Pequenas Complicações escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Duas garotas no bar


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/ISvMS6s41vY



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P.O.V. Jackson.

Depois que a Cami morreu eu assumi o bar. Cami morreu, Andréa... Hayley morreu. 

—Deus amaldiçoe essa família infernal.

Estava limpando o balcão quando ouço a voz dela. Eu a vejo e parece que o meu coração vai parar.

—Andréa? Quer dizer, Hayley? Hayley é você?

—Foi mal amigo, você se enganou de pessoa. A Cléo falou que um maluco de terno chamou ela de Hayley ontem.

—Você tem alguma marca de nascença?

—Isso não é da sua conta. Me serve uma dose ai.

Eu servi uma dose de tequila pra ela.

—Acertou em cheio. Eu adoro tequila. Eu sou a Faye Chamberlain.

—Jackson. O que veio fazer em Nova Orleans?

—Acampamento. 

—O acampamento novo que abriu. Estão lá?

—Talvez. Você aceita cartão não aceita?

—Aceitamos.

—Então... espere e você vai ter esse bar cheio.

Logo haviam vários jovens no bar.

—Vou ter que verificar as identidades.

—Eu sei.

Alguns beberam outros não. Alguns poucos entre eles outra moça exatamente igual á Hayley.

—Você deve ser a Cléo.

—Sou. E você quem é?

—Jackson. Qual é a sua relação com a senhorita Chamberlain?

—Somos gêmeas. A gente tem até a mesma marca de nascença no mesmo lugar.

—Foram criadas juntas?

—Não. Eu nem sabia que era gêmea, até ontem.

—Obrigado.

Eu fui falar com o Marcel.

—Jackson, a que devo o prazer da sua visita?

—Quando encontrou a Andréa no berço. Tinha mais de uma criança não tinha?

—Não. Só tinha ela.

—Tá mentindo! Eu vi as outras duas!

—Isso é um problema. Sim, eram três, mas só tinha uma registrada. Os pais imploraram para que eu não machucasse as meninas, disseram que fariam qualquer coisa. Mas, como deve saber eu tenho uma regra sobre crianças. Por isso eu dei a Hayley e as outras duas para o padre Kiron. O que foi feito das crianças depois... não faço ideia.

—Elas são bruxas Marcel.

—Eu sei. Sei muito bem que antes da maldição do lobisomem a linhagem Laboneire era de bruxos.

—E como a Hayley nunca...

—Ela virou lobisomem. Que eu saiba ou você é uma coisa ou outra nunca as duas.

Eu voltei ao bar e elas estavam lá. Uma estava tomando café e a outra tequila.

—Faye, acho que você devia parar. Vai passar mal amanhã.

—Relaxa, se divirta!

—A gente tem que voltar. Já está ficando de noite.

—Como vocês são chatas! Ai garçom, a conta.

Elas pagaram e foram embora. Faye estava bem alterada.

—Bebe um pouco do meu café.

—Não!

Ela colocou uma moeda na jukebox e começou a dançar encima da mesa.

—Faye! Desce ela. Drica, Nanda me ajudem a descer ela.

A gêmea Faye, ela pisou em falso e caiu no chão.

—Faye! 

Ela rolou e começou a rir. Estava completamente bêbada.

—Vamos pra floresta Cléo, ai você me apresenta o seu fantasma gato.

As outras tiveram que carregá-la. No dia seguinte ela voltou.

—Veio repetir a dose?

—Deus me livre. To a base de analgésico, mas diz ai quem é essa tal dessa Hayley?

—Hayley Marshall Kenner, nascida Andréa Labonaire. Aparentemente, ela era sua irmã.

—Era?

—Hayley morreu. Ela foi assassinada.

—Cara, que horrível. E ela ta enterrada aqui?

—Cemitério Municipal. Tem uma cripta lá com o nome da sua família.

—E pegaram quem matou ela?

—Pegaram. Ela tem uma filha. Hope Mikaelson. Ela morreu no dia do nascimento da filha.

—Credo! Sabe, eu e minha mãe sempre brigamos que nem cão e gato, mas... eu não imagino minha vida sem ela. E a menininha?

—Hope? O pai tem a guarda. Posso te dar o endereço.

