Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Well, mais um capítulo aí. O próximo sai logo, pois já ta escrito. Espero que gostem porque eu achei ótimo escrevêlo.



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Capítulo 26.

É claro que Felippe insistiu pra me levar em casa... e é claro que eu aceitei. Até aí estava tudo ótimo... Chegamos e conversamos por um tempo. Aí o primeiro mau sinal apareceu. Traduzindo: e aí minha mãe chegou.

_Lippe! Há quanto tempo, querido! Nunca mais apareceu aqui em casa... a gente sentiu sua falta.

Encarei minha mãe como quem pergunta: que merda foi essa? Lippe olhou pra mim com uma sobrancelha erguida e com um sorriso torto de deboche no rosto.

_É mesmo?_E voltou a olhar pra minha mãe._Achei que só a senhora sentisse minha falta, porque...

Idiota. Se eu não sentisse sua falta não teria te aturado ontem à noite. Dã.

_Só eu? Rá, rá. Ta bom... Ela pode até tentar disfarçar, mas ta na cara que ela sente sua falta. Antes você vinha aqui quase todo dia... Agora faz um tempão que não aparece... Você devia vir nos visitar... A gente te adora!

_Mãe!

_Quer dizer, eu adoro você... A Babi te am...

_Ok, já chega. O Lippe tem que ir, se não vai ficar tarde.

_Que isso, filha, seja educada!

_É, Babizinha, seja educada. Eu nem disse que precisava ir.

Maldita hora que eu fui contar pra ele do apelido escroto que ele tinha me dado na noite anterior.

_Ta vendo, Bárbara? Você não deve falar pelos outros. Então, Lippe, fica até o jantar?

_Bom, eu não preciso ir agora, mas...

_Ótimo, eu sabia que você ia aceitar. Será que vocês dois podem ir ao supermercado pra mim mais tarde?

_Rá, olha quem falando em falar pelos outros... Você cortou ele no meio da frase, mãe!

_Cortei? Ah, me desculpe, querido. Diga.

_É que eu não preciso ir agora, mas também não posso ficar até o jantar. Sabe como é... domingo e tal... Jantar com os pais.

_Ah, tudo bem, então. Fique conosco até a hora que quiser. A Babi vai adorar te fazer companhia, não é, filha?

E aí ela me deu um cutucão super sutil. Lippe nem reparou. Ele segurou a risada e eu segurei a língua. Porque né... Revirei os olhos e fiz que sim com a cabeça, apenas pra não contrariar. Ok, não foi só pra contrariar, mas... Isso é mero detalhe, ninguém precisa saber.

Lippe esperou entrarmos no apartamento e minha mãe nos deixar sozinhos na sala com a desculpa de consertar algo que não estava estragado pra falar outra vez:

_É bom saber que não sou o único a sentir saudade..._Ele sussurrou praticamente no meu ouvido, me fazendo arrepiar com sua voz subitamente rouca.

Fiz cara de poucos amigos.

_Lippe, cala a boca. Minha mãe adora falar o que não sabe.

_Não sabe, é?

Então ele deu aquele sorriso safado, cafajeste, torto, delícia que eu amava e veio com tudo. Eu não pude pensar muito... Então ele me beijou.

Interrompi o beijo, totalmente indignada. Quando olhei em seus olhos, só o que pude dizer, foi:

_Talvez ela até saiba o que diz, mas... Não é bem assim.

Aí eu voltei a beijá-lo. Cara, ele tinha A pegada. Ui.

Dessa vez ele quem interrompeu o beijo. O olhei raivosa. Po, eu queria beijá-lo.

_Aham, to vendo...

Aí ele me pegou ainda melhor, hum, colocou uma mão no meu cabelo e a outra... Bem, a outra um pouco abaixo do que era costume. Foi um beijo... hot. Bom demais da conta, sô.

_Lippe, isso não ta certo, a gente não...

_Ah, cala a boca, Bárbara.

E continuou me beijando. Pensei em parar de corresponder pra ver se ele me soltava... Mas tinha um pequeno problema: Quem disse que minha querida língua me obedecia? Ela andava bem... safadinha  ultimamente. Ela só queria se enroscar com a dele. É, pois é.

Estávamos no bom do amasso... quando minha querida mãe derrubou algo no quarto. Me assustei e soltei Lippe imediatamente; ele, pelo visto, não ouviu nada, pois continuou tentando me beijar.

