, você está mentindo. —Emily grita enquanto aponta o dedo para Carlisce que apenas fica a olhando.

Ele sabia que seria assim, ele esperou que ela gritasse desde que tinha lhe dito aquelas palavras, mas quando não veio ele se preocupou, esperou mais nada veio apenas o silencio e o olhar que a jovem direcionava para o próprio ventre já um pouco avantajado.

—Sinto muito, Emily mais é verdade. —O médico diz enquanto lhe olha, seus olhos dourados vagam pelo rosto quase sem vida daquela mulher que se encontrava em pé com os braços em torno do ventre como se estivesse tentando proteger a criança já morta em seu ventre.

—Não é verdade, não pode ser. —Emily diz enquanto anda de um lado para o outro com as mãos ao redor do ventre. —Vamos lá bebê chute, faça algo para eu saber que você está ai. —Ela diz enquanto desliza a mão contra o ventre e com um sorriso espera com que um chute lhe venha como um milagre mais nada veio a não ser a certeza que ela não iria ter o bebê em seus braços. —Vamos, por favor. Me mostre que ele está mentido, que você está vivo. —Ela diz com lagrimas nos olhos enquanto cai no chão com os joelhos contra o chão e com as mãos contra os olhos tampado as lagrimas que deslizam por seus olhos.

—Emily. —Sam diz enquanto sai correndo da cadeira e se ajoelha ao lado de sua esposa que chorava como nunca, ela tinha os ombros cruzados para frentes, suas mãos tremiam enquanto ela tentava conter as lagrimas que deslizavam por seu rosto.

—Sam, por favor me diga que é mentira. —Emily diz enquanto ergue a cabeça e ele pode ver as lagrimas naqueles olhos de musgo. Ele conseguia ver a dor e a raiva deslizando por aquelas orbitas que ele tanto amava, mais que no decorrer daqueles meses viu que não tinha brilho.

—Emily, eu sinto muito. —Sam diz enquanto a puxa para si, sua cabeça se encaixa na curva do pescoço de seu marido, os lábios vermelhos brancos e quase sem vida e os olhos arregalados enquanto as lagrimas deslizavam por seus olhos.

—Não, não. —Emily grita tentando fugir dos braços de seu marido, as lagrimas deslizam mais e mais ainda enquanto Sam a puxa cada vez mais ainda para si.

Ele desliza as mãos por suas costas tentando lhe acalmar mais nada parecia fazer efeito para aquela jovem mãe que gritava nos braços do marido enquanto o mesmo não sabia o que fazer porque ele ainda não conseguia acreditar nas palavras que tinham deslizando pelos lábios pálidos do médico.

O jovem medico apenas fica ali parado olhando aquele casal, ele já tinha visto muitos casais saírem das salas de seus médicos em lagrimas e muitas vezes as mulheres tinham que serem contidas porque elas estavam gritando.

Mais Carlisle naquele momento no seu consultório em sua casa apenas ficara olhando para aqueles dois se lembrando do dia em que a jovem Loba chegara ao hospital com o sangue a deslizar por suas pernas enquanto Sue desesperada começava a gritar com Emily que apenas ficara parada olhando sua prima ser amparada por enfermeiros e logo depois o grito.

Oh, ele nunca se esqueceria daquele grito que cortou o ar naquele ambiente, era o grito de uma mãe que não teve a oportunidade de aproveitar a gravidez.

—Emily eu sei que é difícil, mais preciso que você...—Carlisce começa a dizer mais não consegue terminar porque ele não sabia quais palavras usar, mesmo sendo medico a tanto tempo falar algo assim ainda lhe causa um certo medo de que estivesse tentando ceifar uma vida.

—Não termine essa frase. —Emily rosna para Carlisce que apenas suspira porque ele esperava isso da jovem mãe. —Eu vou ter essa criança, ela está viva. —Emily diz enquanto toca o braço de seu marido que se encontrava na sua frente. —Ela está viva, eu sei, tenho certeza. —Ela diz com pequenos soluços a balançar o corpo como se ela fosse um fantoche.

Ela não queria acreditar naquilo, não podia ser real.

—Emily, seu que é difícil receber essa notícia e eu também não tentaria lhe obrigar a ter um parto induzido ainda mais nas suas condições agora, lhe darei um tempo para dirigir a notícia. —Carlisce disse enquanto se levantava de sua cadeira e caminhava até o jovem casal que se encontrava ainda de joelhos no chão. —Um parto induzido pode levar muito tempo, mais a maioria das vezes o corpo da mãe expele a criança.

