O vermelho de Copenhague escrita por Letícia Matias


Capítulo 8
Oito


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoal!!!! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim. Eu tô meio chateada porque vou ter que trabalhar hoje e amanhã e vai ser feriado kkkkk mas tudo bem né. Vida adulta você é demais
Eu vou folgar na sexta-feira então acho que posso me animar um pouquinho.
Anyway... espero que tenham tido um ÓTIMO final de semana e que gostem do capítulo oito ♡♡♡♡



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A tarde naquele sábado foi de chuva e frio. Tinha ouvido boatos na hora do almoço, quando todos os intercambistas se juntaram no refeitório para comer, que talvez até veríamos um pouco de neve. Quem falava de neve com entusiasmo eram os intercambistas de lugares que raramente nevava ou nunca tinha visto o famoso fenômeno gelado da natureza. Eu havia presenciado o momento mágico por pouquíssimas vezes, já que morava no estado ensolarado da Califórnia. Apesar disso, não me sentia nem um pouco animada para o caso daquilo acontecer.

Eu havia comido um pouco de arroz, salada e uma especiaria dinamarquesa que eu não sabia o nome - era algum tipo de carne - e tomado um grande copo de suco de laranja natural. Já tinha colocado minha bandeja junto com as outras vazias e estava me dirigindo à saída do refeitório quando senti alguém segurar meu braço de leve e falar um "ei". Olhei para trás e Louis estava lá, todo sorridente olhando para mim. Estava vestido com um suéter preto de caxemira, calça jeans azul escuro e um par de tênis esportivo.

– Oi Louis. - forcei o meu melhor sorriso.

– Tudo bem? - ele perguntou.

Assenti. Me lembrei do encontro de hoje e senti vontade de bater a cabeça na parede repetidas vezes. Eu não estava nem um pouco no clima e nem sabia muito bem o motivo.

– Está mesmo? Você parece desanimada.

– Ei, Louis! Vamos logo!

Eu e ele seguimos o olhar para uma mesa de homens, quase todos com o mesmo porte atlético de Louis. Um cara de pele escura e cabelos cheios de tranças fora quem havia o chamado.

Louis ignorou eles e me conduziu para fora do refeitório. Os dormitórios ficavam do outro lado. Tínhamos que atravessar um gramado relativamente grande até chegar até lá. Estava garoando um pouco e apenas um pequeno pedaço de concreto nos protegia ali do lado de fora do refeitório.

– Tem certeza de que está bem?

– Desculpe Louis. Estou um pouco desanimada hoje. Foi uma manhã esquisita.

Ele assentiu e pareceu um pouco desapontado.

– Eu entendo. Mas... hoje é sábado! Vamos lá! Quero te levar em algum lugar legal.

Seu olhar sustentava o meu e, por mais que eu quisesse desviar minha atenção de seus olhos castanhos, não consegui. Parecia egoísmo cancelar nosso encontro por causa de uma chateação minha. Eu fechei os olhos e suspirei. Quando os tornei a abrir e sorri, Louis ergueu os braços com o punho fechado.

– Isso!

Eu ri.

– Te pego no seu dormitório. Ás sete.

Assenti.

– Tudo bem.

Nós ficamos nos olhando por um tempo e tive medo de que ele fosse tentar me beijar. Mas ele não o fez, ao invés disso, voltou para dentro do refeitório. Notei que tinha prendido a respiração e só voltei a respirar novamente quando me afastei em direção ao outro lado do gramado onde os dormitórios ficavam.

***

Depois de tomar banho, por volta das cinco e meia da tarde, enquanto estava enrolada em uma toalha branca, abri o pequeno guarda-roupa e encarei as peças lá dentro. Tinha medo de colocar um vestido e morrer de frio. Mas fazia tanto tempo que eu não usava nenhum...

Peguei o vestido vermelho com mangas regatas. Ele tinha seis botões grandes enfileirados de três em três paralelos um com o outro na região do busto e barriga. Minha avó tinha feito para mim. Ela era ótima em costura! Muitas das minhas roupas, ela tinha feito. Eu o vesti e calcei um par de botas pretas de cano pequeno com um bico fino e salto agulha. Separei um casaco preto para jogar por cima do vestido se necessário.

