Pequenas Complicações escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 15
O fim de uma dinastia


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/KjYDuuXb-nM-Clary devolve as memórias dos Volturi.
https://youtu.be/RYdIe7hZghc-Clary liberta a guarda Volturi.



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P.O.V. Aro.

Alec vai trazer a pequena híbrida Cullen, Clary com ele. Ela já é uma moça e eles estão juntos.

—Mestre, tem algo errado.

—O que?

—Os turistas já deviam ter chegado á essa hora.

—Está certa e Heidi vai explicar seu atraso!

Então, uma humana entrou.

—Quem é você?

—Vocês são os Volturi?

—Sim. E você quem é?

—Um presente para Aro, da híbrida Clarissa.

Ela tinha um pacote embalado para presente e o colocou a meus pés. 

—É uma mensagem.

Então ela saiu fechando as portas.

—Uma mensagem.

Eu abri o pacote e lá estava a cabeça de Heidi. Assim que eu a vi, eu a larguei e assim que eu a larguei ela entrou em combustão espontânea.

—E qual é a mensagem? O que ela está fazendo?

—Declarando guerra.

Nós iríamos atrás deles, mas não conseguíamos sair. De repente, todas as saídas do Castelo foram trancadas.

E lá estava aquela figura. A garota. Clarissa.

Ela tinha um sorriso autêntico no rosto. E estava cercada, eram os híbridos e haviam mais dessa vez.

—Á propósito, vocês acabam de ser invadidos. 

—Peguem eles! Os Mestres. Peguem os Mestres!

Jane tentou usar seu poder nas criaturas, mas ela os estava escudando. Félix tentou nos defender e foi mordido várias vezes.

Dimitre tentou fugir.

—Nem tente. É um bloqueio sobrenatural. O bloqueio só será desfeito quando os mestres estiverem mortos.

—Então nunca vamos sair daqui.

—Nem você acredita nisso.

Marcus morreu primeiro.

—Tudo bem. Eu serei misericordiosa com você, você vai morrer rápido e a sua esposa Didyme está esperando por você do outro lado. Alec, por favor, seda ele.

Alec usou seu poder em Marcus. Ela o desmembrou, o decapitou e colocou fogo nos pedaços.

—Pronto. Um já foi. Faltam dois.

Eu fui em seguida. Quando a minha morte finalmente veio eu estava junto de Marcus e minha irmã Didyme.

—Irmão. Eu perdoo você.

Eu podia ver tudo o que se passava no Castelo de onde eu estava.

—Caius! Caius!

—Não se incomode em gritar. Eles não podem nos ver ou nos ouvir.

—Veja Marcus. É linda. É tão brilhante. Você está vendo?

—Sim. Eu posso ver.

—Vamos. É finalmente chegada a hora de atravessar.

Eles foram andando de mãos dadas até que eu não pude mais vê-los. Mas, eu ainda podia ver Caius e a guarda.

—Vai me matar agora garotinha?

—Eu até mataria, mas você não é meu.

A família Denali apareceu.

—Estou escudando vocês. Podem pegar. Ele é todo de vocês meninas.

P.O.V. Caius.

Katherine Denali tocou-me. A sensação era horrível.

—Pela nossa irmã. Ela era uma inocente. E você a assassinou!

Tânia e Kate pegaram em minha mandíbula e a abriram até que a minha cabeça fosse arrancada. Elas me desmembraram e eu as vi com a tocha. Eu vi as chamas vindo em minha direção. Ela fizeram propositalmente para que eu visse minha própria morte.

—Aro?

—Caius.

—Que lugar é esse?

Então... eu vi Irina Denali.

—Bem vindos ao outro lado. E eu vou perturbar vocês por toda a eternidade, sua pós vida será um inferno.

—É mesmo?

—É.

P.O.V. Jane.

Não acredito que Alec deixou isso acontecer.

—Porque?!

—Porque era o que a minha companheira queria. Porque está mais do que na hora de você acordar e se levantar! Eles nos escravizaram irmã! Mentiram para nós! Nossa mãe não nos abandonou, ela lutou por nós.

—E como pode saber?

—Eu estava lá. Eu vi, a memória só estava... enterrada muito fundo.

—E como você sabe?

—Mostra pra ela.

—Eu lamento, mas isso vai doer. Lembre-se.

P.O.V. Jane.

A minha cabeça começou a doer como se meus miolos estiverem fritando, mas então eu vi os aldeões nos cercando, com forcados e tochas e a minha mãe gritando, empurrando-os tentando afastá-los. E mesmo depois de estarmos amarrados na estaca ela gritava:

—Não! Meus filhos! Meus filhos! Deixem os meus filhos em paz! Me levem! Meus filhos!

