Doce Missão escrita por Ladie


Capítulo 4
Libertina




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/76038/chapter/4

Capítulo IV: Libertina

- O seu cavalo já está selado, senhor. – Disse uma das criadas, logo ao café da manhã.

- Mais um dos seus longos passeios matinais, Lorde Sesshoumaru? – Rin perguntou, uma pequena ponta de sarcasmo se sobressaindo na voz.

- Sim, meu cavalo fica preguiçoso se passa muito tempo sem exercícios. – Sesshoumaru respondeu, levantando-se. Deixando-a sozinha na mesa.

Ele andou pelos corredores do castelo – que agora ele conhecia bem – e saiu pelo jardim lateral para seguir até o estábulo, onde o cavalariço preparara Aun, o cavalo de Sesshoumaru, para o tal "passeio" – que na verdade era uma desculpa para Rin não desconfiar que ele, na verdade, ia vistoriar as fronteiras sempre que podia.

Jaken, o lacaio de Sesshoumaru, esperava na porta do estábulo, parecendo realmente incomodado com o cheiro forte de excremento.

Sesshoumaru tirou um envelope de um dos bolsos da túnica e estendeu para Jaken.

- Certifique-se que esse envelope não cairá nas mãos de nenhum servo de Rin. De preferência, contrate um mensageiro de um burgo próximo.

- Sim, meu lorde. (N/a: Que pena que o Jaken não é o Sebastian)

Jaken observou seu mestre montar em seu cavalo de pelagem negra e sair galopando pelo campo que levaria à plantação de trigo daquele ano. Depois que perdeu seu mestre de vista, Jaken entrou no castelo.

Alguns minutos depois ele batia na porta do gabinete de Rin.

- Lady Rin, eu trouxe a carta, como a senhora me pediu. – Ele disse, estendendo o envelope para que ela anotasse o nome do destinatário.

O sorriso que ela lançou para Jaken fora tão brilhante que o fez se sentir o homem mais corajoso que ela conhecia.

Era verdade que ele respeitava muito seu mestre, mas Sesshoumaru não tinha aquele sorriso. (N/a: ainda bem, seria assustador se ele tivesse)

 

 

A fogueira enorme cuspia brasas no ar que subiam e apagavam a metros de altura.

Em volta dela os servos dançavam e riam enquanto tentavam convencer os soldados a se divertirem também. Aquele era o festival da colheita do primeiro campo, uma desculpa criada pelo povo sem muitas opções para festejar.

Tousen, o chefe da guarda, ria ao lado de Rin, falando para ela que era tradição naquelas festividades o senhor feudal beber toda a cerveja local que pudesse.

Sesshoumaru ficou atento a ela, queria saber qual seria a sua resposta.

- Por Deus, Tousen, uma moça não bebe cerveja, muito menos até não poder agüentar mais. – Tousen riu alto, estava realmente divertido com a situação. Rin era uma garota, afinal.

- Mas é uma tradição. – Tousen continuou, erguendo uma sobrancelha – Você não irá quebrar uma tradição agora, vai?

Rin se afastou um pouco de Tousen, talvez estivesse sentindo-se acuada, ou não soubesse o que fazer. Isso era o que ela demonstrava, até sorrir maliciosamente.

- Oh, eu não me atreveria a quebrar uma tradição. – e ela virou-se para Sesshoumaru, sorrindo sonsamente – O senhor se importa de tomar o meu lugar, Lorde Sesshoumaru? – O sorriso dela foi modificando-se aos poucos, até se tornar um sorriso vitorioso.

Ela deve estar adorando ter a chance de me ver bêbado.

- Não me importo. – Ele respondeu, acenando para Tousen – É uma sorte, então, que eu seja forte para bebida, já que meu pai me força a tomar o lugar dele nos festivais desde os meus treze anos.

O sorriso dela se apagou.

- Está certo. – ela fez uma pequena reverência para ele – perdi.

Tousen não entendeu o que ela quisera dizer com aquilo, mas sabia que deveria ser algo interessante, já que ele vira um leve brilho divertido nos olhos de Sesshoumaru.

- O senhor nunca me falou sobre sua família, senhor Sesshoumaru. O que é de se espantar, já que, ao que parece, estou sendo protegida por ela. – Ela olhou de relance para ele.

- Não há nada de interessante para comentar.

- Mas estou interessada. – Ela insistiu, encarando-o. Ele notou que havia algo de diferente em sua expressão. Era como se ela tivesse dado uma trégua para a competição que sempre havia entre eles.

Ele permaneceu calado por alguns instantes, até que respondeu:

- Acho que não há muito para falar de meu pai. O Duque de Minoutch é um homem forte e honrado, casado atualmente com Izaoi, a irmã do rei Henrique.

