Pesadelo Branco escrita por Agome chan


Capítulo 1
Pesadelo Vermelho e a Pura Donzela


Notas iniciais do capítulo

© créditos as fanarts:
Carti-art
house-mouse
Sou responsável pela edição da capa.


Vocabulário
Youkai: Criatura sobrenatural do folclore japonês
Miko: Sacerdotisa como Kagome, Kaede e Kikyou
Hanyou: Um Meio youkai meio humano
DaiYoukai: "Grande Youkai", uma classe de youkai superior as demais
Katana: Espada
Tatami: Tapete Japonês

1 Hanjuban: Vestimenta superior de miko
2 Nu-bakama: O modelo da calça volumosa que InuYasha usa.
3 Juban: A blusa que ele usa por baixo da rata-de-fogo = Haori
4 Gomen ne, sensei: Me desculpe, professor
5 Guetá: Sandália tradicional japonesa feita de madeira

Estou reescrevendo e editando para corrigir e dar pequenos toques nos capítulos
Espero que gostem ♡(ŐωŐ人)



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Teme-se um grande demônio pelas redondezas. Os rumores eram que suas histórias de destruição se baseavam no seu instinto de caça e sede por sangue. O tornava um demônio temido. E pelas leis da selva youkai, através do medo se adquire o respeito aos outros e servos perante aos inferiores.

Tais rumores diziam também que ele não desejava possuir nenhum feudo, mas se contentou em apenas um que obteve em guerra. Outros negavam com todas as forças tais fofocas, afinal um demônio com tamanho poder com certeza o manifestaria dominando outros youkais menores, governando vastos territórios, sempre em busca de mais através do extermínio de quem se colocasse em seu caminho.

A descoberta sobre mais um daiyoukai deixou os ânimos agitados.

Após a morte do youkai aranha, Naraku, a história de InuYasha chegou há muitos ouvidos, cruzando fronteiras. E quando souberam que o temível e falecido Naraku, na verdade era um hanyou, os youkais perceberam que hanyous representam perigo iminente. Haviam tipos de hanyous mais perigosos do que youkais puros.

E o daiyoukai que conseguiu o temor das criaturas abaixo dele, dizem que possui um nome aterrorizante, mas muitos não sabem qual é ao certo. Apenas que possui sangue real, tanto do lado materno quanto do paterno, decerto trata-se de um hanyou, sendo um daihanyou, no caso. Mas ainda havia uma série de dúvidas sobre este fato.

Muitos duvidam disso, crêem não ser possível Naraku ter sido um hanyou ou que muito menos qualquer meio-youkai que o enfrentou prosseguia com vida, ainda mais lhe derrotando.

Ao passar esses conhecimentos sobre esta criatura, lhe damos o aviso:

Que não se deparem com sua face. Nem humanos ou youkais.

Pois a morte irá rir-lhes através do largo e doentio sorriso deste ser das trevas.

Conhecido como “Pesadelo Vermelho”.

 

InuYasha arqueou a sobrancelha e piscou os olhos algumas vezes para absorver as informações, com suas mãos nas longas mangas de sua rata-de-fogo.

Por cima de suas vestes vermelhas tradicionais, vestia sua armadura feita com ossos e dentes de youkais que matou; uma faixa de algodão das cores amarela, vermelha e laranja amarrada a sua cintura sustentando a bainha de sua leal Tessaiga; calçava botas pretas.

Ele enrugou o cenho enquanto continuava a encarar os youkais gêmeos que haviam acabado de ler o pergaminho, que um deles segurava. O pergaminho descrevia sua pessoa através de uma lenda.

Então ele já tinha se tornado uma lenda…?

Além do que, tinha bajuladores.

Já estava começando a se irritar, o que era costumeiro.

Ele agarrou o pergaminho que eles haviam conseguido dos humanos de uma região distante e analisou a possível ilustração do “demônio devastador” que ele era.

E nossa… com certeza não era ele ali.

As roupas eram bastante parecidas, mas a cara…:

Tinha chifres e… quantos olhos aquela coisa tinha? Mal dava pra contar. Com aqueles braços deformados e aquela língua que parecia uma enguia.

— Eu não sou tão feio… — murmurou pra si mesmo.

