Quando nasce o amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 14
Atitudes e consequências.




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Segunda feira era “o dia internacional da preguiça”. Todos sempre diziam isso! Mas para Evelyn, aquele era um novo dia em sua vida. Ela levantou cedo e arrumou-se o melhor que pode. Queria causar boa impressão em sua apresentação no trabalho. Talvez não fosse o trabalho dos sonhos, mas era um passo para isso!

Quando ela desceu para tomar café, imaginou que todos ainda estivessem deitados. Engano seu! Lucas já estava acordado, e como sempre lendo suas mensagens enquanto tomava seu café da manhã.

— Bom dia! – Ela puxou uma cadeira e sentou de frente para ele.

Lucas afastou o olhar do tablet e sorriu para ela.

— Bom dia. – Lucas fitou Evelyn enquanto ela pegava a xícara e colocava o café. Ela estava muito bonita naquele vestido, que lhe deixava com a aparência ainda mais jovial. Ele não conseguiu contar o elogio. – Você está linda!

— Obrigada.

— Você está nervosa? – Perguntou ele notando que as mãos dela ficavam tremulas ao passar a geleia na torrada.

— Você me deixa assim. – confessou ela com timidez.

— Não era minha intenção.

— Eu sei. Não precisa se preocupar, eu estou bem.

Eles tomaram o café em silêncio.

Evelyn não sabia o que dizer. Cada vez que estava ao lado de Lucas, perdia a coesão com as palavras. Mas ela tentava manter a postura.

— Eu preciso ir – disse ela após terminar a refeição.

— Quer uma carona?

Era uma tentação! Ela não podia negar o convite.

— Sim.

— Estou saindo em dez minutos!

— Vou apenas pegar minha “bagagem” – Evelyn se referia a bolsa de costas que sempre a acompanhava. Não era o tipo de mulher vaidosa, mas gostava de levar suas coisas principais consigo.

Por ser uma segunda feira, o trânsito estava muito congestionado, mas Evelyn não se importava muito. Ainda tinha tempo extra pela frente. Lucas é que parecia inquieto e tenso.

— Tudo bem?

Ele virou para ela.

— Adoraria dizer que sim, mas parece que o dia vai ser tenso hoje!

— Se você quiser falar ...

Lucas ficou feliz por Evelyn demonstrar preocupação com ele, mas infelizmente isso era algo que ela não poderia ajudar.

— São apenas problemas no trabalho. Apenas isso!

— Ok!

Ela voltou a atenção para a estrada. Entendia fato de Lucas não querer compartilhar suas coisas, mas gostaria que ele a enxergasse como uma pessoa em que pudesse confiar.

Lucas notou o olhar apreensivo de Evelyn e soube que algo não estava bem.

— Eu preciso fazer uma viagem. – Confessou Lucas suspeitando, que esse fosse o motivo da melancólica dela. – Uma viagem não planejada! Um cliente teve um problema em uma das empresas dele e preciso atender.

— E você ficou chateado?

— Na verdade o motivo foi outro ...

— Qual?

Lucas riu, pois tinha a intenção de fazer uma surpresa para Evelyn.

— Ia fazer uma surpresa para você.

— Para mim? – Evelyn ficou surpreendida. Nunca imaginou que ele estivesse planejando fazer isso.

— Para comemorar seu primeiro dia no trabalho.

— Nunca pensei...

— Essa era a intenção! Agora não poderei fazer isso. Desculpe.

Evelyn ficou tocada. Não tinha porque não perdoa-lo. Afinal, como poderia simplesmente explicar que aquilo tinha lhe emocionado.

O carro parou em frente ao prédio onde estava localizado o restaurante. O local era diferente dos que ela já havia trabalhado. Não devia se admirar, afinal aquela era uma grande rede de restaurantes!

Lucas desceu do veículo e abriu a porta para que ela descesse.

— Não me mal acostume. – comentou ela no momento em que saiu do carro.

Lucas riu diante do comentário dela e disse de maneira cortês:

— Para mim será sempre um prazer.

Evelyn sabia que o comentario tinha sido gentil , mas saber que ele estaria ali para ajuda-la , era algo que reacendia seus sentimentos.

Lucas olhou no relógio e viu que precisava ir.

— Eu preciso ir! Bom dia de trabalho!

— Obrigada.

Lucas se aproximou de Evelyn e a abraçou. Ela suspirou sentindo o cheiro suave da colônia dele. Sentiu vontade de permanecer ali por mais tempo, mas logo ele se afastou e beijou-a no rosto.

