Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 17
In Your Heart.


Notas iniciais do capítulo

"As ligações de amizade são mais fortes que as do sangue da família. - Giovani Boccaccio."



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/758300/chapter/17

Cinco anos antes...

— Ele estava vivo. – Penelope falou, ainda chorando. – Estava lá comigo e depois era só um corpo.

Derek queria levar ela para seus braços, porém ela precisava mais que um abraço.

— Eu sinto muito que tenha visto tudo isso. – Derek disse, com compaixão.

— Derek. Eu não só vi, mas eu participei. – Ela olhou para as mãos. – Eu estou acostumada a ver coisas horríveis da segurança das minhas telas, mas isso foi diferente.

— Porque não chamou alguém antes de ir para lá? – Derek estava preocupado.

— Porque quando eu levei o tiro eu me lembro de pensar que a última coisa que eu veria seria o rosto do homem que me matou. – Ela começou a soluçar. – Eu queria que ele visse algo bom antes de morrer.

— Correu na direção do elemento. – Derek disse. – Você poderia ter sido morta.

— Eu sei. – Ela ficou brava agora. – Não me trate como vítima.

— Desculpe. – Derek disse. – Eu preciso fazer algumas perguntas.

— Eu já disse tudo o que eu sei. – Ela tentou sair, porém Derek a segurou.

— Disse que o homem estava nas sombras. – Derek estava com ternura. – Pode ter visto mais do que viu.

— Não. – Ela levantou. – Nada de entrevista cognitiva. Renegar a morte a estatística é o seu mundo Derek.

— Penelope. – Derek pulou da cadeira e a seguiu.

— Não Derek. – Ela começou a subir as escadas. – Eu ajudo o meu mundo.

— Penelope! – Derek nunca a viu tão abalada. – Penelope.

— Derek. – JJ disse, olhando para o amigo. – Deixa ela.

— Cuida dela por favor. – Derek pediu.

— Claro. – JJ subiu as escadas.

Derek apenas ficou olhando para cima, querendo poder pegar Garcia nos braços. Mas ela estava com um tal de Sam na época.

Agora...

Jamal olhou pelas suas fotos. Já fazia dois anos desde que Penelope estivera com ela. Cada foto, tirada em um momento antes de uma tortura e depois e outra tortura, era como um estimulante para ele.

Ele tentou pegar mulheres e torturar como fizera com Garcia, mas elas nunca viveram uma semana antes de morrer e acabar com sua diversão nefasta. Ele precisava dela para lembrar de como uma mulher forte era realmente.

Ele descobriu que Penelope estava em coma depois de dar à luz a uma garotinha. Ele nunca sequestraria uma bebezinha. Ele podia ser mau, porém ele nunca faria mal a uma menininha.

Ele só tinha que esperar. Jamal entrou para um grupo estilo culto. Vivendo sob os preceitos de um líder lunático ele começou a vigiar a equipe BAU. Em suas andanças disfarçado, ele descobriu sobre Spencer Reid, o garoto gênio da agência. Se ele tivesse Penelope ele poderia ter Reid junto.

Ele só tinha que esperar ela sair do coma.

Já haviam se passado 14 dias de Penelope na UTI. Faltava um dia para ela ser tirada do coma. Como todos os dias, Derek trouxe Haley para ela. A garotinha havia saído á quase uma semana da incubadora e agora descansava confortavelmente ao lado de sua mãe.

Ele se sentou o café em uma mão e o telefone na outra, pronto para tirar uma foto de sua família adquirida. Ele não notou o aperto de Penelope em sua filha, que começou a chorar livremente ao sentir.

— Ei, ei garotinha. – Derek a pegou no colo, sem saber o que havia causado o choro. – Está tudo bem.

Ele a balançou e ela se acalmou. Olhando para Penelope ele viu o braço em outra posição diferente do que ele havia deixado.

— Impossível. – Ela disse em voz alta.

Reid estava chegando ao quarto quando ouviu Morgan falando.

