Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 5
Solidão, ou não.


Notas iniciais do capítulo

Volteei, esse capitulo tem drama, tem cenas lindinhas e eu amo ele, protejo com meu coração!
Sem mais delongas, boa leitura!



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Bad Liar - Selena Gomez

O fim de semana chegou e Damon se viu obrigado a ficar em casa. Não era do seu feitio, mas as coisas estavam começando a mudar e ele sentia muito bem. Ele estava trancado em seu escritório, tentando sem sucesso concluir uma reunião com uma empresa italiana. Era impossível pronunciar algo em italiano, quando duas meninas bem alegres gritavam em inglês pelo resto da casa. Ele coçou as têmporas cansado.

— Eu sinto muito, teremos que continuar isso outro dia – seu pai era italiano, por isso Damon tinha fluência no idioma. Os executivos encerraram a chamada, não muito felizes.

Damon saiu do escritório aborrecido, mas um sorriso brotou ao ver a situação em que todos ali se encontravam. Alice e Olivia tinham toalhas de rosto amarradas em seus pescoços, como super-heroínas. Stefan que se ofereceu para ficar de baba enquanto Damon terminava a reunião, tinha uma toalha amarrada a boca e um cadarço amarrando as mãos. Ele arregalou os olhos quando viu Damon, o que fez o moreno gargalhar.

— Mais uma vez o mundo foi salvo pelas meninas superpoderosas! – Alice gritou feliz, pulando do sofá.

— Ok. Ok – ele se aproximou – Por mais que eu gosto de ver o Stefan assim, temos que soltar ele – riu do irmão e tirou a toalha da boca dele.

— Mas ele é o vilão – Olivia cruzou os braços fazendo biquinho.

— É – Alice concordou.

— Eu sei bem disso – Damon lutava contra o cadarço, elas eram muito boas com nós – Mas ele também dá presentes – confidenciou.

— Ah é? – Se aproximaram para ajudar a soltar Stefan. – Como o que? – Alice franziu os olhos para ele desconfiada.

— Bonecas – Stefan sorriu para elas – O que acham?

— Por mim tudo bem – Olivia deu de ombros. Damon sorriu com a facilidade de convencê-las.

— O que vocês acham de nós almoçarmos agora? – Gail adentrou a sala sorrindo, as duas pularam felizes e correram atrás dela, deixando Damon e Stefan sozinhos.

— Elas te destruíram irmão – riu descarado.

— Não pense que elas não têm o poder de fazer o mesmo com você – apontou debochado Damon o encarou ultrajado e revirou os olhos. Os dois caminharam até a sala de jantar. Gail tinha ido ao centro e comprado algumas coisas para crianças, como talheres de plástico e um assento para mesa de jantar. As duas estavam sentadas lado a lado e Gail ia lhes oferecendo o que queriam ou não, para crianças, elas comiam muito bem, o que fez Damon sorrir satisfeito.

— Eu ainda preciso escolher um colégio – comentou com Stefan. – Nenhum me parece bom o suficiente. – Stefan terminou de mastigar antes de responder.

— Você tem os panfletos aí? – Damon assentiu – Posso te ajudar depois do almoço.

— Eu também quero – os dois encararam Alice – Ajudar – completou acanhada.

— São elas que vão estudar afinal – Stefan deu de ombros, encarando o irmão.

Depois do almoço, os quatro se reuniram na sala. Damon tinha cerca de cinco panfletos diferentes em mãos.

— St. German – leu. A escola ficava no Uper West Side, era do outro lado do parque, um pouco trabalhoso demais, foi o primeiro a ser descartado.

— Eu gostei desse – Stefan entregou – eles têm uma boa média escolar e é algumas quadras daqui. Gail poderia facilmente ir busca-las. – Damon analisou, parecia realmente um bom colégio. Alice tomou de sua mão.

— Esse é o uniforme? – Stefan assentiu – Não mesmo – revirou os pequenos olhinhos azuis.

— É uma pena que quem decide sou eu – Damon puxou de volta o panfleto, ela o encarou desafiadora e Damon ergueu as sobrancelhas em contrapartida, Elena estava ali, podia-se ver no olhar. As vezes ele esquecia que elas tinham somente quatro anos, a inteligência e a petulância se igualavam a da mãe.

— Cansei disso – Olivia levantou-se e seguiu para o quarto. Alice deu de ombros e correu atrás da irmã.

— Qual o seu problema? – Stefan pronunciou depois que as duas sumiram pelo corredor.

— O que? – Damon o encarou confuso.

— Você realmente bateu de frente com uma criança de quatro anos? – Arqueou as sobrancelhas para o irmão, Damon deu de ombros e voltou a se concentrar nos papéis. Após muita discussão, ele e o irmão entraram em um acordo.

