Ovelha Negra escrita por Rayanne Reis


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Vamos ao restante do jantar com os Cullen...



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O jantar estava indo surpreendentemente muito bem. Talvez fosse porque todos estavam muito ocupados comendo e tentando assimilar o que estava acontecendo.

—Ouvi falar que seu pai vai concorrer a governador. – Carlisle quebrou o silêncio.

—Ele está analisando, ainda. – por mais que Bella estivesse com raiva do pai, ela não sabia até que ponto ele queria que a informação fosse divulgada para o seu inimigo.

—E quem vai cuidar da empresa? – Bella mastigou lentamente, ganhando tempo para pensar na resposta que daria.

—Bem. Se, ele for realmente candidatar e se, for eleito, tenho certeza que já deve ter alguém em mente. Ou... – Bella sorriu olhando para o sogro. – Ele poderia colocar o Edward a frente de tudo. Já que somos uma família e ele é altamente competente.

—Ele jamais faria isso. – Carlisle não poderia estar mais ultrajado.

—Por que não? Meu pai ficou muito feliz com o nosso casamento. Disse que Edward é o filho que ele nunca teve e no que se refere à capacidade, meu marido é um dos melhores da área. Não vejo o porquê dele não poder ser o novo presidente da Swan Corp. – ela ergueu o queixo em um desafio. Edward teve vontade de dar um beijo em Bella e lhe entregar um troféu de melhor atriz. – Já que você não quer dar a presidência a ele, o caminho está livre para que ele possa agarrar novas oportunidades.

—Não vamos falar de negócios. – Esme pediu desviando o assunto. – Sabe filho, estou muito decepcionada com você por ter me tirado o direito de entrar com você na igreja. – ela fungou e Edward percebeu que ela estava realmente triste. Apesar de não aprovar a escolha de noiva, ela sempre quis ver o filho casando e adoraria ter estado presente no casamento dele.

—Sinto muito, mãe. Mas Bella e eu não somos muito ligados a tradições e quisemos fazer algo pequeno.

—Mesmo assim. Aposto que Charlie também ficou bastante chateado. Que pai não gostaria de levar a filha até o altar?

—Ele não achou ruim não. – Bella respondeu com a boca cheia. A comida de Maria era deliciosa.

—Mas eu fiquei muito chateada. – retrucou cortando a carne com tanta força que ela quase pulou para fora do prato.

—O que está feito, está feito, não vamos ficar remoendo isso. – Edward deu de ombros.

—Uma mãe não deveria ser tão magoada assim.

—O que poderia esperar da ovelha negra da família? – Emmett perguntou fuzilando o irmão com os olhos.

—O que posso dizer? – abriu os braços se recostando na cadeira. – Gosto de fazer diferente dos demais. A proposito. – ele pegou um bolo de fotos do bolso do casaco. Tinha feito questão de mandar imprimir. – Querem ver as fotos do casamento? – entregou as fotos para Esme que fez uma cara de espanto que lembrou muito o quadro O Grito.

—Você se casou de preto? – Esme virou o resto do vinho que estava em sua taça e encheu uma nova, para tentar recuperar o controle.

—Preto é o novo branco. – Bella riu. – E é a minha cor favorita. – de fato, aquela afirmação pode ser comprovada por todos, já que Bella estava toda vestida de preto: calça jeans, camisa, casaco e tênis.

Esme ignorou o comentário e passou rapidamente as fotos, que não poderiam ser consideradas fotos de casamento de forma alguma. Apenas Edward sorria e não parecia ser um sorriso de felicidade por ter se casado com a mulher amada, mas sim por estar rindo de uma piada ou talvez da expressão carrancuda que Bella exibia em todas as fotos. Ela estava com os braços cruzados e completamente séria. Em apenas uma foto era possível vê-la sorrindo, talvez pelo fato de Edward estar com o rosto coberto de bolo.

—Lindas fotos. – foi tudo o que Esme conseguiu dizer, antes de devolvê-las.

—Bem que poderíamos organizar um almoço para as duas famílias. – Bella sugeriu e até Edward a encarou como se ela estivesse louca.

—Quem sabe daqui uns 20 anos. – murmurou e todos voltaram ao silêncio.

 

[...]

 

—Amei esse jantar. – Bella gargalhou assim que eles entraram no carro de Edward.

—Mal posso esperar pelo jantar na casa dos seus pais. Será que você pode me passar o telefone. – pediu a olhando de canto, enquanto manobrava para fora da mansão Cullen.

—Telefone? – perguntou sem entender.

—Sim. Da escola onde fez curso de teatro.

—Eu não fiz curso de teatro. – ele parou o carro e a olhou sem acreditar.

—Pois acho que poderia investir na carreira de atriz. Você foi brilhante lá.

—Obrigada. – agradeceu fazendo uma mesura. – O que posso dizer? Sou uma mulher extremamente talentosa.

