Prometida - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 24
#Prometida - 24


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meninas e muito obrigada a todas que estão aqui junto a mim nessa historia ♥



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O que tinha ali a fez levantar de imediato deixando tudo de lado ficando apenas com as duas folhas na mão e olhou o marido que estava ali parado a observando desde que abriu a caixa, ele estendeu a mão para ela que pegou rapidamente sentindo as pernas falhar e ela disse nervosa.

— Precisamos salvá-lo! - ele estranhou. - Precisamos salvar, Marcos!

Dionísio nada entendeu como assim ela queria salvar aquele maldito? Como ela poderia estar querendo salvar um homem que deveria morrer e não ser salvo, não era possível que Romeu mais uma vez tivesse ali para fazer das suas e ajudar aquele maldito homem. Sentiu o corpo tremer e disse:

— Não vamos salvar esse maldito! - falou sem entender a magnitude daquele pedido.

Refúgio tocou o rosto dele e o beijou na boca entendia o que ele sentia porque ela sentia o mesmo, mas naquele momento não estava pensando nele e sim em seu pai que estava preste a cometer uma loucura e ela o olhou nos olhos grudada em seu corpo.

— Ele vai matá-lo! - falou com desespero. - Por mais que ele mereça a morte, o meu pai não pode carregar essa morte! - respirava pesado. - Por favor, a morte é pouco para tudo que ele fez comigo e com nossa família! - os olhos choraram novamente e ele suspirou.

Ela estava certa em tudo que dizia e Marcos não merecia a morte, não antes de pagar por todos seus crimes, segurou firme a mão dela e disse:

— O que quer fazer? - sentia a mão dela gelada.

— Por favor, amor, vamos até lá?

Dionísio assentiu com medo de ela acabar passando mal e eles saíram do escritório, ela pediu que a mãe cuidasse das crianças e que Pedro não fosse embora até que eles voltassem, Patrício chorou querendo ir, mas naquele momento não fariam os gosto dele e se foram. Refúgio apertava as mãos nervosa, Dionísio tinha preferido que o motorista fosse junto para que se precisasse de ajuda ele estaria ali.

Puxou Refúgio para ele e a segurou em seus braços pedindo que o motorista fosse um pouco mais rápido, ela se agarrou a ele e pegou novamente o desenho e o olhou sentindo o coração pulsar.

— Será que ele já fez? - sentiu os olhos molharem novamente, tinha mostrado a ele a carta e ele sabia que aquilo não poderia acabar bem.

— Fique calma que vamos resolver tudo! - a apertou ainda mais em seus braços.

O trajeto até a casa de Romeu foi o mais rápido possível e quando chegaram, ela desceu praticamente correndo e foi a porta do pai, não bateu apenas girou a maçaneta e entrou como um furacão ouvindo uma opera alta e ele vinha do porão e os encarou estava sentindo tanta dor que segurava o braço esquerdo mais não fraquejou diante dos dois.

— O que estão fazendo aqui? - respirou pesado quase gritando pelo som alto. - Vão embora porque não tem nada o que fazer aqui!

— O que fez? - ela foi a ele desesperada. - Você, não pode ser esse monstro todo! - dos olhos saiam lágrimas de desespero.

— Eu fiz o que era certo! - falou ofegando e caiu ao chão sentindo o ar faltar e ela o amparou em seus braços. - V-você vai ser feliz...

— Papai... - a voz quase não saiu e ela pode sentir o cheiro de fumaça. - Dionísio... - ela falou com medo e o marido apenas chamou seu segurança e os dois foram até o porão.

O que os dois viram ali não foi nada agradável, mas tinham que salvar ou pelo menos tentar já que o fogo já queimava as paredes. Refúgio alcançou o telefone e chamou duas ambulâncias com rapidez vendo que o pai morria em seus braços, era tanto desespero que ela o arrastou como pode para fora da casa e logo Dionísio e o segurança veio com Marcos desacordado e o colocaram na grama.

Refúgio não olhou para a direção em que eles colocaram Marcos, apenas estava preocupada com o pai ali desacordado, o segurança colocou um lençol sobre ele que ainda respirava, com dificuldade mais respirava. Dionísio foi até seu amor e a abraçou evitando que ela visse como Marcos estava, tinha sido espancado e sangrava muito no reto, Romeu tinha feito uma barbaridade com ele e mesmo querendo se sentir aliviado não podia porque o que eles queriam era que ele pagasse na cadeia e não com sua morte.

— Ele vai morrer, Dionísio... - ela segurava a cabeça de seu pai em seu colo.

— A ambulância está vindo e vamos salvá-lo. - beijou seus cabelos a amparando.

Refúgio acariciou o rosto do pai e por mais que tivesse rancor dele era seu pai e ela não o queria morto ou sendo olhado como um assassino por que ele poderia ter todos os defeitos, mas não era um assassino. O pai tinha errado em tudo, mas era o seu pai e mesmo não querendo ainda tinha sentimentos de amor por ele.

A ambulância logo chegou assim como os bombeiros e a polícia, Refúgio deixou tudo por conta do marido e seguiu na ambulância com o pai, ele contou tudo o que tinha acontecido desde que chegou o que não era muito, falou por minutos ali aflito e seguiu para o hospital, não queria deixar Refúgio sozinha.

O motorista ficou para resolver o que fosse preciso e depois os encontraria no hospital. Foram minutos até que chegou ao hospital e a encontrou sentada na cadeira, foi a ela chamando por seu amor que se atirou em seus braços chorando e ele a agarrou forte mostrando que estava ali para qualquer coisa.

— Ele está morrendo Dionísio... - respirou com dificuldade.

— O que os médicos falaram? - a soltou de seus braços e secou seu rosto estava inchado pelas lágrimas.

— Ele morreu duas vezes na ambulância e o levaram para a cirurgia... - as mãos tremiam e ele ficou com medo dela passar mal. - Eu liguei pra mamãe, ela está vindo. - mal conseguia falar e respirar pelo choro constante e ele a amparou em seus braços a vendo desfalecer na respirada seguinte que ela deu.

Uma enfermeira que passava veio a eles rapidamente e Dionísio a levou para a sala indicada e explicou o que se passava e ela pediu que ele esperasse ao lado de fora e ele foi mesmo a contra gosto. A enfermeira chamou a médica responsável pelo plantão e as duas com calma acordaram Refúgio que no primeiro momento precisou de um balde para vomitar e logo do oxigênio para respirar melhor.

A médica a examinou com calma e passado uns minutos ela disse:

— Eu sei que o momento é delicado, mas eu preciso saber se a senhora está grávida?

Refúgio no mesmo momento arregalou os olhos a olhando e sentiu tudo rodar novamente ao pensar naquela possibilidade. Seria possível estar novamente grávida?!


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