_Lippe, Lippe. Para. Minha mãe ta vindo...

_Ta é? Eu não ouvi nada...

E tentou me beijar de novo. Coloquei uma mão em sua boca pra empurrá-lo. Ele a mordeu.

_Mas eu ouvi. Ela já vai vir. E não vai ser legal ela me pegar aqui no maior amasso com você...

_Na verdade... legal seria...

_Rá-rá.

_Bom, tudo bem. Eu já vou indo então. Abre lá pra mim?

_Qual minha outra opção?

_Hum... eu ficar aqui com você... Aí a gente tranca sua mãe no quarto ou faz ela dar uma volta por aí... E aproveita melhor nosso tempo sozinhos...

_Vem, eu vou abrir a porta.

Na porta do apartamento, saindo pro corredor, Lippe berrou:

_Tchau sogrinha!

Dei um tapa em seu braço e o arrastei pro corredor, a tempo de ouvir minha mãe responder:

_Tchau, querido!

Quando fomos nos despedir, já na porta do prédio, Lippe tentou me beijar de novo. Virei a cara e ele me deu um beijo no canto da boca. Em seguida, sussurrou no meu ouvido; sua cara de pau maior que nunca:

_Não se preocupa, eu volto...

Virei o rosto pra encará-lo, aí ele me pegou pela cintura, me empurrando de volta pro corredor, fechando a porta e me colocando contra ela. Só o que consegui fazer foi segurar seus cabelos e beijá-lo.

Estávamos ali, no bom do amasso... Eu estava quase esquecendo que estávamos no corredor do meu prédio e estava quase arrancando sua camisa. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, debaixo da minha blusa. Ele alternava os beijos entre minha boca e meu pescoço, me fazendo ficar completamente arrepiada. Em uma dessas vezes, abri os olhos. O que vi fez eles se arregalarem, ao mesmo tempo em que minha vizinha mais velha, que devia ter uns 80 anos, abria sua pequena boca em um perfeito ‘O’.

_Me desculpe, dona Filó._Lippe abaixou a cabeça e tudo que eu via era seu corpo se sacudindo com a risada. Rolei os olhos._É que... é que esse... Esse idiota me agarrou!_A mulher fez uma cara de quem diz: “Ah, ta bom, como se eu não soubesse que tu tava gostando,  sua safadeeenha”

_Que desculpa, o que! Vai me dizer que a senhora nunca fez isso?_Lippe deu o ar da graça.

_Oooh, me desculpem vocês!_Ela disse._Quando acabarem, você me chama, queridinha. Moro no 101.

_Bom... eu tava gostando do amasso, mas a senhora não precisa se dar ao trabalho de voltar, eu já to de saída._Ele pegou a chave da minha mão, abriu a porta e, antes de ir embora, se virou pra mim, ficando a cerca de 10cm do meu rosto._To indo, Babi. Obrigada por tudo... Sério mesmo. Inclusive pelos beijos._Ele fez cara de safado, sorrindo torto, me deu um beijo rápido na bochecha e, antes que eu formulasse uma boa resposta, largou a chave na minha mão e fechou a porta na minha cara.

Respirei fundo 3 vezes pra não dar um piti e tomando coragem pra me virar e encarar a dona Filó. Quando virei, prestes a me desculpar outra vez, ela estava bem atrás de mim. Levei uma mão no coração, tamanho foi o susto. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela deu tapinhas no meu ombro, fez uma cara de safada e disse:

_Aproveita, minha filha... Aproveita esse rapazinho. Ele é um bro-to!_Aí ela abriu a porta e saiu, me deixando de boca aberta, sem reação. Como esse povo gosta de me deixar com cara de taxo. Como gostam!

Já roxa de vergonha, subi as escadas correndo e entrei em casa, como se estivesse sendo perseguida por alguém. Fechei bem a porta e me deitei no sofá de barriga pra baixo, a cara enfiada numa almofada, abafando meu grito de raiva do idiota do Felippe.

_Babi?_Levantei a cabeça. Minha mãe me olhava com um ar de deboche.

_Fala...

_E aí, se divertiu?_Fala sério, né?

_Ah claro, foi suuuuper divertido abrir a porta pro Felippe. Aff.

_Abrir a porta eu não sei... Mas o amasso de vocês aqui na sala deve ter sido muito bom, pelo jeito que você tava...