—Estou percebendo. – murmurou entrando na estrada.

—Sua cunhada não foi muito com a minha cara e ela parece te odiar.

—Posso afirmar que o sentimento é mútuo. – fez uma careta ao lembrar-se da cunhada.

—Qual o lance entre vocês? – perguntou interessada.

—Na verdade, não tenho nada contra a Rosalie, além do fato dela ter se casado com o meu irmão e destruído a vida dele, mas ele é tão lerdo que não percebe isso. Ela é uma boa pessoa, mas é tão perfeitinha que me irrita. Os dois são um casal tão chato. Nunca brigam, sempre sorrindo e são tão melosos que me dá diabetes.

—Somos dois. Ela não tinha um fio de cabelo fora do lugar. Sua família parece aquelas que vemos em comerciais na TV.

—Ninguém é tão perfeito assim e essa mania deles de aparentarem o que não são, me incomoda profundamente.

—Te entendo bem. – suspirou e afundou no banco do carro. Ela estava cansada e queria cair logo na cama e dormir até tarde, mas a segunda parte do plano dela não seria possível. – Amanhã vou sair bem cedo e devo ficar fora o dia todo. Podemos nos encontrar na casa dos meus pais? Quero fazer uma surpresa. – abriu um sorriso diabólico.

—Tudo bem. Vou ficar por perto e você me manda uma mensagem quando for a outra de fazer a minha entrada triunfal. – ele entrou na garagem e estacionou em uma das vagas destinadas a ele. Notou que Bella não havia trazido o carro dela, se é que ela tinha algum. – Por que sai tão cedo? – perguntou caminhando em direção ao elevador.

—Gosto de começar o dia cedo. Geralmente alimento o Fish e o Pernalonga e depois saio para correr, mas amanhã irei a uma manifestação. E por falar nisso, pode me emprestar um carro? Tenho que pegar algumas coisas no meu apartamento e não dá para levar tudo de metrô.

—Você não tem carro? – ele tinha muito ciúmes dos carros dele e não queria emprestar nenhum.

—Ele foi rebocado. – Bella balançou as mãos como se aquilo não fosse nada de mais. – Tinha uma minivan e eles rebocaram porque ela estava impedindo a passagem de alguns banqueiros idiotas. – Edward a olhou desconfiado.

—Vou me arrepender disso, mas, estava impedindo como? – escorou no elevador a observando.

—Bem. – Bella ruborizou. – A minivan estava literalmente impedindo a passagem deles. A coloquei em frente à porta do banco para que ninguém entrasse.

—E por que faria uma coisa dessas? – ela era uma caixinha de surpresas.

—Quer que liste todos os motivos? – perguntou cansada. – Digamos que as atitudes deles não estavam nos agradando, então resolvemos agir. – simplificou saindo apressada do elevador assim que as portas abriram.

—Quem seria esse “nós”? – ele queria perguntar se ela era algum tipo de criminosa, mas se conteve na curiosidade.

—Se te contasse sobre nós, teria que te matar. Então vamos deixar as coisas como estão. – indicou com impaciência para que ele abrisse logo a porta.

—Posso ao menos perguntar sobre essa tal manifestação? – perguntou segurando as chaves.

—É claro e você será muito bem vindo. – pegou um panfleto do bolso e entregou a ele.  – Amanhã eles irão demolir um prédio histórico e estamos tentando impedir isso. Vamos chegar bem cedo, antes do pessoal da demolição.

—Por que se importa com essas coisas? – afinal de contas, para ele era só mais um prédio antigo. – Isso deve estar com a estrutura todo comprometida. É melhor derrubarem logo.

—Insensível. – resmungou tomando as chaves da mão dele e abriu a porta. – Esse prédio faz parte da nossa cidade e da nossa história, não podem simplesmente demolir. Deveriam reforma-lo, mas sem deixar de perder as características dele. Infelizmente tudo o que importa é o dinheiro e quem comprou o terreno tem o suficiente para comprar todos os envolvidos em manter a preservação do prédio.

—Então por que ainda continuam lutando? Se vão demolir amanhã, é porque já tem o aval para isso. Vocês não vão conseguir impedir.

—Bem. – Bella parou em frente a ele e colocou as mãos nos bolsos do casaco, talvez para impedir que elas voassem no pescoço de Edward. – Nós lutamos pelo mesmo motivo que você está lutando para ficar com a presidência da empresa da sua família. Por que achamos que é o certo a se fazer. E não podemos simplesmente aceitar uma injustiça dessas de braços cruzados. Precisamos lutar até o último momento e com todas as armas que pudermos achar.

—Só tenha a certeza de que está lutando pelas causas corretas. – Edward alertou.

—Digo o mesmo, Cullen. – murmurou dando meia volta e indo para o quarto.


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Notas finais do capítulo

Esses dois são demais, principalmente a Bella. Será que o Edward vai ajudar com a manifestação?

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.



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