- E seu irmão? Aquele que Jibrile comentou. – ela perguntou, ansiosa. E Sesshoumaru chegou a estranhar tal comportamento.

Até aquele momento não havia passado pela mente dele que um de seus irmãos pudesse se tornar o marido dela.

- O Inuyasha... – Sesshoumaru estava para começar um discurso sobre a inutilidade do irmão quando se deu conta que ele seria um bom marido para ela. E, se acaso acontecesse, seria deveras conveniente para ele e para a família. No entanto isso significava que teria que falar bem de Inuyasha, e ele se perguntava se tal esforço valia a pena – Ele é o General do Exército Real, como ele é filho de Izaoi, ele também é o sétimo na linha de sucessão ao trono.

- Um Vassalo direto do rei. – Ela fez uma pequena careta.

- Eu não acho que ele seja tão maleável assim, ainda mais com a influência do nosso pai, mas sim, ele é um Vassalo direto do Rei. Aliás ele ganhou há um ano um grande feudo como recompensa pelos seus esforços. Ele é um grande guerreiro.

- Melhor que você? – Ela alfinetou.

- Não... Mas nós não competimos para saber qual de nós é melhor. Nós tivemos o mesmo treinador e também as mesmas condições de treinos. E capacidade nós dois herdamos de nosso pai. – Sesshoumaru informou.

- Você tem algum outro irmão?

- De sangue, não. Há o Miroku, ele também é um Taisho legítimo, filho do irmão de nosso pai, que morreu há muitos anos. Foi meu pai quem o criou, então nos consideramos irmãos.

- E ele é o quê? – Ela também parecia interessada em saber mais sobre Miroku, e ele não entendia. Mas respondeu:

- Ele era o segundo filho de meu tio. Então ele foi criado desde os sete anos em um monastério. O feudo do pai dele foi atacado em uma disputa por terras e toda a família morreu em um incêndio. Ele foi o único sobrevivente, já que estava com os monges, por isso deixou o clero para herdar as terras e o título de Conde de meu tio. Ele atualmente trabalha em Oxford, e faz... Alguns trabalhos para o exército.

- Trabalhos? – Ela perguntou. Mas ele não continuou a falar. Estava dando a entender que não revelaria mais nada sobre o primo.

Ela não se atreveu a perguntar sobre a mãe dele. Ela sabia muito bem que o pai dela salvara Sesshoumaru quando ele era recém nascido, e que a mãe havia morrido naquela ocasião. Isso, por si só, explicava um pouco do por que de ele ter se tornado um homem tão frio, mas ela queria saber mais. Queria entendê-lo, e por isso perguntara sobre sua família, sobre seus irmãos. Queria comparar seus temperamentos e chegar a uma conclusão. Conclusão essa que – de forma redundante – não fora nem um pouco conclusiva.

- Oh, Lady Rin, venha dançar. – Falou uma das filhas de um vassalo dela.

- Obrigado, mas não.

- Ela provavelmente tem dois pés esquerdos. – Sesshoumaru alfinetou com sua costumeira voz insensível.

- Aceito dançar sim, Lourdes. (N/a: que tal, Eduardo?) – E seguiu para o circulo de moças que dançavam uma quadrilha ao lado da fogueira.

E ela provou para Sesshoumaru não possuía dois pés esquerdos, ao contrário, dançava com uma leveza e elegância invejável. E ele não se importou nenhum pouco de ficar observando sua desenvoltura.

 

 


Sesshoumaru observava mais uma vez o homem a sua frente. O nome dele era Louis. Em questão de físico ele nada tinha de agradável, a não ser seu nariz reto de estilo romano. Em contrapartida ele era um rapaz honesto que saberia respeitar Rin e sua inteligência rara. Ele era o herdeiro de um feudo que não ficava muito longe de Riabelle. Ele, já a algum tempo, estava desejoso de uma esposa, mas nunca encontrara nenhuma mulher a altura de seu título de Barão.

Louis havia chegado naquela tarde, e ainda não fora apresentado a Rin, que passara o dia em seus aposentos com a costureira que acabara de chegar com novos tecidos.

Sesshoumaru não estava confiante sobre tudo aquilo. Seus instintos lhe avisavam que algo iria sair de seus planos.

O plano dele era realmente falível. Mas ele pensou nas vertentes de sua artimanha.

Ele dera a mensagem para Jaken – e Sesshoumaru nunca confiaria sua vida nele. Portanto, seu lacaio poderia fazer duas coisas: entregar o nome do destinatário para Rin, ou cumprir a risca as ordens de Sesshoumaru. E, nos dois casos, Sesshoumaru acreditava conseguir o que queria.

