Harry e Gina: a vida após as batalhas escrita por Ravena Witch


Capítulo 8
O St. Mungus




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Harry estava em uma espécie de limbo, não sentia nada, exceto sua consciência flutuante, como um enorme vazio...

Rony havia acabado de enviar uma mensagem aos pais, mas não sabia exatamente como ainda tinha cabeça para isso. Não entendia como aquilo tinha acontecido e estava péssimo, o acontecido vinha em fragmentos em sua cabeça, fazendo-a doer.

— Senhora? Alguém, por favor, poderia me dar notícias, eu...

— Acalme-se senhor, assim que tivermos alguma novidade lhe informaremos . Fique tranquilo.

Aquela era a décima vez que Rony perguntava à atendente sobre seu amigo, que, a algumas hora estava desaparecido dentro do hospital, sem que houvesse nenhum tipo de notícias. Quim Shacklebolt também estava ali, o Ministro em pessoa estava acompanhando o caso de Harry Potter, afinal, o ataque ao Eleito havia acontecido às portas do Ministério, e fora ali também que o atacante havia fugido bem abaixo do nariz dos aurores.

— Rony, filho, o que houve? – perguntou a senhora Weasley, juntamente com o marido abraçando o filho.

— Mamãe, ele foi atacado, na porta do Ministério, quando estávamos chegando ao treinamento. Eu não pude fazer nada e, havia tantos trouxas na rua.

— Como assim? Quem foi o atacante, nós o conhecemos Quim? – perguntou o Senhor Weasley.

— Não sabemos Arthur, com toda a movimentação o atacante conseguiu fugir. Bem embaixo do meu nariz. – Quim, diferentemente de Fudge, assumia seus erros e os de seus empregados, e, também diferentemente, lutava para concertar os equívocos. – Mas todos os aurores estão trabalhando nisso neste momento, e devo dizer Arthur, se não fosse seu filho Potter estaria morto.

— Filho. – disse a Sra. Weasley um pouco assustada. – O que aconteceu exatamente?

— Nós estávamos na entrada do Ministério, a entrada de visitantes, quando estávamos para entrar na cabine-entrada, bem, nós estávamos conversando, distraídos, de repente vi Harry ser atingido bem no peito, o capuz não me deixou ver quem era, mas, quando ia lançar outro feitiço eu o desarmei e lancei um impedimenta, o problema é que Harry sangrava muito e eu tinha que ajudá-lo, e deu tempo para que o atacante fugisse. – Rony falou com pesar.

— Querido, não se sinta mal. – disse o Sr. Weasley – Você salvou Harry.

O ruivo assentiu, apesar de se sentir mal pela fuga do potencial Comensal da Morte remanescente, sabia que sua rapidez havia salvo seu amigo. E sabia que, além de não conseguiria olhar novamente para Hermione, os pais, e Gina, principalmente Gina, se não houvesse salvo o amigo, nunca se perdoaria.

— Os acompanhantes de Harry Potter? – uma medibruxa saiu pela porta de vidro. Enquanto todos se levantavam e a olhavam com expressão de medo e ansiedade.

— O paciente foi atingido por um sectumsempra muito forte, que o atingiu diretamente no peito. O caso do paciente é estável, porém, grave, pois o feitiço não só o tirou muito sangue, mas o fez ter vários ataques no coração, tivemos que fazer algumas intervenções, e as próxima horas serão decisivas, mas devo dizer que estamos absolutamente confiantes em sua recuperação.

— Posso vê-lo doutora? – perguntou a Sra Weasley.

— Deixarei que entrem dois de vocês para vê-lo, por pouco tempo, mas deixarei.

— Entrem – disse Quim para Rony e Molly – Nós os esperaremos aqui.

— Querido, - Molly chamou Arthur.

— Sim Molly querida?

— Precisamos mandar uma coruja à Hogwarts. Não podemos deixá-las sem notícias.

— Como falarei isso à Gina? – perguntou o Sr Weasley

— Gina? – perguntou o Ministro – Nunca pensei que eles fossem tão amigos.

— Quim, eles são namorados. – esclareceu o Sr. Weasley.

                                                                       

 

A professora Minerva as havia chamado em sua sala para contar-lhes sobre o acontecido e as duas garotas só sossegaram quando chegaram ao St. Mungus e viram Harry com os próprios olhos, ainda demoraria um pouco para que Harry voltasse a seu estado normal, mas todos sabiam que ele sobreviveria e que ficaria bem.

