Pesadelo Branco escrita por Agome chan


Capítulo 4
Apenas dois Inu-Youkais




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Naquela situação, seria tudo ou nada. Era tudo ou nada. Então foi decidida galopando, segurando duas flechas apontadas para aquele monstro felino, sabendo que o menor vinha atrás de si.

Ele que estava só se preparando para avançar quando foi golpeado pelas flechas, se surpreendendo pelo seu poder que lhe derrubou ao penetrar em ambas as pernas, lhe pulverizando a carne.

Não conseguia mais se mover e a última flecha de Kagome na sua cabeça pulverizou seu corpo por inteiro.

Ela estava se aproximando da barreira, quando o youkais que vinha atrás pegou mais velocidade, transtornado com a morte do outro diante de seus olhos, e para se vingar conseguiu abocanhar uma das pernas daquele cavalo e puxá-lo. Assim Kagome acabou sendo arremessada para longe.

Seu corpo bateu-se contra o chão e girou por uns metros até parar, toda dolorida. Só podia ouvir o som de gritos ao longe abafados. Eram de humanos e youkais, todos misturados de modo que não tinha como determinar, ainda mais nas condições em que Kagome se encontrava, com seus sentidos afetados.

Sua força espiritual poderia ser desproporcional, mas seu corpo prosseguia humano.

Foi tentar se levantar, mas sentiu um youkai felino humanoide empurrar seu rosto contra o solo, enquanto outro pulou em suas costas. Gemeu de uma forma que machucava e arranhava sua garganta, ao ponto que sentia ele quebrar-lhe algumas de suas costelas. Para completar, perfurou seu braço com uma estaca.

A dor que sentiu pelos golpes a fez soltar algo gemido e tossir seu sangue.

— Fique quieta, humana! — Disse um deles.

— Agora não tem como disparar suas flechas, né? — Disse o outro.

Com dificuldade virou o rosto para ver a face de ambos, lembra-se da cara de seus inimigos. Não importava a aparência, no momento em que seus olhos encontraram com os deles, várias garras vermelhas cortando os ventos estraçalharam seus corpos.

No mesmo instante reconheceu aquele golpe do marido, enquanto os youkais se dissiparam em cinzas carregadas pela brisa noturna.

Já havia escurecido…

Ela estava cansada.

Conhecendo InuYasha, sabia que ficaria transtornado vendo seu braço naquele estado ainda preso. Então pegando uma espada ali por perto cortou a lança rente a seu braço, e ao se levantar, tirou de si, o que lhe doeu muito. Trincou os dentes, mas o fez ficando de joelho e se desequilibrando sentido uma mão segurando seu braço não ferido e colocando seu corpo contra o dele delicadamente.

Sentiu uma fisgada de dor pelas costelas.

Sabia que era InuYasha, mesmo vendo seu rosto de preocupação com sua visão embaçada depois, junto a Kirara, Kohaku, Sango, Myouga, Sesshoumaru e Jaken.

Kagome pressionava seu ferimento com força para não perder muito sangue.

Sem pensar duas vezes, InuYasha iria entrar consigo, mas ela evita, segurando seu braço com força.

— A barreira!

Era verdade. Se InuYasha tivesse ali dentro quando foi criada não teria problema, mas para entrar teria. Ele e o irmão conseguiriam passar com insistência, mas a enfraqueceria. Era melhor mantê-las com a barreira purificadora forte ali dentro.

— Sango. — Disse InuYasha e não precisou dizer mais nada à exterminadora, que já estava pegando Kagome nos braços e entrando com ela na barreira das presas.

— Rin! — Jaken gritou chamando a menina que seu amo observava à distância. Ela estava afoita, ajudando as pessoas machucadas.

Ela se levantou e correu para a beira da barreira, quase saindo, mas:

— Rin, não. — Ao ouvir o comando de Sesshoumaru, parou estática no mesmo instante. — Ele se aproximou só suficiente para ela ouvi-lo. — Não saia daí de forma alguma. — Concordou com aceno de cabeça.

Mas ele ficou surpreso e confuso ao ver a expressão transtornada da jovem Rin em tristeza, os olhos se enchendo de lágrimas:

— Me desculpe, Sesshoumaru-sama. Eu deveria ter ido de manhã como era tua vontade…

— Isso m— Jaken foi repreendido pelo seu senhor, o que lhe criou galos na cabeça.

— Não diga besteiras, Rin. Não é sua culpa, compreende? — Concordou novamente com força. — Agora fique em segurança, eu, Sesshoumaru, cuidarei do resto.

— Sim.

