Nigth End escrita por Suzy Chan


Capítulo 14
Sociedade


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Night End pra vocês... Beiijoos



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A noite estava nublada, a temperatura lá fora estava muito baixa. A vista de cima da mansão era muito bonita, ao redor de toda a extensão de construção havia uma mata alta e fechada, a natureza não foi econômica na sua beleza. Apesar da ausência da luz solar, os contornos da floresta estavam presentes, embora um pouco embaçados pela neblina.

Foice dava várias voltas na mansão. Planava no ar, levantava voo e mergulhava. Tinha uma visão noturna incrível, conseguindo observar detalhes imperceptíveis e com uma nitidez incrível, mesmo durante à noite.

À 4 quilômetros de distância, conseguiu ver a aproximação de alguém. Allan cujo a visão compartilhava com Foice, já se prontificou em seu escritório para receber a visita.

Quando o mensageiro do conselho chegou em seu escritório, Allan já estava sentado na cadeira de maneira tediosa, pois já sabia que mais cedo ou mais tarde haveriam reclamações.

— Boa noite senhor – fez uma reverência

Allan só observou sem falar nenhuma palavra, esperou o final das cordialidades sem interromper.

— Venho trazer uma mensagem do conselho sobre sua prisioneira. O conselho pede que ponha o fim nisso o mais breve possível. À pedidos do presidente para nossa segurança.

Allan não se moveu, apenas encarou-o inexpressivo. – Mais alguma coisa?

— Não senhor, apenas essa mensagem. – O mensageiro falava calmo e cordialmente.

— Pode se retirar – ordenou Allan.

— Sim senhor... – O mensageiro desapareceu no mesmo instante.

Allan olhou para a janela pensativo. Sabia o que tinha que ser feito para evitar confusões, mas fazer algo contra sua vontade não era seu estilo. Se levantou calmamente e foi andando para o último andar, chegou em frente ao quarto de Kiara, a porta estava trancada, mas não havia portas que não conseguisse abrir, com um pequeno movimento nas mãos, destrancou-a e abriu a porta lentamente.

Entrou em silêncio, Kiara estava dormindo de lado, sua respiração estava profunda e lenta, estava em um sono profundo. Eram 2 horas da manhã. Allan parou do lado da cama e observou-a. Vê-la lhe deu algum tipo de sentimento estranho que não pôde explicar, algo misturado com pena, tristeza e desejo. Alguma coisa não estava fazendo sentido e estava fora de seu entendimento. Mas de uma coisa tinha certeza, matá-la como o conselho queria estava fora de cogitação.

Deu a meia volta e saiu da mesma forma que entrou. Sabia que o conselho ia ficar no pé. Os Monray’s eram vigiados sempre, o conselho fica a espreita o tempo inteiro. Allan era o representante líder da sociedade dos Vampiros, mas seu tio cuidava do cargo de presidente do conselho enquanto não terminava a faculdade e estivesse pronto para assumir. A linha de sucessão havia seguido a de seu pai, que era o irmão mais velho de quatro irmãos. Todos haviam morrido na guerra e apenas esse tio de Allan havia sobrevivido. Manter a boa aparência dos Monray’s, principalmente do futuro representante de Vartore, era crucial para manterem a linha de sucessão.

Havia uma oposição da família Vitorian sobre a dinastia atual. O seu líder, Mautaz, prega que sua família é a real descendente de Vartore. O conselho vive em constantes conflitos, o representante de cada uma das famílias nobres ocupa um lugar na mesa redonda. Eram ao todo 10 líderes mais o presidente. Em outros tempos o conselho chegou a ter 30 representantes, mas agora restaram apenas poucas famílias nobres, aptas para liderar a sociedade.

Alucard, seu irmão mais velho, foi para o caminho das relações internacionais, viajava o mundo inteiro fazendo negócios por puro lazer, se infiltrando entre os humanos e era conhecido por ser um grande cortejador de mulheres. O conselho sem contestar, repassou a responsabilidade para Allan, com grande alívio, pois Alucard pregava a unificação das raças, algo que o conselho em peso, era contra.

