Pesadelo Branco escrita por Agome chan


Capítulo 5
Logo isso terá fim




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Sobre o solo só havia restos daqueles demônios; suas estranhas, órgãos, corpos abertos, naquele cenário pós guerrilha e pareceria que levou horas para tanta devastação, mas com os poderes de Bakusaiga e Tessaiga foi uma questão de curtíssimo tempo.

O que surpreendeu até os três líderes dos que jaziam eternamente. Receosos, pois até então estavam subestimando seus inimigos. O que estava na sua verdadeira forma de neko demoníaco, com prováveis 20 metros, avançou para cima do inu-hanyou, enquanto os outros dois ainda na forma humanoide enfrentavam o inu-daiyoukai.

Numa estratégia de se livrarem rapidamente do hanyou, pois ele não conseguia se transformar, e tentar impedir a transformação de seu irmão, esperavam lhe dar sensação de estar encurralamento estando dois contra ele.

Os sons dos encontros das lâminas de suas espadas ecoavam num estrondo. Sesshomaru mantendo os dois diante da sua Bakusaiga com firmeza, empurrando-os até um deles perde a resistência a vacilar num desequilíbrio. Seu companheiro foi protegê-lo usando a sua espada, mas numa agilidade e rapidez harmônica, Sesshoumaru associou o poder de bakusaiga cortando seu tórax, e já se defendendo do ataque do outro que avançou em uma série de golpes contra si, para lhe afastar do neko que agora se colocava de joelhos.

O ataque da bakusaiga prosseguia fazendo efeito, abrindo mais corte profundo, não permitindo seu corpo a regeneração natural. Tossiu sangue, mas voltou a se pôr de pé vendo seu companheiro causando estrondos no céu, lançando o poder de sua espada que era destruído e repelido pelo o da bakusaiga.

[…]

Não seria a primeira vez que InuYasha enfrentaria um youkai diversas vezes maior do que o dobro do seu tamanho, e não seria a última. O monstro veio aproveitando o último golpe que InuYasha desferiu nos últimos lacaios felinos, estando distraído, correndo com firmeza para já acertar o hanyou numa cabeçada e lhe derrubar. Assim seria uma presa mais fácil.

Mas já à distância InuYasha sentiu sua aproximação e só quando estava perto o suficiente, se virou, não dando tempo do monstro parar e saltou para o pescoço da fera lhe envolvendo em seus braço cravando suas garras, lhe sufocando, pegando impulso para dar outro salto montando a besta e fincando sua Tessaiga na nuca.

Num gemido engasgado de dor a fera se ergue se jogando para trás, querendo se livrar do hanyou que ainda com a Tessaiga em sua carne, a segurando com força, foi lhe cortando o torço dando a volta em seu corpo, ao ponto que abria a ferida. Assim quando o youkai caiu de costas, InuYasha estava por cima, pronto para a Ferida do Vento. E por estar tão focado não viu o youkai que lhe jogou no chão, também na forma de grande besta, o mesmo neko ainda ferido pelo Sesshoumaru.

Tentou lhe devorar, mas InuYasha segurava aberta sua boca com a Tessaiga atravessada no palato, e seu pé fazendo força para baixo, rasgando aos poucos a mandíbula daquele predador. Mais sangue respigava diante de si e mais preocupado ficava pela sua inconsciência assassina que buscava por mais.

O neko que lutava com Sesshoumaru ficou preocupado com os seus aliados ali no chão.

— Não ouse se distrair! — Ouviu a voz grave ecoar e ao virar-se sentiu os caninos lhe penetrarem parte de seu ombro, torso e pescoço.

Quanto mais tentava se soltar, empurrando com a única mão livre, que não estava dentro da boca do inu, a face dele, mais os dentes afiados lhe cortavam e lhe rasgava. Novamente a regeneração não estava funcionando e era do miasma venenoso que gotejavam das presas do cão, lhe queimando literalmente de dentro pra fora.

Afoito aos berros pela dor, fraco, com terror de se transformar na sua real forma de gato demônio, com o inu de ter mais facilidade de terminar o serviço e lhe arrancar um terço de seu corpo, empunhou sua espada para lhe acertar na cabeça. Percebendo a intenção de seu adversário, Sesshoumaru girou, ainda segurando aquele corpo, no ar com extrema velocidade e precisão, em queda livre.

Outro estrondo quando com a velocidade e seu peso enterrou o neko no solo. O impacto foi tanto que as árvores ao redor caíram e a mata abaixo dele se dissipou.

O neko com o pouco de consciência que tinha pode vislumbrar Sesshoumaru novamente em sua forma humanoide. Ele apontava a lâmina da Bakusaiga a centímetros de seu rosto, enquanto os raios de seu poder se um verde reluzente ao ponto de cegar naquela noite, dançavam pela lâmina afiada.

