Love in the army escrita por Scarlett


Capítulo 8
Primeiro dia treinamento - Melissa


Notas iniciais do capítulo

Oieee, até que saiu bem rápido esse capitulo.
Espero que gostem.



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Melissa

Bom a Lindsey e suas duas sombras que eu não me lembro o nome eram insuportáveis, sinceramente não sei como elas entraram aqui no exército, todavia a que mais me incomodava era Charlotte. Ela chegou 20 minutos depois da minha chegada e da de Abby, com um grande sorriso meigo nos lábios que combinava com seus olhos e cabelos cor de mel, eu não sei porque ela me incomodou tanto, parecia ser uma garota tão tranquila.

Abby passou um tempo conversando com Talia, Grace, Lucy e até mesmo Charlotte, que estava se mostrando uma garota adorável, eu sinceramente não tenho ideia do porque minha aversão a ela, já na outra ponta do quarto estava aquele trio insuportável. E eu estava em meu canto, queria apenas dormir para o dia longo de amanhã.

Acordamos as 6 horas da manhã com um apito ensurdecedor e com a nossa porta do quarto sendo escancarada.

— Hora de levantar moças, vocês têm 1 hora para tomar café, colocar o uniforme que estão no vestiário e ficarem a espera no pavilhão 9.

— Hoje então é o dia que os melhores ficarão e os fracassados irão para casa, vocês já fizeram as malas?

Lindsey disse com sorriso egocêntrico no rosto

— Você já fez as suas?

Acabei soltando. Serio eu preciso aprender a controlar a minha língua.

— O que você disse?

— Nada a Mel não disse nada, ela mal acordou ainda.

Disse Abby olhando para mim como expressão que dizia “ será que você não pensa antes de falar”. Lindsey ficou um tempo me encarando até que bufou e saiu junto com suas duas sombras.

— Nossa eu pensei que ela ia te matar!

Grace disse com um riso no rosto.

— Você tem que aprender a controlar a boca prima ou vai acabar se dando mal.

Eu sei que Abby estava certa, mas a teoria é mais simples que a pratica. Eu sempre fui assim meio estourada. Todas nós seguimos para os refeitórios, foi visto encontram já que tínhamos aquele guia que a mulher da recepção nos entregou. O Refeitório era enorme, deveria ter mais de 100 pessoas confortáveis ali.

Assim que pegamos comida nas gondolas sentamos em uma mesa de canto, enquanto as meninas tagarelavam fiquei observando o local, até que acabei me encontrando com um par de olhos verdes que me encaravam. Jon sorriu para mim e acenou com a cabeça, fiz a mesma coisa. Não sei, mas tinha alguma coisa acontecendo comigo toda vez que eu olhava para ele. Segui o olhar pelo refeitório e acabei vendo Lindsey me encarando com raiva.

— Acho melhor você não arrumar encrenca com ela.

Disse Charlotte num tom suave.

— Porque não?

— Ela é filha de um dos comandantes mais importantes aqui do exercito

— Isso explica como ela consegui entra.

Disse Abby com a boca cheia de comida.

— E como você sabe disso?

Me virei para encarar Charlotte, na hora que ela ia responder um sino tocou, mostrando que nosso café tinha terminado. Mas eu ainda perguntaria para como ela sabia, essa garota me incomodava.

Quando chegamos ao pavilhão nove, vimos que era basicamente uma arena, com um grande círculo de areia no meio, onde estava uma mulher toda fardada.

— Bom dia moças, eu sou a instrutora Martha Samuels, hoje vocês teram duas atividades.

— Apenas duas?

Disse Lindsey com um sorriso presunçoso no rosto.

— Acredite quando acabarmos, as moças estarão exaustas. Bom vamos começar em luta corpo a corpo, quando chamar seus nomes quero que venham até o centro e lutem entendido?

— Sim senhora.

Todas nós dissemos em coro.

— Melissa Paker e Lindsey Jones.

A instrutora Samuels gritou. É claro que eu ia ter que lutar com aquela insuportável e seria a primeira, quando nos aproximamos do círculo ela estava com sorriso confiante no rosto e eu até diria um pouco prepotente. Assim que a luta começou ela já tentou me atacar, consegui me esquivar facilmente e ainda revidar dando um soco no queixo dela, a fazendo perder o equilíbrio e cair de bunda no chão. No momento que ia aconteceu seus olhos se transformaram em um barril de pólvora prestes a explodir, isso fez com que mais uma vez ela fosse rápida demais me atacar e sem um plano definido, só que dessa vez o desfecho foi diferente. Assim que ela tentou me atingir eu a segurei e a imobilizei no chão. Lindsey tentava de todo modo tentar se soltar, mas não conseguiu e só parou de se debater quando a instrutora deu a vitória a mim.