Allan por sua vez, não tinha ninguém a quem passar, já que Arthur não era sangue-puro. Caso Allan renunciasse, o seu tio Gregório, o atual presidente do conselho, era o último Monray sangue-puro. Seria uma boa ideia fazer isso e se livrar do grande peso de comandar a sociedade, mas não renunciaria o papel que seu pai assumiu de bom grado.

Seu pai morreu para defender sua raça, tinha grande orgulho dos vampiros, foi considerado um dos maiores Reis dos últimos tempos, era prestigiado por todos, a oposição não tinha a mínima chance de conseguir alguma coisa contra a sua soberania e permaneceram calados até sua morte a 16 anos trás.

                                 ✞

A carta funcionou perfeitamente, Ryan teve autorização pra sair do esconderijo e sem perder tempo, pegou suas coisas e se apressou em sair daquele lugar escuro e abafado. Tentou ir sem Natali, mas a garota era esperta demais e já previra seus movimentos. Quando achou que estava indo sozinho, encontrou Natali o esperando na saída, perto do estábulo subterrâneo que tinha perto da entrada do esconderijo. Pegaram dois cavalos e percorreram ao longo túnel. Em vinte minutos chegaram na divisão, uma área circular que haviam mais outras três saídas. A primeira, na esquerda, era o caminho que pegariam, para ir ao orfanato. A segunda ia para a Candy Coffee e a terceira saía no hospital. Portanto, sabiam que estavam debaixo dos correios. Se subissem a escada que se encontrava ao meio da área circular, sairiam nos correios.

Ryan e Natali pegaram o caminho da esquerda e foram direto para o orfanato. Dos caminhos, aquele era o mais longo, mesmo a cavalo, demoraram uma hora pra chegar.

Apesar de irem para o orfanato ser só uma distração com o falso encontro, Ryan e Natali conheciam muito mais o orfanato do que os outros lugares, então se tivesse algum lugar que pudessem sair despercebidos, aquela era a opção perfeita.

Deixaram os cavalos em um pequeno estábulo ao final do túnel, igual ao que tinham em todos os outros destinos. Os estábulos eram abastecidos de três em três dias, por um dos Guardiões responsável por essa tarefa. A sociedade dos Guardiões era bem organizada, cada um tinha sua tarefa para realizar. Haviam pessoas diferentes para: cuidar dos cavalos, vigiar os túneis, serem professores de treinamento, porteiro para controlar a entrada e receber os correios, abastecimento de alimentos e materiais, cozinheiros, enfermeiros, engenheiros, ferreiro, serviço de manutenção do campo de treinamento. Eram inúmeras funções, algumas pessoas exerciam duas ou três, no geral todos se ajudavam.

Natali estava dedicando seu tempo para aprender as artes curativas e procedimentos médicos, gostaria de futuramente exercer essa função na organização.

Ryan não exercia nenhum tipo de função. Era protegido do Sr. Lins e dedicava todo o seu tempo para treinar. Era um dos guerreiros mais fortes e esses eram selecionados para fazerem treinamentos intensos.

Subiram uma escada de corda e saíram no porão do orfanato. Era um lugar não tão diferente de onde vinham, era escuro, abafado e estava muito sujo. Haviam várias peças cobertas com lençóis. Natali se perguntou se aquela era mesmo uma na tentativa de conservar os objetos e deve dúvidas se adiantaria alguma coisa.

Dentro do porão tinham camas, armários quebrados, cadeiras velhas, caixa de ferramentas, brinquedos jogados e outras coisas inutilizadas.

Continuaram em silêncio e saíram do porão. Empurraram a porta devagar e andaram pelos corredores sorrateiramente, evitando serem olhados pelas crianças, empregadas e principalmente pela Sra. Morgan, a dona do orfanato.

Foram se dirigindo para a parte de trás e quando estavam perto da cozinha, pularam a janela e se esconderam nos arbustos. Para a felicidade deles, a grade em falso ainda estava lá. Quando eram crianças, aproveitavam o horário livre para escapar do orfanato e brincar na mata aos fundos, mas sempre eram cautelosos em suas ausências, não ficavam muito tempo para não serem descobertos. Se livraram várias vezes alegando estarem apenas se escondendo no pique-esconde, em uma dessas vezes foram quase descobertos, se não fosse a grade em falso estar em perfeito encaixe. Esse era um dos vários segredos que Ryan e Natali tinham apenas entre si, não confiavam nas outras crianças para contar-lhes algumas de suas travessuras.

