Detenção escrita por Rumiha


Capítulo 12
O que levou Oh Sehun e Kim Jongin a detenção?




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O coração de Sehun estava na boca, e o cú estava na mão, por mais que por fora parecesse tranquilo, ele estava ansioso. Ele iria apresentar os namorados para os pais oficialmente.

Não que a mãe deles já não tivesse o incomodado para mostrar fotos e falar sobre ele. E isso ocorreu bem no dia que o Chanyeol e Baekhyun estavam em casa com eles conversando.

Obvio que ele não estava reclamando da “nova” mãe. Ele só percebeu o quão diferente a mãe deles poderia ser, ela estava fora do papel, não?

— Você não faz ideia do quanto quis te conhecer Chanyeol, e não vejo a hora de conhecer meus outros genros. — a mais velha sorriu enquanto degustava do vinho em sua taça — Confesso que queria uns netinhos, mas sempre é possível adotar, levando em consideração que se vocês casarem o lucro da nossa empresa vai subir. Dinheiro não traí, pessoas sim. Guardem isso em vocês. — ela piscou para os três e levantou do sofá para pegar mais vinho. — E outra, a mídia atual vai adorar saber que os herdeiros estão abertos a diversos tipos de relacionamentos. Com certeza teremos mais investimentos. Talvez algumas quedas, por causa dos conservadores, mas vamos ignorar eles.

Em nenhum momento ela poderia parar de pensar em dinheiro? Mas mesmo assim, ela estava sendo incrivelmente agradável, nem mesmo parecia à mulher que havia dado opções restritas de decisões e não mostrava opção de liberdade.

Sehun ainda não acreditava que tudo que a mulher queria era que ele e seu irmão mostrassem independência a contrariando, não fazia sentido. Ela simplesmente queria que eles discutissem e argumentassem contra ela, o estilo de ensinamento dela era maluco.

No dia que Sehun apresentou os namorados, a mãe foi adorável e não parava de falar coisas sobre a infância de Sehun, coisas que ele nem sabia que sua própria mãe tinha consciência, já seu pai se manteve afastado. Nada de novo.

— Sehun nasceu maior que o Baekhyun em quase tudo... Depois que eles cresceram eu não pude mais checar, mas pela estrutura física deles, creio que o Sehun seja maior. Sim, queridos, estou falando daquela parte. Só um minuto vou buscar fotos dos dois bebês. — na mente do Oh, pelo menos não era somente ele que estava sendo envergonhado, o irmão mais velho também.

— Não olhe para mim com essa cara Hunnie, o Chan já viu nossas fotos aquele dia. Já nem dá para sentir vergonha. Fazer o que... eu era uma gracinha.

— O Baekhyun parecia uma menina, eu até mesmo o vesti de menina algumas vezes, antes do falecimento do pai dele. — voltou à mulher sorrindo. — Vejam só eles que belezinha, meus lindos. É uma pena que tenham crescido.

No fim, foi divertido o dia, a mãe de Sehun só agiu, como uma mãe normal, como uma mãe tremendamente orgulhosa dos filhos.

— Estranho não? Mamãe agindo assim... — comentou Baekhyun ao lado de Sehun que concordou em resposta — Mas gosto dela assim, nesses últimos dias nós conversamos tanto, e nos acertamos que nem mesmo parece que tivemos contratempos.

Sehun sorriu com o irmão e teve que concordar, mesmo que estranhasse, as conversas pareciam mais intimas, foram infinitamente mais agradáveis. Ele iria guardar para sempre no coração a cena dos namorados rindo com sua mãe falando sobre sua infância.

Se bem, que Jongin participou de certas partes de sua infância, mas não que o grupo ligasse para isso naquele momento, só queria compartilhar aquele tempo.

21º dia de detenção - Oh Sehun e Kim Jongin

O dia começou já dando errado. Pelo menos essa era a  visão de Sehun, parecia que o céu estava caindo. E toda vez que trovejava era possível escutar o grito agudo do irmão no outro quarto. E bem, não era muito possível ouvir as coisas entre as paredes, pelo menos foi o que notou no fim de semana quando Chanyeol havia ido para casa dele.

Mas ao olha dos dois lados da cama e notar os namorados acordando compensava o desastre que amanheceu. E ao lembrar o quão divertido havia sido o dia anterior melhorava seu humor totalmente. Claro, que não foi 100%, seu pai colaborou estranhamente, foi até estranho ver a mãe rindo e conversando com os namorados.

— Bom dia Hunnie. — falou o mais velho deles ao acordar.

— Bom dia, Soo. — Sehun deslizou os dedos na face do outro — Dormiu bem?

— Sim... Nini não acordou? — Kyungsoo se aconchegou no peito de Sehun, este último sorriu com a manha do outro.

— Acho que não, e estou sentindo ele na minha bunda... — falou rindo e deixando o outro coroado.

— Você já viu sua bunda Hunnie? — pronunciou o Kim ao abraçar o Oh — A quero muito... — murmurou.

