Survivor - Havaí escrita por Roger64


Capítulo 5
1X05 - Caçar, Fugir e Mentir


Notas iniciais do capítulo

E aí galera! Tudo bem?
Aqui está o quinto capitulo da série! Acompanha do sétimo ao nono dia do Reality Show. Aconteceu uma novidade, não perca.
Boa Leitura!



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Restam 18, quem será o próximo?

ABERTURA

Tribo Volcano

Ana

Rafaella

Vitória

Yuri

Davi

Cauã

Lucas

Sarah

Yasmin

Bruno

Tribo Hawi

Julia

Alex

Leonardo

Nathy

Pedro

Henrique

Giovanna

Ingrid

Taylor

Maria

***

DIA 7

Acampamento Hawi.

Eram duas horas da manhã e apenas Leonardo dormia no abrigo, estava exausto e acabado, pois trabalhou o dia inteiro.

No centro do acampamento, todos os outros estavam sentados ao redor da fogueira como faziam toda a noite, mas desta vez em silêncio, não conseguiam dormir, o último Conselho Tribal mexeu com a emoção de quase todos.

Ingrid se mantinha mais próxima da fogueira, se aquecendo do frio intenso que sempre acontecia a noite, a expressão da garota era de tristeza.

Cortou o silêncio:

— Nathy era legal. – Lamentou a saída. – Porque votaram nela? Não entendo.

Sentado em um dos troncos perto dela, Taylor sabia a resposta, assim como Pedro. Mas obviamente ficaram quietos, não entregariam a estratégia tão cedo.

Em pé, Alex estava de braços cruzados e preferiu expressar sua opinião:

— Deve ser porque ela fez a gente perder o desafio. Acredito que Nathy já esperava por isso.

Do outro lado da fogueira, Maria e Giovanna também ouviam a conversa atentamente.

— Galera! – Giovanna chamou a atenção. – Não podemos perder o próximo desafio, TEMOS QUE NOS ESFORÇAR O POSSÍVEL.

No chão úmido, Julia revirou os olhos.

***

[C] Julia

Essa Giovanna me dá nos nervos, to rezando a deus pra perder o próximo desafio e ela ser eliminada. Fica falando pra gente se esforçar nas provas sendo que no acampamento ela não faz coisa nenhuma. NÃO MEXE AQUELE TRASEIRO GORDO PRA NADA.

***

Henrique, que até então parecia calmo, levantou-se e sentou no tronco, ao lado de Taylor e Pedro. O lutador mexicano tinha a incrível habilidade de irritar os outros só de falar.

— Você votou em mim, não é? – Sussurrou para Taylor.

O italiano suspirou firme, pensou na resposta e respondeu:

— Não te interessa. – Riu.

— Tá com medo de falar? – Henrique intimidou com a voz alta.

A atenção de todos da fogueira foram para os dois.

— CALA A BOCA, CARA. – Taylor xingou. – VOCÊ TÁ A DIAS ME IRRITANDO, QUAL SEU PROBLEMA? – Enlouqueceu.

Henrique deu uma gargalhada.

Giovanna e Maria se entreolharam e se contorciam para não rir daquela situação.

Irritado, Taylor se levantou e caminhou para longe de todos.

***

[C] Taylor

Eu não vou sossegar até aquele cara ir embora daqui, ELE É UM CAPETA!

***

Segundos se passaram, o silêncio prevaleceu novamente ao redor da fogueira.

Inquieta, Julia caminhou até o abrigo.

— A onde ela foi? – Alex perguntou.

— Não sei. – Respondeu Ingrid.

Julia surgiu com uma garrafa na mão.

— VERDADE OU CONSEQUENCIA, QUEM QUER? – Perguntou animada.

Eles aceitaram e logo se posicionaram no chão, formando uma círculo.

Julia girou a garrafa.

O objeto rodopiou até parar.

— Henrique pergunta pro Alex. – Apontou pra garrafa.

— VERDADE OU CONSEQUENCIA? – Perguntou Henrique

— Verdade, faça qualquer pergunta. – O estudante ficou animado.

— QUALQUER PERGUNTA são duas palavras muito fortes Alex, não acha? – Maria riu.

— Beleza, se você fosse pra final de três pessoas, quem seriam as outras duas?

Alex pensou um pouco antes de responder.

— Julia e você mesmo, porque eu sei que no final, o júri votaria em mim pra vencer.

Henrique ficou de boca aberta.

Julia transpareceu a fúria.

— COMO ASSIM, TÁ FALANDO QUE VOCÊ GANHARIA DE MIM? – A fazendeira enfrentou.