Ryan puxou o capuz, sabia que seu rosto seria conhecido, já que estava sendo perseguido pelos vampiros. O caminho até a mansão seria longo e cansativo e o pior de tudo, muito perigoso. Entrar no território inimigo sozinhos era quase uma loucura.

Ryan ainda precisava de um plano para despistar Natali, não queria meter sua amiga em questões pessoais, principalmente quando estas eram perigosas. O motivo de estarem ali, ela não fazia a mínima ideia, e nem Ryan tinha muita noção do que estava pretendendo fazer.

                                  ✞

Kiara estava no salão de música dançando com Arthur um Jazz bem animado. Finalmente tinha encontrado algo divertido para fazer, fazia tempo que não se alongava e se mexia, sentiu falta dos treinos das Pandoras, mesmo que na presença de Laura.

Estar com Arthur era tão divertido que as vezes esquecia que ele era perigoso. Admitia que muitas vezes abaixava sua guarda perto deles. Nunzio e Gaspare pareciam inocentes, as amas eram adoráveis com Kiara, Arthur era divertido e Allan... bem, era assustador às vezes e outras vezes era...

Kiara afastou seus pensamentos e se concentrou nos passos que Arthur estava ensinando. Uma dúvida veio na cabeça de Kiara e como Arthur sempre lhe contava a maioria das coisas, perguntou – Ei, os vampiros são imortais? Até quantos anos vivem?

— Mais ou menos imortais – disse Arthur diminuindo o ritmo

— O que quer dizer com isso? – Isso eu não sei se posso lhe responder, mas digamos que somos...

Kiara sabia que a imortalidade era algo muito improvável, já que vários vampiros morreram na guerra, inclusive os pais dos meninos Monray’s. – E quantos anos vocês vivem?

— Bom, não sei... o mais velho chegou a viver dois mil anos.

Kiara ficou com a boca entreaberta – Como ele morreu? – perguntou curiosa

— Suicídio... não aguentou viver tanto tempo, muitos vampiros fazem isso, acho que perdem o sentido da vida e se suicidam... outros entram em um sono profundo.

— Sono profundo?

— É, meio que dormem por tempo indeterminado, até alguém querer acordar eles, isso é tipo morrer, se ninguém quiser te ressuscitar, você está morto, não é?!

— É, é algo arriscado... Existe alguém da sua família que está apenas dormindo? – perguntou muito intrigada com a informação.

— Deve ter espalhado por aí, existem boatos que alguns forjam sua morte e entram em hibernação em lugares improváveis, porque não conseguem por o fim na própria vida aí desaparecem. Pensando bem, eu acho que ouvi uma história de um tatara tatara tataravô muito distante da família Monray que entrou em sono profundo e avisou para não acordarem ele em hipótese alguma.

— E se alguém acordá-lo? – Kiara fez sinal de pausa e se sentou em um puff próximo.

— Ah, vai estar com problemas... dizem que o velho era muito forte. Eu não me atreveria acordar um sangue-puro que pediu para não ser acordado, sem um motivo extremamente bom para isso.

— Entendo – Kiara ficou pensativo, tentou pensar no que varia se vivesse dois mil anos. Talvez a vida ficasse entediante com o tempo, ver parentes e amigos se suicidando e indo embora por conta própria como se fosse definitivo...

— Bom, eu só sei que eu vou bater o recorde desse velho, viver é legal, os vampiros precisam fazer mais festas e se divertirem mais. Esse lance de ficar levando tudo a sério, as vezes é um saco... Falando nisso... – Arthur olhou para o lado de fora através da parede de vidro que dava acesso ao jardim. – Estou atrasado para ir à escola... Tchauzinho – Arthur desmanchou como uma areia no vento e desapareceu.