_Oh, God. O que você viu? De que jeito eu tava?

_Eu vi vocês se pegando... Você tava, hum... com cara de quem quer mais e de um jeito que parecia que ia entrar em combustão espontânea a qualquer segundo. Até levantar a camisa dele você levantou!

Será que alguém aí em cima poderia fazer o favorzin de me atirar um raio? Agradecida.

_Eu vou pro meu quarto..._Murmurei, com vergonha outra vez.

_A propósito... Você ta bem vermelha e escabelada...

Corri pro meu quarto, deixando minha mãe rindo que nem louca na sala. Deus! Onde foram parar as mães que não admitem esse tipo de coisa dentro de casa?

Resolvi entrar no MSN, que estava relativamente abandonado desde sexta-feira. Detalhe: hoje era domingo. Viciada? Imagina. Entrei e... adivinha quem já estava online? Uma bala pra quem disse Felippe. Mentira, bala ta muito caro hoje em dia. Enfim. Achei melhor fingir que ele não estava. Mas é ÓBVIO que ele não deixaria passar.

*Ooi, amorzinho (:

*Amorzinho o cacete, seu retardado. Você tem noção da VERGONHA que me fez passar? IDIOTA, BESTA, IMBECIL!

*Uaau! Tudo isso é saudade? Não, porque... se for, já sabe... Eu vou aí amanhã e a gente termina o que começou... O que acha?

É claro que a proposta era tentadora, mas eu ia resistir, afinal a raiva era maior.

*Não, seu cretino. Isso é vontade de cometer um assassinato. E, olha que legal, a vítima é VOCÊ!

*Falando assim, você até... bom, eu... Hum, deixa pra lá.

*WTF?

*Falando assim, você me deixa com mais vontade ainda de te agarrar... É.

*Eu não acredito que eu li isso. Ou melhor... Não acredito que você teve a CARA DE PAU de escrever isso.

*Qual é... eu sou humano. E homem, ainda por cima.

*Eu não preciso aguentar mais isso. To saindo. Tchau!

*Até amanhã...

E do jeito que as coisas andavam, eu não duvidava nem um pouco que ele viesse aqui amanhã. Eu não queria, de fato, sair do MSN, então bloqueei o Felippe. Uns 2 min depois, ele voltou a falar.

*Eu sei que você ta aí. E sei também que me bloqueou. Tolinha, o MSN do meu irmão ta aberto no mesmo pc que o meu (=

Então... eu nem queria mesmo ficar no MSN.

Depois disso, fui tomar banho, jantei e resolvi que não tinha nada mais interessante pra fazer do que dormir. Quando peguei no sono... Adivinha? Sim, sonhei com o Felippe. Fazia tempo que não sonhava com ele... E eu já tinha tido aquele sonho.

Estávamos numa festa... ele falava algo no meu ouvido. Eu ia atrás dele e o via beijando a Ana, irmã do Diego, meu melhor amigo. Voltava pra onde estava e tinha um garoto sorrindo pra mim. Eu sorria de volta e pegava a bebida que ele me oferecia. Po, eu não aceito bebidas de estranhos!

Enfim. A gente conversava um pouco e aí ficávamos. Estranho... não era ninguém que eu conhecesse e nenhum garoto me ganhava assim, tão rápido, em uma festa. Certo. Depois de alguns beijos, tínhamos voltado a conversar. Aí Lippe apareceu com cara de poucos amigos e xingou o garoto, dizendo ser meu namorado. Isso foi a única coisa que ouvi durante o sonho...

As outras coisas que diziam não tinham som algum, como se fosse uma televisão no mudo. Nem a música eu ouvia. Só ouvi Lippe dizendo: “Sai fora, ela é minha namorada”  e depois acordei.

Olhei pra janela, já era de manhã. Nossa... que sonho longo. E tenso, hum. As pessoas dizem que os sonhos são a manifestação do nosso maior medo ou desejo. E no meu caso? Se a gente tava mesmo namorando, ou algo assim, no sonho... Era a manifestação do meu maior medo ou do meu maior desejo? Talvez ambos... Talvez não. Vai entender os sonhos, né?

Por volta das 14:00h, estava eu, bem bela, tomando um suquinho e vendo TV... quando toca o interfone. O encarei.