Os toques na porta os tiraram do munidinho deles.

— Sehun, levanta. Tem que ir para aula, chama o Soo e o Nini. — chamou o irmão mais velho — Nada de sexo, não vai dar tempo. Falta só meia hora para o início das aulas, vocês precisam tomar banho e comer. Rápido.

— Ouviram o Baekhyun... — balbuciou Jongin — Nós não tivemos nem nossa primeira vez, imagina sexo ao acordar — abriu a boca, sonolento — No máximo daremos uma "mãozinha". 

Jongin ao acordar era sonolento, não parecia tão tímido, era incrivelmente sincero ao acordar.

Foi necessário que Baekhyun os chamassem mais duas vezes e na última ameaçar os deixar em casa. Claro, que era o que eles mais desejavam ficarem enroladinhos nas cobertas naquele dia chuvoso, contudo bem neste dia começaria as provas. Quando Kyungsoo se lembrou deste fato, os três correram como se não houvesse amanhã.

Eles conseguiram chegar a tempo do início da aula, e rapidamente se separaram, só voltaram a se encontrar no intervalo, como todo o grupo reunido.

— Então, como foi conhecer a mãe do Sehun? — Chanyeol foi direto ao assunto que todos estavam interessados.

Sehun olhou para os namorados aguardando suas respostas.

— Você também a conheceu Yeol, o que achou dela? Pessoalmente, ela é bem diferente do que o Hunnie costumava a falar... já o pai dele, é da mesma maneira, distante... — Jongin foi sincero em suas palavras.

— Eu já a conhecia, nossas famílias são “amigas”, então, meio que já conhecia há tempos. Mas confesso que gostei de saber que ela me aprova como namorado do Baekkie. — Chanyeol falou coroado olhando para o outro lado, sua reação arrancou risadas dos amigos.

— Eu gostei... — começou Kyungsoo — Fomos bem recebidos na casa do Sehun, estamos planejando oficializar com todas as nossas famílias... — comentou sorrindo.

— Para estar todo nosso grupo reunido, só falta o namorado do Chen e o Tao. — Sehun sorriu ao dizer — Em pensar que no começo o Baekhyun-hyung disse odiou a ideia de sentar-se à mesa do refeitório com todos nós. — riu o mais novo, que teve como resposta um tapa na cabeça.

— Me poupe, se poupe Sehun. Não seja desprezível. Eu e o Chen já estávamos aqui, vocês que vieram sentar na mesma mesa, e não tem nenhuma outra disponível. — argumentou o Byun.

— Mas obvio que o Baek está feliz... — balbuciou Lay enquanto cochilava sobre a mesa. — Seria mentira, já que você é o que mais estava falando.

— ‘Cês não tem ideia do quanto o Baekhyun é capaz de falar. — comentou Jongdae — Ele é terrivelmente escandaloso.

— Aham! Sou eu que fico gritando “Por que?”. — respondeu ao amigo de forma sarcástica.

Sehun gostou de ver o irmão interagindo com outro, ele sentia saudades desse Baekhyun, alegre e comunicativo, fazia bem tempo que não o via.

— Recomendação, não juntar Chanyeol, Baekhyun e Jongdae. — aconselhou Sehun — O Chan é energético, Baek-hyung é barulhento e Jongdae-hyung é escandaloso.

— Vamos galera, precisamos voltar para nossas salas. Todos já temos consciência que Baekhyun ama estar conosco e que antes não passava de fachada. — falou Junmyeon com um sorriso pequeno.

Era notável o quão o relacionamento de todos havia mudado, para melhor. Sem dúvidas, para melhor.

O grupo tornou a se separar somente se reencontrando na detenção.

— Em pensar que hoje é o penúltimo dia, me deixa tão alegre. — começou o professor — Não aguento mais ver a cara de vocês mais que o necessário.

— Falando assim parece que na verdade você nos ama. — riu Jongdae. — E é certeza que vai me ver de novo aqui, provavelmente Sehun, Chanyeol, Jongin e Lay também. Os outros que dificilmente virão de novo.

— Que isso não aconteça... — implorou Kris — Quantas vezes eu perdi coisas, ficando aqui com vocês.

— Perdeu foda é? — provocou Chanyeol.

— Irrelevante. Abram seus livros de Biologia e façam os exercícios. — o professor fechou a cara, sentando na cadeira e começando a mexer no celular, com um sorrisinho de canto.

— Soube que está num relacionamento a distancia com o Tao. — Kai perturbou o mais velho — Tao é menor de idade, cuidado para não ser preso. — o rosto do professor ganhou uma tonalidade rosada arrancando risadas dos alunos.

— Só não aumento sua detenção porque não aguento mais ver seu rosto. — avisou o Wu.

— Kai, sobre isso, o Tao na verdade é noivo do Kris. Para unir as empresas deles e tals. E a família deles é aberto a poligamia, então meio que eles tem outros esposos. — explicou Baekhyun.

