O combate final de Sailor Moon escrita por blackmagic2090


Capítulo 1
Prólogo




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A milhões de anos-luz do sistema solar onde se localiza o planeta Terra, um ser etéreo vagueia, entretido com os seus próprios pensamentos. Ninguém sabe há quanto tempo vagueia pelo vasto Universo, ninguém tem informações sobre ele. Na verdade, ninguém o conhece ou alguma vez o viu a não ser que fosse essa a sua vontade. Mas ele sabe de tudo e de todos… É ele quem possui todas as respostas para todas as perguntas, para todos os mistérios, para todos os enigmas do Universo. É uma alma sem paz, pois os problemas colossais que se lhe instalam na mente ocupam todo o seu tempo e todo o seu espírito.

É pensando precisamente nos seus problemas que chega àquilo a que se pode chamar de lar. Um dos milhares de sítios onde habita enquanto faz a sua ronda. Transporta sempre consigo um globo de vidro, que contém lá dentro um espírito. Era talvez o mais próximo de um amigo que possuía. Era também através desse globo que controlava o espaço e o tempo. Sabia de tudo o que se tinha passado, de tudo o que se estava a passar e de tudo o que se ia passar.

Ao instalar-se avaliou aquilo que a sua visão alcançava. Luz e escuridão. Planetas, estrelas e satélites. Fenómenos de criação e de destruição de corpos celestes. Movimentos planetários e de galáxias. Porém, nesse dia o espírito do espelho estava inquieto e falou à alma com uma voz que parecia asmática, falando aos lances, utilizando frases curtas:

— Algo está mal. Olha o globo. O que vês?

A alma assim o fez. E pela primeira vez em toda a sua vasta existência ficou petrificada de medo.

NÃO! Não! Isso não é possível. Como é possível?

— O que se passa? O que vês? – perguntou a asmática voz.

O destino do futuro foi de alguma forma alterado. Não é aquele que conhecíamos. Sempre pensei que fosse impossível. Eu vejo a destruição quase total do Universo. Vejo escuridão, medo, silêncio… O desequilíbrio de energia e de matéria. E está muito perto.

O espírito do globo não mostrou qualquer tipo de reacção às notícias recebidas. Limitou-se a perguntar simplesmente:

— Onde começa?

— Na Via Láctea, num dos seus sistemas planetários. — respondeu-lhe a alma.

— Via Láctea? Está sob a protecção da Sailor Galaxia não é verdade?

Assim, é. Mas o mais provável é não adiantar muito pedir-lhe que interfira. Dadas as circunstâncias futuras.

— Referes-te ao Chaos e ao combate com a Sailor Moon? Então essa alteração do destino acontecerá depois disso?

Sim, algum tempo mais tarde. Mas a condição da Sailor Galaxia poderá não ser a melhor. Tendo em conta que o destino foi alterado, talvez a Sailor Moon não a consiga salvar. Temos de pedir a outra pessoa que interfira. Alguém que esteja por fora desse confronto.

— Em que sistema planetário? – Interrogou o espírito do globo.

Por coincidência é precisamente o da Sailor Moon e da Queen Serenity. O sistema GS12 – respondeu a alma após consultar o globo – Talvez… Se formos ao passado… Talvez a Queen Serenity consiga ainda fazer algo para ajudar as Sailor Senshi do futuro.

— É possível que sim. Contudo, é possível que não seja suficiente. Temos de estar cientes disso.

A alma anuíu. Ficou entregue aos seus pensamentos. Poderiam ter sido segundos. Poderiam ter sido minutos. Poderiam ter sido horas ou até dias. A passagem do tempo actuava de forma diferente em si. Numa explosão emotiva questionou:

— Mas… Como é possível? Como é que alguém consegue alterar o destino? E mais ainda… Como é possível eu não o saber de antemão? Não o ter visto?

— A seu tempo teremos respostas. Sabes o que fazer. A altura que temíamos chegou. Se o destino foi alterado então é porque existe um inimigo demasiado poderoso e com a capacidade de o fazer. Tens de cumprir a tua missão.

Sim. Eu sei. Mas e se falhar? O que será do Universo tal como o conhecemos? Não posso conceber tal coisa.

— Assim é. Penso que chegou a altura de alterarmos também o destino do Universo. Chegou a altura de despertar. Despertar agora, para mais tarde combater.

A alma ficou em silêncio. Despertar era algo que tinha feito poucas vezes. A sua acção como vigilante passava por interferir não directamente mas de forma indirecta, através de guerreiras que pudessem resolver qualquer conflito que surgisse. No entanto sentiu que desta vez era necessário. Decidida disse ao espírito do espelho:

Tens razão. Chegou o despertar. Faz o que tens de fazer Seishin. Espero ver-te em breve

— Também eu – disse o espírito do espelho, a voz carregada com angústia. – Não te preocupes. Eu encarrego-me de fazer as alterações necessárias. Agora prepara-te! Boa sorte na tua jornada.

E sem qualquer aviso, uma luz negra muito brilhante invadiu o lar da alma. Esta sabia o que estava prestes a acontecer. Iria despertar. E despertar significava reencarnar corporeamente num local do Universo onde o problema pudesse ser resolvido. Porém antes que algo mais acontecesse pensou: “Os problemas do Universo começaram. E só eu posso impedir que algo aconteça”.

E sem qualquer demora cerrou os olhos. E foi como se mergulhasse num sono profundo. Quase simultaneamente, muito longe dali, num pequeno planeta de um sistema solar localizado na Via Láctea, o planeta Terra, uma menina acabava de nascer. Era perfeitinha. Fisicamente, a única coisa mais estranha que possuía era um pequeno “8” horizontal marcado no pulso do seu braço direito. “Uma estranha marca de nascença”, pensaram na altura os pais da menina. Mal sabiam eles que ela tinha uma missão a cumprir. Custasse o que custasse.


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