— Algum problema? – Reid disse.

— Quais são as chances de ela acordar antes do prazo? – Derek queria ouvir Reid agora. – Por favor, Spencer.

— Elas são 50% se considerar algumas situações. – Reid começou. – Penelope tinha uma gravidez risco, uma doença pouco explorada e mesmo assim, ela parece ter ganhado cor nesses últimos quatro dias.

— Isso é bom, certo? – Derek perguntou.

— Muito bom. – Reid sorriu. – Significa que ela quer voltar.

— Chame o médico dela por mim, Spencer? – Derek pediu. – Não posso deixar ela sozinha agora.

Reid saiu em busca do médico. Derek se sentou com Haley e segurou a mão de Penelope.

— Volte para nós, Baby Girl. – Derek desejou. – Haley precisa conhecer você.

Como se fossem palavras mágicas, os olhos de Penelope começaram a ensaiar uma dança de volta à vida.

O médico, entrando e vendo a cena a sua frente, ficou extremamente chocado.

Então aconteceu. Com trilha sonora por parte do choro de Haley ela despertou de seu coma particular. Abrindo e fechando os olhos rapidamente, ela olhou para o espaço branco.

— Ok. – Derek deu Haley para Reid e se aproximou de Garcia. – Estou aqui.

— Senhorita Garcia. – O médico se aproximou também. – Vá com calma.

— Derek. – A voz raspada e Penelope mal saia, mas ela enfim estava acordada.

— Ei Baby Girl. – Derek escovou a bochecha dela. – Bem-vinda de volta.

— Haley. – Ela falou, como se adivinhasse a presença da bebe. – Minha filha.

— Ela está aqui Baby Girl. – Derek a pegou de Reid e colocou no colo de Penelope.

Olhando para filha em seu colo, ela começou a chorar.

— Tudo bem, Baby Girl. – Derek sorriu. – Você ainda pode sentir sua menina?

— Ela é pesada. – Sua voz voltou agora. – Mas é tão bonita.

— E ela se parece com a mãe. – Reid se fez presente. – Bem-vinda de volta Penelope.

Olhando para Reid ela deu um sorriso grande.

— Você gostou da carta? – Foi a primeira coisa que ela perguntou.

— Amei cada palavra Penelope. – Reid respondeu. – Eu tenho que dizer que era muito emocionante.

— Ah, Spencer. – Ela tentou mover a mão, mas doeu.

— Calma Senhorita Garcia. – O médico pediu. – Ainda precisa ir devagar com isso.

— Como ela está doutor? – Derek estava preocupado.

— Ela acordou bem antes do prazo e ela está se comunicando, lembrando dos fatos e coisas. – Ele fez uma pausa. – Eu diria que ela vai ficar bem.

— E quando ela vai sair daqui? – Derek era um protetor por natureza.

— Logo. – Ele respondeu com um sorriso. – Senhorita Garcia, você será levada para o quarto logo.

— Obrigado. – Derek pegou Haley que chorou. – Hey Hey boneca. Vamos com seu pai agora.

— Deixe-a um pouco mais por favor? – Penelope pediu. – Por favor.

— Claro que sim, Baby Girl. – Derek a colocou e volta e Haley parou de chorar. – Agora ela só quer você. – Ele disse, com uma mágoa inexistente. – Você cuida da criança por quase duas semanas e quando a mãe dela acorda ela só quer saber da mãe dela.

Reid riu aquilo. Esse era Derek.

— Se serve de consolo, Bebês que tem pais tem mais chances de serem pessoas boas. – Reid declarou.

— Eu não tive um pai. – Derek estranhou. – E não me tornei um assassino.

— Tecnicamente você tinha um pai, mas ele foi assassinado. – Reid retrucou.

— Eu chuto portas para viver. – Derek sorriu para Reid. – Não esqueça.

— Não vou. – Reid brincou e volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"O amor não se vê com os olhos mas com o coração. - William Shakespeare."



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flowers For You Grave." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.