Capuz Vermelho - 3ª Temporada escrita por L R Rodrigues


Capítulo 22
Sinais do Fim (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 3x07.

Boa leitura.



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"O futuro só denuncia que esta dúvida será enterrada junto comigo. Apenas uma cova no meio de várias... banhadas de preto." 

                                                                                     Trecho do Diário de Rosie Campbell - Pág 120

***

Um som longínquo de vozes entrecortadas e desesperadas. Logo, então, tornaram-se gritos pavorosos de socorro e emergência. Rosie forçava a si mesma para não abrir os olhos, temendo o que pudesse encontrar. Inevitavelmente, ela cedera ao estímulo externo. Seu tato, à medida que suas pálpebras ficavam menos pesadas enquanto abriam-se, sentira algo aquoso no meio. Envolvente... fervente... e, sobretudo, elevante. Estranhamente, aquilo alcançara seu busto... depois parte de seu pescoço.

"Onde eu estou? O que... é isso?", perguntava-se ela, em pensamentos. Dificilmente moveu um dos braços. Sentia-se presa. Seus olhos azuis abriram-se totalmente... até esbugalharem de modo súbito. Percorreu seu olhar apavorado para seu corpo deitado... e submergindo em um líquido negro, denso e espesso.  "Não! Isso não pode estar acontecendo!". Abriu a boca para emitir algum grito, mas nada saíra. A substância chegara próxima a seu queixo, prestes a afunda-la e afoga-la até a morte iminente. Já sentia seus cabelos serem encharcados pela gosma.

Não havia como se debater para se desvencilhar. Era nitidamente inútil procurar qualquer saída que lhe fosse observável. Em segundos, reconheceu o lugar. Seu quarto. O cômodo onde dormira quando criança... na casa de sua querida e amada avó. Suas pupilas dilatadas em sua face horrorizada rapidamente passearam pelos dois lados.

Entreviu cabeças humanas sendo engolidas pelo mar negro que se avistava à frente e inundava todo o quarto, preparando-se para elevar-se até o teto em pouco tempo. Eram três. Rosie mal conseguia ouvir seus clamores, a água negra já ocupando seus canais auditivos. Por fim, para seu completo desespero, reconhecera uma das vítimas que ali sofriam. As outras duas já haviam se afundado.

A cabeça já estava prestes a afundar junto com o corpo. Tal pessoa conseguira reunir forças para estender sua mão direita para que Rosie fosse pega-la. A jovem abrira a boca, tentando gritar o máximo que podia e canalizar sua força de vontade em seus braços e assim se libertar. Emudecimento completo e aterrador. "Eu tenho que salva-la! Não!"

— Por que? - dissera a vítima, com uma voz trêmula e comovida, mas alta. Apenas sua cabeça estava sendo vista e sua face chorosa.

Rosie conseguira ouvir a pergunta, olhando fixamente para aquela jovem... temendo que fosse ser engolida pela inundação antes que ouvisse completamente.

— Por que? - repetira ela, aos prantos e soluções, quase impelindo para o fundo, tal como areia movediça. - Por que teve que nos abandonar deste jeito?

Antes que Rosie conseguisse processar totalmente a pergunta em meio a tamanha aflição, o líquido negrejante tomara conta de sua face.

A última que vira em uma fração mínima de segunda foi um espelho quadrado e flutuante acima dela... refletindo seus olhos adquirindo um tom vivo de preto.

Depois viera a escuridão. E a completa falta de ar.

Fortemente sobressaltante, Rosie despertara de mais um longo sono... e um pérfido pesadelo. Assim que acordara subitamente, sentara-se, ofegando bastante. Passara as mãos pelo rosto, afastando alguns fios de cabelos. Olhara para um canto do quarto, sentindo-se petrificada pelo pavor que experimenta, seu coração descompassado e a respiração forte. Uma lágrima escorrera de seu olho esquerdo...

— Ah não... Êmina. - disse ela, logo percebendo de quem se tratava a última vítima.

