Ovelha Negra escrita por Rayanne Reis


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Vi que a maioria acha que o Charlie atirou por querer no Edward. Vamos ver qual vai ser a opinião de vocês após esse capítulo.



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Edward desceu as escadas cantarolando. Apesar da dor no braço, ele estava tão feliz e com uma disposição enorme que parecia que o coração dele explodiria de tanta felicidade. Ele deixou Bella dormindo esparramada na cama. E vê-la tão serena ali a mercê dele, fazia com que ele sentisse algo inexplicável. Pelo menos para ele, que não estava acostumado a estar em um relacionamento, era algo inexplicável e de difícil compreensão. Conversaria com Jasper, ele era um romântico e poderia ajudá-lo a descobrir o que estava sentindo. Mas fosse o que fosse. Ele sabia que não queria que aquele sentimento acabasse.

Passou o dedo no lábio inferior, ainda estava meio inchado, Bella havia dado várias mordidas ali. Ela era gentil, mas parecia ter uma tara pelos lábios e cabelos dele. Quando ela estava próxima do ápice, puxava os cabelos dele com tanta força que o fazia delirar e a puxá-la para mais junto dele. O braço ferido havia sido um problema, os movimentos dele ficaram um pouco limitados e Bella quem teve que comandar a situação, o que parecia tê-la deixado muito feliz.

Ela o ajudou com o banho e depois o deitou na cama. Beijou cada centímetro do corpo dele, e ele teve que se controlar para não os virar e a possuir com fúria, mas aquele não era o momento para pressa. Queriam aproveitar cada momento e cada sensação. No carro tudo havia sido muito rápido e selvagem, e mais cedo, eles não tiveram muito tempo para aprofundar a brincadeira, estavam cansados demais para isso, mas agora, era a hora de aproveitar e desfrutar da companhia um do outro.

Ele não sabia ao certo, se era por causa do tiro que levou e da experiência de quase morte ou se por outro motivo, mas uma coisa era certa, algo entre eles havia mudado. Não era só sexo o que eles estavam fazendo. Bella movia sobre ele com bastante lentidão e as batidas do coração de Edward pareciam uma bateria de escola de samba, ergueu um pouco colocando o ouvido próximo do coração de Bella e pode sentir que não era só o dele. Olhou nos olhos dela e foi como se pudesse ver a alma dela e ela a dele. Nunca se sentiu tão exposto e vulnerável, mas ao mesmo tempo, ele se sentia completo, como se tivesse finalmente encontrado o seu lugar. Antes que pudesse aprofundar os pensamentos e desvendar o que estava sentindo, ele se perdeu na explosão de prazer…

—Droga, Bella, quer me matar? - perguntou ofegante.

—Não vamos falar mais sobre morte. - pediu respirando fundo e levou as mãos ao coração. - Acho que meu coração vai parar. - os dois riram.

—Talvez esteja meio que delirando, mas foi a melhor sensação que já tive. Você me levou muito além… Está bagunçando com a minha cabeça e coração. - Bella sorriu e deitou com a cabeça sobre o peito dele.

—É bom saber que não estou sozinha. - murmurou fechando os olhos

 

[...]

 

Ainda cantarolava quando chegou à sala de jantar e parou ao ver a cara de velório de todos.

—Quem morreu? – perguntou preocupado.

—Sem gracinhas, Edward. – Esme pediu e encheu uma xícara de café para ele. – Quer ajuda para picar as panquecas? – ela sabia que ele amava panquecas com mel, então preparou um prato bem grande para ele.

—Quero sim. – ignorou os olhares de fúria e puxou uma cadeira para sentar. – Estou morrendo de fome.

—Devem ter sido os exercícios de ontem. – Emmett falou, e Edward logo pensou de forma maliciosa. – Me refiro à caçada. – correu para se explicar. Por que Edward tinha que colocar duplo sentido em tudo que ele fala? Tentou dar um chute na canela dele, mas acabou acertando Charlie. – Desculpa. – murmurou encolhendo na cadeira.

—E quem aqui pensou em outra coisa, irmãozinho? – Edward ergueu uma sobrancelha. – Pode colocar na minha boca, mãe? – pediu manhoso e Esme prontamente começou a servi-lo.

—Não acredito que minha filha se casou com esse ser. Precisa ser tão dramático assim? Era só ter feito um curativo e pronto. – apontou para o braço dele. – Já sofri ferimentos piores e não fiz tanto drama.

—Ah, desculpa se atiraram em mim. – Edward retrucou com a boca cheia. – E não estou fazendo drama. Meu braço está doendo e a tipoia é para evitar que movimente meu braço e abra os pontos. – explicou revirando os olhos.

