Um coração dividido escrita por Yin Haru


Capítulo 1
Não vale apena negar


Notas iniciais do capítulo

E eis que aqui a Yin-chan volta com mais uma história kkkkk
Esta é a primeira fanfic de Miraculous Ladybug que posto aqui. Mas... Não é a primeira que escrevo hahaha tenho mais fanfics (ML) em construção mas decidi concentrar-me nesta (por causa do Luka, o irmão mais velho da Juleka - que eu simplesmente AMEI!!!!) e quis postá-la bem rápido porque há muito tempo que não posto nada de novo aqui no Nyah.
Esta fanfic, no início, era para ser uma oneshot. Mas quanto mais escrevia... Mais eu percebia que tinha de dividir esta história em mais capítulos. Então, decidi transformar a oneshot numa mini-fanfic. Não sei quantos capítulo vai ter mas... Depois veremos kkkk
Espero que gostem!
(Fanfic escrita em português de Portugal)



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Adrien encontrava-se deitado na sua enorme cama. Ele encarava o teto, perdido em pensamentos, enquanto que o seu kwami comia uma deliciosa fatia de camembert mesmo ao seu lado.

A única imagem que vinha à sua mente era a de uma moça bastante feliz ao lado de alguém que não era ele. E isso, de algum modo, fazia-o sentir-se... Estranho...

— Aff... - o Agreste suspira pesadamente. - Plagg... Não sei o que se passa comigo...

O pequeno olha para o rapaz com um ar de quem não estava minimamente interessado no que estava a ouvir, mas mesmo assim respondeu:

— Talvez estejas apaixonado.
Os olhos do Agreste arregalaram-se por um instante e em seguida, uma risada muito alta preencheu o cómodo.

— Plagg, não digas disparates! A Marinette é só uma amiga - ele deu mais uma gargalhada, mas desta vez, mais pequena.

"Só uma amiga"...

Depois de ter dito isto, o silêncio regressa ao quarto. Será que ela era apenas uma amiga?

Aquelas palavras nunca lhe pesaram tanto como agora. E a culpa... Essa era do aluno novo. Luka era o seu nome. Sendo irmão mais velho da sua colega de classe, Juleka, o rapaz causou grande furor ao chegar à escola com uma guitarra às costas. Para além de que ele tinha muito estilo... Aliás, só no primeiro dia, o Luka já tinha conquistado diversas fãs.

Mas não pensem que o Adrien odiava o aluno novo. Não... Nada disso! Até porque na primeira vez que o conheceu (no barco em que a família Couffaine vivia) eles tornaram-se logo amigos.

Mas... Havia algo nele que deixava o Adrien confuso. Nomeadamente, quando o moreno estava ao pé da sua amiga, Marinette Dupain-Cheng.

E agora, dois meses depois, o Agreste via que o Luka e a Marintete estavam cada vez mais próximos. A cada dia que passava, era como se aqueles dois descobrissem mais coisas em comum. E isso incomodava o nosso herói.

Ele leva uma das suas mãos até junto do coração e respira profundamente.

Será que o Plagg estava certo? Será que ele estava apaixonado pela Marinette? E consequentemente com ciúmes do Luka? Mas... e a sua Lady? Como ficariam os seus sentimentos pela LadyBug? O loiro tinha a certeza de que a amava. Ou pelo menos, era isso que ele pensava.

Mas agora estava tudo confuso. O Agreste mais novo já não tinha certeza de nada. E ainda por cima... Não sabia o que fazer dali em diante.

Será que ignorar aquele sentimento em relação à Marinette era a melhor opção? Ou devia ele de fazer exatamente o oposto?

Perante aquele enorme dilema, o loiro levantou-se e suspirou pesadamente, decidido a convidar o seu amigo Nino para jogarem o novo jogo que o seu pai lhe comprara. Jogo esse que era mais um pedido de desculpas por não ter comparecido a mais um evento da escola que o seu filho frequentava.

— Plagg, fica aqui quieto que eu já volto.

— Ok...

O jovem desceu as escadas e encontrou a Nathalie à porta do escritório do seu pai. Decidido a entrar, o rapaz pediu licença.

— Peço desculpa Adrien... Mas o teu pai está muito ocupado agora e não pode falar com ninguém.

— Não pode ou não quer? - indagou com certa ironia na sua voz.

— Adrien! - a secretária do seu pai repreendeu-o de imediato. - O Sr. Agreste está a trabalhar numa coleção muito importante e não quer distrações.

— Distrações? - questionou, magoado. - Mas eu sou o seu filho... Só preciso de lhe fazer uma pergunta! Porque é que é sempre a mesma coisa? O meu pai nunca pode falar quando é preciso! - disse, bastante chateado.

A Nathalie, por sua vez, suspira pesadamente.

— Adrien, por favor volta para o teu quarto.

— Mas...

— Nada de mas.