                                                                                             ***

Ainda pálido pelo horror visto, o rosto da jovem encarava o espelho do banheiro iluminado apenas pelos primeiros raios solares. A inexpressão em sua face refletida causava certo desconforto. O som da água corrente da torneira era a única coisa que parecia acalma-la. Lavara o rosto e as mãos. Em seguida, escovara os dentes. Por último, e não menos importante, tomara uma deliciosa e agradável ducha no chuveiro, deixando molhar seu rosto alvo enquanto mantinha seus olhos fechados... sabendo que qualquer divagação simples seria relacionada à sua sombria visão.

                                                                                             ***

Ajeitara seu cinto de couro marrom bem afivelado. Antes de sair, erguera o capuz escarlate sobre a cabeça, em seguida dando uma rápida olhadela no espelho, passando uns dedos pelas órbitas dos olhos. "Está tudo bem. Já estou mais do que requisitada... ele vai entender meus motivos.", pensou ela, dirigindo-se à porta do quarto. No entanto, notara que alguma coisa mostrava-se fora do clima. Destoante e estranha. Puxara a maçaneta, com um olhar de suspicácia, cautelosa.

Do outro lado da porta, revelara-se uma figura já bem conhecida pela jovem. Rosie engoliu em seco, sem se surpreender, encarando-o com certo tédio.

Usando a face condescendente de seu recipiente, o arauto de Yuga viera com a intenção de uma aparente visita. Com as mãos para trás, sua postura estava mais admirável do que nunca.

Suspirando, Rosie andara para um lado.

— Não vai entrar? - perguntou ela.

— Não. - disse Áker, secamente. - Na verdade, você vai.

A jovem franzira a testa, sem ter entendido.

— Olha, Áker, se for sobre a proposta, pode esquecer. - disse ela, categoricamente. - A resposta ainda é não. - aproximou-se dele a passos lentos. - E agora aparece aqui... tão... enigmático. - olhou-o de modo curioso. - O que está pensando?

— Em diversas coisas. - respondera ele, sem alterar o semblante. - Na sobrevivência da sua espécie. No fim desta guerra deprimente. Na sua segurança. Estou pensando no futuro, Rosie. Devia fazer o mesmo. Vim com a esperança de poder compartilhar minhas ideias com você. - disse, dando alguns passos até a soleira da porta.

— Agora não vai dar. - retrucou Rosie, fria. - Eu... estava indo até o QG do Exército, preciso urgentemente falar com o General. Convence-lo a agilizar os planos e revelar as coisas que eu omiti.

— E uma delas seria um frasco contendo uma amostra da substância venenosa criada pelo inimigo de meu lorde? - perguntou Áker, levantando uma sobrancelha, indicando esperar uma reação previsível de Rosie.

A jovem parecera levar um pequeno susto, afligindo-se.

— Como você sabe?

— Varri cada polegada quadrada desta casa. Não está mais aqui. - contou ele, pondo uma mão no queixo, pensativo.

— Tudo bem... deixa que eu resolvo isso. - disse Rosie, olhando para um canto da sala, refletindo sobre o sumiço do pequeno tubo de plástico que guardara desde que conseguira escapar do hospital. - Sei exatamente o que aconteceu e quem se apoderou.

— Só uma pena que não fará sua obrigação no tempo que planeja. - disse o arauto, soando misterioso.

— E por que não? - perguntou Rosie, estreitando os olhos e sorrindo fracamente.

— Disse que gostaria de compartilhar minhas ideias com você... - disse ele, erguendo a mão direita com os dedos indicador, polegar e maior juntos. - Porém, vai ter que me desculpar quando retornar.

— Espera aí. - exasperou-se Rosie, desconfiada. - Desculpar você pelo quê? O que está pensando em fazer?

Recusando-se a responder, Áker simplesmente estalara os dedos, a face séria. Rosie sentira uma luz dourada irradiar da parede oposta, logo virando-se para trás. Um conhecido símbolo fora desenhado pelo arauto previamente naquela parede, brilhando fortemente.