—Minha filha merecia um homem e não um moleque. – Charlie ignorou o genro. – Espero que ela acorde logo e veja a burrada que está fazendo.

—Estou muito bem acordada, papai. – Bella falou o assustando. Ela bocejou bem alto e deu uma risadinha. – Talvez nem tão acordada assim.

—Deveria dormir mais um pouco. – Edward corou ao olhar para ela. Não era preciso dizer o motivo para ela ainda estar com sono. Estava bem claro o que eles andaram fazendo e pelos olhares recriminadores do pai e do sogro, eles não haviam sido nada discretos.

—Só quis garantir que estava bem. – respondeu corando. – Vou tomar um banho e depois, se estiver tudo bem para você, quero ir embora.

—É claro. – concordou animado. Aquela viagem foi uma péssima ideia. Talvez nem tão péssima assim, pensou olhando para ela. Os dois estavam se ajeitando por causa da viagem.

—Com licença. – Jared pediu parando no batente da porta. Ele carregava uma caixa de papelão.

—Algum problema? – Carlisle questionou olhando atravessado para o funcionário.

—Nenhum senhor. – garantiu sorrindo.

—Então o que quer? – ele estava de mau humor e queria terminar logo o café para irem embora, também.

—Fui até onde os senhores estavam para procurar o relógio do senhor e não vão acreditar no que achei.

—O relógio? – Edward respondeu como se aquilo fosse óbvio.

—Ah, também. – retirou o relógio do bolo. – Mas não é isso não. – ele enfiou a mão dentro da caixa e retirou uma cobra. As mulheres gritaram assustadas. – Ela está morta. – Jared garantiu. – Foi um tiro e tanto. – indicou o local e Charlie abriu um sorriso enorme.

—Quem é o mentiroso agora? – soltou uma gargalhada. – Eu disse que havia um animal. Além desses dois, é claro. – completou os provocando. – Salvei a sua vida, garoto. – ajeitou na cadeira. – Espero meu pedido de desculpas.

Edward levantou e se aproximou de Jared e do animal. Queria avaliar melhor a situação.

—Bem, não fez mais do que a sua obrigação. – resmungou. – Iria deixar a sua filha ficar viúva?

—Com o maior prazer. – Charlie garantiu e Renée riu. – Deveria ter deixado o animal te picar. Fui salvar a sua vida e fui acusado injustamente, mais uma vez.

—Não vamos relembrar isso. – Carlisle pediu largando os talheres.

—Já que tocaram no assunto. – Bella puxou uma cadeira e sentou. – Jared, pode levar isso para bem longe, por favor?

—É claro. – colocou a cobra de volta na caixa e entregou o relógio para Carlisle.

—Continuando. Já que tocaram no assunto e que estamos reunidos, pelo que parece ser a última vez, vamos logo contando a verdade sobre essa briga de vocês.

—Se é isso que vocês querem. – Carlisle deu de ombros e começou a contar.

 

[...]

 

—Está querendo falar comigo? - Charlie abriu a porta do escritório do amigo e as duas pessoas que estavam com Carlisle levantaram.

—Esperamos sua ordem. - O homem avisou e passou por Charlie sem o olhar.

—Seja rápido, Carlisle. - a mulher avisou e seguiu o exemplo do outro, passando por Charlie.

—O que está acontecendo? - ele conhecia muito bem o amigo para saber que algo estava errado.

—Fui informado de uma situação bastante desagradável. - indicou a cadeira e Charlie o olhou, preocupado.

—Diga logo e resolvermos isso.

—Já está resolvido. - empurrou uma folha para Charlie. - Conhece esses nomes? - Charlie ficava mais pálido a cada nome que lia. - Imaginei que sim. Todas essas pessoas estão ameaçando nos processar por assédio de alguns de nossos diretores. E chegou ao meu conhecimento que você estava ciente disso. Mas o pior de tudo, é que fui informado de que você não só sabia como também está envolvido em toda essa situação inaceitável e completamente repudiável. Como foi capaz disso, Charlie? - Carlisle levantou e passou as mãos no cabelo. - Você é um homem casado, tem uma filha…

—Eu não fiz nada. - retrucou se defendendo. - Sim. Recebi algumas reclamações, mas não havia provas.

—Chega! As mesmas provas que recebi, você também recebeu. E elas são bem claras. Fora que você estava presente em um desses momentos. A viagem a Boston. - os olhos de Charlie esbugalharam. - Vai negar agora?