Depois de vestida, fui até o banheiro e acendi a luz acima do pequeno espelho na parede acima da pia. Meu cabelo estava liso e solto. Fiz uma maquiagem leve nos olhos e passei um batom de nuance avermelhada nos lábios. Tirei o excesso - quase tudo - com o papel higiênico. Queria apenas dar uma cor na boca.

Assim que terminei de me arrumar e voltei para o quarto, ouvi uma batida na porta. Olhei a hora no celular. Eram sete em ponto.

– Só um minuto! - disse.

Puxei o vestido um pouco mais para baixo, o ajustando. Eu esperava que não estivesse arrumada demais. Estaria parecendo que eu estava fazendo um esforço? Eu deveria fazer um esforço?

Respirei fundo antes de abrir a porta e quando a abri, Louis estava lá esperando por mim encostado na parede do outro lado do corredor. Ele me olhou de cima a baixo. Senti vontade de me esconder atrás da porta. Contudo, me senti lisonjeada.

– Nossa! - ele deu um passo para frente para se aproximar da porta.

Minha insegurança acabou escapando da minha boca grande e eu perguntei:

– Estou arrumada demais?

Louis olhou para o meu rosto.

– De jeito nenhum. Está... perfeita.

Reprimi um sorriso.

– Só vou pegar minha bolsa e podemos ir.

Ele estava vestindo uma calça jeans preta, uma camisa de botões branca - quais os dois primeiros botões encontravam-se abertos e um tênis social preto nos pés. No ombro tinha uma jaqueta de couro. O cabelo estava um pouco molhado do banho e brilhava. Sua pele emanava um cheiro de limpeza e perfume.

Sorri para ele depois de pegar minha bolsa. Do lado de fora do quarto, tranquei a porta.

– Podemos?

Assenti. Louis e eu começamos a caminhar lado a lado no corredor que estava surpreendentemente vazio àquela hora.

Do lado de fora do campus, o céu estava preto e cheio de nuvens. Não chovia mais, mas poderia começar a qualquer momento.

– Então ruiva, - olhei para ele e sorri. - pensei em comermos em um restaurante e depois talvez... irmos a esse clube muito famoso. Muita gente vai estar lá hoje.

Dei de ombros.

– Tudo bem por mim.

– Não se importa de irmos a pé, certo? O restaurante é alguns quarteirões daqui.

Olhei para os meus pés. Antes que pudesse falar algo, exclamei ao ver meus joelhos ralados de fora.

– Ah meu Deus! Meus joelhos! - parei abruptamente na calçada.

Louis olhou para eles. Balancei a cabeça em negativa.

– Eu preciso trocar de roupa!

– O quê? - ele perguntou rindo. - Por quê?

– Meus joelhos! Ah Deus, como não me lembrei disso?

Cobri o rosto. Parecia loucura estar exaltada por causa dos dois joelhos ralados. Mas, ei! Ninguém quer sair com os joelhos ralados usando vestido!

– Eu nem tinha visto! - Louis disse. - Olhe, se quiser voltar para trocar de roupa, tudo bem, podemos voltar mas, eu acho que está ótima assim. E duvido que alguém vai reparar nos seus joelhos.

Olhei para o rosto de Louis. Ele estava apreensivo. Não era justo fazê-lo voltar para o campus e esperar eu trocar de roupa. Balancei a cabeça exasperada.

– Vamos nessa.

Ele parecia estar se divertindo com o meu desespero. Acabei rindo um pouco enquanto ele o fazia balançando a cabeça em negativa.
E assim caminhamos até o ponto de ônibus do outro lado da rua para esperar o ônibus, pois Louis desistiu de andar ao ver minha bota de salto. Graças a Deus!


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Notas finais do capítulo

Olha, tenho que dizer que não sei se eu sairia com os joelhos ralados a mostra não kkkkkk Eu quase nunca uso vestido e short na rua porque sou muito branca e tenho vergonha. Branca tipo Madeline Petsch ou Michael Clifford. Sério! VERY BRANCA! Hauahshaisjs.
Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo. Os próximos serão muito legais!!! Ai ai nem vejo a hora de vocês lerem. É sério. Escrevi eles ontem e tô tipo aaaaaaaah! Hsuahshai.
Bom, até quarta ♡ Um ÓTIMO feriado pra vocês porque eu aqui, vou trabalhar!!!!
Beijos



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