— Vou indo!

Evelyn ficou parada olhando Lucas entrar no veículo, mas antes dele dar partida, ela disse de supetão:

— Quando você voltar ... – ela sentiu a coragem faltar e deixou a frase incompleta, mas Lucas estava atento ao que ela tinha a dizer.

— O que?

— Podemos comemorar.

Lucas sorriu assentiu concordando.

— Sim. É uma promessa.

— Uma promessa!

Por alguns segundos eles ficaram se olhando sem nada falar. Então Lucas acenou se despedindo e logo em seguida ele partiu.

Evelyn respirou fundo e entrou no prédio. Que tudo naquele dia terminasse tão bem como começou!

***

Lucas tentava se concentrar no trabalho, mas a todo momento chegavam mensagens em seu celular. Eram mensagens de Nádia pedindo para que eles almoçassem juntos.

Ele pegou o aparelho e leu a mensagem:

“Amor, você não me ligou depois que voltou de Paraty. Quero te ver. Beijos!”

Depois daquela discussão com Nádia, não tinha voltado a falar com ela. E realmente não tinha vontade de falar. Ele não era o tipo de homem que fugia das coisas, mas com relação aquele assunto, realmente não queria conversar naquele momento. Ainda estava muito irritado com as atitudes infantis dela!

Lucas arrumou o restante da documentação necessária para a viagem de mais tarde e viu que estava tudo certo. Ele pegou e interfonou para a secretaria.

— Lucia, minha passagem está tudo certo?

— Sim senhor Lucas.

— Certo! Por favor, desmarque todas as reuniões para o horário da tarde.

— Sim, já estarei fazendo isso.

— Ótimo!

— Senhor Lucas, a senhora Nádia está aqui. Posso mandar que ela entre?

Lucas não se surpreendeu com a presença de Nádia. Realmente deveria esperar que isso acontecesse.

— Sim Lucia, mande-a entrar!

— Sim senhor.

Nádia entrou na sala e foi logo em direção a Lucas. Ela tentou abraça-lo, mas ele fez questão de demonstrar afastamento.

— O que houve Lucas? – indagou Nádia não contente pela atitude de Lucas. – Pensei que tivesse passado a sua raiva.

Lucas gesticulou em negativa. Olhando para Nádia, não compreendia como podiam ter ficado juntos por dois anos. Eles eram muito diferentes! Ela parecia não perceber que suas atitudes tinham prejudicado uma pessoa.

— E eu pensei que você tivesse mudado sua atitude!

Ela parou e o encarou. O modo como ela olhava para Lucas era de descrença total. Como se ele fosse um louco por dizer aquelas coisas.

— Mudar minha atitude? Lucas, o que você quer? Que eu peça perdão para aquela “favelada”?

— Nádia!

Ela levantou as duas mãos se rendendo.

— Desculpa, esqueci que agora ela é sua amiga ... Ou será que outra coisa também?

— Eu já disse a você, eu reconheço que beijei ela quando nos ainda estávamos juntos. Eu errei! Mas esse erro me fez perceber muitas coisas, e entre elas é que eu não posso continuar com o nosso relacionamento.

— Você está querendo terminar comigo?

— Eu não queria que as coisas terminassem assim.

Nádia riu com cinismo.

— Claro que não! Eu não acredito que você está querendo terminar comigo por causa daquela favelada!

— A Evelyn não é favelada, por favor não fale assim.

— Oh céus! – Nádia exclamou em alta voz – Você a está defendendo? Não acredito nisso!

— Por favor Nádia, não vamos gritar. Eu não quero que as coisas terminem desse jeito!

Lucas tentava manter o controle da situação ou ambos poderiam sair machucados. Mas estava bem claro, que Nádia não pensava do mesmo jeito.

— E como você quer então? Você está me largando por causa de uma pobretona! E você quer que eu esteja feliz?

— A Evelyn não é o motivo do fim do nosso noivado. Nosso relacionamento estava se desgastando faz muito tempo.

— Brigávamos como qualquer outro casal!

Lucas não podia concordar com aquilo. De uns meses para cá , eles passaram a brigar por qualquer bobagem. As coisas que eles gostavam pareciam cada vez mais distintas. Ao ponto que , ele começou a se questionar sobre seus próprios sentimentos por Nádia. Seria amor ou tinha se habituado a sua companhia?

— Nádia, eu fiquei muito decepcionado com sua atitude. Eu disse a você naquele dia. Não conseguia imaginar, que você fosse a mesma pessoa que eu conheci.

— Eu pedi desculpas.

