Prometida - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 23
#Prometida - 23


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— Eu te amo minha filha! - Refúgio o olhou nos olhos. - Mesmo que seja algo tão difícil de acreditar.

— Suas atitudes sempre demonstraram o contrário.

— Porque eu sou um maldito! - suspirou. - Agradeço que tenha me deixando ver meus netos... Agora eu posso terminar o que comecei em paz! - beijou mais uma vez em sua testa e mesmo que ela não tenha retribuído ele a abraçou forte.

Deixando que ela sentisse assim o amor do qual ele falava. Refúgio se afastou e ele foi até os netos e os beijou mais uma vez e logo saiu sem olhar para trás. Era à hora do fim...

Refúgio olhou seu pai ir e sem mais conseguir desabou em choro, não tinha chorado em momento algum mais sentia naquele momento que era mesmo a última vez que veria seu pai e não conseguia se sentir bem, um aperto no peito, um nó na garganta era o que sentia naquele momento depois de vê-lo partir. Dionísio a agarrou em seus braços a amparando e deixou que ela chorasse pedindo apenas com um olhar que a babá levasse seus filhos e assim elas o fez mesmo com Patrício reclamando.

— Você precisa ficar calma! - falou cheio de amor com ela.

Renata se aproximou e ele deu o lugar a ela e Refúgio se agarrou a sua mãe e chorou ainda mais sentido, era uma dor tão aguda e um desespero tão forte que se fosse em outros tempos ela até correria atrás dele pedindo para ficar, mas Romeu não era merecedor de nada aquela família e ela deixou que seu orgulho falasse mais alto e não foi, apenas se agarrou a mãe chorando muito.

— Meu amor, fique calma. - A olhou nos olhos limpando suas lágrimas. - Não quero que passe mal! - aquela noite definitivamente tinha sido arruinada.

— Eu sinto que não vou mais vê-lo. - soluçou.

— Você vai sim porque ele não some de nossas vidas nunca! - falou como se fosse verdade, mas não tinha mais certeza alguma. - Venha, vamos tomar uma água! - a puxou pela mão e as duas foram para a cozinha.

Dionísio olhou para Pedro e ameaçou dar um soco em sua cara e ele se afastou o tendo com o punho fechado em sua direção.

— Você sabe que podemos resolver essa questão sem violência né? - estava com as duas mãos ao alto em defesa.

— A minha sogra? - falou com raiva. - Animal!

— Eu a amo! - falou com certeza e Dionísio avançou nele o segurando pela camisa e o bateu na parede. - Dionísio, eu não vou apanhar de graça, acho melhor pensar bem! - por mais que entendesse não iria permitir que seu melhor amigo o socasse.

— Se a fizer sofrer pode ter certeza que eu vou acabar com sua raça! - estava com raiva por não ter sabido antes.

Renata que voltava com Refúgio a soltou no mesmo momento indo até eles e os separou na mesma hora tocando o rosto de seu amor para ver se ele estava bem e depois olhou para Dionísio.

— Eu acabo com sua raça está avisado! - ameaçou de novo.

— Pare com isso! - ela disse seria. - Não vão brigar. Vocês são amigos e vão continuar a ser!

— Eu, não estou brigando! - Pedro falou logo e depois olhou Refúgio parada e os olhando. Ele foi até ela. - Refúgio, eu quero que você é seu marido ogro ali me dêem a mão de Renata em casamento! - falou logo e ela arregalou os olhos. - Era pra ser só um jantar para me apresentar como namorado, mas agora eu quero casar com ela... - olhou seu amor. - Eu já queria, mas agora quero mais ainda!

Refúgio estava impactada com o que tinha acontecido e agora com o que tinha ouvido, nem sabia o que dizer e apenas olhou para sua mãe para ver o que ela iria querer, não iria ser contra o amor dela, pelo contrario estava feliz que a mãe tinha arrumado um belo homem para estar com ela mesmo que fosse mais jovem. Dionísio era bem ciumento com sua família e estava vermelho naquele momento quase enfartando por tanta novidade.

