Vybor escrita por Amy Holly


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos e boa leitura.



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POV Emmett Cullen

— Então, se decidiram? Minha proposta é muito vantajosa para ambas as partes.

Jace encara o homem a nossa frente em silencio, vira o rosto pra mim, esperando uma resposta.

Não tenho plena confiança em Gabriel para me aliar à ele, mas em quem eu tenho confiança?

Gabriel já aprontou e acredito que o tapa olho em seu olho direito seja o suficiente para lhe lembrar que se houver alguma próxima vacilada, não vamos ser tão piedosos.

Desde de que meus pais foram assassinados e eu e meu irmão tivemos que assumir o comando da máfia, tivemos o apoio do nosso único familiar vivo: o tio Gabriel.

Tudo ia bem até descobrimos um deslize de nosso querido tio, mas deixamos passar.... O que foi um erro, pois logo em seguida, Gabriel tentou nos derrubar. Ele ainda está respirando apenas porque é um Cullen e recebeu como presente o perdão da máfia.

— Acredito que não preciso fazer o mesmo discurso de sempre sobre o que acontecerá se tentar uma das suas gracinhas novamente, certo? – semicerro os olhos.

— Emmett, você e Jace são meus sobrinhos, eu nunca quis prejudicar vocês...

— Tá, tá, tá – Jace o interrompe impaciente – É o suficiente, titio – ironiza – E estamos nesse lugar asqueroso apenas porque você é bom no que faz, não deixa rastros e nunca foi pego. Nesse quesito, ainda não fez nenhuma merda. E sim, a proposta é realmente boa.

Jace se levanta e se aproxima da janela que tinha no galpão, olhando para fora.

— Então, isso quer dizer... – Gabriel começa, esperando nossa decisão.

— Que mesmo depois de tentar assumir o comando da máfia nos derrubando, você é o melhor no ramo do tráfico de pessoas, então, sim, está aliado à minha máfia novamente.

— Emmett, Jace, meus sobrinhos, – ele olha para mim e para Jace – vocês não se arrependerão.

— Que porra está acontecendo lá fora? – Jace diz de cenho franzido. Logo depois, alguns seguranças de Gabriel entram no galpão com um homem.

— Senhores, desculpe interromper, mas encontramos esse homem nos arredores. – ele respira fundo – e encontramos isto com ele – mostra um distintivo.

— Um policial?! – digo.

— Começa a falar – Jace diz se aproximando do homem que está mobilizado por dois seguranças. Por precaução, olho ao redor, mas não encontro nem um dos meus seguranças – Não me ouviu? Está bem. Vamos fazer da forma difícil. – Jace dá um muro na barriga do policial, que continua calado – Sabe, sou muito bom no que faço, sempre tenho bons resultados no final das minhas... atividades. Quem sabe você não aprende um pouco e começa a usar no seu ofício? Eu deixo... bem, isso se sobreviver. – ele sorri de lado.

Jace sabe ser diabólico quando quer. Meu irmão tira um estilete de debaixo do tênis.

— Senhores, – um dos seguranças de meu tio, que está abaixado próximo à mesa onde estávamos minutos atrás, chama nossa atenção. Ele se levanta com uma escuta na mão – estavam sendo ouvidos o tempo todo.

— Mas que porra está acontecendo aqui? – pergunto para Gabriel, enquanto tento me comunicar com meus seguranças e não recebo resposta alguma.

— Nós procuramos e não achamos nem um dos seus seguranças, senhor. – um dos seguranças diz.

— Agora é a hora de abrir a boca – Jace manda um olhar mortal pro policial, que dá um sorrisinho cínico – Onde estão meus homens? – grita.

— Seus homens? Isso soou meio gay – o homem ri. Esse está morto.

— Acha mesmo que está em posição de fazer piadinhas? – pergunto irritado

— Jace, comece logo com isso.

— Obedeça seu irmão, Jace, vocês não tem muito tempo – Gabriel espragueja e grita com seus seguranças.

Um policial, uma escuta. Tudo o que falamos aqui é mais do que comprometedor. Literalmente, nos entregamos. Se esse lugar já não estiver cercado, em pouco tempo vai estar.

— Vamos, Jace! – grito.

Saímos correndo do galpão e entramos no carro. Eu sabia que não ia dar certo. O que pode dar certo em Seattle, um lugar onde o sol não aparece? E para completar o pacote, com o Gabriel junto. Eu nunca deveria ter aceitado sair da Rússia pra vir até esse lugar.

— Emmett, – tiro os olhos da estrada e olho pra Jace ao meu lado – acha que tem o dedo do Gabriel nisso?

— Acredito que não, ele também não está de boa com tudo que aconteceu. Alí falamos coisas que comprometeram tudo, inclusive ele.

— Acho que...

Olhamos pelo retrovisor do carro, tem cinco. Cinco viaturas no nosso encalce.

