Reinos Esquecidos escrita por Dáriojns


Capítulo 4
Capítulo 4 - Armadilha ou Emboscada?


Notas iniciais do capítulo

Ola possível e milagroso leitor de fantasia, fantástica do universo fantástico do Nyah! Aqui mais um capitulo dessa pequena novela RPG que to fazendo. O maior desafio nerd(pelo menos quando eu era menor.) conversar com o Crush.
Valeu espero que gostem.



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— Olá, tudo bem? - Diz a mulher a mim, em tom de brincadeira.

— N… Não… Eu só. Desculpe…

Ela possuía um tapa olho no olho esquerdo e uma tatuagem de lua na sua temporã esquerda. Seu olho direito era azul ciano. Ela deu alguns risos meigos que me deixou ainda mais sem graça. Durgar e Alabaster notando a presença da garota se aproximaram. Durgar, olhando para mim e para garota, toma a palavra.

— Huhum… Posso ajudá-la?

— Eu sou Luna, uma... – Ela desvia o olhar por um segundo – jovem clériga de Tymora que está nessa missão como vocês.

Depois volta o olhar atento para nós novamente animada e com um sorriso acolhedor. Eu e meus amigos nos fechamos em um círculo e começamos a discutir o ocorrido em sussurros, enquanto a garota nos olhava com aquela cara de confusa.

— Quem é essa garota, Fabiano!? - Pergunta Durgar em sussurros.

— Eu vou lá saber? Ela só chegou do nada, eu não fiz nada e ela tipo chegou assim! - Dessa vez eu realmente estava nervoso, nem conseguia pensar direito.

— Porque ela veio até você do nada? Você provocou algum evento?

— Eu vou lá saber, como eu provocaria algum evento… Eu não fiz nada!

— Rafael, Fabiano, o que a gente faz agora? Ela tá ali esperando alguma resposta – Diz Alabaster com os olhos arregalados e com uma cara de bobo.

Por algum motivo estava nervoso. Quando aconteceu os eventos da taverna, e até na fuga eu estava calmo. Mas agora nem conseguia falar com uma garota normalmente, a merda do Carisma baixo influenciava até nisso?! Meu rosto estava quente e eu tremia de nervosismo. Durgar ficou pensativo analisando a situação.

— Ela veio sozinha… Pode ser que… - Disse parecendo chegar numa conclusão.

— An… Com licença? - Diz a garota com a voz confusa.

Assim que ela falou mais uma vez, eu travei. Pensei na solução mais óbvia para o Taúz. Interrompo o pensamento de Durgar com minha atitude.

— Pois é! Vou mandar ela embora! É isso! Só "atuar" como o Taúz e ela saí de perto.

— Oque!? Não! Fabiano ela… - Diz Durgar em sussurros, mas o ignoro.

Me viro para a garota com meu olhar assassino. Senti como tivesse jogado um intimidar e tirado um dado muito alto. Assim que minha voz saiu, ela voltou sua atenção total para mim.

— O que você quer? - Minha voz saí com o ar pesado e seco de morte.

— Hic! - Ela solta um pequeno gemido pondo as duas mãos próximas do corpo.

— Buscando sangue garota? - Falei friamente.

— Eu só… Eu só… - Ela soluça e levanta o rosto com lágrimas nos olhos. - Eu só queria conversarrrr, Bhuaaaaa!

Vendo ela chorar eu fico completamente sem jeito e não sabia mais o que fazer. As pessoas ao nosso redor começam a voltar sua atenção para nós. Comentários de desaprovação eram ouvidos na multidão.

— O que? Ele fez a menina chorar? - Que monstro sem coração. - Eu esperava um comportamento assim, daquele Orc ali.

Eu ainda sem palavras fico acuado. O Durgar põe a mão sobre o rosto mais uma vez em sinal de desaprovação. Alabaster desvia o olhas coçando o pescoço.

— N… Não precisa chorar eu só… - Digo tentando amenizar, mas ela olha pra mim.

— Bhuaaaaa – Chorando feito uma garotinha inocente, me fez me sentir ainda pior.

— Para… Por favor… Desculpa. Pare de Chorar sua garota imb… AI! - Sinto uma pontada no meu pé.

O anão pisou no meu pé e deu um passo a frente dizendo.

— Tudo bem garota, desculpe os modos desse imbecil sem cultura. Nós o achamos no meio de cães de rua, então ele não sabe nada como ser cortês.

Eu realmente o fulminei no olhar, mas, ele me ignorou e continuou. A garota parou um pouco de chorar, apenas soluçando como uma criança pequena a deixando ainda mais meiga. Eu não sabia como lidar nessa situação, então, apenas virei o rosto e cruzei meus braços.

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A caravana saiu ao entardecer, ela era formada por 5 carroças bem espaçadas entre si e com a divisão de grupos formados por 5 componentes. Nosso grupo ficou na última carroça e além de nós três, Luna se juntou a nós e um outro cara de capuz, túnicas vermelhas que deduzi ser um mago do fogo. Olhando para trás comentei com Durgar.