As lutas se seguiram, mas eu nem prestava atenção, pois o olhar frio de Lindsey estava me fazendo mal. Assim que o combate corpo a corpo acabou seguimos para o percurso que todos chamam “caminhada mortal”, essa não era uma habilidade e sim de resistência. Teríamos que carregar um boneco de areia que era bem pesado, em um circuito oval e todo cheio de lama até completarmos 50 voltas, nos disseram que quem cruzasse primeiro ganharia algo especial, eu não estava bem interessada no prêmio e sim em me sair bem.

O início para mim foi tranquilo, mas várias moças já iam desistindo na 3 volta, o trajeto era longo e o boneco muito pesado. Quando chegamos na 15 volta já tinham apenas 20 mulheres, sendo que no início éramos 50. Meu corpo já doía, minhas pernas já não queriam me responder. Na volta 30 já éramos 11, e por fim quando estávamos na volta 40 o número tinha se reduzido a 5, eu, Abby, Lindsey, Charlotte e outra garota que não sei o nome.

Por fim chegamos na volta 48 e para minha surpresa tinha apenas eu, Lindsey e Abby mesmo que Abby estava quase desistindo, pela sua cara de cansaço. Minhas pernas estavam cansadas de correr e meus braços e minhas costas doíam pelo peso do boneco, mas apesar de tudo isso eu não ia deixar Lindsey ganhar, então eu me forcei a continuar vendo que já tinha sido posta a fita da chegada, então acelerou o passo para me alcançar e eu também aumentei o passo, pois para mim a dor de ver aquela garota ganhar seria pior que a física que eu sentia. Com esse meu incentivo mental aumentei ainda mais o passo e por fim cruzei a linha de chegada. Eu ganhei o percurso!

— Meus parabéns Melissa está se saindo muito bem!

Disse a instrutora para mim, eu apenas acenei estava esgotada. O dia tinha sido muito puxado e agora eu só queria um banho e minha cama.

— Com exceção da senhorita Melissa, Lindsey e Abby que foram as únicas que concluíram o percurso, as outras iram ficar e guardar todos os bonecos e pagar 20 flexões.

Vários lamentos foram ouvidos e só pararam quando a instrutora soltou um berro

— Parem de reclamar e vamos logo com isso.

Nisso eu e Abby nos apoiando uma na outra visivelmente exaustas fomos para o banheiro tirar toda aquela lama de nos. Quando nos duas retornamos para o quarto apenas Lindsey estava lá, será que tem como esse dia ficar pior?

— Ora, ora se não é Melissa, a mulher que quer sempre ser a melhor?

— O que eu não quero ser a melhor!

— Para com isso Mel, não cai na lábia dessa daí ela é uma cobra.

Quando Abby solta isso Lindsey fica vermelha, que nem um pimentão.

—Olha como fala comigo!

Fala a garota aos berros, assustando Grace, Lucy e Talia que entram no quarto.

— O que está acontecendo?

Talia diz bem baixinho.

— Essa louca está dando piti!

Fala Abby com sarcasmo apontando pata Lindsey.

— Eu não estou dando piti, e tudo começou por causa dessa daí e que me provocou no treinamento.

Grita apontando para mim.

— Já chega, eu não te provoquei, foi você que ficou que se achando a superior e se sentiu humilhada quando ganhei de você na luta. Mas quer saber eu preciso respirar, antes que eu perca meu bom senso e te esgane.

Digo raivosa deixando o quarto e caminhando até sair do prédio, eu sabia que não deveria estar aqui fora, mas eu precisava tomar um pouco de ar. Esse dia foi terrível, muito estressante. Eu tinha ciência que não seria fácil, mas não que fosse tão desgastante. Sabe eu não estivesse aqui, eu provavelmente pegaria o carro e sairia sem destino, como sempre que fazia quando estava chateada com algo. Mas agora eu não posso fazer isso, sem dúvidas se eu sair daqui serei rejeitada no dia seguinte, então é manter a cabeça erguida e seguir em frente.