_Interfone, seu safadinho. Se você ta tocando, é porque tem alguém lá embaixo te fazendo tocar... Porque você não conta pra Babizinha aqui quem é que está te apertando? Se for quem eu penso que é, pode deixar que eu quebro ele pra você e... Céus, eu to falando com o interfone! Bom, pelo menos ele não me respondeu... ainda.

Encarei meu suco. Minha mãe só podia ter posto maconha ali. Sério. Eu não estava bem. Atendi o interfone com minha melhor voz de... MORRE, DIABO!

_Quem é?

_Sou eu, Babi.

_Lippe... O que você quer?

_Ta vestida?

_Claro, né? O que eu faria dentro de casa andando sem roupa? Ok, não responda.

Ele riu.

­_Não foi isso que eu quis perguntar... Tipo, você sairia com a roupa que está vestindo?

_Definitivamente, não. Eu to de pijama!

_Então se troca e sai comigo... Quero falar com você.

_E não da pra falar por aqui? Grande merda que qualquer um pode ouvir. Sério, não me importo mesmo.

_Vai se trocar, Bárbara. To esperando.

_Mas Felippe, eu não quero sair!

Ele me ignorou.

_Felippe?

Ignorada outra vez.

_Lippe! Fala comigo, po!

Forever Alone. Coloquei o fone bem perto da boca e berrei.

_FELIPPE!

_Que tal parar de tentar estourar meus tímpanos e os dos seus vizinhos e ir trocar logo de roupa?

_Uii, ta bravinha, é? Ok, parei. Só chamei pra avisar que eu vou.

_O que? Você quase me deixou surdo pra...

Desliguei o interfone na cara dele. Sou cruel, eu sei. Fui até meu lindo quarto e coloquei uma roupa, hum... simples. Nada muito ‘OOH’ mas também nada muito... apagadinho. Passei lápis de olho e saí, murmurando a letra de uma música. Cara... ou realmente tinha algo no meu suco ou eu estava de bom humor. E se eu estava de bom humor... Não vou nem dizer que era por ter sonhado com o ser que me esperava lá embaixo.

_Onde vamos, senhor adoro-irritar-meninas-que-estão-quietas-na-sua?

_Boa tarde pra você também, Babi.

_Boa tarde!_Dei meu melhor sorriso colgate.

_Você ta bem?

_Eu? Eu to ÓTIMA!

_Ok... Bom, nós vamos na praça...

Revirei os olhos. Onde mais? Se bem que... Iiih, mau sinal. Ele nunca me levava lá por nada... Resolvi nem perguntar. Até porque, ele nem contaria mesmo... Fomos até lá em silêncio.

_Então... eu...

_Desenrola.

_Eu mal comecei a falar! Não to enrolando!

_Eu sei, mas você ta nervoso. E vai enrolar quando chegar no ponto principal. Eu te conheço.

Ele sorriu, eu também.

_É, você tem razão. Eu to nervoso... Mas não vou enrolar.

Mau sinal. Mau sinal. Mau sinal. Ele estava com um sorriso de fazer inveja ao anjo mais lindo. Mau sinal. Mau sinal. Mau sinal.

Ele acariciou de leve minha bochecha. Suspirei. Viu? Eu não disse que era mau sinal? Quando ele agia dessa forma, eu acabava me entregando. Ele tirou a mão e imediatamente senti falta. Po, justo agora que eu tava quase fechando os olhos?

_Bom, é que... Eu sei que você não quer voltar comigo, porque tem medo... Mas também sei que você me ama, porque você confessou..._Abaixei a cabeça, corando. Ele colocou o dedo debaixo do meu queixo e me fez encará-lo. Me perdi em algum lugar dentro de seus olhos._Eu também te amo, embora você não acredite... E queria muito voltar com você... Então eu pensei que... talvez...

_O que?

_A gente podia... er... Ficar, entende? Tipo, sem compromisso.

Ele me racha a cara.

_Fala sério... Toda essa ceninha romântica, todo esse blábláblá... Pra pedir pra ficar comigo? Preferia que você me agarrasse então.

_Eu to falando sério, Babi. Eu não consigo ficar muito tempo sem você... Tipo, não que a minha vida vá acabar... Mas eu sinto sua falta. Então eu pensei que o jeito de eu ter você e você não se prender... Era a gente ficando de vez em quando.

_Por que, Lippe? Pra reviver tudo?

