Nigth End escrita por Suzy Chan


Capítulo 10
O Livro Chave


Notas iniciais do capítulo

É! Chega de enrolação. Eu considero esse capítulo o divisor de águas. Agora vamos começar a verdadeira história.



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Kiara fechou a porta e andou vislumbrada com o local. Tinha o dobro do tamanho da outra biblioteca, se fosse arrumar todos os livros, levaria pelo menos duas semanas, isso se fosse bem ágil. As estantes de madeira iam até o teto, que era bem alto. Mesmo recebendo apenas a iluminação da lua pelas grandes janelas verticais entre as estantes, conseguia admirar a beleza do local. Kiara se aproximou das estantes e dedilhou seus dedos nas lombadas dos livros na altura de seu ombro. Haviam livros velhos e novos, de todos os tamanhos e grossuras, não estavam organizados por ordem alfabética como deixou os da outra biblioteca, mas estavam todos limpos e bem cuidados. Kiara despertou e parou de admirar o local, precisava achar alguma coisa de seu interesse, não podia perder tempo. Vasculhou umas gavetas rapidamente, nestas haviam livros guardados, misturados com papeis, encontrou títulos estranhos como: ‘’Extinção de Seres Impuros”, “Autarquia dos Seres Divinos” e alguns livros com títulos macabros, Kiara não sabia que os Monray’s gostavam de livros de terror. Em uma estante grande ao fundo da biblioteca, Kiara achou um livro com um título interessante, ‘’O Primeiro Milênio de Night End”. Pelo título específico, julgou não ser ficção, então isso poderia ajudar em alguma coisa, esperava que contasse mais do que os livros de histórias normais da escola, pela grossura parece que a história de Night End era bem mais extensa do que imaginava. Kiara se abaixou, puxou o livro e se levantou, ao se levantar se deparou com algo familiar na altura de seus olhos. Um livro que já havia visto antes, era vermelho e tinha uma taça desenhada em sua lateral. Puxou o livro, mas ele não veio, parecia estar muito espremido na estante, fez mais duas tentativas e na terceira o livro veio até a metade.

Kiara ouviu um barulho estranho de encaixe, mas sem se importar puxou a quarta vez com bastante força e o livro se desprendeu da estante. Olhou a capa e lembrou que foi o livro que Allan pegou na biblioteca de baixo enquanto ela a arrumava.

Deu um pulo para trás quando viu a estante deslizando para o lado. Acabara de abrir uma passagem. Olhou novamente para o livro e notou que nas bordas inferiores tinha uma placa de metal dourada, parecia uma espécie de encaixe, deduziu que era isso que o prendia a estante e na verdade servia de chave pra abrir uma passagem escondida.

Kiara olhou para a parede que acabara de se expor, tinha uma abertura para um túnel íngreme que descia em espiral. Deixou os dois livros que estavam em suas mãos cair e entrou pela abertura. Sem olhar para trás, desceu as escadas de pedra em espiral com cuidado. Estava escuro, portanto foi se arrastando com cuidado, se escorando pela parede e continuou descendo degrau por degrau.

Desceu pelo menos 3 andares para baixo e a escada chegou ao fim. Kiara avistou um comprido corredor com archotes nas paredes. Andou cautelosamente tentando fazer o mínimo de barulho possível. “Será uma espécie de Masmorra? Afinal, aqui era a moradia de Reis antigamente”. Kiara lembrou que Talita comentou de Tesouros amaldiçoados no subsolo da mansão. Até que não seria uma má ideia encontrar tesouros no subsolo, já que ele existia, o boato do tesouro poderia ser verdadeiro, mas sem a parte do amaldiçoado.

Kiara parou de andar ao se deparar com uma grade que dava acesso à uma sala. Sem conseguir nada, devido a falta de iluminação, resolveu então pegar um dos archotes da parede e entrar na sala cujo gradeado estava apenas encostado.