Me afasto do prédio que estou alojada e caminho até chegar no rio, que está entre as arvores. O silencio é reconfortante, o único som que escuto é o das aguas. Sento em uma pedra que está nas margens, e tento relaxar um pouco. Mas isso só dura alguns poucos minutos pois logo escuto um barulho, alguém está se aproximando, me levanto em um pulo e já fico alerta para saber quem é o desconhecido.

— Relaxa, sou eu.

A voz disse se aproximando, na hora eu reconheci como sendo a voz de Jonathan, que no próximo minuto já estava a minha frente. Seu rosto também tinha expressão de cansaço, é parece que o dia não foi fácil para ninguém.

— O que está fazendo sozinha aqui fora?

— Eu faço a mesma pergunta.

— Perguntei primeiro.

Sabe eu até poderia dar uma resposta grossa, mas naquele momento eu só queria um pouco de paz.

— O dia foi bem puxado, eu só queria ficar um pouco sozinha ou eu ia acabar assassinando minha adorada colega de alojamento.

Aquilo era bem verdade, Lindsey estava me tirando dos nervos. Mesmo com apenas a luz da lua, consigo ver um sorriso fraco atingir seu rosto quando falo com voz carregada de sarcasmo.

— Concordo com você, não sobre a parte do assassinato, mas sobre o dia puxado.

É minha vez de sorrir, não sei porque estou tão relaxada com a presença dele aqui e talvez até um pouco feliz, eu acho.

— Que tal a gente conversar um pouco?

— Sobre o que quer conversar sobre tudo, a moça topa?

— Claro, porque não?

Nos dois caminhamos em silencio até nos sentamos nas pedras, um em frente ao outro.

— Bom a ideia foi sua, então sobre o que quer saber?

— Porque entrou no exército? Tipo você é meio estourada e me parece que não gosta muito de ordens, coisa que tem de sobra aqui.

Dou uma leve risada com aquilo, pois era bem verdade.

— Meu pai foi do exército, ele morreu protegendo o seu batalhão, sabe eu quero dar orgulho para ele, fazer alguma coisa nobre, eu não sem dúvidas não seria um excelente soldado, mas eu sou medica e posso ajudar neste quesito.

— Eu sinto muito pelo seu pai.

— Obrigada, já faz anos mais eu ainda sinto muita falta dele.

O clima fica um pouco estranho, sempre que falo sobre meu pai acabo ficando assim, meio emotiva.

— Mas e você? Porque se alistou?

Ele dá um leve sorriso antes de responder.

— Meu pai também é do exército, para falar a verdade eu sou de uma família de militares, acho que se eu não trilha-se no mesmo ramo meu pai surtaria e nunca mais falaria comigo.

—Nossa ia não é meio radical? Tipo perder o contato com o filho só porque ele seguiu outro caminho?

— Você não conhece como é meu pai, meu irmão acabou desistindo para se casar e meu nunca mais falou com ele, acha que foi a pior decisão da vida dele. Quando eu entrei para a faculdade ele também falava a mesma coisa.

— Faculdade? Você fez faculdade? Serio?

Soltei um riso com aquilo, sempre pensei que ele fosse aqueles garotos que só tem um objetivo de vida.

— Eu sou tão burro ok?

Falou com tentando soar irritado, o que só me rir mais e ele acabar me acompanhando. Paramos de rir, quando escutamos um barulho.

— Acho que está na hora ir.

Jon diz rapidamente, já se levantando das pedras. Quando eu vou levantar da minha acabou deslizando e se não fosse por ele acabaria dentro do rio.

— Você está bem?

Ele pergunta olhando no fundo dos meus olhos, aquilo estava muito estranho, a poucas horas atrás queríamos nos matar.

— Sim, sabe você não é tão ruim.

— Nossa muito obrigada pelo elogio, mas você não é também ruim, sabe me desculpa.

— O que desculpar pelo o que? Por que ter sido um idiota?

— Não me desculpar por isso.

Assim que ele fala me puxa para perto de si e me beija profundamente. No começo estava em choque, mas depois do susto apenas retribui. Porque lá no fundo beija-lo era uma coisa que eu queria fazer, mesmo que não admitisse. Então por fim, só continuei o beijo me entregando aquela doce sensação.


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro.

O que acharam?