— Porque ela ainda está com a gente?

Durgar nem me olhava nos olhos, mas respondeu.

— Ela é uma clériga, precisamos de uma clériga e estamos na mesma missão. - Disse calmamente.

— Isso eu sei mas… - Eu sussurrei em seu ouvid

— Mas, porque ela se juntou a gente e você deixou?

Durgar suspirou e disse.

— Cara, o que mais seria? Certeza que ela está relacionada a história principal. É melhor deixar ela próximo. Entendeu?

— Seja como for! Essa é primeira aventura em que nos metemos, estou muito animado cara! – Diz Alabaster chegando no meio da conversa de forma exaltada.

O Grande monge ri assustando os outros viajantes, o cocheiro da carroça, mas sua risada era tão contagiante que todos acabam rindo junto, relaxando e tranquilizando a viajem. Nós mesmos ficamos de boas e rimos um pouco, a caravana começou a passar pelo meio de um vale de rochas, propicio para emboscadas, eu já tirei minhas armas da bainha, seguido do anão que já invoca o livro e o Alabaster ficando preparado para a batalha. Luna fica em guarda e comenta.

— O… Ouviram algo? - Parecia ansiosa.

— Vales assim, sempre tem emboscadas – Disse olhando para os altos de pedra ao nosso redor.

— C... Como vocês sabem se essa é a primeira missão de vocês? - Ela pergunta com um sorriso frustrado no rosto.

— An... Eu só sei. Confia que vai dar certo - Respondi meio que tentando ignora-la.

Assim que eu falei isso a Luna pareceu franzir o rosto, mas eu ignorei. O mago atrás dela parecia assustado com a nossa reação, porque fomos apenas nós três os únicos se preparando para o combate. Ele vai até Luna fala algo, que visivelmente a deixa sem graça. Eu e meus amigos apenas falavamos.

— O que vocês acham que vai ser? - Disse enquanto afiava a navalha das adagas.

— Acho que Lobos, pra primeira missão. - Respondeu o Alabaster.

— Acho que Goblins… - Durgar retrucou.

— Bandidos… Certeza… - Disse e saindo do cavalo.

Luna parecia ficar irritada enquanto conversávamos, os outros NPCs meio que ficaram tensos ao primeiro momento, mas depois, ignoraram nosso comportamento. Começamos a apostar quem seria o inimigo que apareceria para nos “surpreender”. Já sabíamos que um combate aconteceria, faz parte do script de jogos assim. É clichê sim, mas sempre é divertido.

— Eu aposto Goblins – Disse Durgar sucinto.

— Bandidos é o mais provável, se lembra? A gente ainda tem umas “tretas” com eles… -Falei por alto.

— Eu acho que não, porque… - Alabaster com sua voz rouca.

— Da pra parar! - Grita frustrada a Luna. Interrompendo nossa conversa.

Faz com que as carroças parassem e alguns viajantes ficaram atentos. Seu rosto esta meio vermelho e tem algumas lágrimas de frustração saindo de seu rosto. Nós três ficamos sem palavras.

— Da pra vocês pararem de fazer METAGAME!

As palavras dela fizeram, eu, Gilmar e Rafael parar. Viramos nossa atenção para ela surpresos.

— Mas como…

— V, Vamos jogar direito! – Disse ela com uma cara emburrada.

Ainda distraídos, uma flecha vara o ar e atinge o peito esquerdo do Alabaster.

— An? Qual foi... - Diz ele sentindo a dor, mas ainda ficando em pé e aguentando o dano.

Olhamos em volta e um grupo de vários Orcs cercando nosso grupo, a distancia um Drow com olhos vermelhos, arco recém-usado. Um grito alto faz toda tropa se preparar.

— EMBOSCADA! - Diz uma voz encorpada dentro do grupo.


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Notas finais do capítulo

DICIONÁRIO

Atuar - Assim como um jogo de representação de personagens. Quando um personagem fala ou interage é pedido que o jogador interprete, fale e atue como o seu personagem.

Drow - Uma raça de elfo que tem cabelos brancos, olhos vermelhos e Pele negra. Eles tem forte ligação com as aranhas pela sua origem. (Bem... RPG né)

Arcano - É um dos tipos de magia no universo do jogo D&D.

Script - Séria a sequencia de atos de uma mesa. Semelhante a uma peça de teatro. E para os personagens, no Script em que eles estão, Depois de um evento mais "Social" no Script, existe um evento de "Combate".

Metagame - É quando o jogador de RPG de mesa, usa de conhecimentos de fora de jogo que o personagem não possuí para se beneficiar em uma situação dentro do jogo.

EXEMPLO de METAGAME:
https://www.youtube.com/watch?v=PVHHwLmyrTs