Franziu o cenho ao ver o que tinha lá dentro “Que isso?” — Pensou. Haviam várias prateleiras ao redor da sala, com frascos de tamanhos variados, com líquidos de cores diferentes. Kiara cheirou um dos frascos com um líquido verde e começou a tossir, não fazia ideia do que era aquilo, mas tinha um cheiro horrível e aquele troço pareceu entranhar em sua garganta. Em uma das prateleiras, notou que haviam muitos litros de um líquido vermelho. Fez mais uma tentativa para adivinhar o que tinha dentro. ‘’Isso aqui é sangue”, concluiu. “Quem guarda um estoque enorme de sangue no subsolo? Isso aqui ta ficando muito estranho... “. Kiara se apressou em colocar o frasco de volta e saiu depressa da sala. Olhou para os lados e pensou em voltar, já tinha achado coisas demais e teria bastante informação para denunciar à polícia. Ao olhar a continuação do corredor, hesitou em voltar e sua curiosidade foi mais forte, fazendo-a andar um pouco mais.

Kiara continuou o percurso e entrou na segunda sala. Era bem maior que a anterior e parecia vazia. Andou mais um pouco e arregalou os olhos com o que viu. Havia um homem acorrentado pelos pulsos, tornozelos e pescoço. O homem estava coberto de sangue e parecia desacordado ou morto. Kiara correu em sua ajuda e iluminou seu rosto. Não conseguiu acreditar no que via, diante de seus olhos estava o dono desaparecido da Candy Coffee.

Kiara precisava sair dali o mais rápido possível, estava em perigo, percebeu que havia se metido onde não deveria. Sua vida agora estava em risco, precisava correr o mais rápido que conseguisse e se distanciar daquela mansão o mais breve possível. Lembrou dos avisos de Ryan, e viu que ele tinha razão.

Kiara se levantou, e correu para sair da sala, mas um braço a barrou exatamente na saída.

— Para onde pensa que está indo?

— Allan? – Kiara deixou o archote de sua mão cair.

Allan falou serenamente - Pegue de volta, se precisar dele para andar e siga-me em silêncio.

Kiara pegou o archote no chão, tremendo, e seguiu Allan em silêncio como ele havia pedido. Estava certa do que tinha que fazer, iria correr assim que achasse espaço para isso.

Os dois subiram de volta à biblioteca, o archote ficou em um suporte ao início da escada em espiral. Allan colocou o livro de volta na estante e está se fechou, ocultando a entrada na parede.

— Eu não avisei, para não entrar aqui? – Allan se virou e a encarou muito sério.

— Eu... – Kiara dava passos para trás. Agora não estava só demitida, como com certeza também estaria morta.

— Primeiro você dopa meu mordomo... – Allan começou a dar passos lentamente em sua direção encarando-a como se fosse devorá-la.

Kiara sem pensar em mais nada, saiu da biblioteca correndo, virou o primeiro corredor e parou ao ver Allan encostado na parede do corredor a sua frente de braços cruzados e olhos fechados.

— Segundo, você rouba as chaves dele...

Kiara correu na direção oposta e pegou outro caminho para a escada. Não soube como conseguia correr tremendo tanto. Ao chegar ao final do corredor, Allan estava sentado na janela à sua frente, de forma bem despojada e sorrindo maleficamente para ela.

— Terceiro... – Allan parou de sorrir - você invade minha privacidade...

Kiara gritou e continuou correndo, mas que mágica era essa que ele tava fazendo? Ele não podia conhecer tantas passagens secretas para encurralá-la dessa forma. Ao chegar a escada, Kiara avistou a porta de entrada, estava perto de sair da mansão. Mas ali estava ele novamente ao pé da escada.

— E depois de tudo isso, acha que ainda pode fugir de mim? – Allan encarou-a e deu um sorrisinho de lado. – Você não tem saída.

Kiara ficou estática sem saber o que fazer. Era o seu fim. Ninguém a salvaria e sabia que ele era rápido que ela e com certeza mais forte, não podia fazer nada, apenas resistir o máximo que pudesse.

Allan subiu os degraus devagar, sempre com seus olhos fixos nos dela, não era possível que tinha se apaixonado por um monstro, agora tinha certeza que ele era um assassino.

