P.O.V. Cléo.

Hoje é o dia do acampamento interescolar. É uma nova iniciativa para unir as faculdades do país.

Nós viajamos de ônibus e quando chegamos haviam vários outros ônibus parados no pátio.

Eu e minhas amigas vamos dividir a cabana.

Quando chegamos demos de cara com uma garota ela era igual a mim.

—Cacetada! Quem é você?

—Faye Chamberlain.

—Cléo Sertori. Marca de nascença?

Ela mostrou a marca no ombro.

—Eu tenho uma igual.

—Bom, meus parabéns somos gêmeas.

—Ei! Você.

—Eu?

—É. Vá buscar lenha pra fogueira. Não vá muito longe.

—Sim senhora.

Comecei a me embrenhar no meio daquele mato, já tava quase escuro. Eu tava voltando com os gravetos quando ouço um barulho.

—Quem tá ai? Sério, isso não tem graça.

Eu apontava a lanterna para todos os lados, até que a lanterna encontrou um par de sapatos. Fui subindo, subindo até iluminar a cara do sujeito.

—Quem é você?

—Hayley?

—Quem é você?

—Sou eu. Elijah.

—Você é monitor do acampamento?

—Acampamento? Hayley, sou eu. Você está viva, eu nem acredito que você está viva.

—Não sou Hayley. Foi um mal intendido. Você só me confundiu com outra pessoa. Tenha uma boa noite.

Eu voltei ao acampamento. E acendemos uma fogueira.

P.O.V. Elijah.

Eu não pude evitar. Elas eram idênticas. E havia mais de uma.

Elas estavam sentadas em volta da fogueira dando risada e assando mashmallows. E para a minha total surpresa havia uma menina.

—Rebekah.

Eu me concentrei e pude ouvir seus corações batendo. Elas eram todas humanas.

Pude ouvir a conversa também.

—Porque demorou tanto Cléo?

—Tinha um homem no meio do mato. Ele ficava me encarando, me chamou de Hayley. Foi esquisito.

—E se era uma assombração! Uuu!

—Ele bem que parecia uma. Tava de terno, sapato social. Quem fica de terno no meio do mato?

—Cuidado ein, o fantasma vai te levar com ele.

—Ai credo! Para com isso Drica!

—Deixa ela quieta Drica. 

Uma senhora negra apareceu.

—Se eu fosse vocês, eu não se metia dentro desse mato sozinha ainda mais de noite.

—Ai Ba. Vai começar.

—Falo sério. Ouvi falar umas coisa daqui, de lobos que comem gente. Lobisomem.

—Ai Ba, isso é história pra boi dormir.

—Se devia de acreditar. Tem mais coisas entre o nosso mundo e o próximo do que se imagina.

—Senhora Teixeira, deixe de assustar as meninas com essas suas histórias de terror.

—Vocês é quem sabem.

—Vamos comer.

Elas ficaram comendo e contando histórias. Rindo, havia uma placa.

—Acampamento Baker.

O lugar havia sido fundado a alguns anos. Haviam vários ônibus de várias faculdades e escolas diferentes. O lugar era imenso. O lago nos fundos era lindo.

Na manhã seguinte eu retornei e os jovens estavam todos nadando no lago, bom quase todos.

—Parece divertido.

—Porque vocês não vem?

—A gente tá bem aqui.

O garoto se afastou, voltando para o lago.

—Odeio isso. Queria poder nadar com a galera.

—E virar cobaia de laboratório?

—A gente podia fazer que nem a Grace. A gente podia desistir.

—Ta brincando? Esses poderes foram a coisa mais maneira que já aconteceu com a gente! E mesmo se você e a Nanda desistissem ainda teriam que manter o lance de bruxa em segredo. Além do mais, vamos mais fundo do que qualquer mergulhador jamais conseguiria. Conseguimos respirar embaixo d'água.

—Eu ainda não acredito que você usa pra ganhar dinheiro.

—Ah, qual é Cléo? Não é como se eu fosse traficante, eu pego as coisas e doou para os museus e eles me pagam a recompensa. Isso ajuda a pagar as contas. Eu to sozinha desde que o meu pai morreu e tenho que pagar a faculdade.

—E tudo isso começou por causa daquela estátua idiota que o amigo do pai do Igor perdeu.

—Isso foi a anos! E eu não to matando e nem roubando. Igor e eu já não estamos mais juntos. Eu cresci e ele não.

—Gente, deixa isso pra lá. A gente veio pra cá pra se divertir. Vamos dar uma volta. Vamos pra cidade!