— Eu disse que você deve dizer isso a Evelyn

Nádia riu não acreditando no que ouvia.

— Eu estava com ciúmes! Não podia suportar a ideia, que você tenha me enganado com aquela garota! Por favor, será que não podemos começar novamente?

Lucas sempre soube que aquela conversa seria difícil. Sentia-se péssimo em falar aquelas coisas a Nádia, mas não podia continuar um relacionamento quando não existia mais sentimentos.

— Desculpa, mas não posso continuar nosso noivado.

Aquela resposta deixou Nádia desnorteada. Ela olhava incrédula para Lucas e esperava que ele mudasse de ideia.

— Não! Você está confuso, mas eu sei que você gosta de mim.

— Nádia, nós estivemos equivocados. Talvez nosso sentimento não seja suficiente para levar adiante uma relação. Eu sempre pensei que você fosse a pessoa certa, mas eu me enganei.

— Tudo por culpa dela! – exclamou Nádia furiosa. Ela estava inconformada. Não podia jamais aceitar o fato que Lucas a estivesse deixando.

— Para de colocar a culpa na Evelyn!

— Eu odeio ela! Você está me ouvindo? Não vou aceitar isso jamais!

— Me desculpe, essa nunca foi minha intenção!

— Se você não ficar comigo, com ela é que você não fica! – Nádia foi bem incisiva em sua ameaça. Dizendo isso ela saiu da sala.

Lucas sentiu apreensão ao ouvi-la falar daquele jeito. O olhar de Nádia estava carregado de rancor. Sentiu medo de que algo pudesse acontecer. Ela nunca tinha sido o tipo de mulher vingativa. Mas certamente nunca foi de não cumprir o que dizia.

 

Nádia entrou em seu veículo e bateu a porta com força. Estava muito irritada! Não conseguia imaginar ser trocada por outra mulher. Nem muitos menos, que essa outra fosse uma pobretona favelada! Ela sempre se orgulhou de seu relacionamento com Lucas. Por causa disso era invejada pelas amigas. Muitas desejavam ser namorada de um homem bem sucedido. E agora tudo o que ela possuía tinha ia embora. Jamais aceitaria isso!

Quando ela saiu daquele prédio, estava disposta a tudo! Ia acabar com aquela que tinha sido a causadora de tudo isso. Nem que para isso tivesse que cometer algo impensável!

***

Aquele dia tinha sido maravilhoso! Evelyn estava contente ao retornar para casa naquela noite. Finalmente, depois de muitos coisas ruins, sua vida estava voltando ao normal. Ela fez o sinal e desceu da condução. A condomínio ficava longe da estação, por isso era preciso caminhar um pouco até chegar na casa de Melissa. Planejava ficar ali até ter dinheiro suficiente para pagar um aluguel.

Avistou a longe a entrada do condomínio e agradeceu. Ela continuou caminhando e pensando em planos futuros. Estava distraída e não notou quando um veiculo em alta velocidade veio em sua direção. Evelyn não teve tempo de desviar, pois o veículo veio com intenção nítida de atingi-la.

O golpe fez com que ela caísse e rolasse até alguns metros a frente. Por alguns segundos ela ainda pôde ver a claridade da luz do carro que parou, mas logo depois ele partiu sem ajuda-la. Evelyn foi tomada pela escuridão e não soube mais o que aconteceu.

Quando Evelyn acordou estava na cama de um hospital. Ela olhou ao entorno e o quarto estava silencioso. Mas logo entrou uma mulher, parecendo uma enfermeira e na mão ela trazia uma prancheta onde anotava algumas coisas.

— O que houve? Onde eu estou? – Evelyn tentou levantar, mas teve dificuldade por causa do soro em seu braço. A enfermeira segurou o braço dela impedindo-a de se mover.

— Cuidado com o soro!

— O que houve? – Evelyn lembrava do baque e logo depois não recordava mais nada.

— Você sofreu um acidente de carro. Mas graças ao amortecimento da sua mochila não houve danos mais graves. Você bateu a cabeça e teve algumas escoriações no corpo, mas seu estado não é considerado grave.

Evelyn agradeceu por ter levado aquela mochila. Naquela manhã quando saiu de casa, tinha pensando se a levaria. Não sabia que aquilo salvaria sua vida.

— A Melissa... Preciso avisar minha amiga.

— Ela já foi avisada. Está lá fora. Saiu, pois precisava fazer uma ligação. – Após dizer isso, a enfermeira verificou o soro e fez anotações e logo em seguida saiu do quarto.