Ao terminar de subir as escadas, Allan parou um palmo na frente de Kiara. – Desculpe fazer isso mais uma vez..., mas não gosto de forçar donzelas.

Kiara percebeu sua vista turva, estava tonta, tudo girava. Olhou aqueles olhos perturbadores uma última vez até sua vista ficar totalmente escura.

                                                  ✞       

Ryan foi na recepção onde havia um senhor rechonchudo usando óculos de grau, mexendo em uma caixa de papeis.

— Algo para mim? – Perguntou ao senhor

— Não – respondeu separando os envelopes em fileiras

Ryan baixou a cabeça e foi para o dormitório, naquele lugar hostil não haviam muitas opções interessantes para ir. Não sabia quanto tempo ainda ficaria ali, sentia falta de ver a luz do sol. Seu quarto era separado dos demais colegas, não era muito grande, mas tinha espaço suficiente para uma cama, um guarda-roupa e uma escrivaninha.

Ryan deitou na cama pensativo, queria ir embora, mas infelizmente nas situações atuais estava impossibilitado de sair. Enquanto estava perdido em seus pensamentos de amargura, ouviu alguém bater na porta.

— Entre

A porta se abriu e uma menina morena de cabelos curtos e cacheados entrou. – O treinamento acabou, porque não apareceu?

— Não estava afim. – respondeu olhando para o teto

— Você não pode faltar assim os treinamentos, o Senhor Lins vai ficar muito zangado.

— E dai? – Ryan não estava nem um pouco interessado na opinião do Senhor Lins.

— É aquela garota? – perguntou demonstrando preocupação

— Natali, o que você sabe sobre isso? – Ryan olhou-a – Eu só odeio esse lugar repugnante e não queria estar aqui é só isso.

Natali respondeu com firmeza - Se você se importa mesmo com ela, ou alguém lá em cima, então deveria se esforçar mais e não faltar o treinamento, você sabe que essa luta não vai ser fácil, nenhum deles são fáceis, ainda mais o que você quer enfrentar. – A garota saiu e bateu a porta.

‘’Idiota Pensou Ryan.

Natali era sua amiga de infância, também foi adotada pela direção do orfanato, eles cresceram juntos e foram educados dentro do orfanato por professores particulares, em segredo. Apenas no último ano da escola, por muita insistência de Ryan, ele conseguiu ingressar em uma escola normal, agora estava frustrado por ter tido uma vida normal por tão pouco tempo, queria liberdade, experimentar o mundo lá fora e andar livremente, tinha sido uma experiência libertadora, e sabia que seus dias de liberdade haviam acabado.

Ryan se levantou bruscamente e socou a porta do guarda-roupa, sentia uma fúria dentro de si. Natali tinha razão, não adiantava resistir, sabia o que devia ser feito e quanto mais resistia, menos chances tinha de vencer essa batalha.

Determinado, Ryan colocou sua roupa de treino e foi para o salão de treinamento. Embora o treino já tivesse acabado, o salão tinha livre acesso, para ser usado a qualquer momento. Ao chegar ao local, equipou uma aljava nas costas com um arco, ao redor de sua cintura, encaixou um cinto com facas em toda sua extensão e parou no meio do salão. Haviam diversos bonecos de madeira, estavam todos danificados com cortes, desmembrados, com flechas atravessadas, alguns destruídos e explodidos.

Foco — pensou. Ryan começou arremessando as facas, acertando seus alvos mais próximos, era veloz e preciso, das 9 facas errou apenas uma que passou de raspão. Resmungou com o resultado e começou novamente. Repetiu mais duas vezes e na terceira perdeu a paciência e pegou o arco para atirar nos bonecos mais distantes, alguns estavam pendurados no teto, outros presos na parede, dando a impressão de estarem voando.