— St. George tem um ótimo programa de artes e esportes – Damon leu mais algumas coisas. – A companhia de ballet infantil se apresentou na Julliard – comentou achando graça. – Vou lá amanhã.

— Você? – Stefan achou graça. – Achei que ia mandar Gail ou sua secretária – Deu de ombros.

— Eles têm que saber com quem estão lidando – deu de ombros convencido.

Algum tempo depois, Josie veio buscar as meninas para um passeio no shopping, Damon lhe deu o cartão de crédito e agradeceu por um pouco de paz. Ele se presenteou com um copo de whisky e seguiu para o piano. Tocou uma melodia muito desconhecida para o mundo, mas para ele era tão conhecida quanto o amor pela pessoa a qual ele dedicou à música. Ela começava leve e ia abrindo espaço para uma melodia fria e rancorosa. Damon se sentiu nervoso de repente. Atirou o copo de vidro do outro lado da sala e fechou o piano com força.

Maldita. Pensou.

Damon chegava em casa particularmente feliz, acabara de fechar um acordo importante, um que reforçava sua posição entre as maiores empresas do mundo, ele sentia que precisava de uma comemoração.

O elevador apitou e se abriu, Damon deu de cara com um apartamento escuro e silencioso. O que era incomum, Elena costumava chegar mais cedo, a não ser que tivesse uma cirurgia. Foi até o quarto, se livrou do terno e dos sapatos.

Retornou a sala para checar a secretaria eletrônica, mas não havia nada. Decidiu tentar o celular, discou o número tão conhecido e colocou aparelho sob o ouvido.

“O número que você ligou não existe”

Damon franziu o cenho e tentou novamente, a mesma mensagem. Tentou cerca de cinco vezes e nada mudava. Decidiu ligar para o hospital.

— Garden Hospital ala cirúrgica – uma voz feminina surgiu.

— Por favor a Dr. ª Gilbert? – Elena apesar de muita insistência do marido, decidiu manter o nome de solteira na carreira.

— Sr. Salvatore? – Ele confirmou – A Dr. ª Gilbert já saiu, cerca de duas horas – ele desligou confuso e irritado. Onde Diabos ela estaria?

Voltou novamente ao quarto, procurando pistas do paradeiro dela. Rolou os olhos por todo o cômodo. Foi então que começou a perceber as falhas. O pequena porta retrato de veludo que Elena usava para enquadrar a palheta que ganhara em um show anos atrás, não estava no lugar. A foto que mantinha com os pais próximo a televisão, também tinha sumido.

Seguiu para o banheiro. Ainda haviam muitas coisas dela ali, mas Damon sabia reconhecer cada creme, cada perfume, cada maquiagem que ela usava e nada estava ali. Foi quando abriu o closet que o maior choque lhe atingiu. Metade estava vazio, com apenas algumas caixas e uma ou outra peça de roupa pendurada, como se tudo tivesse sido arrancado às pressas.

— Mas o que?! – Gritou irritado. Voltou ao quarto e abriu uma cômoda, onde guardavam documentos, os de Elena haviam sumido. – Gail! – Saiu gritando.

— Sr. Salvatore? – Senhora estranhou o tom do patrão.

— Onde está Elena? – Perguntou sério. Os olhos azuis afiados e assassinos. A senhora se encolheu assustada.

— Eu não a vi senhor – respondeu hesitante.

— Elena não veio aqui? – Ela negou – Alguém esteve aqui? – Ela negou novamente.

Damon a dispensou e voltou a sala. Estava nervoso, andava de um lado para o outro confuso. O que diabos acontecera? Tentou buscar razões para que ele fugisse, mas nada lhe via a mente. Decidiu agir, ligou para seu chefe de segurança e passou todas as instruções.

— Aeroportos, estações de ônibus, tudo! – O segurança fazia mais algumas perguntas – Rastreie o cartão de crédito dela também! Ache minha mulher! – O elevador apitou no mesmo segundo, Damon virou-se bruscamente, mas se decepcionou ao ver Stefan e Jo ali. – Me mantenha informado! – Desligou e foi em direção a bandeja de bebidas.

— O que houve? – Josie encarou o lugar em sua volta. Em um acesso de fúria, Damon havia destruído tudo.

— Elena sumiu – murmurou debochado. Os dois visitantes se entreolharam alarmados.

— Você chamou a polícia? – Stefan perguntou ainda parado próximo a irmã.

— Vocês na entenderam – virou-se para os dois com os olhos vermelhos. – Ela fugiu, pegou a porra das coisas dela e foi embora! – Riu em escarnio. – Sabe qual a pior parte? – Eles negaram – Eu não faço a mínima ideia do porquê, quer dizer, nós estávamos bem.

— Tem certeza? – Josie o encarou confusa.