_Não! É sem compromisso, poxa!

_Eu não consigo ficar perto de você sem imaginar um futuro e, ao mesmo tempo, sem lembrar do passado...

_Esse é o problema... Você vive presa ao passado e planeja de mais o futuro... Aí se esquece de viver o presente. Eu sei que tudo isso é muito clichê, mas... Poxa, Babi! O passado já foi e o futuro pode não chegar. Então pra que desperdiçar o intervalo?

_Que filosofia barata, Felippe...

_Mas é que...

Não deixei ele terminar. Não, não o bati. Nem o deixei falando sozinho. Eu o beijei. Ele tinha razão, oras. Doía ter ele por perto, mas doía mais ter ele longe. Eu era masoquista, mas não gostava da dor sem uma recompensa. E a minha recompensa era poder voltar a beijá-lo sempre que quisesse. Ele correspondeu ao meu beijo com o mesmo... hum, calor de sempre. Estava tudo muito bom... aí ele me interrompeu. Seus olhos brilhavam tanto... Que pensei em um cachorrinho desejando o frango da padaria. Mentira. Brilhavam tanto que não tive coragem de xingá-lo. Apenas sorri. Ele sorria de orelha a orelha.

_Então você aceita?

_Não é um pedido dos mais comuns... Mas sim.

_Isso!

Aí ele me beijou de novo. Em uma das vezes que foi alternar os beijos pro meu pescoço, sussurrou no meu ouvido: “melhor te ter pela metade do que não te ter...”  E eu concordava com ele. Eu sabia que não era o suficiente, mas era melhor do que não tê-lo.

Sentamos em um banco mais afastado, pra ter mais privacidade, hihi, e ficamos por um longo tempo nos beijando. Sem dúvida tinha sido nosso beijo mais longo... É. Mas como tudo que é bom, acaba... Fomos interrompidos. Mas o pior não foi isso. O pior foi o motivo da interrupção.

_Com licença...

Um tiozinho com uma cesta de doces cutucava o ombro do Lippe, que o fuzilou com os olhos. Tive vontade de rir. Era capaz do velhinho querer sentar ao nosso lado...

_O que foi?_Lippe perguntou, a voz azeda. O cutuquei com força. Meu cotovelo doeu. Costas malhadas... adoro. Enfim.

_Vocês querem rapadura?_WHAT? O tiozinho interrompeu nosso melhor beijo pra oferecer rapadura?

_Não!_Respondemos juntos.

_Olhe hein, menino... Essa rapadura é melhor que viagra!_Ele fez uma cara de safado e eu gargalhei. Lippe quase engasgou.

_Eu não preciso disso, não, tio!

_Não?_O tiozinho perguntou, meio frustrado. Lippe me olhou. Sua cara era pura malícia. Ui. Mau sinal... Vou passar vergonha. Mau sinal...

_Eu preciso, Babi?_O tiozinho me olhou també, super interessado. Corei violentamente.

_Éelenãoprecisa.

_Então ta._O tiozinho deu de ombros e saiu. Lippe me olhou com uma cara... digamos, pervertida. Olhei pra baixo.

_Então... onde nós paramos?_Ele levantou meu queixo outra vez. Sorri.

_Hum... não sei... Que tal você me mostrar?_Aí ele me beijou. De novo.

Como que só pra atrapalhar nosso momentos, começou a ventar. Mas tipo, ventar MUITO. Em seguida começaram os primeiros pingos. Eu não me importaria de ficar na chuva, já que estava beijando Lippe, mas ele interrompeu o beijo, olhou pro céu com cara de bravo, depois olhou pra mim e disse:

_Cara, que... broxante!

_Broxante, é? Quer que eu chame o tiozinho da rapadura?

_Não! Eu não preciso disso! Você sabe que não...

_Até agora nunca precisou... Mas vai saber.

_Eu não preciso.

_E precisa do que?

_Adivinha?_Ele sorriu torto. Ai, Deus.

_De... rapadura?

_Não, Babi. De você..._Jesus, me abana! Ele se aproximou e, antes de me beijar, sussurrou no meu ouvido:_E da minha cama.


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Notas finais do capítulo

Eu tava num momento muito... safadeenha quando escrevi isso. É, pois é. Mas achei super divertido e talz...

Até o próximo... Acho que posto amanhã ou depois (=

Reviews? *-*



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