Jace começa a xincar tudo que é nome possível, pega sua arma da cintura, se abaixa próximo a janela e começa a atirar. Acelero. Um dos tiros pega no painel de uma viatura, fazendo-a perder o controle e bater na outra que estava atrás. Ótimo, sobraram três.

Os filhos da puta retribuíram o favor e começaram a atirar. Um dos tiros atingiu o vidro traseiro do carro, quebrando-o por completo.

— Mas que porra! O carro não é blindado? Qual o problema dos nossos seguranças? Bando de imbecil, inúteis... Sinto uma ardência no ombro direito. Merda, fui baleado.

— Filhos da puta! – grito Jace para de atirar e volta sua atenção para mim. Os filhos da puta não param de atirar e o idiota do meu irmão fica me encarando com esses olhos esbugalhados. – É só um tiro, Jade! Presta atenção naqueles imbecis. – grito.

Jace balança a cabeça e volta a atirar. Jace é meu irmão mais novo. Quando nossos pais estavam vivos, ele tinha a esperança de entrar em uma faculdade e construir uma vida com a garota que ele namorava.

Jace nunca teve a ambição de liderar a máfia. Pelo contrario, queria sair dela, o que eu achava completamente ridículo, o garoto nasceu na máfia, é um dos herdeiros e rejeita isso?

Ele achava tudo isso patético até o dia que a filha do Luck morreu em uma missão. Maia era filha do chefe da nossa segurança. Maia e Jace namoravam e estavam preste a noivar quando nossos pais morreram. Jace teve que assumir o comando da máfia junto comigo, o que não é o comum, mas eu não tinha condições de assumir uma máfia sozinho.

Um dia mandamos Maia junto com mais dois homens para receber uma carga de munições. Era tudo tão simples. Deveria dar certo, se a idiota não fosse tão marrenta e estressada a ponto de cair em uma provação besta e acabar morta junto com os outros dois seguranças.

Uma morte banal, sem sentido, mas que acabou mudando meu irmão. Ele desistiu das ideias ridículas de largar a máfia e assumiu de vez o comando comigo.

O garoto é inteligente e esperto e se não fosse por ele, as coisas já teriam ido buraco a baixo e eu estaria morto porque digamos que ele é o celebro e eu a força, o que faz com que nós dois sejamos uma ótima dupla, comandando uma das maiores e mais perigosas máfias do mundo.

Sou tirado dos meus devaneios por uma dor absurda. Olho pra baixo e vejo a minha blusa completamente encharcada de sangue. Fui baleado novamente, mas agora na barriga.

Não sou uma pessoa que possa se dizer calma e controlada, mas convenhamos que não tem como ficar pleno sendo perseguido fora do seu país, em uma cidade que só chove e parecendo uma peneira; todo furado. Meu ombro dói pra caramba, e pra completar, mais um tiro na barriga.

— Jace, – ele me olha de canto de olho – não vou aguentar dirigir por mais tempo.

— Vamos trocar de lugar! – diz apresado.

— Jace, você é burro ou o quê? Vai ficar pior que eu no momento em que se levantar daí.

— Tem ideia melhor, gênio?

— Eu estou ferido, vou ser pego, tô com a porra de duas balas dentro de mim, os imbecís dos nossos seguranças já eram... então, você vai pular desse carro.

— Emmett, entenda de uma vez por todas: eu não vou pular desse carro porque não vou te deixar ser pego baleado – Jace grita.

— Por que não está pensando? Como você mesmo disse, eu tô ferido! Esses merdas terão que me levar pra droga de um hospital e é de lá que o geniozinho do meu irmão vai me tirar. Só que isso não vai acontecer se você também for pego. Agora para de viadagem e pula da porra desse carro na próxima curva!

Os tiros não param, continuo a dirigir ferozmente. A curva que Jace tem que pular está próxima. Seguro o volante com força e sinto mais dor ainda nos ferimentos.

— Se prepara – digo para ele sem tirar os olhos da estrada – Agora! – grito.

— Eu vou te buscar, irmão – ele diz antes de pular do carro em movimento. Espero que esse imbecil não se quebre todo.

Jace não é muito preparado fisicamente. Como disse, ele é o celebro. Ele sabe o básico de luta corpo a corpo, mas é bem capaz de ter quebrado alguma coisa nessa brincadeira. Jace é bom em atirar, tem o sangue bem frio pras torturas. Mas é só. Ele consegue pensar direito quando situações está fora de controle.

Continuo a dirigir por mais algum tempo, mas a dor está muito forte, me sinto fraco, tonto... Então, perco o controle do carro e acabo batendo em uma arvore. Ouço o barulho da sirene das viaturas se aproximando antes de perder os sentidos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, se gostou ou não me digam nos comentários. Boa noite e até o próximo capítulo.



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