Voltando-se para o jovem humano que descia de Kirara, Sesshoumaru disse:

— Kohaku. — Assim como Sango, Kohaku entendeu rapidamente o que o Inu-Youkai queria dizer. Concordando com Sesshoumaru, entrou na barreira e levou Rin mais para o interior, se preparando para protegê-la.

De rabo de olho Sesshoumaru olhou para o irmão e lhe disse:

— Não perca o controle, InuYasha.

Kagome não tinha percebido, mas os olhos do marido estavam ficando vermelhos e os traços estavam começando a aparecer em seu rosto.

Ela enrugou o cenho segurando a Tessaiga ainda na bainha. A empunhou.

— Isso cabe a você também, Sesshoumaru.

E a tensão no olhar de ambos, e o youki aumentando, comprova que os dois estavam corretos. O que deixou Jaken e Myouga preocupados, ordenados a ficar por eles. Ao ponto que InuYasha sabia que não precisava pedir a Kirara para permanecer no seu posto, ela sabia a quem deveria proteger.

Myouga iria fugir de qualquer forma.

Mas Jaken foi quem mais ficou balançado de ter que ficar ali. Até os gêmeos youkais chegaram depois de exterminarem outros felinos ali por perto. Também ficaram aborrecidos de não poderem acompanhá-los mais, porém era algo que InuYasha e Sesshoumaru queriam fazer sozinhos.

Ambos rapidamente passaram para frente da aldeia. Dando a “recepção” do líder daqueles nekos.

— Olá, não me diga que são apenas vocês dois youkais inus que terão que enfrentar?

Era um enorme youkai felino vestindo uma armadura por cima de suas vestes, seu pelo era acinzentado e seus olhos eram amarelados. Lembrava o antigo dos gatos de fogo que eles tinham derrotado anos atrás. Na frente dele haviam diversos outros nekos, lhe servindo e fazendo sua segurança.

Sesshomaru olhando aquele bando, que lhe encarava com olhar sanguinário, só pode pensar em uma coisa:

— Patético.

O líder deles ficou ofendido ouvindo bem o que o dai-inu havia dito:

— Como ousas?

E com a mesma franqueza e uma expressão imutável, que tirava seus adversários do sério, Sesshoumaru prosseguiu:

— Se escondendo atrás dessa escória crê que pode significar uma ameaça a mim, Sesshoumaru? — E repetiu — Patético.

Deixando a todos ali ainda mais irritados.

— Estão em clara desvantagens, não percebem isso? Deveriam pedir por misericórdia.

Ambos os filhos de Inu no Taisho não conseguiam acreditar no que estavam ouvindo, na audácia daquela criatura. Lhe corta a língua e pendurar sua cabeça para servir de exemplo parecia uma excelente ideia que pairava na mente de Sesshoumaru, e até na que estava ficando mais sádica de InuYasha.

Não era um youkai de classe inferior, Myouga e Toutousai sabiam disso, que se tratava de um grande youkai neko, mas não importa o que digam a esses dois, a arrogância corre em seu sangue como de qualquer um com grande concentração de youki. As provocações não terminariam ali.

Ainda teve o acréscimo de InuYasha apontando sua Tessaiga para ele:

— Esse número que trouxe não será o suficiente, quando der por só vai restar você morto pela minha espada.

O sorriso maligno que o neko abriu fez seus súditos tremerem, mas os dois a sua frente prosseguiam com suas expressões: Sesshoumaru com sua face gélida e InuYasha de irritação costumeira.

Entretanto aquele sorriso maligno não apareceu gratuitamente, ele lembrou-se olhando para aldeia o que poderia ser para tornar aquela luta divertida:

— Espero mesmo que dê tempo para me alcançarem, já que demoraram para chegar e proteger suas humanas de meus lacaios, se caso se distraírem novamente, atravessar a barreira e devorarei as—

Não lhe deu tempo de terminar a fala, pois Bakusaiga e Tessaiga já destroçavam corpos daqueles youkais por todos os lados, com seus relâmpagos cortando o céu, causando explosões que mexiam em todo o solo. Aqueles corpos sendo atravessados, eletrocutados, estraçalhados, pulverizados.

Cada Inu em uma ponta manejando sua espada, atacados de todos os lados pelas tentativas daqueles felinos, que já lhes ferviam o sangue pela a rivalidade natural das raças, pior ficava com a voz do líder ecoando em nas cabeças dos filhos de Inu no Taisho, lembrando da ameaça que fizera a quem estavam ali para proteger. Ambos possuíam uma expressão de fúria que agradou em demasia o líder.

O grande líder possuía em cada lado de si um poderoso youkai neko na forma humanoide, à espera de se transformarem para atacar.