— Eh! Sério? — se assuntou Chen — Não podia imaginar isso.

— Foquem nos exercícios de vocês. — mandou o mais velho.

Faltando alguns minutos para irem embora, começaram a falar novamente sobre o motivo de estarem na detenção. Parecia que os últimos dias eles haviam tirado para falar sobre isso.

— Eu e o Sehun estamos aqui pelo mesmo motivo. — começou Jongin. — Metemos na briga com o Chanyeol, tentamos esconder o Chanyeol quando ele estava fodendo com a menina, conversamos demais na aula e colamos na prova. Foi só isso? — virou para o namorado mais novo e questionou.

— Quebraram o nariz do cara e uma janela. — completou o professor.

— Ah! Isso também. — riu Sehun. — Nada de mais... — falou dando os ombros.

— Nada demais Sehun? — falou para o irmão — Imagine se fosse. — debochou Baekhyun.

— Hyung, você não está em posição de me criticar não é? — retrucou o mais novo.

— Olha como fala comigo, pode ser que amanheça careca... — ameaçou.

— Sem brigas aqui dentro. Podem ir embora. Amanhã finalmente é o último dia. Finalmente me livro de vocês depois de um mês aturando vocês. — agradeceu Kris aos céus.

O grupo saiu do colégio e parou em frente ao portão.

— Eu falei com a mamãe e eu vou para casa do Jongin hoje e amanhã para casa do Soo... Achamos melhor já conversar de uma vez com nossas famílias. — contou Sehun ao irmão. — Me deseje sorte hyung.

— Boa sorte Hunnie, vai dar certo. Todos vão te amar. Você é maravilhoso, fora que a família do Kai já te conhece, só vai afirmar você na família. — riu o mais velho.

Sehun sentia seu corpo pesar a cada passo que dava. Kyungsoo por sua vez sentia seu coração disparar e sua mão soar. Jongin tentava distrair os namorados, mas os dois estavam com os nervos à flor da pele.

— Não se preocupe, minha família é muito tranquila. Eu já mandei uma mensagem a minha mãe. E vai estar todos em casa quando chegarmos, com a comida favorita de vocês. Minha mãe cozinha muito bem. — contou Jongin na tentativa de distrair os namorados, mas o tiro saiu pela culatra, ele só percebeu isso quando Kyungsoo parou de andar.

— Todos? Como assim? — questionou o mais velho.

— Então, minha mãe, minha tia, uns primos, meus avôs... — pronunciou enquanto contava quem estaria presente naquele momento.

— Espera Jongin, pensei que só estaria sua mãe. — foi à vez de Sehun se desesperar, na verdade, se desesperar mais.

Jongin ao ver as faces assustadas dos namorados sorriu.

— Não se preocupem. Eles vão amar vocês. — se aproximou e entrelaçou cada uma das mãos em uma mão dos namorados.

Ao tocar os namorados os sentiu relaxarem e passaram a caminhar de mãos dadas até chegar a sua casa.

Imprevisivelmente, a casa de Jongin estava mais lotada do que ele imaginava, havia parente até mesmo do interior, parentes que ele só via em épocas especiais como Natal e Ano Novo, e isso uma vez a cada cinco anos.

Jongin riu ao ver os namorados passarem por um interrogatório feito pela mãe e assistido por toda família.

— Agora Jongin, sente aí que também preciso conversar com você. — mandou a mãe do jovem Kim, que se assustou, mas acatou o pedido. — Então, agora me fale, quais são suas intenções com esses belos jovens bondosos? Não pretende somente os usar não é? Pois não te criei para ser assim.

— Espera mãe! Por que eu estou passando pelo mesmo interrogatório? — questionou o garoto.

— Não é óbvio? Quero saber se vai cuidar bem deles. Não é só com você que vou me preocupar. A partir de agora eles também são da família, nada mais certo de que eles sejam bem tratados.

— Ok...

O jovem Kim até pensou que ela já havia acabado de falar, pois bem, não. Ela falou mais um monte, na frente de toda família, sobre mesmo que fossem todos homens eles deviam se proteger, utilizar camisinhas e ir ao médico.

Como Kai sentiu-se envergonhado. E só piorou, pois logo a mãe, as tias e sua avó começaram a falar sobre si para os namorados, quando elas começaram a perguntar sobre a vida sexual do trio.

Depois daquela noite, no quarto de Jongin eles estavam sentados no chão estendido no chão.

— Acho que devo falar mais sobre minha família para vocês não se assustarem... — começou Kyungsoo. — Bem, eu moro só com mulheres e bem... todas elas são o que normalmente são chamadas de fujoshi.Sim, elas gostam de ver homens juntos. Então creio que vai ser fácil para vocês.

Ledo engano, aqui vai um pequeno spoiler enfrentar as mulheres da família Do, é como enfrentar todos os Boss de uma vez, mas como nas maiorias das histórias, sempre é possível vencer o Boss.


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