— Você sabe que ela é muito mais velha que você? - Refúgio falou, mas não para ofender e a mãe entendeu no mesmo momento. - Sabe que são muitos desafios a ser superado se ficarem juntos?

Renata se aproximou da filha e segurou em sua mão sabia de tudo aquilo, mas Pedro a enchia de vida e amor e ela queria sim viver com ele o tempo que durasse apenas queria amor que não teve por muito tempo. Refúgio olhou a mãe e apertou sua mão queria saber se era isso mesmo que ela queria.

— Minha filha, eu quero estar com ele e queria que fosse diferente esse momento, mas como sempre seu pai consegue destruir tudo ao redor! - falou com pesar.

— Ele não pode ter o controle de nossas vidas! - o choro tinha cessado e queria que a mãe tivesse um lindo momento de apresentar seu namorado que não era nada estranho. - Vamos jantar e deixar que Pedro nos convença a aceitar esse casamento! - falou com a voz mais suave e Pedro riu.

— Pode apostar que por sua mãe eu vou até o inferno se for preciso! - falou todo lindo e segurou a mão dela beijando. - Te prometo Refúgio que pra sua mãe só haverá amor! - olhou Dionísio que ainda estava ao longe. - Eu prometo a você também enteado! - zombou rindo da cara que ele fez.

— Não me teste ou eu acabo com você!

Pedro gargalhou segurando seu amor mais junto dele.

— Não se preocupe que ele não vai roubar sua sogra! - Renata falou rindo também.

Helena que ouvia tudo rindo do modo deles depois do susto com Dionísio avançando em Pedro, foi até Refúgio e segurou em sua mão.

— Quer conversar? Está tudo bem? - falou como amiga e médica dela.

— Eu estou me sentindo mais leve! - falou apenas com um leve sorriso no rosto, mas ainda sentia um aperto no peito em relação a seu pai. - Depois podemos conversar!

Helena assentiu e Dionísio se aproximou de seu amor no mesmo momento em que Patrício veio correndo e pedindo comida, Refúgio chamou a todos e eles foram para a mesa e o jantar foi servido a todos e eles começaram a conversar deixando que o momento ruim fosse embora. Patrício falou muito e fez todos rir e o momento de tensão se transformou em alegria.

Foi mais uma hora ali a mesa e eles foram todos para a sala, as crianças estavam bem agitadas ainda e num momento de distração Refúgio pegou a sacola que o pai deu a ela e caminhou para o escritório, sentia que tinha que abrir aquele presente logo e sentou no sofá olhando aquela sacola por longos minutos, mas se armou de coragem abriu encontrando uma linda caixa.

Era tão linda a borboleta sobre a caixa que a fez encher seus olhos de lágrimas, seus dedos dedilharam a caixa e ela tremeu abrindo e o que seus olhos viram a fez chorar de imediato, eram várias coisas de sua infância, uma mecha de cabelo amarradinho em uma fita amarela, um desenho feito por ela onde estavam os dois em um céu azul e uma árvore com algumas frutinhas.

Sorriu em meio às lágrimas que tocaram a folha e ela olhou o que mais tinha ali e eram várias coisas que ela nem sabia que existia mais, mas ele tinha guardado tudo e escolhido o melhor momento para dar a ela. Pegou um envelope e abriu a letra perfeitamente desenhava o papel e ela o leu.

O que tinha ali a fez levantar de imediato deixando tudo de lado ficando apenas com as duas folhas na mão e olhou o marido que estava ali parado a observando desde que abriu a caixa, ele estendeu a mão para ela que pegou rapidamente sentindo as pernas falhar e ela disse nervosa.

— Precisamos salvá-lo! - ele estranhou. - Precisamos salvar, Marcos!


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