Harry e Gina: a vida após as batalhas escrita por Ravena Witch


Capítulo 4
Heranças


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem de mais esse capítulo



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Harry estava se sentindo estranho, acordou no Largo Grimmald se sentindo mais leve do que havia estado por anos. Sabia que ainda existia muita coisa a se normalizar no mundo mágico, assim como em sua vida, mas também sabia que os primeiros passos haviam sido dados e a perspectiva do futuro era, pela primeira vez: luminosa e feliz.

— Meu senhor vou preparar seu café da manhã. O senhor precisa se alimentar.

— Obrigada monstro, mas combinei com Hermione e Rony que iria encontra-los n’À toca! – disse Harry sorrindo ao elfo, o qual, contra todas as probabilidades, havia se afeiçoado.

— Sim meu Senhor, se precisar de monstro é só chamar.

Harry estava pensando em Gina enquanto se arrumava, haviam combinado de ainda não contar à família Weasley sobre o namoro dos dois, estavam juntos, sim, mas haviam decidido guardar luto por Fred por um tempo antes de revelar a todos seu relacionamento. Ninguém sabia dos dois exceto, talvez, por Hermione, que sempre lia as expressões de Harry e tinha um dom para descobrir estas coisas. Quando ficou pronto Harry aparatou no jardim dos Weasley e seguiu caminho para a casa torta e de aparência antiga.

— Harry querido, que bom que você chegou. – disse a senhora Weasley em um de seus abraços de mãe ursa. – Vamos, estávamos esperando por você para tomarmos café da manhã.

— Obrigado senhora Weasley!

Estavam todos à mesa, mais descontraídos do que Harry os havia visto nos últimos tempos.

— E então – começou Gui – como seguirão depois de salvarem o mundo bruxo?

Todos riram, pela primeira vez falar sobre tudo o que haviam passado não era motivo para ficar nervoso, mas sim, feliz.

— Eu procurarei meus pais – começou Hermione – sinto muita falta deles e, como sei que o perigo acabou, posso lhes devolver a memória.

— E eu irei com Hermione, para ajudá-la, - disse Rony – afinal, ela não conseguiria sem mim.

Outra vez todos riram, descontraídos, pois sabiam que Hermione era capaz de qualquer coisa que quisesse, por sua inteligência e determinação. Todos sabiam que Mione e Rony estavam juntos desde a batalha, e os pais de Rony não podiam estar mais felizes com a notícia de que Hermione um dia, poderia – Harry tinha certeza que sim - vir a fazer parte da família.

— Sim, mas juízo vocês dois. – ralhou a senhora Weasley, muito embora sorrisse para o casal. – Você está certa Hermione, seus pais devem ser encontrados rapidamente, imagina que estranho será quando recuperarem a memória?

— E você Harry o que fará? - perguntou Jorge a Harry.

— Ainda não sei Jorge, quero colocar minha cabeça no lugar primeiro e, depois pensar no que farei. A única coisa que tenho certeza é que preciso reformar o Largo Grimmald, aquele lugar é minha casa mas, sinceramente, é muito deprimente.

— E a Cho? - perguntou Jorge – Pensei que, agora que a guerra acabou, você voltaria a procura-la.

Gina engasgou com seu suco, Rony olhou para ela, desconfiado de sua reação e Hermione sorriu – aquele sorriso típico da amiga, de quem sabia mais que todos – para sua tigela de cereais.

— Bem, eu e Cho terminamos a muito tempo Jorge, desde o quinto ano. Não penso em voltar pra ela.

— É uma pena, porque ela parece ainda gostar de você. Ela esteve na loja essa semana e não parou de perguntar como você estava. – o sorriso de Jorge era debochado.

Harry percebeu que a conversa estava tomando um rumo perigoso, pois conhecia a personalidade de Gina, que era tão vibrante quanto a cor de seus cabelos, e ela estava corada, e prestes a explodir. Não seria agradável se isso acontecesse.

— Eu não gosto dela Jorge, descobri isso com... o tempo. Nós não combinamos.

— Isso mesmo querido – disse a Senhora Weasley. – Um dia encontrará a moça certa para você. Alguém que ame de verdade.

Harry sorriu para Gina e viu que sua fisionomia estava mais calma, Harry anotou mentalmente: “Nunca falar de Cho na frente de Gina para não causar a Terceira guerra bruxa.”