No primeiro caso, Rin investigaria Louis. E se havia algo de que ele próprio e todos os servos de seu feudo se gabavam era de sua "honestidade". Rin cometeria o erro de se vestir como criança novamente, crente de que teria o mesmo resultado que tivera com Jibrile, mas teria seus planos sabotados quando descobrisse que uma garota de quatorze anos inteligente, prendada e doce era o estereótipo de mulher perfeita para Louis, que, aliás, acabara de completar vinte e dois anos.

No segundo caso, Rin se veria surpreendida pela presença de Louis, e apostaria tudo no único plano que ela tinha pronto: que era o mesmo que usara com Jibrile. E com isso Sesshoumaru conseguiria o mesmo resultado nas duas opções.

O problema do plano de Sesshoumaru era somente a variável "Rin". Ela era a pessoa mais imprevisível que ele conhecia, então tinha temor do que ela reservava para ele.

- É uma corte interessante a daqui. – Louis disse, sorrindo para uma das criadas com sua superioridade costumeira. Sesshoumaru não entendia como alguém poderia ficar daquele jeito com um simples título de Barão. Ao menos Sesshoumaru não teria que se preocupar com Rin, já que Louis não se atreveria a fazer tal coisa com uma mulher superior a ele.

- Acredito que sim. – Disse Sesshoumaru, vendo a criada sorrir sensualmente para Louis e se afastar para trazer mais uma bandeja de carne.

- E como essa Lady Yakamoto é, Lorde Sesshoumaru?

- Acredito que você mesmo deva conhecê-la. – Era ali que a segunda parte do plano de Sesshoumaru entrava – Ela tenta fingir ser uma completa criança, mas, acredite-me, não é isso que ela é.

Louis acenou afirmativamente, decidira descobrir ele mesmo o que Sesshoumaru quisera dizer quando Lady Yakamoto resolvesse dar o ar de sua graça.

Sesshoumaru não precisou ver para saber que ela havia entrado no salão principal. Era normal que as pessoas parassem de falar para vê-la passar. Mas o burburinho que se espalhou logo mostrou a Sesshoumaru que ela trazia uma surpresa junto com ela.

Ele olhou por sobre o ombro... E viu que fora vencido mais uma vez.

Ela usava um vestido de camurça vinho com saias cheias e cintura baixa. O vestido era bordado em fios de ouro e o decote era profundo, quase mostrando um pouco do chemise que usava por baixo. O decote em si já era um disparate, mas as saias eram curtas demais, uma ofensa. Ele podia ver claramente as canelas dela quando ela andava com um rebolado sensual que fez Sesshoumaru se perguntar onde ela aprendera a andar daquela maneira. Os cabelos quase negros estavam presos em um coque que deixava alguns fios caírem ao lado do rosto, e passara algo na boca que a deixara quase da mesma cor do vestido.

Estava linda, claro. Linda como uma prostituta. Ele quase arfou com o pensamento.

- Lady Rin. – chamou uma das criadas, puxando a cadeira ao lado de Sesshoumaru. Foi quando Louis finalmente associou o nome com a mulher.

- Essa é a verdadeira aparência dela? – Louis rosnou. Ele estava ofendido. Como uma mulher de bem poderia aparecer na frente de homens daquela maneira?

- Boa noite, Sesshoumaru. – Disse Rin, colocando a mão no ombro dele. Pela primeira vez na vida dele ele não soube o que fazer. Ela nunca o chamara pelo primeiro nome, ainda menos o tocava tão intimamente.

Ela se sentou ao lado de Sesshoumaru, pegando uma fatia de carne com as mãos. Louis ficou com as costas eretas imediatamente, fazia pelo menos um século desde que as pessoas da nobreza deixaram de comer daquele jeito.

Ela colocou o pedaço de carne na boca e olhou para Louis. Fazendo uma expressão de surpresa.

- Oh, Sesshoumaru, não sabia que tínhamos tão bela visita. – Ela disse, erguendo a mão engordurada para Louis – Eu sou Rin Yakamoto.

Louis se recusou a estender a mão.

- Barão Louis Lembridge. – ele respondeu secamente.

- Oh, um Barão? – Ela inclinou-se para frente, claramente tentando chamar atenção para seu decote – É um prazer conhecê-lo. – E riu alegremente – Você não imagina o quanto.

Louis crispou os lábios e encarou Sesshoumaru com irritação.

- O senhor luta, Barão? – Ela perguntou, enchendo sua taça com vinho.

- Não, senhora. - ele disse, respirando fundo.

- Que pena, adoro homens dominadores... Não é , Sesshoumaru? – Sesshoumaru teria ficado ruborizado se não se esforçasse para se controlar. Ela deve ter observado como que as criadas se comportam. Essa garota é um demônio.

- Acredito que o senhor seja rico.

Louis ficou vermelho.

- Eu prefiro que a senhora não acredite nisso.

- Tão modesto. E qual a sua idade? – Ela continuou perguntando, enquanto comia mais e mais, sem se importar com um mínimo que fosse de etiqueta.

