Pesadelo Branco escrita por Agome chan


Capítulo 2
Sinal de Perigo


Notas iniciais do capítulo

[Atualizada - 15 Set 2020]



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Passou-se cerca de uma semana que o terror havia se instalado em todos pela morte iminente. A causa seria por uma caçada, cujos poucos sabiam sobre o alvo dos insanos saqueadores. Só tinham conhecimento que o que tinham em seu caminho, eles passariam por cima sem aviso prévio.

Kagome estava a caminho de volta para aldeia junto a Rin, com as ervas das plantações de Jinenji. Ambas conversavam animadamente, enquanto eram levadas em uma grande carruagem sendo guiada por cavalos que aparentavam serem seres “normais”, porém tinham raciocínio relativo ao dos humanos. Eram fortes youkais. Servos do daiyoukai, Sesshoumaru.

— Kagome-sama, nós poderíamos parar um pouquinho? Eu estou com fome, vamos pegar frutas de umas árvores. — Perguntou a jovem Rin, de dezesseis anos, à medida que prendia uma mecha de seu cabelo no alto de sua cabeça em seu penteado costumeiro.

Kagome lhe sorriu amável, ruborizou quando sua barriga roncou e Rin deu uma risada escandalosa.

Repentinamente a carruagem deu um tranco, o que levou os corpos das duas baterem contra a parede de madeira à frente. Antes de Rin por sua cabeça para fora, para perguntar o que houve aos cavalos, eles já se viraram bruscamente e se colocaram a correr no sentido oposto.

— Mas o que está havendo a…? — Kagome parou de falar no instante em que escorreu a porta lateral para ver lá fora.

Teve uma surpresa.

Uma surpresa nada agradável.

O miasma pesado vinha contaminando o céu e junto a ele uma onda de milhares de youkais de todas as formas.

Rin se colocou atrás de Kagome e arregalou os olhos ao vê-los se aproximando.

— Então são esses youkais que estão invadindo as aldeias?

Kagome só olhou para Rin como resposta e em seguida correu a porta.

Disse simplesmente:

— Segure-se firme, Rin-chan!

E gritou um comando para que os cavalos disparassem mais rápido.

Mais um corpo desabava entre os outros dez. InuYasha guarda sua espada em sua bainha, mirando os youkais mortos por ele e pelos gêmeos que se auto intitulavam como seus servos. Ele já estava a se acostumar com esta ideia.

Depois da conversa que teve com Sango, ela lhe explicou que seria bom para ele obter seus aliados de luta, além do Miroku, seu marido. Afinal Kagome lhe ensinou a lidar com os demais.

“Não é necessário que construa um castelo. Na verdade, por favor, não construa.” Os dois deram uma curta risada quando Sango disse isso. “Não que eu não queira que você e Kagome progridam, mas com certeza vocês teriam que morar longe da gente e ainda viveriam com vários youkais estranhos e eu como taijiya…”.

“… acabaria tentando matar alguns deles?”

“Eu só ia dizer que teríamos uma antipatia, porque poderia até ter matado parentes deles na minha juventude, mas se você acha que seria tão radicalizado… melhor evitar, não é mesmo?” Ele não pôde evitar rir e soltar o costumeiro “keh”.

É sempre bom ouvir a opinião de seus companheiros. Sango estava certa. Ela, por ser filha do senhor feudal, lutou sempre com todos seus amigos, vizinhos, e entre outros. Era quem mais poderia lhe explicar como seria bom se ele tivesse aliados.

Certamente seria muito mais prático para o trabalho e Miroku agradeceria por terminarem as tarefas mais rápido sem muito esforço.

Mesmo que nesses últimos anos se tornou algo tão simples, seu amigo ficaria ainda mais contente por voltar mais cedo para casa e sua família. Assim como ele mesmo ficaria mais agradecido ao chegar em casa e se aninhar nos braços de sua Kagome. A mulher que ficava em seus pensamentos inundados de preocupações.

Facilitaria se houvessem youkais ou humanos que fizessem sua segurança quando ele não tivesse por perto, enquanto ela faria seus serviços como sacerdotisa.

Nem ele, nem Kagome, queriam viver em um castelo. Eles se acostumaram a viver com uma vizinhança comum na aldeia de Kaede. Pessoas que sabiam sua história, os admiravam e gostavam deles.

InuYasha só almeja continuar assim: em paz com sua esposa e amigos.

— InuYasha-sama! — Aproximou-se dele um dos gêmeos, que se diferenciava do outro irmão pelas pontas azuis de seu cabelo. Chamava-se Ao. — Não seria melhor o senhor decretar o trabalho encerrado por hoje?