Gina estava sentada à beira da cama de Harry, Hermione e a Sra. Weasley também estavam ao redor do garoto, assim como Rony e o pai. Os médicos haviam dito que o quadro de Harry melhorara, embora ainda não tivesse acordado, era devido à poções do sono que ministravam em Harry para que não sentisse dor, pois os cortes em seu peito ainda não estavam inteiramente curados.

— Será que ele ainda está em perigo? – perguntou Mione.

— Nem brinque com isso Mione. – disse Gina com um fio de voz, que demonstrava o quanto estava assustada.

— Acho eu Harry ainda estará em perigo por muito tempo. – respondeu o Sr. Weasley. – Como no fim da primeira guerra, sempre haverão remanescentes de seguidores das trevas, pessoas que eram seguidoras do Lord das trevas e que veem em Harry o motivo de sua morte e de sua ditadura.

— É horrível pensar assim. – disse Mione.

— É bom que vocês dois também pensem nisso. Ajudaram o Harry em sua missão e são, assim como eles, responsáveis pelo fim de Voldemort.

— Mas vocês também. – disse Rony.

— Sim Rony, mas nunca tivemos a publicidade que tiveram, nem o destaque que tiveram. Quero apenas dizer que devem tomar cuidado, não digo que temos um perigo iminente, somente que sermos cuidadosos é muito importante a essa altura.

                                                                       

 

— Harry, você precisa comer.

— Gina, acho que se eu comer mais irei explodir. – resmunga Harry se deitando

As doses de poções do sono foram finalmente retiradas de Harry e ele estava confuso e dolorido, quando lhe contaram sobre o ataque se sentiu horrível, como se tivesse novamente onze anos, será que nunca teria paz? Entretanto a Sra. Weasley o convencera de viver sua vida sem se preocupar, e encarar os problemas como e quando viessem.

— Harry, quanto mais forte você ficar, sairá daqui mais rápido.

— Eu sei meu amor, mas já comi muito e não tenho mais com fome.

Gina o beijou, mesmo com o garoto deitado na cama, emocionada pelo que ouvira; mesmo sem entender o motivo daquele beijo tão intenso Harry se sentiu nas nuvens, como se sentia todas as vezes que ele e Gina se beijavam. Um pigarro é ouvido da porta do quarto e o medibruxo responsável pelo turno no hospital entrou fazendo uma expressão divertida, enquanto Gina se levantava.

— Devo dizer Sr. Potter, que sua recuperação, que antes nos preocupou muito está indo cada vez melhor. Suas feridas estão quase 100% melhores e seu coação, bem, disse olhando Gina e Harry de modo divertido – não poderia estar melhor. Não é mesmo?

Gina sorriu fracamente e Harry a acompanhou.

— Ele poderia ter chegado em uma hora melhor não é? – perguntou Gina depois que o medibruxo saiu do quarto.

— Não que eu esteja reclamando Gina. – disse Harry. – Mas o porquê daquele beijo, se tem se recusado até a me dar selinhos para não atrapalhar minha recuperação? – Harry bufou, pois morria de saudades de sua ruiva e ela não havia lhe dado condições de beijá-la nos últimos três dias.

— Você me chamou de meu amor – respondeu simplesmente.

— Gina, - Harry sorriu – Eu já te chamei de meu amor antes.

— Sim, eu sei, mas, é diferente, nunca tinha sido assim, tão natural.

— Gina, você é o meu amor. Mas, mudando de assunto. Sua formatura está chegando, e seu aniversário vem logo depois, o que a minha bruxinha vai querer de presente? – perguntou – Dezessete anos é uma data e tanto.

— Eu sei o que quero de presente. – disse Gina se aproximando novamente de Harry – Você.

Os olhos de Gina estavam a centímetros dos de Harry, seus narizes quase se tocando e nos lábios, o sorriso sapeca que ele tanto amava.

—Você já me tem Gina, - disse o garoto enquanto lhe acariciava a face com os nós dos dedos - peça-me algo que ainda não tenha.

— Eu não o tenho como quero – respondeu simplesmente a garota levando seus lábios diretamente para a orelha de Harry sussurrando – Não tenho você por inteiro.

— Gina. – Harry a repreendeu, como sempre, despertando um sorriso nos lábios da namorada, que começou a se voltar pela porta.

—É isso que quero de aniversário Harry, você! Todinho pra mim! – a ruiva sorriu sapecamente e saiu do quarto deixando Harry com seus pensamentos, pensamento estes, que o garoto percebeu que, se algum dos Weasley soubessem que existiam em sua mente ele provavelmente não seria mais um garoto que sobreviveu.


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