— Eu preciso ir. – disse Harry subitamente.

— Já querido? - disse a senhora Weasley.

— Sim, Quim pediu que eu fosse até o Ministério, disse que precisa falar comigo.

— Uau Harry, uma conferência com o novo Ministro da Magia. – disse Rony, apesar de conhecer Kingsley.

— Pois é. Não posso faltar. Até mais.

Harry se despediu de todos e desaparatou no Ministério da Magia.

Kingsley o aguardava em sua sala, estava sorrindo, então Harry não se sentia apreensivo ou nervoso, ele e Kingsley haviam lutado tempo o suficiente do mesmo lado para que sentisse a vontade em sua presença.

— Potter, que bom encontra-lo novamente. Sente-se.

Harry se sentou na cadeira de fronte à mesa de Quim.

— Como vai Ministro?

— Continue me chamando de Quim, como sempre Harry. Não há necessidade de me chamar de Ministro.

— Certo. – respondeu Harry sem graça. – Aconteceu algo?

— Bem, sim, a verdade é que estou revisando muito do que ocorreu no Ministerio estes últimos anos e, bem, devo-lhe informar, com pesar, que muita coisa esteve errada. Mas nada com o que não possamos nos preocupar no momento, tudo, a seu tempo, será devidamente concertado. Chamei-o aqui Harry para lhe perguntar de ainda têm a vontade de ser um auror?

— Bem, sim. – respondeu Harry – Não consigo pensar em outra carreira para mim.

— O que, certamente, faz muito sentido. Bem, todos os alunos que lutaram nas batalhas desta guerra serão recompensados pelo Ministério, vocês não precisarão repetir os anos em Hogwarts, sendo assim, poderá começar seu treinamento imediatamente na seção de aurores.

— Rony também? – perguntou Harry. – Quero dizer: Ronald Weasley.

— O Sr. Weasley também quer ser um auror? – Harry confirmou – Então serão bem vindos, será uma grande honra para nós.

— Obrigado. Mal posso esperar para começar o treinamento.

— Há outra coisa que preciso lhe falar Harry.

— Sim?

— Eu encontrei um registro aqui no Ministério, do dia que seus pais foram mortos por Voldemort.

Harry se sentiu desconfortável, falar da morte dos pais não era algo que o fizesse muito feliz.

— Entenda Harry, quando há um crime, tudo é confiscado para investigações, muito embora eu creia que estes pertences já deveriam ter sido devolvidos a você a muito tempo.

— Pertences? – Perguntou Harry confuso.

— As coisas que foram encontradas com seus pais naquela noite.

Kingsley entregou a Harry um grande pacote.

— Tenho que ir a uma reunião, mas pode continuar em minha sala o tempo que achar necessário Harry.

Dentro do pacote estava as roupas que seus pais utilizavam no dia de sua morte, Harry sentiu um grande aperto na garganta, como se não pudesse voltar a respirar. Foi então que viu, era um pequeno saquinho de veludo vermelho, Harry abriu-o e despejou o conteúdo na mão trêmula: as alianças de casamento de seus pais estavam ali. Harry sabia que aquele era um costume trouxa, e provavelmente seu pai o seguira por causa de sua mãe, que era trouxa de nascença. Com certeza era isso que Quim queria entregar a Harry.

Junto ás alianças havia um anel, e, diferentemente das alianças aparentava ser bem antigo, e Harry imaginou que deveria ter pertencido à família Potter durante muitas gerações. Era de ouro, fino e delicado, com muitos padrões desenhados nas laterais em pequenos aros dourados, várias pedrinhas brancas rodeavam uma grande pedra, e Harry imaginou que não era uma peça barata.

Harry ficou admirando as peças durante um tempo, e uma imagem se instalara em sua mente e não saiu mais, mesmo quando foi à Gringotes guardar seus novos pertences em segurança: Gina, utilizando aquela aliança de noivado e a aliança de casamento que pertencera à Lílian Potter. Harry sabia que seria este seu destino, e, o pequeno escrito que estava gravado nas alianças de seus pais seriam também cumpridos por ele e Gina, pois percebera que nas alianças de seus pais estava escrito: “Nesta vida e além”, e era exatamente esse tipo de amor que sentia pela ruiva, infinito.


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