 

Na cantina, Melissa tentava localizar Lucas, mas ele não entendia as suas ligações. Depois da quinta tentativa, ela já estava quase desistindo, então ele finalmente atendeu.

— Oi maninha. Estava preocupado, cinco ligações sua.

— Desculpa atrapalhar a sua reunião.

— Acabei de sair dela. Estou indo para o hotel. O que houve?

Melissa podia ouvir o som de buzinas de carros.

— A Evelyn sofreu um acidente.

— O que?

— Ela estava chegando em casa e foi atingida por um carro. Ele não parou para ajudá-la. Nossa foi horrível! Ainda estou nervosa.

— E como ela está?

— Graças a Deus, não foi muito grave – Melissa rapidamente relatou a situação e o diagnostico do médico – Eu estou muito nervosa.

— Tem previsão de alta?

— O médico disse que provavelmente depois de amanhã. Mas eles ainda vão fazer uma nova verificação, para descartar qualquer possibilidade de algo pior. Afinal ela bateu a cabeça.

— Eu vou tentar voltar ainda hoje.

— Obrigada! – Melissa exclamou aliviada. Ela não sabia como agir em situações como aquela. Precisava do irmão ao seu lado. – Estarei aguardando você.

Lucas conseguiu, remarcar a passagem para aquela noite. Enquanto se dirigia ao aeroporto, ficou pensando nas palavras que Nádia havia dito naquela manhã.

“Se você não ficar comigo, com ela é que você não fica!”

Não podia imaginar que ela cumprisse aquela ameaça! Nádia jamais faria algo assim. Isso não era próprio de sua personalidade. Mas não conseguia esquecer, aquele olhar de ódio, que ela lançou em sua direção.

Se não havia sido Nádia, então quem tinha feito aquilo? Porque aquele acidente justo agora? E porque o motorista tinha fugido? Tantas perguntas soavam na mente dele, mas saber que Evelyn estava bem era o que o confortava.

Algumas horas depois ele chegou ao Rio de Janeiro, teve tempo apenas de deixar as coisas em casa e logo depois foi para o hospital. Chegando no local, encontrou Melissa que estava na recepção.

Assim que ela o viu foi ao encontro do irmão e o abraçou. Lucas se afastou e olhou para a irmã e perguntou:

— Você esta bem? – Ele observou o rosto pálido da irmã e ficou preocupado. Não gostava de vê-la daquele jeito.

— Eu estou nervosa ainda. Mas já falei com a Evelyn e fiquei mais tranquila.

— Como ela está?

Melissa percebeu o jeito ansioso do irmão. Era bem perceptível sua preocupação com Evelyn. Talvez ele mesmo não tivesse notado seus próprios sentimentos.

— Agora ela está dormindo. Eu sai um pouco do quarto, mas estou feliz que ela esteja melhor. Obrigado por você ter vindo

— Que boba! E claro que eu viria. Fiquei muito preocupado quando você falou, mas agora fico aliviado que ela esteja bem.

— Ela perguntou por você.

Lucas ficou contente ao ouvir aquilo.

— Quando é o horário da visita?

— A partir das oito. Mas assim que ela acordar, vou avisar que você está aqui. Tenho certeza que ela vai ficar feliz.

— Obrigado. – Lucas ficava tranquilo, mas uma coisa ainda o intrigava. – E o motorista do carro?

— Até agora a polícia ainda não identificou... Parece que ele conseguiu fugir das câmeras, mas algumas pessoas falaram que era uma mulher. – Melissa percebeu o jeito inquieto do irmão e ficou curiosa. – Você está suspeitando de alguma coisa?

— Prefiro que minha suspeita esteja errada.

— Porque?

— Porque se estiver certa, eu realmente vou ficar muito decepcionado!

Aquele comentário deixou bem claro, que Lucas  suspeitava de alguma pessoa. E Melissa queria saber quem era.

— Você está me deixando curiosa Lucas!

Lucas não queria preocupar a irmã, por isso tentou se manter calmo.

— O carro? Você sabe a cor?

— Ao que indica, era vermelho. Mas a placa estava encoberta! Infelizmente por causa disso, não conseguiram anotar. – Melissa soube essa informação por algumas das pessoas que presenciaram o acidente.

Vermelho! Lucas não queria crer, mas suas suspeitas pareciam ter fundamentos. O carro de Nádia era daquela cor. Não podia crer que ela havia cumprido suas ameaças!

— Você está suspeitando e algo, não é?