Rosie, tomada pelo medo e o instinto de fuga, vira-se sem saída. Uma força de atração provinda do símbolo a puxou violentamente a fim de faze-la "colidir" com a parede.

Sentindo suas botas arrastarem-se no chão ao ser sugada pela marcação brilhante, Rosie gritara em pânico, olhando para o centro do símbolo enquanto se aproximava mais rápido.

Ao conseguir sentir o "impacto", uma luz ofuscante a cegara por certo tempo. A sensação era de ter ganhado uma estranha intangibilidade e atravessado uma espécie de portal para outro mundo.

A força de atração cessara por definitivo, o corpo da jovem freando bruscamente.

Cambaleando levemente para um lado, Rosie ajeitava o capuz sobre a cabeça e estudava desorientadamente o local onde se encontrava. Seus olhos azuis percorreram rápidos as quatro paredes de concreto, o telhado de péssima qualidade bastante empoeirado e repleto de ninhos de aranha.

— Mas o que... Onde eu estou? - disse Rosie para si mesma, recobrando o equilíbrio do próprio corpo, andando poucos passos à frente, sem deixar de vislumbrar os detalhes daquele recinto. Suspirando longamente, sentira um ar gélido expirar-se. - Como faz frio aqui... - aqueceu-se esfregando as mãos.

Haviam prateleiras de madeira com potes de vidro bem organizados, muitos deles vazios, e poucas mesas. Claramente tratava-se de um bar, supostamente falido. Próximo a um balcão - onde estaria o atendente - havia um televisor rudimentar, de poucas polegadas. Sua tela menor ficava à esquerda de vários botões. O aparelho logo chamara a atenção de Rosie, que não titubeou em se aproximar, analisando-o com estranheza.

Mais do que pela aparência do meio de comunicação, eram os estranhos ruídos... que elevavam-se à medida que Rosie chegava mais perto. Por fim, ligara-se abruptamente. Inicialmente mostrou-se um leve barulho de estática, logo depois deixando surgir na tela uma imagem intermitente, que vagarosamente tornava-se clara - mas somente nas cores preto e branco.

Avistando um jornal perto de uma mesa, Rosie ignorou por alguns segundos o chamado da TV e o pegou. Estava pobremente velho, amarelado e com páginas rasgadas ou faltando. Focou-se na primeira página e não tardou a espantar-se. Boquiaberta, lera o que estava escrito, cada palavra soando como facas cravando em seu peito.

— "Misterioso líquido negro ameaça se propagar globalmente. Casos horrendos de pessoas histéricas e altamente violentas possuem ligação com a grotesca substância.". - leu o que se via mais abaixo. - "Rios e oceanos condenados. Aumenta a proliferação da água tóxica, bem como de seus infectados, cada vez mais incontroláveis. Enfim chegou a nossa extinção?".

A estática na TV soltara um brusco estralo, assustando Rosie de imediato, que largara o jornal sobressaltada. Voltou-se para o aparelho rapidamente, ávida por sanar suas dúvidas o quanto antes.

— O que está acontecendo? - perguntou a si mesma, afligindo-se, cada arrepio perpassando sua alma.

A imagem na TV esclareceu-se, por fim, mas ainda em baixa qualidade. A figura humana que apresentou-se foi Áker, a face focada em Rosie.

— Áker! - soltou ela, espantada.

— Rosie, ouça-me... - um chiado cortara sua voz por alguns segundos. - ... com atenção. Não se desespere por me ver aqui... Mas não questione o porque disto.

— Por que não? - indagou Rosie, soando irritada. - Afinal, que geringonça é essa? Como fez para aparecer aí?

— É complicado, de fato. - mais um chiado interrompera. - Tudo o que devo informar acerca disto é que se trata de mais uma das invenções dos mortais, a fim de proporcionar mais informação e entretenimento. É pouco acessível para muitos, mas bastante revolucionário para esta época, então espero que testemunhe este fato quando esta guerra acabar.