— Não vai conseguir se não manter a calma - disse uma voz feminina vinda da porta

Ryan ignorou. Sabia que se fosse responder alguma coisa, seria ignorante. Estava ofegante e suado. Sua amiga tinha razão a maioria das vezes, e não era diferente agora, precisava realmente treinar de cabeça fria. Seu treino era muito mais paciência e técnica do que força e velocidade, pois já tinha isso como atributo natural desde que nascera.

                                                  ✞       

— Como ele está?

Natali fez uns segundos de silêncio antes de responder - Bem mal... fui conversar com ele depois do treino que ele não compareceu e ele saiu pra treinar sozinho.

— Vocês sempre foram como filhos para mim. - Sr. Lins fez uma breve pausa. - Não me agrada vê-lo assim... mas será necessário, temo que agora todos nós corremos perigo mais do que antes.  Sr Lins se levantou da cadeira e rodeou a mesa de seu escritório do ECV. - Minha querida Natali, eu sei que será uma tarefa difícil, mas peço que cuide bem do Ryan, ele está precisando de sua ajuda agora.

Natali consentiu com a cabeça. - Farei o possível, sei que todos nós também precisamos dele. - A moça se levantou da cadeira e estava prestes a sair.

— Chame-o aqui - disse Sr Lins antes que a moça fechasse a porta

Sr Lins se sentou novamente e esperou cerca de 10 minutos até ouvir uma batida na porta. - Entre.

— Me chamou Lins? - Ryan nunca o chamava de Sr como os outros, se sentia íntimo para chama-lo apenas pelo nome.

— Soube que faltou o treinamento hoje - disse Sr Lins se sentando.

— Fui treinar logo depois - Ryan entrou e fechou a porta.

Sr Lins fez um gesto para que se sentasse e Ryan o fez. Lins rodou sua cadeira ficando de costas para Ryan, à sua frente agora tinha um mapa, Night End estava no centro desse mapa. - Há muitos anos atrás... seres das trevas chegaram a esse mundo...

Ryan manteve silêncio. - Vartore, o líder, se nomeou Rei, escravizou os humanos e até os próprios companheiros. Era um ser maligno muito poderoso... Tão sedento por poder que escolheu a companheira de acordo com sua força. Seus filhos foram chamados de sangue-puro, filhos de Vartore. Por longos anos não se misturaram entre os humanos e nem entre seus demais companheiros. Mantendo a linhagem de sangue-puros. Night End se tornou o principal ninho desses monstros, estabeleceram uma sociedade absolutista, nos primeiros anos houveram muitos conflitos, alguns humanos ficaram aterrorizados e fugiram, outros tentaram combatê-los, sem sorte. Então decidiram reinar em silêncio, aboliram a escravidão de humanos e ocultaram suas verdadeiras identidades, passando a viver como ''humanos''.

O reinado deu certo por muitos anos, até nos enviarem. Nós somos os únicos que podemos extinguir esses malditos sangue sugas... Ryan... você sabe que você é muito especial...

— Todos somos especiais - rebateu Ryan

— Não! - respondeu Sr Lins com firmeza. - Nós, eu e você... Somos especiais entre os especiais... precisamos trabalhar juntos para cumprir nossa Missão.

— Essa missão foi dada para nossos antepassados, eles falharam todos esses anos, éramos cinquenta vezes mais, acha que agora que estamos praticamente extintos depois da grande guerra, vamos conseguir derrotá-los?!

— Eles não falharam completamente! Eles mataram seus líderes, Os Reis Monray's foram mortos e boa parte do que eles chamam de sangue puro, agora só deve ter uma meia dúzia deles, sem os sangues puros, os demais não serão uma ameaça para nós.

Ryan se levantou - ELES mataram NOSSOS líderes! Eles mataram meus pais... A que preço?! - Ryan tremia. - Ainda sobrou os três filhotes deles e mais outros que a gente não sabe. E quantos de nós sobrou?

Sr Lins se levantou também - Agora você entende porque você precisa ser forte?!

— Eu só quero vingança, só quero vingar a morte dos meus pais e matar aqueles malditos Monray's, o resto vocês se viram - Ryan se virou e saiu batendo a porta.