Kiara não teve tempo de se despedir de volta. Se levantou e foi para o segundo andar, encontrou alguns empregados circulando nos corredores. Não gostava muito de encontrar com os empregados que não conheciam, eles a olhavam estranho, sabiam que era humana e aquilo a deixava desconfortável.

A biblioteca do segundo andar podia ser mais interessante do que imaginava, tinha certo trauma daquele lugar, mas precisava vencer isso. Andou entre as estantes à procura de algo interessante para ler. Olhou um pouco tensa para a parede com o livro chave, mas não ia fazer aquilo novamente, precisava ser confiável.

Resolveu pegar alguns livros que lhe pareceram interessantes, podia conseguir muitas informações ali naquela biblioteca que era proibida e agora tinha acesso.

Depois de passar meia hora rondando as estantes, percebeu o que aquela biblioteca era incomum, os livros dali não eram comuns aos humanos, eram livros escritos por vampiros, abordando uma série de assuntos relativo à sua sociedade. Isso deixava bem claro o motivo de não ter podido entrar antes.

Kiara separou vários livros, folheou muitos deles à procura de algo que lhe interessasse. Pegou uns contos, um livro que pareceu de história, um livro com mapas e um com umas receitas.

O livro de contos ia levar para sua cabeceira, dedicou sua noite para olhar os outros três. O livro de mapas era muito interessante, havia todo o mapeamento de Night End, de outras cidades que nunca tinha visto antes e a que mais lhe chamou atenção, foi o mapa da High Five, o livro era um pouco antigo e talvez tivesse desatualizado. Ficou surpresa em saber que a escola era tão antiga assim. Parrou várias horas olhando cada compartimento do castelo. Era maior do que pensava, sem perceber se pegou pensando onde eram a sala de aula de Allan, que era onde ele estaria agora. Kiara olhou para seus pulsos e viu que estavam cicatrizados, faziam mais de quatro dias que Allan não a visitava.

Kiara viu muitos laboratórios na High Five, ficou curiosa para saberem o que os vampiros tinham de diferente. A única coisa que conhecia era uma pomada verde de cicatrização milagrosa, seria muito bom se os humanos pudessem conhecer esse avanço da medicina. Com certeza eram bem mais avançados nesse quesito... Era estranho que três sociedades diferentes vivendo em um mesmo espaço, sem que uma delas saiba das outras duas, isso deixava os humanos parecerem burros.

Kiara folheou o livro de receitas e descobriu que eram procedimentos para fabricação de antídotos e remédios. Para sua surpresa encontrou a receita da pomada milagrosa, ficou feliz em encontrar, mas logo se desanimou, era necessário sangue de vampiro para sua composição, isso seria tecnicamente impossível para os humanos fabricarem..., mas pensando melhor, deveria ter imaginado que teria algo parecido em sua composição, afinal os vampiros tinham uma regeneração muito rápida.

Em muitas receitas, encontrou um item chamado semente de rosa sanguenta, não fazia ideia de que tipo de planta poderia ser, existiam várias sementes de rosa, mas duvidasse que fosse qualquer uma dessas que conhecesse.

O livro de histórias deu enjoo em Kiara, os vampiros não tinham menor respeito pelos humanos. Não sabia se aquele livro contava histórias verdadeiras ou não, mas os humanos já eram usados para alimentar os vampiros desde sua existência na terra e pior ainda, muitos foram usados para fazerem experimentos, usados como bichos em laboratórios, sem cuidado e respeito nenhum. A medicina dos vampiros evoluiu às custas de vidas humanas, Kiara não aguentou ler muito tempo sobre os experimentos, folheou o livro com raiva, procurando outra abordagem na história. No meio do livro leu algumas coisas sobre Vartore, dizia o livro que era um ser com forças inimagináveis e era exaltado de forma exagerada. Na interpretação de Kiara da narrativa não passava de um ser arrogante que se mantinha no comando através do poder e do medo das pessoas, o livro contava que sua vida durou até a chegada dos Guardiões, estes, tratados como seres abomináveis e maus, que tinham como único objetivo extinguir a raça dos vampiros, dominar a terra e destruí-la. Kiara procurou mais alguma coisa sobre Vartore e a única coisa que dizia sobre sua última aparição, era que depois da chegada dos Guardiões, Vartore travou uma luta com seu líder, de nome não mencionado, sofreu um golpe fatal e desapareceu em cinzas.

