Momentos escrita por Lizzy Di Angelo


Capítulo 2
Bakugou Katsuki




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A verdade era que, melhor do que qualquer outra pessoa, você entendia Bakugou Katsuki. Entendia sua raiva, frustração e o sentimento de inferioridade, e era por isso que havia se tornado a namorada dele.

Odiava quando lhe olhavam estranho, ou murmuravam, e ainda mais quando lhe perguntavam porque uma garota tão agradável namorava ele. Katsuki não era ruim, talvez muito irritado e egocêntrico, mas pouco a pouco ele mudava e se transformava em alguém mais calmo e sociável, alguém de quem você se orgulhava.

Sorriu ao se aproximar, e embora ele tenha tentando disfarçar lhe puxando para irem almoçar, conseguia enxergar a tristeza no olhar dele. Suspirou baixinho, seguindo o menino até o refeitório, onde se sentou com os amigos dele e assistiu Bakugou fingir que estava tudo bem.

—Kacchan. —chamou-o pelo apelido, havia esperado até ele terminar de comer e os outros estarem entretidos em uma conversa para falar. —Vamos lá em cima comigo?

Uma das sobrancelhas se arqueou questionadora e aqueles olhos vermelhos lhe faziam uma pergunta, mas apenas se levantou da cadeira, pegando sua mochila e caminhando para as escadas, sabia que Katsuki estava logo atrás de si.

Virou-se para o menino e deixou uma de suas mãos tocar o rosto dele, ao mesmo tempo em que sentia ele acariciar seus cabelos gentilmente, ele era tão seu e conseguia ser tão doce, não sabia como as outras pessoas não enxergavam isso nele. Fixou seus olhos nos vermelhos.

—O que houve? —perguntou calmamente, seu toque era lento como quem o consolava. Podia ver na forma como a expressão dele se movia que ele pensara em dizer que nada tinha acontecido, mas havia mudado de ideia, Bakugou odiava mentir para você.

—Eles continuam falando. —sussurrou, seu tom era estranho, como o de alguém que segurava o choro. —Dizem que pareço um vilão, que devo maltratar você, que não me pareço nada com um herói.

Sabia como esses comentários eram golpes para o loiro, ele era explosivo, teimoso, mas vinha tentando mudar. E ele era sim um herói, Bakugou tinha o dom de salvar, embora muitas vezes quem olhasse suas mãos incendiadoras preferisse acreditar que ele nascera para destruir. Ele era bom, inteira e completamente bom.

—Você não é o que eles dizem. —murmurou de volta, olhando-o com tanto carinho quanto era possível expressar em seus olhos, conhecia o garoto frágil e ferido que havia dentro dele. —Você nasceu para ser um herói, Katsuki. E não é porque eles não conseguem ver o quanto você tem mudado, que você deixa de ser. Você não é um vilão, não é mal, não quer destruir, só é um menino explosivo, e isso não significa que você não é um herói.

Sentiu Bakugou envolver sua cintura em um abraço, a testa do loiro encostando em seu ombro e o murmúrio baixo dele sobre o quanto te amava, sorriu fraco, devolvendo o abraço ao mesmo tempo em que acariciava aqueles fios.

—Eu também te amo, meu herói.


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