Seria fácil. Estavam deixando brincarem com seus lacaios para enfrentá-los depois. Até porque um deles se tratava de um hanyou, estava ganha a luta, não era imaginável que só aquelas duas figuras estavam sendo temidas e ganhando toda a honra que por direito lhes pertencia. Não permitiriam tal feito, por isso que ambos deveriam ser mortos e seus corpos embalados para mostrarem aos seus inimigos o que aconteceria a quem os enfrentasse.

Mas eram impressionantes como as espadas daqueles inus tinham tamanha capacidade. Estavam, sem admitir, lhes invejando pelo armamento. Cada uma possuía várias formas de combate. Estavam desejando possuí-las depois da morte dos seus donos, e enquanto pensavam, mais concreta se tornava a promessa de InuYasha, rapidamente seu exército tentava partir em retirada.

Sesshoumaru fez questão de deixar seus alvos correrem até certo ponto, antes de mover sua kanata e lhes acertar a distância, só para que o terror começasse a afetar os líderes, o que foi com sucesso.

E pela sede de vingança que ainda não estava saciada, ficou-lhes encarando numa afronta, esperando quando os outros dois ali revelariam sua verdadeira forma.

O cheiro daqueles nekos lhe causava repulsa tamanha que só se sentiria realmente satisfeito quando tivesse desintegrado todos ali presente.

Como ousaram desafiá-lo? Como se atreveram a pensar, e pior ainda, a tocar num fio de cabelo sequer de Rin?

Não era possível permitir que criaturas assim prossigam com vida. Insetos necessitam ser exterminados.

Por outro lado, InuYasha não deu tempo para nenhum gato escapar. A raiva era tanta que já estava lhe consumindo, aos redor dos olhos estava num vermelho intenso e as marcas do seu rosto tomaram forma, porém suas íris prosseguiam âmbares por tempo indeterminável, pois já conseguiam sentir o cheiro do mesmo mudando.

A sede por sangue estava se materializando, o que ele percebia caminhando sobre o que foi derrubado daquelas criaturas que ousaram tocar sua esposa.

Focava para não perde o controle, não queria dar trabalho para Kagome, em circunstância nenhuma ela deveria se afastar dali para purificá-lo se ela achasse necessário, mas como evitar o desejo sádico de matar aqueles que se atrevem, sabendo do que os seres ali eram capazes, sabendo do que ele foi capaz sem ter a metade do treinamento que tinha naquele instante, de feri-la?

Para ambos os inus aqueles gatos lhe pareciam suicidas.

[…]

— Kagome-sama, você deveria descansar. — Kagome quase riu sem humor ao ouvir aquilo de Rin e de Miroku.

Miroku concentrou toda sua energia segurando o bastão sentado para manter a barreira, ao ponto que suava, ao mesmo tempo em que escrevia nos pergaminhos para os aldeões. Correndo, usavam pregando nas árvores, nas casas, onde fosse possível, para ajudar o monge.

E Rin, que ao mesmo tempo que terminava de cuidar dos ferimentos de Kagome com Kaede-sama, ajudava os outros doentes que chegavam. As mãos sujas de sangue, dando ponto em ferimentos, estancando o sangramento com fogo até, abrindo cortes com faca e os coitados sem alívio para dor durante os processos.

As crianças filhas de Sango e Miroku estavam com a mulher que Rin e Kagome haviam salvo.

Sango sairá com o Kohaku e Kirara. Exterminaram os youkais antes mesmo de chegarem à barreira, dando menos trabalho ao Miroku de lhes expulsar.

Estavam todos trabalhando ali. Mesmo ouvindo suas preocupações, Kagome se levantou com dificuldade do tatame quando conseguiu recuperar um pouco dos sentidos, se retirando da casa que estava tratando os doentes.

Se uniu a Miroku, sentando-se ao seu lado no palco diante do pequeno templo. Concentrando seu poder espiritual, deixando mais densa a proteção. Lhe sorriu:

— Foi só um ferimento no braço. Ficarei bem, pode descansar.

Ele lhe sorriu de volta:

— Surpreendente como sempre, Kagome-sama, mas não posso. — Ela seguiu para onde os olhos azuis de Miroku focavam; Sango lutava avidamente ao lado do irmão e sua fiel Kirara. Passou o olhar para as crianças, seguido de Kagome. — Não tem como eu descansar.

A sacerdotisa pensou olhando na direção adiante, vendo as explosões e relâmpagos cortando o ar que ali estaria InuYasha fazendo o mesmo, lutando.

— Portanto, não posso repousar também.

Contínua…


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