Um esperado inesperado amor. escrita por Diário Digitado


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759702/chapter/10

PoV. Andrew

Hoje é sábado e o dia não poderia começar melhor. Finalmente saí com Mariana, a garota perdida, e eu comprovei, ela é realmente incrível. Não sei se é o sotaque carregado, os cabelos cheios e cacheados ou sua boca, ah, que boca, mas aquela garota é muito pra mim. Tudo que ela faz ou fala é atraente, até mesmo quando ela fala antes de pensar. Poderia ficar na companhia dela por horas que não me cansaria, poderia beijá-la por dias que ainda assim não seria o suficiente. Preciso daquela garota e não consigo dizer o motivo, na verdade, eu sei o motivo. Atração física.

Levanto da cama e devem passar das 13hs, como é bom dormir. Tomo um banho rápido e gelado, visto um jeans, camisa e jaqueta e saio de casa. Não tem nada para preparar e eu não como desde o jantar de ontem. Enquanto caminho pelas ruas, pego o celular, pela hora já deve ter alguma mensagem dela. Me decepciono, não tem nenhuma? Nem um bom dia ou algo do tipo? Chego a imaginar que ela está tentando se fazer de "difícil", mas isso não é algo que ela faria. Entro no restaurante ao mesmo tempo em que resolvo ligar pra ela.

— Alô? - uma voz sonolenta, grossa e talvez irritada soa do outro lado da linha. 

— Mariana? Bom dia, tudo bem? - tento soar o mais educado possível, não entendi ainda o tom de irritação. Ouço um barulho do outro lado da linha - Mariana?

— Ah, oi Andrew, estou bem e você? - pergunta

— Estou bem, liguei para saber se.. - droga, não procurei um motivo antes.

— Bom dia senhor, já escolheu? - o garçom me questiona enquanto ainda estou na linha com Mariana, que parece ouvir também.

— Está numa lanchonete? - ela questiona e eu ainda estou perdido sem saber quem responder. O rapaz ainda me encara. Afasto um pouco o celular da boca e me dirijo ao garçom.

— Uma massa, por favor. - o rapaz anota e eu volto o celular á boca. - Desculpe, estava falando com o garçom, resolvi almoçar por aqui mesmo hoje.

— Ah, entendi. Eu ainda estou dormindo, mas agora que falou isso, acho que vou me arranjar por aqui também - agora está explicado, ela ainda está dormindo e você a acordou seu idiota! Tenho uma ideia e espero que ela aceite.

— Não quer ..- sou interrompido pelo garçom que até então estava aqui ainda e eu não havia notado.

— E algo para beber senhor? - questiona. Preciso falar com ela antes e afasto novamente o celular.

— Espera um pouquinho. - peço ao rapaz.

— Mari, não quer vir me encontrar aqui? Estou perto do seu hotel em um restaurante especializado em massas. - Eu chamei ela de Mari sem nem ao menos ela me dar autorização? E se ela não aceitar o convite e tiver algo melhor para fazer? Desde quando eu fico tão nervoso ao convidar uma garota para almoçar? Penso em tudo isso enquanto ela nada responde. - Mari?

— Eu! É... pode ser, me espera levantar rápido? - ela indaga. Claro que eu espero.

— Claro, te espero aqui! Vou desligar para você se adiantar, beijo. - ela me devolve e desliga. Peço para o garçom esperar o pedido porque vou ter companhia e ele me sorri indo para o balcão. Espero ansioso por ela e quando ela vira a rua parecendo um pouco confusa, sinto meu nervosismo aumentar. Porra, isso tem que ser um infarto, se for o que estou pensando, não vai dar certo! 

Ela me localiza com o olhar e caminha sorrindo para mim. Que cena! Está com um vestido solto e vermelho, botas baixas e uma camisa grande masculina. De quem é essa camisa? Seus cabelos estão presos no topo da cabeça com uns cachos soltos. Essa mulher não é comum.

— Oi, demorei? - ela me beija o rosto e senta em frente a mim sorrindo. Sorrio junto.

— Não, quase não notei o tempo passar - mentira, contei os minutos. - Podemos pedir se já estiver com fome.