—Não. Não vou, mas ninguém forçou nada. Todos beberam muito naquela viagem e eu sai do local antes que as coisas fossem longe demais. O que eles fizeram depois, não é do meu conhecimento. Posso ter feito algumas piadas pesadas, mas não encostei um dedo naquela garota.

—Isso não é desculpa Charlie. - gritou com ele. - Ela está grávida e foi demitida por você.

—Dei bastante dinheiro para ela e ela nem sabe quem é o pai.

—Pois vai saber em breve. - Carlisle garantiu. - Ela solicitou um exame de DNA.

—Pois que peça. Não é meu. Isso posso garantir. - Carlisle sabia disso. Charlie fez vasectomia pouco tempo depois de Bella nascer. Ele e Renée não queriam ter mais filhos. Mas o fato dele não ser o pai da criança, não diminuía em nada a culpa dele. Ele poderia não ter participado, mas sabia o que aconteceria.

—Isso não importa. Tive uma longa conversa com nosso advogado e com a diretora do Rh e chegamos a um acordo. - voltou a sentar para fazer o anúncio. - Vamos fazer um acordo com as vítimas. Elas estão dispostas a aceitar uma quantia bem generosa para não levarem o caso à justiça e em troca elas querem que todos sejam demitidos e receber um pedido público de desculpas.

—É claro. - Charlie respirou, aliviado. - Quer que fique aqui para ajudar nas demissões?Podemos fazer um comunicado a imprensa também, antes que elas falem algo e manche a nossa imagem. - Carlisle fez uma pausa, esperando que o amigo entendesse as palavras dele.

—Já fiz quase todas as demissões, só falta uma. - estendeu outro papel para Charlie. - Em nome da nossa amizade. Comprarei a maior parte das suas ações e deixarei você com uma pequena parte, mas você não poderá pisar mais na empresa. Serei seu procurador. - Carlisle falava pausadamente para que não houvesse dúvidas.

—Não. - Charlie levantou e começou a andar de um lado para o outro. - Não mesmo. Não aceitarei isso. Não tive culpa de nada e não serei expulso da minha empresa. - bateu no peito e Carlisle levantou apoiando as mãos na mesa.

—Sim. Você vai. Vai sair daqui sem fazer escândalo e vai assinar esse acordo. Se isso parar no tribunal, você estará acabado e não quero vê-lo na lama, meu amigo.

—Amigo? É assim que trata um amigo? Seu ordinário. - gritou e partiu para cima de Carlisle.

Graças aos gritos e as paredes finas, a briga deles foi ouvida e rapidamente os seguranças chegaram para separá-los. Charlie gritou bastante, mas acabou “aceitando” o acordo.

 

[...]

 

—Como eu disse. – Charlie interrompeu a narração do ex-amigo. – Fui acusado injustamente. Não havia provas de que eu assediei ninguém.

—Mas você sabia. – Bella apontou o dedo acusando.

—Só estava tentando proteger meus amigos. – se defendeu.

—Não posso acreditar nisso. – Bella levantou e fez um sinal para o marido. – Edward vamos embora, agora mesmo.

—Não sem antes me pedir desculpas. – acrescentou rapidamente. - Os dois. – apontou para pai e filho.

—Não mesmo. Pode ter atirado na cobra também, mas quem me garante que o foco não era eu? Aposto que plantou a cobra lá. O que ela estaria fazendo lá? Pesquisei muito sobre répteis para cuidar do Fish e eles não gostam do frio.

—Agora quer que explique como a cobra estava em cima da árvore? Sou adivinho por acaso? Ela estava lá e ponto final. Se quiser saber como ela foi parar lá, pergunte para ela.

—Eu perguntaria, mas você matou a coitada. – Edward retrucou e os dois homens se encararam. – Assim como queria me matar.

—Já ouvi o suficiente. – Charlie jogou o guardanapo na mesa e levantou derrubando a cadeira. – Já fui muito insultado por essa família.

—Pelo menos não levou um tiro. – Bella deu um cutucão no marido.

—Já chega! É melhor cada um ir para o seu canto e ficarmos um bom tempo sem nos encontrar.

—Ótima sugestão. – Carlisle concordou e rapidamente a sala ficou vazia.

Pelo visto, não teria uma reunião entre Cullen e Swan no Natal.


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Notas finais do capítulo

Esse casal está ficando cada dia mais fofo. No próximo teremos Jackson, quer dizer, Jasper e a Agnes, também. Outra coisa sobre o próximo capítulo... Vou entrar de férias do serviço essa semana e devo viajar por uns dias, então o próximo deve sair só na próxima semana, se conseguir terminar antes, eu posto, mas o mais provável é que não, quero caprichar nele.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.



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