— O que disse mestre? — perguntou os dois.

— Nada. E eu não sou mestre de vocês. — Bufou.

Olhou novamente o pergaminho e irritado picotou enquanto rosnava e grunhia coisas sem sentido, assustando os garotos a sua frente.

Aqueles dois – como tantos outros youkais – ficavam lhe infernizando para segui-lo e para serem seus guerreiros. Mas InuYasha não desejava isso.

Adiantava repetir isso milhares de vezes?

Se adiantassem de primeira já teriam desistido.

Sorte deles que ele possuía uma esposa amável demais, que ficava irritada quando ele tentava socar a cara de qualquer um desses youkais infelizes.

“Não seja rude!” — ela dizia — “Eles apenas gostam de você”.

Pobre mulher… tão ingênua. Eles só querem proteção embaixo das asas do hanyou. Querem servir alguém que os ajude a trazer mais vitórias e sentido a suas vidas medíocres.

“E esses dois são tão fofinhos e prestativos” — ela costuma dizer em relação aos gêmeos.— “São crianças, sabe? Tente ser paciente com eles”.

E não! Esses dois pirralhos não eram crianças, só aparentavam. Myouga os viu uma vez na época em que seu pai conheceu sua mãe… eles eram mais velhos que o próprio InuYasha.

Só que mais fracos.

Como Jaken em comparação ao seu irmão mais velho, Sesshoumaru.

Eram dois garotos idênticos com cabelos dourados, que tinham manchas pretas, olhos brancos e peles morenas. E além de tudo eram muito falantes e persistentes, o que irritava ainda mais o marido de Kagome.

InuYasha conseguiu status pela força, o que ele almejava tanto quando era jovem, mas que não tinha muita importância agora.

Os únicos seres que ele queria conviver realmente eram seus amigos desde a viagem que tiveram pelos fragmentos da joia de quatro-almas que não existe mais (Rin e Kohaku inclusos), velho Myouga e a velha Kaede. Os humanos da aldeia, alguns youkais e hanyous que fizeram dali casa deles também por sua causa, que ele conheceu muitos em sua jornada, ou que lhe conheciam e tinham suas crias meio-humanas, eram consequência.

Finalmente respondendo ao pedido deles (mais uma vez) ele disse:

— Não, eu não quero vocês como meus servos. Sumam da minha frente!

Os dois meninos piscaram os olhos assustados e se entreolharam.

Outro “não” eles receberam.

Que ele gostava até deles, Kagome sabia, mas ele não iria admitir.

E foi quando aquele monstro atrás do “mestre” dos gêmeos, que ele mesmo havia deixado desacordado com apenas um golpe certeiro, estava despertando e se preparando para atacá-lo pelas costas.

O oni roxo e pesado se levantou.

Seu grunhido era como uma ventania contra as árvores e seu tamanho era de similar a de um monte. Ele grunhiu forte, pisou com força duas vezes no chão, sacudindo o solo antes de se pôr a correr em direção ao InuYasha em busca de vingança.

InuYasha se virou para encarar o youkai.

— InuYasha-sama! — gritou os gêmeos que aparentavam ter dezesseis anos.

Com a face serena, ele deu um salto rápido em direção ao demônio. Preparou suas garras, que afiadas, concentrou-se sua força e berrou:

— Sanko Tessuou! (散魂鉄爪 , Garras retalhadoras de alma)

E abriu o estômago do monstro, o adentrou até atravessá-lo. Ele havia aperfeiçoado seu clássico golpe, afinal de contas.

Pousou no solo suavemente, ao ponto em que o youkai desabou no chão sem vida.

— InuYasha, vamos embora! — Ouviu o grito de seu amigo Miroku que apareceu entre as árvores segurando seu cajado. — Eu matei aquela cobra horrorosa, você, este peso morto… já deu né? Olha, — aponta pro céu — está entardecendo. Eu quero logo pegar a recompensa e voltar para casa. Sabe por quê? Porque tem um mulherão me esperando! — E se pôs a andar bufando.

InuYasha não pode evitar o curto riso e girar os olhos âmbares. Miroku ficava cada vez mais preguiçoso, apesar que as pessoas pensavam que ele era super dedicado e viciado em ajudar os outros.