— E é sobre ela que quero saber. - apressou-se Rosie, aproximando-se da TV. - Por qual razão me mandou até aqui? Onde eu estou?

— Inglaterra. - disse ele, o semblante denotando urgência. - O marco zero de todo o caos vigente. Eu, encarecidamente, preciso que veja o que eu vejo. Sinta o que eu sinto. Deve aproveitar o tempo disponível, Rosie. Pois ele está se esgotando. - fez uma breve pausa. - Sei que irá encontra-los, então é bom que se una à eles novamente.

— Só um minuto! - disse Rosie, temendo que o aparelho fosse desligar de súbito. - O que está tentando me provar?

— As consequências da sua decisão. Ou melhor... da sua relutância. - salientou Áker, solenemente. - Volte para este lugar quando tiver decidido definitivamente. O símbolo está gravado na porta por onde entrou. Toque nele e retornará. - finalizou, logo desparecendo repentinamente da tela, sobrando apenas a irritante estática.

A TV, por fim, desligara sozinha.

                                                                                       ***

Uma lufada de ar frio envolveu o corpo de Rosie, fazendo-a sentir praticamente presa, logo ao sair pela porta de entrada do bar. O dia ainda estava claro, mas era impossível saber o período. Manhã ou tarde? Não importava naquele instante. "Encontra-los... Quem?", perguntou-se Rosie, andando pela calçada de uma rua completamente deserta e suja. O frio implacável era um obstáculo questionável.

Passara pela estrada asfaltada andando diagonalmente, imaginando milhares dos horrores que o mundo sofrera... e dos que estaria para sofrer. O céu parcialmente nublado e a luz enfraquecida do sol espelhavam a imagem de um mundo desolado e desesperançoso. Um cenário desalentador. Carros virados, casas e prédios praticamente destruídos, postes de iluminação caídos e várias poças e rastros da substância tóxica propagada.

— Então... - disse Rosie, caminhando devagar, olhando o desastroso cenário ao redor. - ... esse é o futuro?! - deixou nítido em sua face todo seu descontentamento. - Caramba... isso simplesmente é...

Um rosnado rascante cortou sua frase subitamente, vindo por trás... através de um beco estreito entre dois prédios. Virando-se rapidamente, Rosie deparara-se com o horror pertencente àquela calamidade.

— Ah, droga. Essa não. - disse, fitando a criatura com preocupação no rosto.

Um homem caminhando trôpego, bastante sujo e vestindo roupas de um cidadão comum - um simples casaco preto, uma camisa cinza por baixo e calças sociais. Seus dentes estavam cobertos por uma gosma preta que babava profusamente. Seus olhos completamente negros esboçavam um instinto de predador e ameaçador.

O mecanismo de defesa de Rosie soou como um persistente alerta. Recuou alguns passos, tomando máxima cautela para não denotar uma fuga repentina. Ergueu levemente as mãos, sem demonstrar uma posição combativa que passasse a impressão de querer um enfrentamento direto.

— Você quer me pegar? - perguntou Rosie, corajosamente desafiadora, sorrindo de canto de boca com os olhos fixos no mimético. - Anda. Vem. Vem me pegar... - sua voz soava praticamente como um sussurro gradual.

O humano corrompido acelerara suas desengonçadas passadas, enervando-se de modo a rosnar mais alto, seus pés descalços pisando nas poças d'água do úmido chão.

A subestimação de Rosie possuía um efêmero tempo, fazendo-a dar olhadelas rápidas para os dois lados, em clara aflição despertada. Seu recuo tornou-se mais desesperado, à medida que o mimético transformava seus passos em uma corrida para agarrar sua presa.

— Cacete. - praguejou baixo, logo correndo para sua esquerda, se vendo sem recursos para enfrenta-lo.