—Eu agradeceria.

—Mas, tenha cuidado. Os Mikaelson são perigosos, especialmente o Klaus.

P.O.V. Klaus.

O Elijah está ficando doido. Diz que viu a Hayley na floresta.

—Estou falando sério Niklaus! Ela se apresentou como Cléo e tinha mais de uma. Eu as vi.

—Elijah, eu sou a porra da âncora pro outro lado. Eu vejo gente morta.

—Elas estavam vivas Niklaus! Ouvi seus corações.

O lobo. Ex-marido da Hayley veio.

—Ele tá falando sério. Só que não era a Hayley. Elas são Cléo e Faye. Falei com o Marcel, ele disse que tinham três crianças lá naquele dia e que ele as deu para o padre Kiron.

Tocam a campainha. Quando eu abro a porta quase caio pra trás.

—Cléo e Faye eu suponho.

—É. Eu sou a Cléo e ela é a Faye.

—Oi. A gente soube que tinha outra irmã e que ela teve um bebê e morreu.

—Entrem.

Hope começou a chorar.

—É esse o bebê? Nossa sobrinha?

—É.

—Por favor, eu posso pegar nela?

—Claro.

—Oi lindinha. Eu sou a tia Faye.

P.O.V. Elijah.

Eu ia voltando para a sala, mas parei no meio do caminho. Eu vi uma das gêmeas de Hayley embalando Hope. Era como se ela jamais tivesse partido.

—Tadinha, perder a mãe assim tão cedo.

Disse a outra. Cléo. E eu vi a duplicata de Rebekah.

—Minha irmã tem uma duplicata.

—O que?

Ela começou a cantar, a música era uma história. E não era uma história feliz.

—Essa história é sua?

—O que?

—A história da música.

—Em parte. Minha mãe é alcoólatra, ela teve muitos relacionamentos ruins e um dos caras gostava de entrar no meu quarto á noite e tentava abusar de mim. Graças aos... bom felizmente eu não tenho nenhuma cicatriz física. Depois que a Stacy morreu baleada e o serviço social ameaçou me tirar dela minha mãe ficou sóbria. Eu nunca conheci o meu pai. Mas, não sei se algum dia vou perdoá-la por me deixar a mercê daquele vadio do Doug. Depois do acontecido de Chance Harbor, eu entrei na faculdade e nunca mais voltei.

—Eu sinto muito Faye.

—Vocês tem que saber que esse bebê... ele é diferente. Vai fazer coisas que as outras crianças não conseguem.

—Nós sabemos que a Hope é uma bruxa.

—Legal. Agora que sabemos que ela existe, vão deixar a gente visitar né?

—Sim claro.

—Você. 

—Vocês tem que saber algo sobre si mesmas. Se algum dia, por qualquer motivo vocês tirarem uma vida humana serão forçadas a se transformar em lobas durante a lua cheia.

—Isso é sério?

—Muito sério.

—Que merda!

—Faye! O bebê.

—Como se ela entendesse alguma coisa.

—Nós fomos até o cemitério. Deixamos flores na cripta.

—Mas, nenhum lobisomem vai atacar a gente no acampamento né?

—Não que eu saiba.

—Deixa eu segurar Faye.

Cléo pegou Hope.

—Hope, essa é a tia Cléo. Ela é toda certinha. Não bebe, não fuma, não faz nada.

—Ah, ela é uma gracinha. Quem escolheu o nome dela? Foi a nossa irmã?

—Não. Fui eu. Hayley não viveu o suficiente para conhecê-la. Morreu com Hope nos braços. As bruxas levaram Hope e planejavam sacrificá-la.

—Que horrível! Essas bruxas não tem honra.

—Eu já fiz alguns feitiços que deram errado, mas... cara matar uma criança... isso não tem justificativa.

—Hayley veio pra cá em busca de respostas. Veio para saber mais sobre sua família, sobre suas origens, mas nunca obteve respostas satisfatórias.

—Eu sei que ela foi assassinada.

—Bom, acho melhor a gente ir. Já começou a escurecer. Tchau lindinha.

Cada uma das gêmeas sapecou um beijinho numa das bochechinhas de Hope. E elas a devolveram para Niklaus.


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