Ela chutou, gritou e o homem que a segurava bateu na cabeça dela e ela caiu eu pude ver o sangue. Ele a havia matado.

Então eu vi o Mestre Aro e ele nos desamarrou, matou o executor e nos transformou e nós nos vingamos do vilarejo.

Devastamos a cidade sem remorso.

—E agora? Acredita em mim?

—É mentira!

—Mas, a memória é sua. Então é você que tá mentindo. A sua lembrança não mente. Sua mãe não te abandonou, ela lutou por vocês até o fim.

Eu só conseguia gritar, gritar e "chorar".

—Eles nos enganaram. Eu os amava. Como se fossem da família, como se fossem os pais que nunca tivemos e eles só estavam nos usando para obter poder.

—Eu sei. Eu percebi isso no momento em que coloquei os olhos em Clary. Ela trouxe as minhas memórias de volta sem nem perceber.

—Esse é o seu poder? Trazer as memórias das nossas vidas humanas de volta?

—Um de muitos.

—Eu sei onde enterramos a nossa mãe Jane. Eu me lembro. Ela está aqui, está no Castelo.

Nós fomos para a ala velha, onde ninguém mais ia e no meio das eras e trepadeiras estava a pedra desgastada.

Aqui descansa o corpo de Geovana Fiorentino. Amada mãe.

—Mãe.

Eu não estava em condições de falar, ou fazer qualquer outra coisa.

—Você fica com ela. Eu vou olhar os outros. Eu sinto muito Jane.

P.O.V. Dimitre.

Poder recuperar as minhas memórias. É a oportunidade que só acontece uma vez na existência eu suponho.

—Traga minhas memórias de volta.

—A quanto tempo você é vampiro?

—Á uns dois mil anos.

—Quanto mais velho, mais fundo eu tenho que cavar e maior é a dor. E estamos falando de dor física.

—Não importa. Eu quero me lembrar. E eu já fui torturado pela Jane. Nada pode ser pior que isso.

—Você ficaria surpreso.

Ela moveu a mão e a dor era horrível. Insuportável, mas eu estava conseguindo as minhas memórias humanas de volta e elas eram nítidas.

Então ela parou.

—Acabou?

—Não. Mas, acho melhor dar uma pausa se eu forçar demais posso fritar seus miolos. Vai se alimentar. Depois continuamos.

Eu não sei quanto tempo levou, mas eu me lembrei da minha vida. Da minha esposa. E eu me lembrei de matá-la. Aro me levou até ela sabendo que eu a mataria.

Eu era um recém criado, tudo o que importava era o sangue.

—Dimitre? Você está bem?

—Ele fez de propósito. Ele sabia que eu mataria Elizabetha. Eu matei a minha esposa. E eu nem liguei.

—Eu sinto muito.

—Não acredito que servi aqueles cretinos por dois mil anos!

—Tudo bem. Você não precisa mais servir ninguém. Não sabia o que estava fazendo.

Ao fim da sessão de tortura, todos tínhamos nossas memórias de volta e todos odiávamos os Mestres.

—Como sabemos se você não manipulou nossas memórias?

—É a memória da sua família! Eu não faria isso. Se acha que eu faria, então você não me conhece.

Ela saiu andando com raiva. Sentindo-se ofendida.

Nós só fomos encontrá-la na sala do Trono.

—Agora que os Mestres se foram, quem vai governar os vampiros?

—Eu acho que devíamos unificar as facções.

—Unificar as facções? E quais são as facções?

—Humanos, vampiros, lobisomens, bruxas, sereias e assim vai.

—Sereias?

—O que? Eu tenho amigas que são sereias.

—Então, uma garota de dezessete anos vai governar?

—E porque não? Sangue novo, uma nova mentalidade. Os vampiros velhos, incluindo você Dimitre, se afogou no próprio ódio por séculos. Eu sou o seu pior medo porque eu vou unificar as facções. E fazer mudanças. Eu sou uma bruxa Petrova/Mikaelson com uma prima filha de lobisomem e um pai Original. Eu tenho o poder de mudar as coisas. Eu sempre tive. Vocês me aceitam?

—Se te aceitamos?

—Me aceitam como nova governante dos vampiros?

—Porque está perguntando isso?

—Porque eu não vou impor aquilo que não precisa ser imposto. Vocês são vampiros, vocês são o meu povo. Sua opinião importa. Estou aqui por vocês e para vocês.

Nós ficamos todos chocados. Ela poderia ter tomado a Coroa, poderia ter nos feito em pedaços, mas ela não o fez.

Mas, passado o choque nós nos ajoelhamos. Alec foi o primeiro.