— Keh! ‘Tá bom. — concordou indo com ele em direção ao castelo do youkai que os chamou.

Quem diria que eles acabariam não trabalhando só para os humanos?

— Quer saquê, querido? — Perguntou Kagome sentada na almofada em frente à baixa mesa de madeira. Ela sorria docemente, vestindo apenas seu hanjuban¹ que mal cobria um palmo de suas fartas coxas.

Ele usando nu-bakama² preta e juban³. Estava sentado à sua frente com o cotovelo fincado na mesa e o rosto apoiado em sua mão. Ficava a contemplá-la, se divertindo com seu rosto rosado.

Ela está ficando bêbada, pensava ele.

— Claro que quero.

O sorriso de Kagome ficou ainda mais largo e ela serviu tanto a si quanto a ele. Ela ergueu o copo e ele fez o mesmo.

— Um brinde ao “pesadelo vermelho” — Ele resmungou e ela só fez rir. — e a “pura donzela”.

Ele arqueou uma das grossas sobrancelhas e soltou um curto riso de deboche.

— “Pura”… o que?

Ela riu mais uma vez.

— Pura Donzela. Eu virei uma lenda também, meu querido. — Disse movimentando as mãos com leveza, como se quisesse dramatizar e representar seu novo apelido. — Só que eu sou como um ser divino que venho trazer a salvação às almas perdidas.

— Enquanto bebe com pouca roupa pra se deitar comigo? — Debochou mais uma vez. — Sério? Pff, pura onde?

Ela fez bico ruborizando. Uma atitude um tanto infantil, cômica e fofa.

— Eu sou como anjo e isso não tem nada a ver com minha perda de “inocência”, e sim com minha bondade. É disso que aquela lenda meio maluca fala.

Ele meneou a cabeça concordando.

— Ok, ok. Tim-Tim? — Ergue novamente a taça e contente ela bateu contra com a sua.

Tomaram um gole e com seu indicador InuYasha elevava mais a base da taça da sacerdotisa a incentivado a continuar a tomar. Ela arregalava seus olhos castanho-escuros enquanto ingeria o líquido tentando não rir.

— Ah… — suspiram saborearam o doce do saquê.

Gargalhando, ela perguntou:

— Está tentando me embriagar, é? — Se inclinou sobre a mesa dando a visão ao hanyou de um grande decote. Ela não amarrará firme o juban³. — Quer que eu fique bêbada pra ficar desinibida, não é? — E sorriu insinuativa.

Ele se inclinou também ficando centímetros do rosto dela com um sorriso igualmente malicioso e disse:

— Kagome, nós dois sabemos que eu não preciso te embebedar pra te deixar desinibida.

Ela ruborizou fortemente e desviou o olhar sem jeito, ao ponto em que ele se divertia com a situação.

— Eu sei que você quer apenas me corromper “pesadelo vermelho”, mas eu sou… a “pura donzela”! Não pode comigo!

— Ah, que droga. Você está levando essas coisas a sério?

— Não! — bateu na mesa o assustando. — Mas os nomes são legais. — Ele arqueou a sobrancelha e logo em seguida girou os olhos. Ela estava mesmo um pouco “alta” com o álcool. Não era como se ele não tivesse também. — E você não pode dizer nada. Afinal aqueles youkais que encontramos ao decorrer da busca atrás da shiko no tama te rendeu vários admiradores. E aposto que diriam que você é “doce como mel” em comparação àquilo.

O hanyou fechou a cara e Kagome riu se divertindo.

Ele deu um meio sorriso decidido a entrar na brincadeira.

— Só te chamam de bondosa porque não te veem com raiva. Se fossem youkais escrevendo isso, te chamariam de “demônio”, “carrasco” ou algo pior.

— O que? Não pareço isso, não.

— Parece, juro que parece. Às vezes eu fico me perguntando se, em vez de uma sacerdotisa humana, eu me casei com um demônio incorporado numa mulher.

Ela se levantou, quase caindo pela tontura, pondo as mãos na cintura, enquanto ele continuava a rir tomando mais uma taça de saquê.

— InuYasha, seu idiota! Te cortarei em tiras com minha espada samurai! — E saiu pisando duro para outros cômodos, o assustando.