—Eu vou ter essa criança, ela está viva. Entendeu? —Emily diz enquanto crava as unhas no braço de seu marido o fazendo apenas morder o lábio inferior para conter o gemido de dor que queria deslizar por seus lábios.

Carlisce apenas suspira porque ele sabia que primeiro viria isso.

Ele sabia muito bem que para ela a criança ainda estava viva em seu ventre, ela não iria aceitar e isso seria aceitável por parte da mãe que por meses teve aquela criança em seu ventre, sentira ele lhe chutar.

Primeiro veio a negação.

 

 

Quando o casal chegou em La Push os lobos, menos é claro a jovem Loba e a Pequena Índia estavam lhes esperando com sorrisos nos lábios e ansiosos para saberem se seria menina ou menino.

—Então é menina ou menino? —Rachel foi a primeira a falar, sua voz fez eco na mente de Emily que estava sendo amparada por seu marido que apenas lhe aperta a mão tentando mantê-la calma mais assim que as palavras fizeram um círculo de 180 graus ao redor da mente de Emily, a jovem moça se pões a chorar como nunca antes chorou. —O que aconteceu? —A moça pergunta com a testa franzida enquanto olha para a jovem moça a chorar como se estivesse recebendo uma notícia triste e não uma notícia de que a criança podia ser menino ou menina.

A pergunta lhe caiu como uma bomba, como se aquela pergunta fosse algo que ainda não tinha sido previsto mais assim que as palavras deslizaram pelos lábios de Rachel, a jovem mãe se deu conta de que tinha perdido a criança.

A criança que ainda estava dentro dela sem vida. Sem o coração a bater. Sem lhe chutar.

Emily chorou mais ainda enquanto Sam a levava até o sofá e lhe sentava, ele deslizou as mãos pelos ombros dela enquanto ela se encolhia como uma bola, puxou as pernas e as abraçou enquanto colocava a cabeça contra os joelhos tentando esconder o rosto choroso e os soluços que deslizavam por seus lábios.

—O que foi? Alguém pode nos dizer? —Rachel pergunta enquanto olha para Emily ali sentada abraçando os joelhos enquanto Sam se encontrava parado na sua frente lhe tentando fazer ficar calma.

—Não teremos mais o bebê! —Sam diz com uma bola na garganta enquanto fecha os olhos.

—Como assim? —Rachel pergunta com os olhos arregalados voltados para Emily que chorou mais ainda naquele momento.

—O Doutor Presas disse que o bebê está morto no ventre de Emily, ele também disse que casos assim são raros mais não impossíveis. —Sam disse enquanto suspirava tentando conter o choro que queria deslizar por seus lábios.

—Fizermos todos os exames e nunca tinham apresentado nada, então quer dizer que ainda há esperanças. —Emily diz com a cabeça baixa enquanto chora mais ainda.

—Emily aceite, perdemos o nosso filho e ainda temos que voltar lá. —Sam diz sem conseguir conter as lagrimas que deslizavam por seu rosto naquele momento.

—Para que? —Quill que estava ali perto pergunta, ele sabia que a resposta poderia não ser a que ele esperava.

—O Doutor Presa disse que se em até 72 horas o corpo de Emily não expelir  a criança ele vai fazer um parto induzido.

E em segundo veio a realidade caindo em seu colo como uma bomba, Emily teria que passar por uma situação a qual qualquer mãe não desejaria.

—Meu Deus. —Clarie disse com a mão na boca se lembrando do que aconteceu a alguns meses naquele momento recinto.

Ela se lembrou que sua tia Leah tinha perdido o bebê depois de uma briga feia com sua própria prima e ali estava aquela prima com um bebê morto em seu ventre, Clarie sabia que naquele momento não existia culpados, mesmo que Emily gritasse aos quatro ventos que sua própria tia tinha se amaldiçoado a alguns meses atrás, Clarie sabia que não era verdade porque ela também se lembrava das palavras sussurras por sua tia-avó.

Tudo que você faz, um dia volta para você

 

E Emily estava arcando com as consequências do que fizera a três anos atrás, Emily teria que compartilhar a mesma dor que sua prima, a dor da perda, a dor de não poder segurar seu filho nos braços.

A natureza as vezes pode ser cruel mais ela encontra sempre uma maneira de fazer com que algumas pessoas arquem com seus pecados e Emily estava se dando conta de que ao fazer aquilo com sua prima ela já estava condenada a...

Dar uma vida por outra vida.

 E por último veio a dor e o sangue.


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Notas finais do capítulo

Só digo não sei fazer historia sem drama, serio meus amigos até falam que já estão traumatizados por causa das minhas historias dramáticas.
Eu tive que falar que tinha final feliz para eles virem ler senão era capaz deles nem lerem, kkkk



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