—Obrigado.

Ela queimou os outros dois Tronos com seus filhotes de dragão, colocou o último que sobrou bem no centro da sala e se sentou nele com uma postura impecável.

Ela convocou toda a guarda Volturi no pátio. E era uma multidão.

—Guardas, vocês foram escravizados sua vida toda. Hoje, eu Clarissa Cullen Mikaelson liberto vocês. Qualquer homem ou mulher que deseje partir está livre para ir e nenhum mal vai lhes acontecer, eu lhes dou a minha palavra! Vocês vão ficar e lutar por mim? Por sua espécie? Como pessoas livres?!

A multidão a ovacionou. Ela pegou um colar com o brasão dos Volturi e jogou no chão.

Os vampiros começaram a fazer o mesmo, vários colares e brasões foram sendo atirados no chão.

—Vamos queimar. Queimar esse brasão que por tanto tempo nos oprimiu.

Todas as bandeiras, todos os colares, todo brasão do Clã Volturi foi queimado.

—Eu preciso que algum de vocês notifique as esposas da morte dos seus maridos.

P.O.V. Athenodora.

Alec entrou pela porta.

—Alec? Caius quer me ver?

—Caius está morto. Assim como Aro. A nova Rainha os matou.

—O que? Que nova Rainha?

—Clarissa Cullen Mikaelson. Ela foi eleita. A guarda a elegeu.

—Eu quero ver essa nova Rainha.

—Assim como eu.

—Ela sabia disso. Venham.

Sulplícia e eu fomos até a sala do Trono e a garota se levantou do Trono.

—Olá. Eu sou Clarissa Cullen Mikaelson. Eu matei seus maridos. Eu admito. Mas, vocês estão livres. Podem partir ou ficar.

Nós tentamos avançar sob ela, mas fomos seguradas por homens com olhos de lobo.

—Você é uma monstra.

—É bom não é? Pimenta nos olhos dos outros é refresco. E você fala como se fosse melhor que eu. Mas, você não é. Athenodora. O seu marido matou a minha tia. Irina Denali. Lembra dela? E as minhas tias, Kate e Tânia elas mataram seu marido. Eu dei ele de bandeja pra elas. Aro morreu em paz, pedi para Alec sedá-lo, mas Caius morreu gritando. Vocês podem ir, podem ficar... mas se eu descobrir que estão planejando contra mim... os seus maridos estão esperando vocês do outro lado.

—Vai nos fazer prisioneiras?

—Estou te dando algo chamado escolha. Vocês podem ir ou ficar. Não são prisioneiras, foram prisioneiras a vida toda. Estou libertando vocês.

—Você matou nossos maridos.

—Ser malvado tem um preço. Além do mais, quantos maridos, esposas, filhos, mães, tios e tias os seus inocentes maridos não mataram? Tava mais do que na hora de alguém acabar com essa brutalidade! Já chega de matança! Eles eram um obstáculo o último obstáculo no caminho da paz. Da unificação.

—Unificação?

—Eu vou unificar as facções. Já chega dessa matança sem sentido. Vocês estão livres.

—Se matou nossos maridos, então porque não nos matar também?

—Eu tive que matá-los. Não tive opção. Eles eram velhos demais, arrogantes demais para mudar. E eles não iriam simplesmente me dar o Trono, tive que tirá-los do caminho. Lamento a sua perda. Realmente. Eu sei como é perder alguém que se ama.

—Você simplesmente vai nos deixar ir?

—Se essa for a sua escolha. Eu quero fazer isso com o mínimo de derramamento de sangue possível. Especialmente sangue inocente.

—Então nós partiremos.

—Félix, por favor ajude as senhoras a fazer as malas.

—Majestade.

Depois de estarmos na Torre. Eu perguntei:

—Porque está apoiando ela Félix?

—Ela me deu minhas memórias humanas de volta. E adivinha? O seu amado marido usou nossa fome de recém criado para nos fazer matar nossas famílias humanas. Ela nos deu a opção de ir embora ou ficar, e eu escolhi ficar e lutar por ela. Ela nos escolheu e nós a escolhemos. Eles fizeram o mesmo com Dimitre e mentiram para os gêmeos sobre a mãe deles. A mãe deles não os abandonou, lutou por eles até o fim. Se voluntariou para morrer no lugar deles.

Quando estávamos saindo as bandeiras estavam sendo colocadas, um brasão que eu nunca tinha visto.

—Que brasão é esse Félix?

—São os brasões das famílias Cullen e Mikaelson. Unificados.

Nós estávamos saindo, mas os Cullen estavam chegando.

Carslile nos deu os pêsames. E algumas semanas depois, recebemos convites para uma festa.


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