Protegida escrita por Larissa Gomes


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Em 2017 uma vontade incontrolável de voltar a escrever surgiu... Desde então, venho trabalhando em 'Protegida" , um romance histórico sensível, divertido e sensual.
Espero que possam ler e comentar, criticar está nova empreitada.

Um super beijo! ♥

Boa leitura!



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O céu ainda continha matizes entrelaçadas de laranja, rosa e azul, e a brisa era fria. Fria o suficiente para se fazer sentir ao transpassar pela pequena fresta aberta da janela e arrepiar a diminuta área exposta da coxa dela. Ainda assim, preferia manter aquela delicada área descoberta, pois seu interior a aquecia completamente.

— Se soubesse o quanto desejo mantê-la aqui... – A voz dele foi suave, penetrando por seu ouvido de forma cálida. A boca roçava-se por cima da orelha macia.

— Acredito que sei o quanto. – A voz dela também era um leve suspiro, o suficiente para o fazer imaginá-la fechando lentamente as pálpebras ao dizer. – Mas nós sabemos o quanto é arriscado. – Agarrou a mão que a envolvia pela cintura, e acariciou o dorso com o dedo de forma carinhosa.

Arriscado, pensou ele, melhor seria dizer Impossível.

Isto, ao menos que quisesse continuar respirando para observar o próximo nascer do Sol.

— Não irá demorar até que possamos fazer isto da forma devida – Beijou-a delicadamente atrás da orelha. – E com a tranquilidade merecida.

Um tímido e autêntico sorriso brotou nos lábios ainda um tanto inchados dela.

— Sei disso... – Suspirou, levando a mão que outrora acariciava até sua boca, depositando o mais casto e devoto beijo.

Sim, muito devoto. Não fosse ela devota ás palavras dele seria muito improvável que agora estivesse com ele lá, deitada e envolta em seus lençóis impregnados de seu perfume masculino e da essência da paixão a qual haviam sido entregues há algumas horas.

— O navio partirá por volta das seis, Livie... – Ele a lembrou a indesejável realidade, utilizando o diminutivo carinhoso do nome dela. Olivia o dava a incômoda sensação de ausência de intimidade. – Tenho que deixá-la em sua casa o quanto antes...

Neste momento, o céu de Hampshire já escolhia o tom de azul celeste como vencedor, tendo este se espalhado rapidamente.

Ao sentir que mais uma das sôfregas despedidas se aproximava, Olívia resolveu sentar-se, crente de que isto amenizaria o frio que lhe corria o abdômen. Apoiou os cachos alvos no encosto oponente da cama de mogno, e respirou tão profundamente que doeram-lhe os pulmões. John acompanhou-a de imediato, apanhando algumas mechas revoltas de sua face, colocando cuidadosa e silenciosamente cada uma delas atrás das orelhas da moça.

Ele a observou com demasiado carinho. Ela, com absurda dor.

Era tão injusto ter acabado de compartilhar com ele a mais espetacular experiência de sua vida, e, em seguida, ter que deixá-lo para seguir sozinha mais um dia de dissimulações e fingimentos.

— Quanto tempo disse que seria? – A voz dela estava um tanto trêmula, ele não deixou de imaginar o esforço que fazia para conter as lágrimas.

— Pouco... Eu te garanto que não mais que algumas semanas... – Ergueu o queixo dela em um delicado movimento de seus dedos. – E então, vamos poder fugir deste maldito lugar... Eu lhe prometo isto.

Uma pena o fato de que promessas perdem a validade após a morte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. O primeiro capítulo já aguarda! (:



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