— E-eu... Só queria perguntar se o Nino podia vir um pouco cá a casa... - respondeu o Agreste mais novo, cabisbaixo e num tom triste. - Estou farto de estar sozinho...

A secretária pensou durante alguns segundos.

A própria Nathalie não gostava de ver o rapaz tão triste e sozinho. Por diversas vezes, a morena tentou convencer o Sr. Agreste a fazer uma pausa e passar algum tempo com o seu filho. Mas este recusava, sempre. E quanto aos eventos escolares? Ela já tinha perdido a conta a quantas vezes o Gabriel tinha faltado em prol do seu trabalho como designer de moda e, também, por culpa do seu alter-ego (Hawkmoth). Afinal de contas, aterrorizar Paris era .aos importante do que o seu filho...

A secretária balançou a cabeça, para tentar espantar aqueles pensamentos, porque ela sabia o verdadeiro motivo por detrás das ações obscuras do Hawkmoth. Mas convenhamos, o filho também precisava de atenção.

Sendo assim, desta vez, a tutora do Adrien decidiu fazer-lhe a vontade.

— Muito bem. Podes convidá-lo. Eu assumo a responsabilidade. Só peço que não façam barulho... O Sr. Agreste---

— Já sei, já sei... O Sr. Agreste não pode ser incomodado... - respondeu o mais novo, um pouco mais contente. -Obrigado Nathalie! - e sorriu, dirigindo-se para o seu quarto.

A secretária deu um mínimo sorriso quando ouviu a porta do quarto a ser fechada.

(...)

Adrien e Nino pousaram os seus comandos de jogo. Havia feito uma hora e meia desde que tinham começado a jogar. O Agreste mais novo venceu o seu amigo e o Nino, que não gostava muito de perder, disse que fizera de propósito.

— Mano! Eu estou a falar a sério! Perdi de propósito só pra alegrar o teu dia!

— Ahahaha! Pois claro! - o loiro riu em resposta.

— Sabes que mais Adrien? Estou com fome. - desconversou o amigo. - Por acaso há algo que se coma?

— Hã hã... E é claro que há. Pedi ao nosso chefe que preparasse um lanche para nós antes de tu teres chegado.

Os dois dirigiram-se à sala, onde uma enorme mesa estava colocada bem ao centro, e à sua volta, estavam posicionadas diversas cadeiras que valiam mais do que um simples mortal podia imaginar.
E na parede, encontrava-se um bonito quadro pintado a óleo. Nele estava representado a família Agreste: Gabriel, Adrien e também, Emily. A mãe do jovem.

Nino nunca se cansava de olhar para aquele quadro. Era como se a simples presença da Senhora Agreste trouxesse alguma paz e conforto àquela casa, mesmo que o próprio Lahiffe não conseguisse explicar o porquê.

O moreno nunca havia perguntado ao seu amigo a questão que lhe assombrava a mente, de tempos em tempos. Onde estaria a sua mãe? A senhora Agreste?

O Adrien só havia comentado uma vez que a sua mãe tinha desaparecido há um ano atrás. E o Nino, como reparou logo na tristeza do seu melhor amigo, decidiu não fazer quaisquer perguntas. E mesmo ali, naquele dia, também não tencionava tocar naquele assunto.

Os dois sentaram-se de frente um para o outro, e começaram a comer o delicioso bolo de laranja preparado pelo chefe da mansão Agreste. Chefe esse que o Nino nunca tinha visto. Nem uma vez sequer! Ele perguntava-se quem era essa pessoa misteriosa. Mas... Também resolveu deixar isso de lado.

O rapaz de óculos pegou num jarro de *sumo e despejou um pouco do seu conteúdo num copo e o Adrien fez o mesmo.

Enquanto comia um pedaço de bolo, Adrien questionava-se se devia, ou não, de perguntar ao seu melhor amigo, aquela dúvida que estava na sua mente (e consequentemente, no seu coração).

Conhecendo o seu amigo e irmão de consideração melhor do que ninguém, Nino pergunta:

— Adrien... Passa-se alguma coisa?

O loiro engasga-se e começa a tossir.

— Tem calma! Bebe um pouco de sumo!

Uns segundos depois, o mesmo pergunta:

— Melhor?

— S-sim...

O loiro respira fundo e tenta elaborar, com cuidado, o que queria dizer.

— Nino, eu quero perguntar-te uma coisa... Mas... Promete que não te vais rir de mim!

Com os olhos arregalados, o Nino assente positivamente.

— Afff...

Depois de um suspiro lento e longo, o Agreste finalmente toma a coragem necessária para dizer:

— Eu a-acho que... G-gosto de uma... pessoa.

Os olhos do Nino estavam ainda mais arregalados (se é que isso era possível). De repente, o moreno levanta-se e bate com as mãos na mesa, assustando o Adrien. Em seguida, inclina-se um pouco para a frente e pergunta, num sussurro:

— É a Marinette, não é?

Desta vez, são os olhos verdes do modelo que ficam arregalados pelo espanto.

