Sonhei Que Amava Você escrita por LysaHVeloso


Capítulo 1
Prólogo




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O som das ondas se quebrando era relaxante para a jovem morena, ela estava se despedindo da bela cidade em que morava, ela acabara de descobrir que foi aceita na faculdade de Manchester.

   Ela ainda não tinha contado a ninguém que havia passado, ela estava com medo do que seus pais iriam dizer, medo que eles não a deixariam ir para uma nova cidade, para um novo país. Ela temia mais da parte de sua mãe que não tinha aceitado muito bem quando a morena disse que iria desistir do curso de Direito, ela já havia estudado 2 anos de seu curso, mas ela nunca amou o que fazia. Ela se sentia influenciada por seu ex-noivo e sua mãe.

   A morena estava cansada de tudo e a única pessoa que a entendia estava longe, ele sempre apoiou as decisões dela, como ela sempre estava disposta para ouvi-lo se queixar do pai. Lizzie sabia que Leon tinha que tomar uma atitude e se opor ao que seu pai o mandava fazer, mas ele tinha medo, ele tinha mais medo de seu pai do que Lizzie tinha da mãe, Leon a ajudou com seus problemas com sua mãe, mas Lizzie nunca conseguiu retribuir o favor.

   Ela se sentou sobre a areia fina da praia, o mar estava negro como o céu, como se tudo estivesse unido. Ela não gostava muito de praia, a não ser se fosse à noite, ela gostava de como tudo parecia tão calmo. Ela gostava da Califórnia e estava triste por esta se mudando, ela estava disposta a bater de frente com sua mãe se ela não a deixasse ir.

   A morena veio para seu refúgio para que ele lhe desse coragem para contar a seus pais amanhã à noite. Ela estava voltando para San Fernando para a comemoração de seu aniversário de 20 anos, ela já estava de férias, mas permaneceu em Santa Clara onde fica sua faculdade, ela não iria sozinha, sua amiga Jolie estava indo para dá uma força.

   A morena escutou vozes e se levantou. Alguém havia descoberto seu esconderijo, ela sabia que era arriscado ficar na praia até tarde da noite, ela limpou a parte de trás de sua roupa e saiu de trás de um barranco alto de areia.

   Havia três jovens caminhando em sua direção, seu coração acelerou e o nervosismo tomou conta dela. Dois dos homens estavam fumando e algo lhe dizia que não era tabaco, um dos caras lhe sorriu e ela olhou para o chão, ela estava nervosa, mas não queria demostrar isso.

   — Boa noite — disse ele.

   — Boa noite — retribuiu por educação.

   A morena de olhos claros sentiu um alivio assim que os três homens passaram por ela, ela se dirigiu até o acostamento onde havia estacionado seu carro. Durante o trajeto ela passou por quiosques, alguns dos jovens bebiam e dançavam e tudo tinha cheiro de fumaça. Ela não entendia o motivo disso, ela era mais caseira, ela iria à festa, mas não ingeria nada alcoólico.

   Ela entrou no velho SUV do seu pai, ele havia lhe presentado quando ela completou seus 16 anos, ela acabou criando um vínculo com o carro, ela gostava de sair dirigindo por aí, ela se sentia livre e feliz por de trás daquele volante, se sentia poderosa e até invencível.... Mas ela sabia que isso estava prestes a acabar, ela tinha medo de se mudar para outro país, lá as coisas seriam diferentes, mas ela o teria ao seu lado.

   Ela não via a hora de contar que havia sido aceita, ela queria que ele fosse o primeiro a descobri, mas quando ela ligou para ele seu telefone estava deligado. Ela entendia que ele era um homem ocupado mesmo com a pouca idade, seu pai cobrava muito dele, mais do que o necessário. A diferença de idade entre os dois era pouca, Leon é mais velho dois anos que ela, mas mesmo com toda a responsabilidade que carrega, com toda a pressão e o estresse ele conseguia se um garoto. Enquanto alguns rapazes que tinha a mesma idade que eles festejavam e bebiam, ele estava lendo relatórios e tendo reuniões chatas, mas ele tentava ver um mundo de outro ângulo, mesmo odiando o que fazia ele arrumava um jeito de se sentir feliz com isso.

   O toque de seu telefone roubou todos os pensamentos da morena, ela ficou nervosa e seu coração disparou assim que ela leu o nome Leon na tela. Ela demorou um pouco a atender, ela queria contar as novidades a ele, mas ela queria fazer isso pessoalmente. Ela sorriu como uma boba e atendeu a ligação.

   "Acordei você?", sua voz saiu suave fazendo um sorriso rasgar o rosto da morena.

   "Não", disse ela estacionando o carro no acostamento e verificou se as postas estavam mesmo travadas.

   "Você sabe que gosto muito de você, não sabe?", por algum motivo ela ficou tensa. Ela sabia que algo tinha acontecido, mas tinha medo de perguntar o que era.