A cervical de Kiara já estava doendo, guardou os três livros no mesmo lugar que os achou e levou o de contos para o quarto. Chegando lá, colocou-o na cabeceira e foi direto para o banho, sua curiosidade havia falado mais alto depois da conversa com Arthur e esqueceu de tomar banho depois de passar a tarde dançando.

Kiara percebeu que suas amas não a incomodaram na biblioteca, preferiram deixar o seu jantar em cima de uma mesa que tinha no canto de seu quarto. Alice e Poline eram gentis, se não fossem vampiras, tinha certeza que seriam muito amigas. Kiara estava se acostumando com a mordomia, tinha tudo do bom e do melhor à sua disposição, tinha tudo o que queria, exceto sua liberdade.

O banheiro era grande, bem maior do que seu quartinho no quintal da Sra. Rosália. Derramou essência de baunilha com frutas vermelhas, tirou sua roupa e prendeu o cabelo em um coque.

A água estava um pouco aquecida, fez esforço para conseguir mergulhar seu corpo. Não tinha pressa, à final não tinha mais nada a fazer. Lavou seu corpo lentamente, várias vezes e ficou pensativa olhando para o teto, pensando nas coisas que havia acabado de ler.

Kiara acordou assustada, havia adormecido sem perceber. Levantou, se enxugou com uma toalha e vestiu o roupão. Não havia relógio em seu quarto, os vampiros conseguiam ver as horas apenas olhando para o céu, portanto não teve noção de quantas horas havia dormido na banheira.

Deitou na cama e pegou seu livrinho de contos, tinha acabado de acordar e sabia que não conseguiria dormir tão cedo.

Os contos, diferente do livro de história que acabara de ler, eram divertidos, embora todos nesse universo diferente, pareceu com as ficções científicas que estava costumada a ler, mas agora não via como algo tão improvável.

O primeiro conto falava sobre as três raças de uma forma estranhamente amigável, sem exaltar ou discriminar nenhuma delas, contou um pouco da história da interação delas, sem uma visão preferencial.

... o domínio de uma raça sobre a outra, sempre causou destruição e guerra. Um dia, o vampiro, o guardião e o humano se reencontraram de igual para igual, ambos compartilhavam o mesmo mundo e se encontraram em uma tríade presa em um círculo, para qualquer lado que fossem, acabariam no mesmo lugar e causariam a própria destruição.

— Está acordada essa hora? – Allan estava de braços cruzados, flutuando no vão da janela.

— Estou sem sono...

— Não sabia que gostava de histórias para crianças... – disse Allan flutuando devagar e sentando ao lado de Kiara

— Não me parece para crianças, é divertido... – Kiara fechou o livro e colocou de volta em sua cabeceira. – Um pouco difícil para crianças entenderem na verdade. – Kiara estendeu seu pulso para Allan, esperando que ele fizesse logo o que tinha vindo fazer.

— Allan a olhou, ignorando seu braço estendido. – Você está com um cheiro horrível.

— Que? Mas eu acabei de... – disse Kiara cheirando seus braços e seus cabelos.

— Esse cheiro de baunilha com frutas vermelhas e todos esses cheiros horríveis que coloca no banho ofusca o seu cheiro verdadeiro.

Kiara baixou o braço um pouco aliviada. – Isso significa então ele disfarça meu cheiro e eu fico mais segura dos vampiros? – disse Kiara tentando esconder o ânimo.

— Não pra mim... consigo senti-lo normalmente, mas também sinto os outros.

— Então qual o problema? – perguntou Kiara desanimada

— É que... – Allan encostou Kiara no travesseiro – Eu gosto de sentir apenas o seu cheiro. – disse encarando-a e logo após, sussurrou em seu ouvido – E tome cuidado da próxima vez que for banhar com sono...

Kiara corou no mesmo instante e Allan desapareceu.


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Notas finais do capítulo

Mais capítulos em breve...



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