— O que disse? — Gritou para ela. — Espada samurai?

Ganhei uma no enxoval de bebê, daquela aldeia que fui exorcizar a casa de uma mulher grávida! — Sua voz ressoou.

InuYasha arregalou os olhos. Num enxoval dar espadas samurais? Mas não é a mãe que ganha às coisas? E marcaram um enxoval com a mãe possuído por um youkai?

— Keh! — Ao soltar seu resmungo comum acabou soluçando junto. Bateu no próprio peito pra passar e encheu mais o copo de saquê. — Esses humanos estão cada vez mais estranhos… — murmurou pra si mesmo pegando um pequeno pedaço de queijo e o levando diretamente a boca. — Por que ganhou uma espada?

— Por ajudar eles lá, oras!

Ótimo, parece que ela acabou de explicar o nada.

Logo ela apareceu com a espada em mãos ainda com a bainha, com a justificativa que é muito perigoso usar uma espada tão afiada sem qualquer proteção, ainda mais, não tendo a menor ideia de como se manuseia uma.

E ficou a girando sem direção ou foco, ou algo que fizesse algum sentido. Parecia que estava balançando um graveto pra espantar os mosquitos.

Perguntou ao InuYasha, que só ficava observando-a como se fosse uma atração de comédia, como ele conseguiria saber pegar na Tessaiga se ela nunca o tinha visto com uma katana antes. Agora ela se dará conta daquele fato. Realmente a dificuldade dele em relação à Tessaiga foi mais pelo seu inicial e sobrenatural peso. Como ele sabia como se posicionar com ela?

Ele lhe contou sobre as lutas que ele teve, quantas vezes desarmou o adversário e pegou sua espada. Desde criança ele de longe ficava a observar as técnicas dos guerreiros de seu feudo.

— Onde eles treinavam não era longe de onde minha mãe ficava, afinal eles tinham que defender a família real e minha mãe era a princesa.

— Oh…! Entendo. — Ela estava realmente admirada.

A cada dia que se passava ela descobria algo a mais sobre ele, e ele sobre ela. Às vezes se esquecia de que InuYasha, de certa forma, pertencia à realeza mesmo que sua vida não tenha sido como a dos príncipes e outros aristocratas que estudou em sua escola. Ou até mesmo dos mais ridículos exemplos, que sem querer leva em consideração: os de contos de fada.

Quando pequena seu sonho era se casar com um príncipe. Acabou se realizando de uma forma não convencional.

Ficou perdida em pensamentos, até ser despertada ao sentir o calor do corpo dele próximo ao seu. O peito dele contra suas costas.

— O que…?

Antes dela terminar seu raciocínio, ele já havia se posicionado atrás dela com suas mãos sobre as suas, segurando o cabo da espada.

— Deixa eu te ensinar, porque você está completamente perdida.

Ela sorriu o admirando, vendo-o com seu olhar fixo na katana.

— Quer mesmo ensinar esta mulher demónio a usar uma arma? Que eu saiba os aldeões não gostam de dar poderes às suas esposas, só se for extremamente necessário.

— Hm… acho que você pode fazer mais estragos em mim usando aquele arco-e-flecha, né? — Ela maneou a cabeça concordando. — E eu acho que gosto de mulheres fortes… é meio que um suicídio, mas só de te imaginar atravessando um youkais com está espada… — não precisou terminar a frase. O sorriso que deu, nos olhos dela, já demonstrava seus pensamentos maliciosos.

Ela ruborizou e abaixou os olhos, envergonhada.

— Você se tornou um pervertido depois de tudo.

— A culpa e sua. — Beijou-a na bochecha. — Decidiu ficar do meu lado, agora assuma a responsabilidade.

Os dois riram.

— Eu já me casei com você, não já está bom?

— Hm… vou pensa no seu caso.

E voltaram a rir.

Ele retirou a bainha e foi lhe ensinando diversas posições com a espada, corrigindo o modo como abaixava os ombros, como não pisava corretamente ou movia-se. Ao mesmo tempo em que ela exclamava quando ele a tocava para persuadi-la. E ela, risonha, o acusava de assédio. E ele, também rindo tentando manter a pose de irritado, dizia a ela que não deveria estar a reclamar, porque era casado e tinha privilégios.