— P-piedade… — Fora o máximo que conseguiu falar diante daquele ser, já arrependido de ter ido ali.

O rosto do Sesshoumaru prosseguia imutável, mas seus olhos âmbares adquiriram um brilho mais intenso e sobrenatural.

Era o vislumbre de satisfação, de ver a expressão de sua vítima que ia ficando mais aterrorizada ao perceber suas condições. Sangrava em abundância, um terço de seu corpo estava a metros de distância e o youkai percebeu, trêmulo, agora, agonizando.

— Mandou irem atrás de Rin. — O rosto do neko ficou mais medonho pelo medo. Bastou aquilo para confirmar o que Sesshoumaru havia dito. — Senti cheiro relativamente mais próximo ao teu do que dos outros dois. Eram teus servos, especificamente seus, que já devem estar mortos.

— Miseric— Os olhos do Sesshoumaru voltaram a ficar vermelhos e sua mandíbula estava tensa pelo ódio e repulsa. O grito do neko foi ensurdecedor quando foi atacado novamente.

[…]

Miroku, mesmo cansado, estava extremamente preocupado em manter a aldeia protegida, mas exercia muito de si e muito de sua amiga, Kagome-sama. Sango preocupada voltou para lá com Kohaku e ordenou os aldeões se reunirem num espaço menor, indo mais para o meio da vila. Seria mais fácil para ambos, mas não sabiam até onde eles conseguiriam aguentar. Era demais.

Por sorte os youkais mais fortes foram assassinados pelos irmãos. Se houvesse um daqueles, não teria como…

Rin, ainda suja com sangue dos “pacientes”, arfando, foi ajudar o monge e a sacerdotisa, vendo claramente o mal-estar dos dois, ainda mais de Kagome que estava ferida.

Passavam panos na testa de ambos e lhes traziam água.

— Logo isso terá fim. — Disse ela esperançosa e os dois cansados lhe sorriram.

Mas a jovem Rin também estava preocupada, além de estar por eles dois, também com o que acontecia por fora daquela proteção. Com Sesshoumaru.

A batalha parecia extremamente acirrada, mal era possível de ver, só lhe foi permitido ver um vislumbre dele em sua forma de fera, levando um felino consigo pela mordida sanguinária, enquanto o mesmo se debatia.

Queria que tudo aquilo terminasse logo, vê-lo novamente na sua postura serena.

Entretanto não terminaria da maneira como pensava. Seu coração se apertou ao ver novamente os aldeões vindo de outras áreas para ficar ali no centro. Antes atordoados, correndo, agora passavam por cima uns dos outros aos berros de desespero olhando para trás para ter certeza da distância do perigo.

Naquele momento os três se entreolharam sabendo que não estavam só cumprindo a vontade de Sango e Kohaku, ainda tinha algo a mais acontecendo.

Rin sentia a sensação de sufocamento pela apreensão, olhando para o alto e vendo a barreira tremer, com Miroku e Kagome sentindo mais dores. Assim como os outros ali olhando para o céu perceberam que a barreira estava enfraquecendo, algo estava tentando quebrá-la.

Um dos poucos soldados nekos que fugiu do campo de batalha, adentrou o local estrategicamente para sequestrar uma das humanas. Se conseguisse, poderia usá-la de refém e manter sua vida. Estava apavorado com medo dos inus, então deveria ser uma das que possuem um forte cheiro deles que garantiria sua escapada.

Para sua sorte sentiu o cheiro vindo de duas que estavam muito próximas. Uma era uma miko que aparentava estar desgastada, a outra uma aldeã que estava olhando para todos os lados perdida, coberta de sangue humano. Sabendo que a miko era poderosa, mesmo estando mais fragilizada, resolveu não arriscar, porque também não se encontrava no seu cem por cento.

As pessoas confusas pelo medo, mal o reconheciam, afinal eram tantas pessoas que ele poderia facilmente passar despercebido naquela forma humanoide, aquela confusão, ou ser notado e causar ainda mais pânico.

U-um youkai?! — Gritou um aldeão.

Muitos assustados começaram a fugir dele. Foi notado até demais, mas como não tinha como voltar atrás com seu plano. Aproveitou que os humanos saíram do seu caminho e rapidamente avançou em direção à humana, já preparando as garras.

— Rin! — Kagome tentou avisar a garota que lhe olhou confusa.

Então olhou para trás vendo o neko já praticamente sobre si, com as garras prontas para lhe tocarem. Num rápido movimento resultado pela adrenalina, sem nem pensar direito, ela se abaixa, já puxando a faca que estava presa em seu obi e segurando com sua força, sem pestanejar, começa corta o demônio abaixo da barriga de fora a fora. O sangue dele indo em seu rosto.

Salta de costas pousando de joelhos no chão.

Logo em seguida se pondo a correr.