- Vinte e dois.

- Oh, tão jovem. – Ela sorriu – Homens jovens são tão... Espirituosos. – E deu mais uma de suas risadas alegres, cheias de duplo sentido.

- E qual a idade da senhora?

- Oh, eu não acho que idade importe, mas sim experiência. Não concorda?

Sesshoumaru tentou contar até dez para se acalmar. Não surtiu efeito. Tentou contar até cem, e continuou com seu deplorável estado de espírito. Ele tentava entender desesperadamente como uma garota conseguia vencê-lo com tão pouco trabalho.

- Eu aprendi uma vez com um dos guerreiros da guarda como se faz para laçar gado, o senhor quer que eu mostre?

Aquele foi o jantar mais lento da história, tanto para Sesshoumaru quanto para Louis. Depois que ela enchera o pobre de perguntas - e de derrubar uma garrafa de vinho mostrando como se laçava gado - ela limpara as mãos no vestido e se levantou.

Parou ao lado de Sesshoumaru e o encarou.

- Passe no meu quarto mais tarde. - ela disse. Sorrindo vitoriosa.

Sesshoumaru viu aqueles lindos olhos castanhos e estagnou. Se Louis se dignasse a olhar para eles por mais de um segundo notaria que tudo aquilo era uma farsa. Como uma mulher vulgar teria olhos tão lindamente inocentes?

Quando ela se afastou, Louis se levantou da cadeira.

- Eu me recuso a ficar nesse feudo mais que o necessário. Eu fui enganado e ofendido. Partirei amanhã mesmo se eu puder. Boa noite, Sesshoumaru Taisho. – Ah, Louis e sua tão magnífica honestidade.

 

 


Sesshoumaru bateu na porta de Rin, quase esmurrando a madeira.

Rin abriu a porta de supetão, reclamando:

- Pelos Céus, quem é que vai para forca? – Ela se calou ao ver Sesshoumaru. Os cabelos dela estavam soltos e ela já estava vestida para dormir. Rin apertou o robe azul-marinho em volta do corpo, para esconder o colo descoberto pelo decote profundo do blusão de dormir. O que ela estava tentando esconder depois do que fizera naquela noite?

Rin respirava rápido.

- O que diabos você faz aqui? – Ela exclamou, tentando fechar a porta, e conseqüentemente soltando as abas do robe.

- Foi a lady quem me chamou.

- Não se atreva, Lorde Sesshoumaru. – Ela ameaçou, o dedo em riste.

- Oh, agora eu sou Lorde Sesshoumaru? – Ele a empurrou para dentro do quarto e fechou a porta. Encostando-se na madeira.

- Não se atreva a fazer nada, Sesshoumaru Taisho, ou juro que grito. E devo lembrá-lo que o senhor é convidado nesse feudo. Meu convidado. Estado que posso mudar apenas com uma ordem.

Ela estava nervosa, arfante. Ela conseguira agir vulgarmente antes para Sesshoumaru por que sabia que estariam na presença de várias pessoas. Mas agora era diferente. Só havia ela e ele. Mais ninguém.

- O que você realmente pretende, Rin? – Aquela era a primeira vez que ele falava o nome dela sem nenhum acompanhamento. E soara tão quente. – Por que você não tenta conhecer esses homens antes de rechaçá-los?

- Eu não quero ser obrigada a nada!

- Eu estou tentando te dar estabilidade e segurança.

- Você está tentando se livrar de mim! – Ela gritou. E colocou a mão na frente dos lábios depois. Por que deveria se importar se ele quisesse isso?

- Também. – Ele disse, seco. E isso fez o coração de Rin se apertar dolorosamente. – Mas também quero cumprir a promessa que fiz a seu pai.

Ela fechou os olhos.

Ela parecia tão frágil, como nunca a vira antes. E isso perturbou Sesshoumaru, que se repreendeu logo depois por se deixar levar tão facilmente pela atuação dela.

- Não me obrigue a me casar sem amor, por favor. – Ela pediu, ainda com os olhos fechados.

Ele não falou nada por algum tempo.

- Eu achava que você seria mais esperta por ser tão inteligente. – O quase elogio fez Rin abrir os olhos – No entanto descubro que você é tão tola quanto as outras mulheres... Como a mulher que você tentou interpretar no salão. Não se iluda, minha criança. O amor pode não ser tão maravilhoso quanto você fantasia. – E, com essas palavras, ele abriu a porta e foi embora.

Lágrimas desceram pelo rosto dela. E ela não entendeu por que prezava tanto as palavras dele.

Ele, por sua vez, tomava consciência que, infelizmente, gostava do lado tolo dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu realmente adoro a Rin. Ela é tão... Espirituosa! Oo
uhauahuaha