— C-como é que sabias? - indiga o loiro, com as bochechas ligeiramente coradas.

— Mano... Tu és mesmo lento... - diz o Nino, num tom que continha uma mistura de desapontamento e cansaço. - Tanto eu quanto a Alya já tínhamos reparado nisso. Só tu é que continuavas a enganar-te a ti mesmo!

— O quê?! Vo-Vocês dois já sabiam?

O Adrien estava ainda mais constrangido.

— I-isso quer dizer que...

— Não meu... A Marinette não sabe de nada. Aliás, ela nem desconfia. Nem um pouco! - diz o moreno de óculos, bastante frustrado. - Porque é que demoraste tanto tempo a entender o que sentes em relação a ela?

O loiro demorou uns segundos a responder.

— Bem... É que... Há está *rapariga... - o Agreste começou a fazer gestos com as mãos, claramente nervoso. - Eu já gosto dela, e muito, já há um bom tempo. Mas... Estou sempre a ser rejeitado. - conta o modelo, escondendo o facto de que isto se passa quando ele assume o seu alter-ego, Chat Noir. O herói que salva Paris juntamente com a sua amada Ladybug.

— E a Marinette... Ela é muito especial para mim. Foi a minha primeira amiga de verdade... E apesar de que no princípio eu a achava um pouco estranha, agora já estou habituado à sua maneira de ser, quando está ao pé de mim. Aliás, eu até cheguei a pensar que a Marinette me odiava!

— O quê?! Odiar?

— Ah... Tu sabes... Por causa do que se passou no primeiro dia que compareci às aulas.

— Ah... Isso... - o Nino fez uma cara desgostosa ao se lembrar do que a Chloé e a Sabrina fizeram. Colaram *pastilha elástica no assento da Marinette e da Alya.

— Naquele dia, a Marinette pensou que eu era o culpado, pois era supostamente "amigo" da Chloé.

— Eu lembro-me bem desse dia... Mas ainda bem que fizeste novas e melhores amizades, não é verdade meu amigo? - indagou o Lahiffe, com os braços cruzados e um sorriso orgulhoso no rosto.

O Adrien riu em resposta, mas concordou com ele.

— Adrien... Já agora... Essa rapariga que te está sempre a rejeitar... Quem é ela?

— Uh?

Os olhos verdes do jovem arregalaram-se mais uma vez. Não podia dizer a verdade.

De repente, uma figura pequena e preta, aparece atrás do Nino. Era o Plagg. O kwami fazia gestos para chamar a atenção do portador do anel da destruição.

E então, o Adrien confirmou o que já temia. Ele não podia, sob nenhuma circunstância, contar a verdade ao seu melhor amigo.

— Nino... Eu... - o rapaz olhou de novo para o seu kwami, que acabara de se esconder atrás de um vaso de flores. - Não posso contar.
Nino fica um pouco desapontado mas decide confiar no seu melhor amigo.

— Tudo bem. Deves ter os teus motivos... - Perante o olhar culpado do loiro, o moreno tenta aliviar aquele ar pesado que estava à sua volta. - Se calhar é alguma modelo famosa...Faz sentido tu não puderes dizer quem é.

Aquilo fez o Agreste sentir-se ainda pior. Mas ele não confirmou nem desmentiu.

— Mas... Isso quer dizer que gostas de ambas... Certo?

— É isso que me está a deixar confuso... Não pode ser normal... digo... gostar de duas pessoas ao mesmo tempo...

— Bem, quanto a isso não posso dizer muita coisa. Só tenho olhos para a Alya.

Aquele comentário fez o Adrien sorrir por breves instantes.

— Nino, tu achas que eu devia de esquecer de vez esta rapariga e concentrar-me nos meus sentimentos pela Marinette? - indiga, agora cabisbaixo. Ele já não conseguia negar que possuía sentimentos (maiores que amizade) em relação à sua colega de classe.

— Isso é contigo meu amigo!

— Por mais que eu diga que a Marinette "é só uma amiga"... Já não me consigo convencer a mim mesmo.

Desta vez, é o Nino quem sorri.

— Então acho que já tens a tua resposta.

O loiro levanta a cabeça e sorri, um pouco mais confiante.

— É... Eu acho que sim...

 


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Notas finais do capítulo

*sumo = suco
*Rapariga = moça; jovem moça (sei que em certos sítios do Brasil, rapariga significa outra coisa kkkk mas em pt-pt não tem esse significado aí, ou melhor, só aqueles dois significados acima são os corretos kkkkk)
*Pastilha elástica = chiclete

(...)

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Peço desculpa por alguns erros que a fanfic possa ter. Eu re-li o capítulo diversas vezes, mas há sempre coisas que me escapam...
E por favor, comentem e favoritem está fic, se possível. Aqui a autora precisa de muita motivação.
E quando eu puder, vou desenhar a capa para esta história.
Bjs e até ao próximo capítulo



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