Nesse momento não eram apenas suspeitas. Eram praticamente certezas, mas não diria nada por agora. Iria repassar essas informações a policia e esperar as investigações. Mas se Nádia realmente fosse a responsável, ele mesmo faria o possível para que ela sofresse as consequências!

— Por agora, vamos nos preocupar com a Evelyn! – E com isso ele cortou o assunto. Não queria Melissa envolvida naquele assunto. Ela pareceu se dar por satisfeita e não tocou mais no assunto.

 

Na hora da visita, Lucas entrou no quarto que havia sido separado apenas para Evelyn. Esse era o privilégio, que sua condição financeira lhe proporcionava. 

Evelyn estava deitada com olhos fechados. No rosto era possível ver os hematomas e escoriações. Ele aproximou-se da cama e sentou ao lado dela. Ao sentir sua presença ela abriu os olhos e o encarou.

— Você veio?

Lucas tocou a face dela com delicadeza.

— Porque você pensou que não viria?

— Não sei ... fiquei feliz em ver você aqui.

— Como você está se sentindo?

Evelyn riu, pois sentia dor em todas as partes de seu corpo.

— Estou bem, apesar de me sentir moída.

— Fico feliz que nada de pior tenha acontecido com você ... Não sei o que faria se algo tivesse acontecido.

Evelyn sentiu afeto naquelas palavras e ficou feliz. Lucas estava preocupado com ela e só o fato dele esta ali, foi o suficiente para deixa-la mais calma.

— Mas não aconteceu... Graças aquela mochila imensa que carrego comigo – ela tentou fazer um gracejo para aliviar a situação. – Mas eu realmente fiquei muito assustada. Isso nunca tinha acontecido comigo.

— Ainda bem que passou.

— Sim. O médico disse que poderei sair amanhã. Fico feliz porque estava preocupada com o trabalho ... Imagina isso logo agora que...

— Nem pense que você irá trabalhar desse jeito!

—Eu não penso. Eu vou! Você sabe como esse emprego é importante.

Lucas sabia que aquilo não era uma simples ameaça. Ela de fato iria trabalhar assim que saísse dali, mas se dependesse dele, não iria permitir que isso acontecesse!

— Não irei discutir isso agora. Mas fique sabendo, que essa possibilidade está descartada!

Evelyn riu ao vê-lo assim todo nervoso. Essa era a real personalidade dele, um homem que gostava de manter o controle de tudo ao seu redor. Alguns minutos depois, a enfermeira entrou na sala informando que a hora da visita estava encerrada.

— Preciso ir.

— Obrigada por ter estado comigo.

Lucas ofegou a face com cuidado por causa dos hematomas e em seguida disse:

— Sempre e quando você precisar! – Ele se aproximou de Evelyn e beijou-a no alto da cabeça em demonstração de carinho. – Estarei esperando você em casa.

Evelyn o acompanhou com o olhar até o momento em que ele saiu do quarto. Ficou como boba ao ver aquela demonstração de carinho. A enfermeira que ainda estava no quarto percebeu o o olhar apaixonado dela e disse:

— O amor é lindo!

Ela olhou para a mulher e sorriu.

— Sim, é a melhor coisa que existe.

— Ainda mais quando é reciproco. – Ela fez anotações de rotina e novamente olhou para Evelyn – Seu namorado está completamente apaixonado por você.

— Você acha? – Evelyn não se limitou a dizer que ele não era seu namorado.

— Acredite, quando um homem se preocupa assim por um mulher desse jeito, é sinal que esta apaixonado. No caso dele, não tive dúvida!

Evelyn ficou olhando enquanto a mulher saia do quarto, mas não comentou nada acerca do que ela havia dito. Mas pensou naquela possibilidade. Lucas já tinha lhe dito que estava atraído por ela, mas nunca chegou a falar em sentimentos. Se isso estivesse acontecendo, ela ficaria muito feliz.

No dia seguinte recebeu alta pela tarde. Agradeceu por deixar aquele lugar. Não conseguia ficar ali mais nenhum segundo! Apesar do hospital ser um dos melhores, ainda assim, ela não suportava a ideia de continuar ali. Agradeceria a Melissa, por poder lhe proporcionar o pagamento daquele hospital. Naquela tarde ela retornou para casa. Estava aliviada por finalmente voltar para o aconchego do lar.


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Notas finais do capítulo

Pessoal espero que vocês estejam gostando . A historia breve chegara ao final .
Estarei atualizando em espaço de tempo mais longo ( mas vou concluir) a historia esta toda escrita , mas ainda faltam algumas correções por conta das mudanças que fiz.



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