A atmosfera gélida era o fator restringente para a velocidade de suas pernas naquela calçada de concreto, em frente á outros bares e restaurantes modestos. Além de sua respiração ofegante, a jovem conseguia ouvir claramente mais rosnados bizarros atrás. Infelizmente, a hesitação não prevaleceu sobre o instinto. Rosie olhara para trás enquanto corria veloz e desesperadamente pelo calçamento sujo, entrando em pânico com o que vira, sua capa vermelha esvoaçando. "Ah, merda! Era só o que faltava!". Praguejou inúmeras vezes mentalmente sobre estar naquela realidade caótica. "Muito bem, Rosie, aceite. Você pediu por isso, agora segure as pontas!". Um pequeno grupo de miméticos deixou-se formar aos poucos, alguns irrompendo de becos, latões de lixo e residências decadentes. Um deles, por exemplo, saíra de um loja de roupas femininas, quebrando toda a vidraça principal e correndo apressadamente em direção aos outros no encalço de Rosie.

Chegando a uma rua aberta e asfaltada, Rosie via-se perigosamente exposta em todas direções. Pensou em parar para decidir rapidamente, mas viu que era impossível sem ser atacada por aqueles seres grotescos e imundos. Aleatoriamente, escolhera uma residência para se refugiar, cuja porta mostrava-se aberta. "Dane-se o que estiver lá, não posso continuar assim!", pensou Rosie, logo arrombando a porta ao pensar que a mesma estivesse trancada. Fazendo grande barulho, entrara na casa, logo fechando a porta, vislumbrando a crescente horda de miméticos endoidecidos que se avizinhava pela breve brecha. Havia muito mais do que ela pensava. Como se sua presença fosse um chamariz para acorda-los e estimular seus desejos obscuros.

Temendo que fossem invadir em poucos minutos, Rosie não abrandou sua apreensão ao resolver andar depressa pelo corredor escuro da casa, saindo da sala de estar. O silêncio profundo só deixava sua respiração pesada mais audível. Entreviu uma fonte de luz no final... que aparentemente movia-se devagar de cima para baixo e de um lado para o outro. "Obviamente não tem uma janela naquele quarto...", pensou ela, vagarosamente andando, olhando desconfiada e cuidadosa para aquele ponto.

Um ruído de algo quebrando ao longe a fez virar para trás, quase que como um reflexo, temendo ter sido descoberta e a casa invadida. Sem esquecer da estranha luz mortiça no fim do corredor, Rosie desembainhara lentamente uma de suas adagas em seu cinto de utilidades, ao passo em que se virava para frente pouco à pouco, a atenção elevada ao extremo.

Antes que pudesse virar-se totalmente, sentira uma mão tocar seu ombro direito. De súbito, a jovem arregalara os olhos, instintivamente desferindo um golpe cortante com sua adaga para quem que tivesse tocado-a. O indivíduo deixara a lanterna cair no chão, reclamando consigo mesmo do corte que sofrera no braço.

— Quem é você? - perguntou Rosie, rigorosa, a lâmina em riste.

— Calma, calma, calma! - disse o homem, erguendo uma mão para fazê-la escuta-lo. - Shhh! Shhh! - chiou ele, pedindo silêncio. - Está tudo bem... OK? Sou eu, Rosie... e posso dizer, com total certeza, que não estou infectado. - disse, aos sussurros.

Rosie franziu o cenho, intrigada. De fato, a voz lhe era conhecida... Bastaram alguns segundos a mais para que reconhecesse totalmente.

O rapaz apanhara sua lanterna, em seguida posicionando-a para iluminar seu rosto branco e magro. O nariz destacado e o cabelo preto com um topete meio desgrenhado já eram suficientes.

— É bom ver que está viva. - disse ele, sorrindo fracamente, mas não escondendo sua alegria em rever a amiga.

Também sorrindo de modo fraco, Rosie sentiu uma centelha de esperança invadir seu âmago.

— Lester!? - disse, quase sem acreditar.

CONTINUA... 


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