Sr Lins suspirou - Garoto difícil... - disse se sentando. Então você quer vingança... querido Ryan estamos falando na mesma linguagem, se fosse mais paciente, saberia que nossa missão é exatamente essa, matar os sangues puros... os Monray's, sem a liderança, todos eles já eram.

                                                  ✞       

Kiara estava em um local escuro, ao seu redor havia muito sangue, um pouco mais a frente havia um homem morto e Allan coletava seu sangue, colocando em potes de vidro.

Tentou se mexer, mas estava presa, não sabia o que a prendia, estava imóvel, impossibilitada de se mexer. Kiara começou a gritar pedindo ajuda, sua voz se repetia, ecoando. Devia estar em algum lugar do subsolo, alguma sala de carnificina dos Monrays.

Arthur chegou logo atrás arrastando outro corpo, era o do carteiro. Os dois continuaram o processo da retirada de sangue, Arthur sorria e agia naturalmente.

A vista de Kiara começou a ficar turva e as imagens à sua frente começaram a se dissolver.

Kiara acordou em um quarto luxuoso, com grandes janelas de vidro cobertas por pesadas cortinas de pano, o local estava iluminado, dificultando um pouco sua visão que antes estava enegrecida, ao redor haviam poltronas, uma lareira de madeira com pedras e um armário disposto diagonalmente no canto do quarto. Notou que estava deitada em uma cama de casal confortável, nunca havia estado naquele lugar antes. Sua cabeça estava doendo e sentiu seu corpo pesado.

— Que sonho esquisito... – Allan estava em pé ao lado da janela.

Kiara sentou na cama e ao olhar Allan, arregalou os olhos se segurando com todas as forças no edredom que a cobria. – Onde estou? O que você quer? Minha vida não tem valor algum pra você. Por favor, não me mate!

— Você está no último andar, não estava curiosa para vir aqui? – Allan tinha a expressão tranquila

Os olhos de Kiara começaram a encher de lágrimas, nunca tinha pedido por isso, não sabia porque tinha sido escolhida e selecionada como um animal para o abate.

Allan se manteve em silêncio e foi até a janela.

Kiara encontrou forças para falar, embora sua voz estivesse trêmula, conseguiu dizer o que queria – Quando vai ser?

Allan sorriu – Não sei

— Como assim não sabe? Você pretende me matar também, não é? – disse enxugando as lágrimas.

— É uma proposta tentadora senhorita Kiara, principalmente agora que você não vai mais voltar para casa. – Allan virou para Kiara – Estando morta ou não.

— E o que eu posso fazer para sobreviver? – perguntou interessada

— Bem... – Allan se aproximou da cama e sentou ao lado de Kiara, que tentou se afastar discretamente. – Primeiro você precisa estar preparada para conhecer algumas coisas...

— Que tipo de coisas? – disse puxando mais o edredom para se cobrir.

— Você acredita em seres sobre-humanos?

— Não – respondeu rapidamente

— Vai passar a acreditar então, porque eu sou um deles.

Kiara não estava entendendo nada, era alguma espécie de piada? Allan só queria brincar com ela, desde o começo. Mas na situação que estava não tinha poder de argumentar nada.

— Hãm... OK. – disse Kiara incrédula

Allan permaneceu em silêncio olhando para Kiara. O edredon começou a se mover sozinho, descobrindo Kiara que estava debaixo dele.

— Você fez isso? – Os olhos da garota se arregalaram

As janelas se fecharam violentamente e Allan se locomoveu como um vulto para o outro lado de Kiara na cama.

— Mas o que é isso? – disse Kiara assustada com o que via.

— Eu sou diferente de você Kiara, eu não sou um humano. Para ser mais específico eu sou descendente de Vartore. Muitos nos chamam de monstros das trevas, outros nos nomeiam de sanguessugas ou sugadores de sangue. – Allan sorriu mostrando suas presas, os dentes no lugar dos caninos eram pontiagudos e afiados. - Mas os humanos nos chamam de Vampiros.


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Notas finais do capítulo

Preparados para essa mudança de cenário ?
Há.



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