   "Credo Leon, parece que vai morre", brinca. Ele ri, mas a morena sabe que algo está lhe chateando. "Onde você está?", ela sabia muito bem onde ele estava, ele já havia lhe dito, mas ela queria saber se ele estava a caminho, ele havia lhe prometido que iria está aqui para seu aniversário.

   "Ainda estou no Brasil", era tudo que ela não queria ouvir. Ela queria que ele dissesse que estava a caminho ou que já estava aqui. "As coisas complicaram um pouco", ela entendeu o que ele queria dizer.

   "Tudo bem", disse ela sem animo algum. Ela estava empolgada com sua vinda, ela queria finalmente o abraçar depois de oito anos sem se ver.

   "Desculpa", sussurrou depois de um tempo. Lizzie estava decepciona e triste, ela aguardou por esse dia e agora ele não iria acontecer.

   "Eu entendo", ela entendia, mas ela achava isso injusto. Seus olhos se encheram de lagrimas, ela desviou seu olhar para o banco ao seu lado vendo a carta que havia recebido da faculdade.

   Talvez possamos nos encontrar quando me mudar para Inglaterra. Pensou ela. Tudo ficou quieto por um tempo, ela não sabia se era uma boa hora para contar a ele sobre tudo que aconteceu essa semana. Ela havia tomado coragem, coragem que até agora não tinha entendido.

   "Eu terminei com o Noah", ela disse. Ela estava esperando para contar quando ele estivesse aqui, mas como ele não vem mais, ela achou melhor contar.

   "Você o quê?", sua voz saiu fina.

   "Eu rompi com o Noah e tranquei o curso de Direito", ela estava decidida a mudar sua vida. Lizzie sempre se sentiu presa, ela se sentia pressionada com tudo, ela não o amava, ela não estava feliz, nem com seu noivado nem com o curso que havia escolhido. "Você ainda está aí?", ela perguntou depois de um tempo.

   "Sim", sua voz é fraca. Ela sabia que ele estava absorvendo o que tinha acabado de descobrir.

   "Eu fui aceita na faculdade de Manchester", ele tossiu. Ela não esperava que seria aceita, ela só fez a prova por fazer, como ela havia feito com as demais faculdades. Ela tinha feito um acordo com sua mãe que só iria trancar o curso de Direito quando estivesse com uma carta de admissão em mãos, mas ela já havia trancado quando o ano letivo acabou. "Eu iria contar pessoalmente, mas como você não vem mais...", ela sentiu uma pontada no peito. Ela já havia planejado tudo em sua mente, ela havia imaginado o abraçando e sentindo o seu aroma. Em sua cabeça ela imaginou que seu cheiro era amadeirado.

 "Quem disse que eu não vou mais?", disse ele deixando a morena confusa.

   "Você!"

   "Eu disse que houve complicações, não que não iria mais", ele ri fazendo o coração da morena disparar.

   "Você vem mesmo?", seu corpo ganhou animo e a alegria voltou a se apoderar dela.

   "Só que não sei se vai dá para chegar a tempo para seu aniversario", ela não ligava para que dia ele vinha, ela só queria vê-lo e abraça-lo.

   "Eu pensei que nunca mais iria te ver", ela admite.

   "Você vai morar a 4 horas de distância de mim, acho que vai me ver tanto que irá me expulsar de sua casa", ela ri. Ela não havia pensado nisso, quer dizer, ela não havia pensado em nada ainda, as aulas começam em setembro e ela precisava fazer a matricula até agosto e ainda não tinha onde morar.

   "Tenho tanta coisa para resolver ainda", eles riram. Uma batida na janela faz a morena pular e soltar um grito com o susto. O aparelho celular cai no piso do carro.

   Do lado de fora havia um policial, a morena estava tão empolgada com a ligação que mal percebeu que havia estacionado em local proibido. Ao perceber que era um polícia ela sorri envergonhada.

   — A senhorita não pode estacionar aqui — o policial diz quando ela abaixa o vidro. O mesmo desliga a lanterna em suas mãos. — Habilitação e documentos do carro, por favor. — A morena abre o porta-luvas e pega o que ele pediu. O toque de seu celular volta a soar deixando-a mais nervosa. — Dessa vez será só uma advertência, na próxima terei que multa-la — ele devolve os documentos e a habilitação. — Tenha uma boa noite — retribuí-o ela antes de dá a partida.

 


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Notas finais do capítulo

☆*.·.· *.·.·*☆*.·.· *.·.·*☆*.·.· *.·.·*☆*.·.· *.·.·*☆*.·.·

Então aqui esta o prólogo e espero que gostem :)

Votem, comentem, espalhem para os amigos. . . Mostre para sua mãe e para seu pai ??” Não isso não ??”, hehehehehe



All the love L.H



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