Lhe ensinava os nomes do componente da arma, como por exemplo: aquele “círculo” entre o punho e a lâmina que se chamava “guarda”.

Entre as brincadeiras, os dois deram um giro de 180° graus e juntos se desequilibrando, caindo no tatami⁴.

Tirou a katana de suas mãos e a lançou longe.

— Isso é perigoso, mulher. Pode acabar matando alguém assim.

Gargalhando ela lhe respondeu:

— Gomen ne, sensei⁵.

E ele riu alto junto a ela até encontrar seus lábios em um beijo desejoso. Em seguida pegou sua Kagome, que estava a todos os risos, em seus braços e foram ao quarto.

Na manhã do dia seguinte, Sango saiu de sua casa se deparando com InuYasha mirando o céu nublado. Ela havia acordado sentido algo pesado na atmosfera.

— Bom dia, InuYasha — cumprimentou-o, lhe despertando de seus devaneios.

— Bom dia. — Os dois ficaram a fitar o distante céu do horizonte. — Também sente uma aura negativa?

Ela meneou a cabeça concordando.

— Creio que devemos checar. Pelo menos antes que meus filhos acordem.

— Tem razão. — Ele já tomava a frente.

Ela estranhou ao olhar para a casa onde ele vivia, sentindo falta da amiga.

— Não vai chamar a Kagome?

Ele negou:

— Ela bebeu saquê ontem à noite… vai demorar muito pra acordar.

Sango meneou a cabeça meio que cúmplice, compreendendo muito bem.

Miroku se encontrava na mesma situação.

Caminharam passando por vilas vizinhas até o topo de uma colina, vendo uma região mais distante que estava completamente coberta por miasma youkai.

— Isso me faz lembrar Naraku. – comentou Sango vendo a densa energia maligna.

— Realmente. — Ela o fitou — Acha que isso vai se mover até a nossa vila? — E encarou a exterminadora de youkais.

Ela voltou a olhar a densa energia com a dúvida pairando sobre si. E após pensar por um tempo, negou a ideia. Não poderia, claro que não.

Tomara que não…

O que quer que esteja causando aquilo não era pouca coisa.

— Sango? — Chamou a atenção dela.

— Hm?

Vira-se para olhar o hanyou que já estava mais distante indo embora. Ele havia parado apenas para lhe dirigir a palavra ao perceber que sua amiga não o estava acompanhando.

— Vamos voltar?

— Ah, ok.

E correu delicada com seus guetas⁶ e se pôs a caminhar ao lado do amigo hanyou que se espreguiçava.

No topo de uma árvore, poucos metros distantes deles e os vendo se distanciar, estava Myouga preocupado e temeroso (como a maior parte do tempo) que voltou a olhar a pesada névoa na região ao longe.

Sentiu o frio lhe subir pela espinha.

— Preciso ir ver com o Toutousai. Espero estar errado. — e saiu de lá aos pulos.

 

 

 

Os campos e vilarejos estão completamente devastados. Corpos foram pulverizados, se não, esquartejados. Não só de samurais, mas também de camponeses, mulheres e crianças.

Demônios e humanos no cemitério a céu aberto.

Sentado em um grande trono de ossos de mais de três metros havia um youkai com olhos de pupilas finas que não passavam de riscos pretos no centro das esferas amarelas.

Ele soltava uma gargalhada grave e áspera, enquanto era servido dos restos de suas vítimas pelos seus semelhantes.

Podia sentir que estava perto de seus alvos.

Salivou.

Continua…


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Notas finais do capítulo

© Créditos das duas fanarts:
https://cati-art.deviantart.com/
https://house-mouse.deviantart.com/
Eu só fiz a edição

Sanko Tessuou - 散魂鉄爪 Garras retalhadoras de alma

Achei melhor deixar o nome em japonês do que em português para dar um ar melhor.
Confesso que fiquei surpresa quando revi essa fanfic, porque não sabia que estava assim... boa kkkkkkkk
Tão antiga que achei que teria que mudar bastante, mas não, a ideia era realmente boa, então prossegui com ela e fiz modificações.

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