O vermelho de Copenhague escrita por Letícia Matias


Capítulo 18
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tudo bem? Como vocês estão hoje? Espero que todos muito bem. Graças ao bom Deus é sexta-feira. Meu Deus é bom.

Bem, aqui está o capítulo 18 pra vocês ♡ espero que gostem!



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Na sexta-feira de manhã, eu estava pronta para sair. Tinha arrumado a mala no dia anterior, após chegar no campus depois de ter ido embora da casa dos Zarch. Eu não fazia a mínima ideia de como o tempo estaria - ainda que estivéssemos na primavera, as  temperaturas encontravam-se instáveis. Por isso, fiz uma mala com diversas peças de roupas. Ainda bem que era de rodinhas e eu não teria de carregar peso.

Naquela manhã de sexta-feira, após tomar um banho quente, coloquei uma calça preta flare, uma camisa de botões jeans claro, qual eu arregacei as mangas. Nos pés calcei um par se sapatilhas pretas com uma fivela em cima. Sequei o cabelo e suas ondas naturais se formaram novamente.

Me maqueei rapidamente, pois deveria estar esperando o sr. Zarch em seu carro ás sete em ponto. Fiz um delineado - do melhor jeito que conseguia - e passei uma sombra clara e não muito evidente. Também usei máscara nos cílios e um batom vermelho nos lábios. Eu amava batom vermelho.

– Ah você fica tão maravilhosa de batom vermelho. Vermelho é definitivamente sua cor. - minha mãe dizia.

Quando enfim estava pronta, faltavam quinze minutos para as sete. Com o pensamento de que talvez o sr. Zarch já estivesse lá embaixo me esperando do lado de fora do campus, fez com que eu deixasse meu dormitório um pouco mais cedo.

Por ser sexta-feira de manhã, os corredores dos dos dormitórios estavam movimentados. Quando cheguei ao gramado - onde muitos estudantes estavam atravessando para ir até o refeitório - vi Louis.

Eu fiquei surpresa, pois eu não o via fazia muito tempo. Desde o nosso encontro. Nossos horários simplesmente não coincidiam. Bem, era o que eu achava. Na verdade, fiquei surpresa por vê-lo conversando com uma garota loira. Ele tinha as mãos nos bolsos, estava de frente para ela e ambos sorriam um para o outro. Senti como se tivesse levado um murro no estômago quando o vi colocando uma mecha do cabelo dela atrás da sua orelha.

Apressei o passo para sair dali. Minha cara de decepção estava terrivelmente óbvia. Eu esperava não ser vista por ele ou qualquer outra pessoa. Mas por quem eu seria vista? Eu não tinha amigos e ninguém para conversar desde que chegara ali.

Enquanto me dirigia para fora do prédio grande e largo da faculdade, pensava aceleradamente. Bem, o que eu esperava? Era um pouco óbvio que aquilo aconteceria já que não nos víamos desde o nosso encontro. Curiosamente, o campus não era tão grande assim e parecia, de repente, estranho demais que não tivéssemos nos trombado por aí depois do encontro.

Quem eu estava tentando enganar? Eu fora vítima da minha ingenuidade forçada. E quantas vezes não fazemos isso? Pensamos e nos enganamos de propósito, por ser menos dolorido, que era só por infelizes contratempos que ele não ligou ou vocês não se viram mais. A verdade era que ele não queria nada sério comigo e eu tinha sido fácil demais.

Eu me sentia prestes a ter um colapso emocional. Me sentia horrível mau humorada e triste. Apenas parei de andar cegamente, sem saber onde estava, quando ouvi alguém falar "ei" e segurar meu braço. Voltei a mim e olhei para trás. Me dei conta de que já estava do lado de fora do campus, na calçada e que Jullian estava ao meu lado. Era estranho, estar imersa em pensamentos. Quando você volta ao presente, parece que esteve dormindo e acordou de um distúrbio sonâmbulo.

Pisquei algumas vezes olhando para seu rosto. Seus olhos azuis fitavam meu rosto atentamente. Os cabelos loiros de Jullian estavam formando ondas nas pontas e ele vestia uma camisa de botões verde escura escura e uma calça preta.

– Ah oi. - falei. - Eu não te vi. Desculpe.

Desviei meu olhar de seu rosto.

– Tudo bem. O carro está ali do outro lado, ruiva. Só atravessar.

Suspirei exasperada. Antes de atravessar a rua disse séria olhando para ele:

– Não me chama de ruiva. Por favor.

Felizmente ele não disse nada e nós atravessamos em silêncio. A única coisa que eu podia ouvir eram as rodinhas da mala contra o asfalto.

O carro era uma espécie de vã. Devia ter uns sete lugares mais o porta malas. Jullian abriu o porta malas e eu enfiei minha mala preta de rodinhas lá dentro. Eu tinha que melhorar minha cara, mas estava quase impossível.

– Obrigada. - agradeci sem olhar para ele quando este abaixou a porta do porta-malas.

Ele não respondeu e eu entrei dentro do carro. Nigel estava no banco do carona e me cumprimentou com um sorriso e um oi caloroso. Betty Berry estava em um banco ao lado do sr. Zarch. Os bancos eram de dois em dois. Eu cumprimentei à todos com o melhor sorriso que pude forçar. Eles pareciam muito contentes. Eu me esforçaria para que eles não percebessem meu estado de espírito de autopiedade.

Me ocupei na terceira fileira de bancos. Sentei-me ao lado da janela e coloquei o sinto  de segurança. Jullian estava no volante e logo começou a dirigir. Eu olhava de cara feia pro campus desejando não ter ido para aquele maldito encontro com Louis. De certa forma, me sentia traída. Eu era uma idiota. Só conseguia pensar nisso.

– Querida, está com fome? - Betty perguntou do banco da frente.

Olhei para ela e fiz que não com a cabeça. Eu não tinha tomado café da manhã, mas não estava com fome.

–Se der fome, fiz uns lanches naturais para comermos. É só falar.

Assenti e forcei um sorriso.

– Obrigada Betty.

Voltei minha atenção para as ruas de Copenhague enquanto as deixava para trás. De Copenhague para Skagen eram cinco horas de viagem. Eu esperava dormir todo aquele tempo, pois se ficasse acordada, teria que conversar com todos eles. Talvez não com Jullian, pois ele não era de conversar com ninguém, a não ser o sr. Fonzie.

Com uma hora de viagem, estávamos na rodovia, uma música so The Killers tocacava no rádio e tinham muitas árvores perto do acostamento, fazendo a paisagem ser de um verde escuro. O céu estava fechado e logo gotas grossas de chuva começaram a cair e bater contra as janelas. Fechei meus olhos desejando que minha decepção se esvaisse. Senti meus olhos marejados. Era mais um motivo para permanecer de olhos fechados.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que vai sair dessa viagem hein??? Super quero saber.
Also, tadinha da Wendy :'( #WeHateYouLouis
Será que vem um novo shipp por aí?
Haha.
Beijos!!! Espero que todos tenham um ótimo final de semana ♡♡♡♡
Beijos,



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