— Oh, tem razão. Vamos pegar a recompensa.

O outro gêmeo tinha as pontas do cabelo verde e se chamava Midori. É… Inuyasha já conseguia diferenciar um do outro. Ambos os gêmeos sorriram por estarem sendo úteis.

Quando eles foram começar a caminhada uma brisa passou por eles, e os três pararam estático. Ela trazia consigo um cheiro forte que os aterrorizou.

InuYasha murmurou:

— Sangue…

E os garotos se entreolharam assustados com as hipóteses que começavam a surgir.

— Sangue humano! — Berrou hanyou se colocando a correr junto aos seus dois auxiliares que tentavam segui-lo, mesmo sendo deixados para trás pela velocidade dele.

Começou a suar a frio com as piores hipóteses.

No caminho surgiu Kirara com Kohaku sobre ela, carregando sua arma, Kusarigama, feita de ossos de youkais.

— InuYasha-sama! — Um ponto saltitava no ombro de Kohaku, era Myouga, o pulga. — São youkais nekos (gatos)!

O hanyou enrugou o cenho parando.

— Nekos? Que nekos? Não me diga que são aqueles gatos de fogo do Oeste.

— Não, InuYasha-sama. — Pulou para o ombro do hanyou, e Kirara pousou no chão. — Os do Oeste não fariam isso. Eles respeitam demasiado o senhor e Sesshoumaru-sama. Mas pelo poder e o respeito governamental que InuYasha-sama e Sesshoumaru-sama adquiriram ao longo dos anos, levou os gatos do norte a inveja, ódio, principalmente por vocês dois serem Inus (cães).

InuYasha rosnou:

— Que droga! Por que não vieram até mim?! Por que estão saqueando aldeias?!

— Mas eles querem mesmo o senhor e seu irmão. Estavam à procura dos senhores e as únicas informações que conseguiram é que InuYasha-sama vivia numa aldeia e Sesshoumaru-sama no castelo dele nos céus. Na procura passaram a saquearem vários feudos por aí, tem os rumores que ambos têm mulheres humanas, então…

— Então é por isso que não era só humanos que estavam com medo dessa caçada… — comentou Kohaku compreendendo o que se passava.

Os gêmeos se entreolharam mais uma vez e ambos chegaram a uma conclusão certa:

— Então esse cheiro forte vem mesmo da aldeia da velha Kaede…

O hanyou cerrou os punhos e voltou a apertar os passos.

— Myouga, como eu mando o sinal?!

O youkai pulga piscou algumas vezes, confuso:

— Que sinal, InuYasha-sama?

Ele rosnou impaciente:

— Essa luta não é só minha, idiota!

[…]

— Levem os feridos para minha casa, agora! – Berrava Kaede-sama aos outros aldeões.

O ataque aconteceu muito rapidamente. Em um momento estavam todos a vontade realizando suas tarefas cotidianas, no outro centenas de pessoas com graves ferimentos, inclusive muitos mutilados corriam até a aldeia da forma que podiam. Era uma visão amedrontadora.

Pediam por socorro, após escapar dos ataques de youkais descontrolados. Comovidos, os aldeões começaram a ajudá-los. A escuridão tomou conta do céu e youkais começaram a surgir de todas as partes.

Sango saiu às pressas de sua casa e acertou os youkais com seu Hiraikotsu antes que se aproximassem demais dos humanos, e seu marido rapidamente concentrou seu poder e criou uma enorme barreira espiritual, não deixando os youkais entrarem na aldeia.

Os humanos correram em busca de outros objetos espirituais, como flechas e pergaminhos de Kagome-sama, Kikyou-sama, Kaede-sama e outros antigos sacerdotes, para reforçar a barreira e não desgastar tanto o poder do monge que os protegia.

Os feridos começavam a ser enfaixados e os que podiam caminhar pegavam armas, se preparando para o pior.

Miroku agradecia internamente por ter continuado a treinar junto a Kagome, Sango e InuYasha. E prosseguiu fortalecendo a barreira, vendo a imensidão de youkais tentando penetra-la.

Via-os queimaram sua pele até chegar ao osso pela insistência e se afastarem da barreira sem aguentar mais a dor e fugirem para outro lado.

Vendo tantas vezes a cena percebeu que aqueles youkais estavam mais desesperados em fugir do que invadir a aldeia. Um arrepio passou pela coluna de Miroku.