— Ah, por favor! Estou com muita - ela pega o cardápio e no fim pede o mesmo que eu. Quando o almoço chega, estamos rindo e conversando assuntos aleatórios e nesse período ela já tocou em meu braço 4 vezes. Cada vez que faz isso, eu me arrepio um pouco. Deuses! Terminamos e ainda estamos sentados quando resolvo perguntar.

— Bonita camisa - comento apontando, ela sorri e me olha - de quem é? - pergunto tentando parecer desinteressado. Não funciona, claro. Ela franze as sobrancelhas ainda sorrindo.

— É minha, de quem mais seria?

— Claro, achei que fosse emprestada, não sei - ela continua a me encarar.

— Eu comprei, gosto de camisas masculinas. Por sinal, adorei a jaqueta - ela pisca e rio alto. Percebo que arranjei mais alguém para roubar minhas roupas além de meu pai. E confesso que a ideia não me parece ruim agora.

— Se quiser, vai ter que pegar - falo malicioso. Percebo que ela entende o que quero dizer quando de alguma forma, o seu olhar e sorriso mudam. E eu gostei muito de presenciar isso. Estamos na hora de ir embora e ela pega a carteira na bolsa que eu nem havia percebido que estava com ela. Toco em sua mão e dou um beijo, impedindo ela de continuar - eu convidei - ela sorri e afirma.

— E então? - ela questiona quando nos levantamos e saímos do restaurante. Seguro a sua mão - Vamos ao Central Park?

— Quer? - questiono e ela afirma com a cabeça - Então vamos! - estamos passando perto do meu flat quando uma chuva começa a cair, sem opção, paramos em frente ao mesmo, embaixo de uma loja.

— Sério? Tinha hora melhor não? - ela indaga olhando para o céu e eu acho que está tentando falar com alguma divindade. - Fica muito longe daqui?

— Um pouco, uns 10 minutos andando - digo e ela emburra o rosto, acho fofo. É, eu estou perdido! Percebo que ela se distrai um pouco enquanto olha a construção na nossa frente. Estou tentando arrancar um pedacinho da unha quando ela me dá um tapa no braço e me espanto, mas ela nem ao menos me olha.

— Bonito esse prédio né? - ela indaga - Deve ser enorme por dentro! - conclui me olhando finalmente e eu ainda com minha mão na boca. Droga! Tiro rapidamente.

— Na verdade, não é tanto.

— Como sabe? Já entrou aí? - ela pergunta desconfiada.

— Eu moro aí - ela se espanta e arqueia a sobrancelha - Moro num flat, lembra? - ela parece reavivar a memória.

— E você nem fala nada! - me dá um tapa no braço se aproximando e rindo. Seguro seu braço e a puxo para mim, seu sorriso muda um pouco mas continua sorrindo. Afasto seu cabelo molhado do rosto e a beijo. De novo é a mesma sensação, acho que melhor, até. Os lábios macios um tanto doce pelo suco de morango que ela acabou de tomar me dominam, minhas mãos agora estão em sua cintura enquanto ela me segura pela nuca.

Nos afastamos um pouco nos olhando. Ela me dá um beijo rápido e nesse momento um carro passa tombando em uma poça de água que nos molha. 

— Ei, idiota! Tá achando que tá num circo, palhaço? Volta aqui! - ela grita para o carro e eu a seguro ainda. Se vira para mim sorrindo - Ótimo! Sem Central Park e molhada com essa água suja! - uma ideia se passa pela minha cabeça, seria tão ruim assim?

— Se quiser subir para se secar e esperarmos a chuva passar.. - deixo a frase solta no ar e ela me olha atenta e séria. Fiz besteira, fui rápido demais, mas surpreendentemente ela sorri largamente.

— Estamos fazendo o que aqui ainda Andrew? - me pergunta me puxando pela mão para atravessar a rua - Vamos! - a acompanho e subimos. Abro a porta um pouco nervoso, ainda segurando sua mão. Ela entra e tira as botas, deixando na entrada.