Aquilo só retardaria o youkai no máximo. Mas pelo menos deu tempo para escapar. Seu treinamento com Sango e Kohaku não foi em vão.

O demônio deu um sorriso passando a mão pelo seu ferimento. Ao tentar voltar a perseguir a garota, sua perna foi enrolada por uma corrente e ele foi içado com força no ar. Pode ver o exterminador de youkai¸ Kohaku, que havia lhe feito isso com sua kusarigama, enquanto o encarava sobre a Kirara.

Rin virando-se de costas pode constatar o mesmo. Notando que se Kirara entrou ali, era porque o que separava a aldeia do resto, a barreira, já tinha sido desfeita. Como se todos estivessem em velocidade reduzida, foi olhando mais ao seu redor ao ponto que ainda corria; Kagome sucumbia ao cansaço e Miroku-sama a segurou com delicadeza, não lhe deixando cair inconsciente e se ferir mais.

Acompanhando o olhar dos aldeões pode ver Sesshoumaru, rápido, vindo dos céus em sua forma majestosa ainda como fera, seus pelos prateados destacando sob a luz do luar, ainda mais suas presas que brilhavam contra a mesma. Indo em direção ao youkai que Kohaku “pescou”, lançando-o no ar longe de Rin e para Sesshoumaru lhe pegar pelos dentes e tirá-lo dali.

Diante de Rin, Sango apareceu-lhe estendo os braços e abraçadas ficaram contra uma árvore, estando mais protegidas. Rin não imaginava do quê, mas viu depois, assim como Kagome pode se dar o vislumbre de olhar a luta de um enorme youkai neko de pêlo acinzentado, contra um inu de pelos prateados.

Era aquilo que assustou os humanos, mesmo eles sabendo que um daqueles youkais estava impedindo o outro de se aproximar deles, a batalha entre ambos era sangrenta e excessiva.

Kagome ficou procurando o marido com os olhos, a ansiedade fazia doer-lhe a cabeça, vendo tantos corpos naquele mar de sangue, rezando para o dele não ser mais um entre eles. Ao ponto que via Sesshoumaru lutando daquela forma violenta.

Mas ele parecia diferente. Além de não produzir veneno, também em sua forma de se mover e nos sinais que tinha na cara canina. Enrugando o cenho. Ela estranhou.

Foi quando o felino avermelhado que parecia morto de tão ferido, se levantou ainda fraco, partindo para atacar o cão que lutava com seu companheiro, na intenção de acertar-lhe de costas e seu irmão de raça. Kagome queria gritar para Sesshoumaru em aviso, se sentido apreensiva junto a Miroku, mas não tinha forças para tal. Ainda estava procurando o marido quando ouviu Rin:

— InuYasha-sama, se abaixe!

A orelha do grande cão se moveu captando o som vindo de Rin e no meio da luta ele empurra o acinzentado gato consigo contra o chão. Aproveitando o momento, o avermelhado salta para ir por cima do cão, mas se depara com o outro inu vindo veloz em sua direção entre as árvores, com os olhos vermelhos demoníacos brilhando em contraste a escuridão da floresta fechada que ele saia. Abrindo a boca com as presas prontas, somando o peso adquirido pela sua rapidez, abocanha o pescoço evitando que o neko conseguisse completar o objetivo e atrapalhar a briga daqueles outros dois, e novamente Sesshoumaru leva um neko em suas pretas.

Terminando o serviço que InuYasha tinha iniciado com a Tessaiga e com suas presas de grande cão, Sesshoumaru arranca a cabeça do demônio.

Kagome só conseguiu murmurar um:

— InuYasha…?

Enquanto via a fera canina abrir a garganta com as garras do felino.

E ela, cansada e surpresa, ficou inconsciente ouvindo as vozes preocupadas de Miroku e Kaede lhe chamando.

[…]

O ar estava pesado por tantos corpos pesados irem de encontro ao chão, a poeira se levantou em demasia. O gato avermelhado estava com os olhos esbugalhados, morto, com um corte profundo na garganta exposta e os braços amputados.

Sesshoumaru voltou sua forma humanoide se aproximando daqueles restos, encontrando o irmão na forma hanyou com a boca coberta do sangue daqueles youkais, assim como a de Sesshoumaru, que se limpou rapidamente com um movimento de mão. InuYasha cuspiu enjoado, ainda atordoado, tentando recobrar a consciência, mas sentia-se confuso.

— InuYasha? — Chamou-o.

Mal o hanyou se virou para lhe encarar e já caiu inconsciente. O irmão com a expressão fria o amparou com um braço, antes dele cair de cara contra o solo.

 O Sesshoumaru achou o evento deveras interessante, ao ponto que arrastava o mais caçula para a aldeia, mantendo sua expressão gélida que Rin ficou tão feliz em ver.

Contínua…


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