— Sangooo! – Berrou chamando a mulher. Ela correu até ele, claramente preocupada. — Olhe! — Apontou para cima com a cabeça, pois as mãos estavam ocupadas a segurar o bastão que auxiliava na criação da barreira.

Ela viu os youkais sem entender em primeiro momento o que o marido queria dizer, mas quando viu alguns youkais humanoides começou a perceber.

Perceber o horror deles, muito semelhante ao horror dos humanos que vinham correndo das aldeias vizinhas.

Os youkais olhavam várias vezes para trás enquanto corriam, saltavam em árvores, voavam, ou o que quer que seja que faziam, e depois se punham a correr novamente. Faziam como se para se certificar que o perigo estava distante.

Sango começou a respirar afoito, entrando em pânico.

— Eles estão assustados, Miroku…

Ele engoliu em seco.

— Tem um perigo maior… tente mandar algum sinal a InuYasha e Kagome! Deixe nossos filhos com Kaede-sama! — Ela deu alguns passos pra trás. — Vá, Sango! Vá!

E ela se pôs a correr.

Foi para sua casa, pegou as crianças e um sinalizador e foi até Kaede que atendia os doentes. Pediu para ela e as outras mulheres ficarem com seus filhos que começaram a chorar perguntando pelo pai e pedindo seu colo, seu carinho.

Mas ela já saiu em disparada, pegando seu Hiraikotsu.

Respirou fundo em frente à barreira. Não dava para disparar o sinalizador dentro da aldeia, tinha youki dentro, porque assim InuYasha perceberia. Não sabia se ele já tinha sentido o cheiro do sangue humano próximo, mas precisava alertar que a situação estava mais fora de controle do que poderia pensar.

Vestiu sua máscara que cobria até as narinas e atravessou a barreira já acionando suas bombas de gás venenoso contra os youkais. Pegou o que se assemelhava a uma pistola e disparou o sinal como se fossem fogos de artifício que saíram rasgando o céu na coloração vermelha. E pode ver dois outros sinalizadores: um branco e o outro era da coloração rosada, e pode reconhecer que o último era de Kagome, mas o primeiro se assemelhava a um trovão.

Olhou para trás vendo os aldeãos em seus postos para lutar se a barreira se desfizesse. Decidida, pegou seu fiel osso-voador, e foi para cima dos youkais que ali estavam procurando se alimentarem, vindo em direção à aldeia. Ela resgatava os humanos e até alguns youkais em perigo que não queriam fazer mal, só escapar.

[…]

Sesshoumaru já estava preocupado.

Voava pelos céus carregando Jaken, que também tinha preocupação, em suas costas. Jaken já sabia como seu amo estava desde o momento em que ambos sentiram o cheiro carregado de sangue. Só ficava ali em suas costas, o ouvindo.

— InuYasha, estupido. Estupido. Pra que serve se for incapaz de proteger Rin?

Jaken estava até com medo de ajudar a seu amo, Sesshoumaru-sama, a criticar o meio-irmão caçula. Qualquer palavra errada e poderia acabar morto.

 Sesshoumaru tinha visto Rin naquela mesma manhã.

Tinha prometido a ela que a buscaria mais tarde. Ela passaria a noite em seu castelo, em segurança. Não era como se ela fosse morar lá, ela não precisava escolher ainda se prosseguirá com os humanos ou com ele, era apenas uma visita.

Internamente, Sesshoumaru ainda se delonga sobre esse assunto, pela insegurança, já que a pequena humana amava aquele lugar e doeria seu ego se ela preferisse ali. Mas quando o senhor Sesshoumaru assumiria algo assim? Pra ele mesmo? Jamais.

Uma estadia por um tempo até os rumores sobre os ataques a aldeias acabarem.

Desejava tê-la tirado de lá pela manhã, mas Rin tinha prometido que iria recolher plantas com Kagome e com um sorriso pediu para buscá-la à noite. Por que se deixará levar por aquilo? Por aquele motivo chulo a permitiu ficar mais ali.

Porém Sesshoumaru não tinha força – o que lhe custou muito – de recusar um pedido de Rin.

Ao ver algo semelhante ao trovão rasgar o céu, no sentido contrário, — em vez de vir por cima, veio por baixo — soube pelo cheiro semelhante ao que ele possuía que era um sinal para ele. Não era sinalizador qualquer. Vinha com a força da Tessaiga.

Com certeza não era apenas um sinal de seu irmão pedindo ajuda, era a concordância de entrar para um combate.

Jaken estremeceu ao ver o rosto de seu amo ficar mais sombrio.

Aquilo era um péssimo sinal.

Contínua…


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