— Não precisava tirar os sapatos - ela retira a jaqueta e engulo em seco. Isso não vai dar certo. Ela olha o flat rapidamente e se senta no sofá. Tiro minha jaqueta e me aproximo - Uma toalha? - indago.

— Sim, por favor! - entrego a toalha e me sento ao seu lado enquanto ela enxuga os cabelos, que com a chuva desfez o coque - Gostei daqui, não é enorme e desconfortável, é bem aconchegante. Mora sozinho?

— Sim.

— Tudo bem arrumado, que bom, eu sou péssima em arrumação - ela sorri e consigo vê-la bagunçando todo esse lugar e eu catando sua bagunça, não seria tão mal assim. Sorrio e logo em seguida, paro. O que eu estou imaginando? As coisas pioram quando ela se levanta para estender a toalha, e quando volta, uma alça de seu vestido cai. Não consigo não olhar e ela segue o meu foco.

A olho e ela está sorrindo, não o de sempre, um sorriso que me aquece a alma e o corpo. Levo minha mão até a alça do vestido e subo lentamente mas posso ver sua pele se arrepiar e ela morder o lábio inferior. Esse foi o estopim. Me aproximo mais e a puxo para mim, uma mão em seus cabelos e outra em sua cintura, ela aperta meus braços enquanto suas mãos passeiam pelo meu corpo, ela não sabe o que faz comigo. Continuamos nos beijando enquanto puxo Mariana cada vez mais para mim, ela entende o recado e quando me dou conta ela está em meu colo, com cada perna de um lado do meu quadril. Caralho! Desço o beijo para seu colo e pescoço e ouço sua respiração mais forte. Mariana aperta minha nuca e puxa meu cabelo, fazendo com que minha boca encontre a sua novamente. Ela sobe minha camisa e a tira de uma vez, continuamos o beijo e vou puxando seu vestido para cima, sem antes, aproveitar e tocar sua pele macia  seguindo o rastro do vestido. O puxo de uma vez só e jogo a peça molhada de lado. Deuses!

Vejo uma mulher corada com a respiração ofegante e boca entreaberta em cima de mim, ela está apenas de lingerie preta e isso só pode ser um sonho. Um puta de um sonho! Volto a beijá-la e já estávamos para levantar quando a campanhia toca. Porra é essa? Paramos os dois e nos olhamos, ela me encara um tanto desconfiada.

— Estava esperando alguém? - questiona e eu nego com a cabeça. Resolvo ficar quieto e ignorar, mas ouço uma voz do outro lado da porta.

— Andrew! Visita surpresa bebê! - Ah não! Amo minha tia, mas isso é hora dela aparecer? Mariana me olha espantada e sai de cima do meu colo procurando o seu vestido com o olhar.

— Ei, calma! É a minha tia, não sei o que ela está fazendo aqui, desculpe - explico tocando em seu braço. Ela parece relaxar um pouco, mas logo depois se adianta novamente. A voz lá fora soa outra vez.

— Andrew, ainda sei como arrombar portas com grampos! - ela cantarola. Passo minhas mãos pelos meus cabelos e vejo Mariana já vestida me olhando.

— Vai abrir, anda! - ela me empurra e vou até a porta - Não, espera! - ela me joga a camisa e visto. Abro a porta.

— Oi tia! - sorrio e ela me abraça para logo depois entrar no apartamento, mas para quando vê Mariana sentada no sofá mexendo nos cabelos, extremamente calma. Me adianto e as apresento. - Tia, essa é Mariana. Mari, essa é minha tia, a mãe do Jack! - Mariana se levanta e abraça minha tia de um jeito espontâneo, minha tia devolve o abraço.

— Oi, tudo bem? - Mariana indaga e vejo minha tia sorrir largamente, parecendo animada.

— É brasileira? - questiona e Mari confirma. Ela a abraça novamente. - Deuses, que bom! Por que não me apresentou ela antes Andrew? Não me disse que estava namorando uma garota linda e brasileira! - minha tia bate palmas animada, deixando uma Mariana corada e talvez desconfortável. Eu passo as mãos pelos cabelos, o que eu faço agora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada e volte sempre!
Bjoks



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um esperado inesperado amor." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.