— Você sabe de alguma coisa?! – Gritou avançando na irmã – Me diga agora! – Stefan o segurou e Josie recuou assustada.

— O que?! Não! – Declarou. – Só estou dizendo que Elena estava aérea nos últimos tempos, ok? – Desviou o olhar do irmão.

— O que quer dizer? – Se soltou com força do irmão.

— Ela estava agindo estranho, sempre arisca, quieta, Elena não é assim – limpou uma das poltronas com as mãos e se sentou.

— E Você espera ela sumir para me dizer isso? – Gritou sarcástico.

— Ei! – Stefan interviu – Não ponha a culpa nela irmão. – Damon bufou.

— Desculpem – murmurou de costas – É só que... – soluçou – Eu não posso perde-la – soluçou novamente. Foi então que perceberam que Damon chorava. Josie levantou e foi abraçar o rapaz, o mesmo desabou nos braços dela. Após muito minutos em silencio, ele adormeceu.

— O que faremos? – Stefan encarava o irmão adormecido. Estava sentado em uma das poltronas do lado oposto do sofá.

— Não há nada que podemos fazer – respondeu acariciando os cabelos negros do irmão.

Damon despertou com o apito do elevador e as vozes infantis invadindo o ambiente. Olhou por trás do sofá, as duas vinham em sua direção.

— Olha Damon! – Mostraram suas mochilas. Alice tinha em mãos uma florida cor vários tons de rosa e Olivia tinha uma azul bebe com carrinhos.

— Carros? – Apontou a mochila divertido.

— Eu gosto deles – deu de ombros.

— Vão guardar as coisas de vocês – Jo incentivou e as duas correram para o quarto. – Você está bem? – Damon tinha olheiras e um rosto cansado.

— Estou ótimo – mentiu. – Vou ajuda-las a se arrumarem para dormir.

— Tudo bem, eu tenho que ir – deu um breve abraço no irmão e seguiu de volta para o elevador, tropeçando nas muitas sacolas no chão. Damon revirou os olhos e seguiu para o quarto, onde as duas brigavam para ver quem ia tomar banho primeiro.

— Ok, Ok. – Pediu para ficarem quietas. – Eu vou encher a banheira e vocês duas vão juntas, pode ser? – Elas assentiram animadas.

Ele abriu algumas sacolas e viu que continham produtos de higiene infantil. Separou o que ia usar e deixou o resto em cima da pia.

— Vamos lá – elas entraram na banheira e Damon arregaçou as mangas. Já estava frio, por isso prendeu os cabelos delas, da melhor maneira que conseguia, que não era exatamente muito boa. – A Agua está boa? – Elas assentiam e ele sorriu – começou a ensaboar Alice, quando viu em suas costas uma manchinha muito familiar. Damon tinha uma igual na nuca. Por incrível que pareça, Olivia também tinha.

— Damon? – Olivia o encarou.

— Sim? – Ele ajudava Alice a escovar os dentes, mas ela dificultava, toda vez que mordia a escova.

— A agua está boa? – Antes que ele pudesse encará-la, sentiu a agua morna lhe atingir.

— Mas o que? Liv! – Gritou – estou todo molhado! – Encarou a camisa branca ficando transparente.

— Você não respondeu! – Repreendeu jogando mais agua. Alice se juntos a brincadeira, eram duas contra um.

— Ah é assim! – Pegou o chuveirinho ao seu lado e abriu jogando na direção da duas. Uma breve guerra foi iniciada. Os três riam e desviavam da agua como podiam. Foram interrompidos por uma Gail com cara de poucos amigos. Os três saíram do banheiro com cara de culpados. Damon seguiu para o seu quarto e foi tomar um banho decente. Colocou um pijama quente e voltou ao quarto.

As meninas estavam deitadas na cama de casal, cada uma com uma xicara de chá. Gail, secava o banheiro alheia.

— Só vim dar boa noite – elas o encararam, quando ele ia sair, elas o chamaram de volta. – Sim? – Tinha somente a cabeça para dentro do quarto.

— Lê uma história para a gente? – Ali perguntou acanhada.

— Eu... – ele hesitou, os olhinhos brilhavam em esperança. – Tudo bem – se deu por vencido. Sentou-se na beirada da cama e escolheu um livro qualquer. Damon começou como uma leitura normal.

— Não! – Olivia reclamou – Tem que fazer a voz, mamãe sempre faz – fez um biquinho. Ele respirou fundo e tentou novamente.

A cada personagem, a entonação da voz mudava, ele acabou fazendo gestos também, que arrancavam várias gargalhadas. Gail passou silenciosamente e acenou para as meninas. Damon terminou a história sorrindo, se despediu das meninas e seguiu para o próprio quarto. Esse negócio de paternidade, podia ser fácil afinal.


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