Queen of Darkness — Interativa escrita por Khaleesi


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi belíssimos ♥ tudo bom com vocês?
Então, tô respostando essa história pela milésima vez, e eu espero que dessa vez eu decida continuar com ela.
Alguns dos Cavaleiros eu peguei da antiga versão porque eu era simplesmente apaixonada pelos personagens, e decidi reaproveitá-los aqui nessa nova fic.
Eu fiz algumas mudanças a respeito de tudo, e espero que todo mundo goste!
As fichas não vão ser disponibilizadas ainda porque eu tenho que explicar mais um pouquinho como esse universo de QoD funciona, para que vocês entendam direitinho na hora de criar o personagem de vocês.
Acho que é isso, nos vemos nas notas finais!



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Aquilo que uma pessoa realmente é só fica aparente quando vem o teste, ou seja, no momento em que se fica firme sobre os próprios pés ou se tomba
(Hercule Poirot)

Warrior — Imagine Dragons

*Londres, 24 de maio, 11:22PM

Gotas de chuva caiam devagar sobre o corpo desprotegido de Aliyah. Seus cabelos negros grudavam em sua testa. A menina respirava com dificuldade, suas botas estavam pesadas e encharcadas, tais como o resto de seu corpo. Parou por um momento e olhou para o céu. A noite estava nublada, não havia rastro sequer de alguma estrela, apenas nuvens enfurecidas jogando toda a sua raiva na humanidade em forma de raios e tempestades. Seus olhos verdes percorreram seu braço, chegando ao relógio de pulso. Marcava onze e vinte dois da noite, e ela bufou. Faltavam alguns minutos para o seu tão esperado aniversário de dezoito anos, e ela estava ali no meio da avenida tomando chuva. Continuou a andar, mas desta vez mais rapidamente. Faltando três minutos para a meia noite, chegou em sua rua.

Obviamente a cidade estava vazia, ainda mais com o temporal que estava tendo. Olhando para todos os lados, sem receio, andou até a frente de sua casa. O portão abriu com um ruído fraco, o que a fez suspirar. Já era tarde, e pensou que ia receber uma costumeira bronca de sua mãe. Andou até a porta, que estava trancada. A casa estava apagada, e a menina pensou por um momento que talvez todos estivessem dormindo. Abriu sua bolsa e procurou sua chave. Abriu a porta com cuidado, e logo escutou um grito e um barulho de janela sendo quebrada. Sem hesitar, subiu correndo as escadas e encontrou sua mãe caída no chão, inconsciente. Pegou sua cabeça com a mão, e logo viu que uma grande quantidade de sangue saía dali. Gritou, levantando-se rápido e indo em direção ao quarto de seus pais. O mesmo acontecera com ele, caído no chão, com um grande corte na testa.

— Dominic?! — gritava ela, em plenos pulmões. Tornou a gritar o nome de seu irmão mais duas vezes, mas não obteve resposta.

Lágrimas começaram a preencher seus olhos, e se misturavam com a água da chuva, que desciam quentes em sua bochecha. Logo desabou no chão, pondo a cabeça entre as mãos. O sangue de sua mãe agora estava em seu rosto, e ela não sabia o que fazer. Uma risada grave, amedrontadora e seca ecoou entre os corredores da casa, e ela correu para o quarto de seu irmão, a tempo de ver uma figura negra saltando a janela quebrada. Vários estilhaços de vidro estavam pelo chão, e um deles perfurou sua bota, a impedindo de tentar chegar perto da janela. Aliyah urrou de dor, e logo escutou o badalar de meia noite vindo do relógio de cabeceira de seu irmão. Virou-se para o mesmo, e logo uma luz ofuscante tomou conta de seu antebraço esquerdo, e ela virou seu rosto para o lado. O seu braço ardia, é como se estivesse pegando fogo, mas ela não gritava. Quando a luz forte se cessou, uma runa aparecia em seu braço.

A marca parecia ser feita de aço quente, marcado contra a pele. A runa brilhava em vermelho vivo, e após alguns segundos, a “chama” se apagou. 

~ * ~

Após o que pareceram intermináveis anos, o dia amanheceu, e Aliyah ainda estava encolhida sobre os cacos de vidro no quarto de Dominic. Ela não sabia como explicar o ocorrido para a polícia, e as imagens vistas nas horas anteriores não saíam de sua cabeça. Onde estaria seu irmão numa hora dessas? Talvez estivesse dormido fora de casa, talvez o vulto preto que vira anteriormente não tenha o pego. Talvez... Não. Não alimente esperanças, você precisa cair fora daqui o mais rápido possível, pensava consigo mesma. Mas a menina sequer conseguia se mexer, seu corpo estava gelado por conta da chuva que tomara mais cedo, e sua roupa ainda estava bastante úmida.

Após hesitar por uns instantes, levantou-se com dificuldade. Paciente, examinou seus braços e pernas e percebeu que estava cheia de cortes pelo corpo. Suspirou, retirando alguns cacos de vidro que teimavam em grudar na sua pele sensível. Sangue escorria de algumas partes do seu rosto, mas Aliyah não teria tempo para limpar. Um barulho alto surgiu da cozinha, e a menina pensou que talvez pudesse ser seu irmão. Com dores, ela saiu correndo porta afora e desceu as escadas, deparando-se com uma cozinha em chamas. Sem saber o que fazer, ela continua a correr desesperada para o lado de fora. Numa questão de segundos, a casa explode.

A força do impacto joga Aliyah a uns dois a três metros do chão, e a menina bate as costelas com força no portão de metal antes de cair no asfalto. Com esforço, a morena respirava tentando levantar-se, mas sem êxito. Permaneceu por alguns segundos no chão, mas percebeu que logo alguém iria se dar conta e iria chamar a polícia. Como ela iria explicar o que aconteceu? “Ah, tiras, bem simples. Eu cheguei em casa e meus pais estavam mortos e meu irmão desaparecido, de repente eu vi um vulto e no instante seguinte ganhei uma tatuagem bem maneira aqui no meu braço, tão vendo? Aí do nada a casa explodiu, olha que loucura. Pois é, mas olha, eu não tenho culpa de nada.”

Descartou a possibilidade de falar com alguém sobre o ocorrido, então esforçou-se para levantar e saiu mancando pela rua, enquanto sua casa estava em chamas bem atrás de si.

~ * ~

Vendo os bombeiros chegarem, Aliyah se escondia em cima de uma árvore na esquina de sua rua. Viaturas policiais rondavam sua casa, e seus vizinhos olhavam, preocupados. Em alguns minutos, a área estava lotada de repórteres. A queda que tivera há pouco lhe deixara com mais um corte em suas costelas, e ela tentava estancar sem sucesso com um pedaço rasgado de sua blusa. Preciso tratar isso aqui já, antes que eu desmaie ou coisa do tipo, suspirou ela. Com dificuldade, desceu a árvore sem chamar muita atenção e saiu andando pela rua, com sangue seco em seu rosto e roupas rasgadas.


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Notas finais do capítulo

Aos que já conheciam QoD, bem-vindos de volta, e aos novos: espero que consigam se encantar com essa fic como eu e meus antigos leitores nos encantamos.
Fichas liberadas nos próximos capítulos, como disse.
O tumblr da fic vai estar lá no disclaimer, caso queiram dar uma olhada!
O próximo capítulo deve sair em um ou dois dias.
That's all, folks! See ya.