— É TUDO SOBRE ESTRATÉGIA, GATA. – O rosto de Alex ficou parecido com a de um psicopata.

Isso causou medo em todos.

— VAI LOGO, QUE DEMORA. – Apressou Henrique.

A garrafa girou.

Os olhos de Julia brilharam ao ver quem tinha que perguntar.

— Eu pergunto para Giovanna. VERDADE OU CONSEQUENCIA? – Questionou Julia.

— Verdade. – Giovanna respondeu.

— É verdade que você votou em mim no Conselho Tribal?

Todos se surpreenderam com a pergunta.

Mas Giovanna nem tanto.

— Sim, eu votei em você. – Afirmou sem rodeios.

A reação de Julia foi imprevisível, apenas deu uma risada maliciosa.

Maria ficou de olhos arregalados.

E o jogo prosseguiu.

***

PROVA DA RECOMPENSA

Os Volcanos permaneciam no círculo branco, aguardando as ordens para a prova.

Estavam perto de uma grande floresta.

Chris Hidden também estava ali, ao lado dele havia um baú.

Disse em voz alta:

— PODEM VIR TRIBO HAWI. – Chamou.

Segundos depois, os Hawis apareceram.

— VOLCANOS DANDO UMA PRIMEIRA OLHADA NA TRIBO HAWI. NATHY FOI ELIMINADA NO ÚLTIMO CONSELHO TRIBAL.

— Ninguém mandou ela não comer o rato assado. – O comentário de Bruno foi em fora de momento.

Isso causou risadas em alguns.

— Antes de eu explicar a recompensa, irei lembrar o que irá acontecer ao decorrer do jogo. Depois das próximas nove eliminações, as tribos irão se fundir, virando uma só. As provas de imunidades serão individuais e todos poderão votar em si mesmos, exceto no imune. Quando sobrar apenas nove participantes, sete deles serão eliminados e dois irão para a final. Os eliminados se tornarão membros do júri e decidirão qual dos dois finalistas vai vencer por votos. Isso ainda vai demorar, apenas para deixar claro.

— Ok. – Todos entenderam.

— Bem a Prova de Recompensa de hoje é especial, pois é individual, isso mesmo. APENAS UMA PESSOA GANHARÁ A RECOMPENSA. O desafio será Pick-Paintball, alguém conhece?

Todos afirmaram que não com a cabeça.

— No início, iremos sortear as tribos. Uma tribo será dos caçadores enquanto a outra tribo será dos animais. O objetivo dos animais é entrar na floresta, procurar por uma chave secreta escondida pelos arredores, voltar pra cá, destrancar o baú e pegar a recompensa. Enquanto os caçadores tem como objetivo entrar na floresta, encontrar os animais e acerta-los com as tintas do Paintball. QUEM FOR ACERTADO SERÁ ELIMINADO DO DESAFIO IMEDIATAMENTE. – Deixou claro. – Se os caçadores eliminarem todos os animais, o caçador com o maior número de vitimas ganha a recompensa. Os animais terão que tomar cuidado, existe várias chaves na floresta, apenas uma é a correta. Querem saber o que tem dentro do baú?

— SIM! – Todos se animaram.

— Em Survivor, existe outro método de ficar imune nas votações. O Ídolo da Imunidade é um objeto que está escondido em alguma parte na ilha. Quem encontrar e possuir o Ídolo, poderá usa-lo como proteção em apenas um Conselho Tribal. Antes dos votos, perguntarei se alguém tiver o Ídolo e quer usá-lo, o momento será aquele, quando os votos forem lidos, a chance já E-R-A . – Soletrou e continuou falando.

— Quem me entregar o Ídolo, estará imune na votação e não poderá ser votado. É UMA ÓTIMA FORMA DE GARANTIR A PERMANENCIA NO REALITY. Dentro do Baú, tem a dica da onde o Ídolo está escondido. A pessoa vencedora do desafio terá como opção dizer para alguém ou tentar encontrar sozinho individualmente.

— Uau... – Davi ficou surpreendido.

— Quero muito esse Ídolo, Chris! – Julia ficou obcecada.

— Ganhe o desafio que você terá a pista. Vamos sortear as tribos...

Os Volcanos são os Caçadores.

Os Hawis são os Animais.

Os caçadores foram para o outro lado da floresta.

Os animais continuaram ali.

***

Minutos depois...

Leo, Pedro, Taylor, Alex, Henrique, Giovanna, Maria, Ingrid e Julia, os animais, estavam posicionados para correr mata adentro.

— Vocês terão trinta segundos de vantagem contra os caçadores. CUIDADO, EXISTEM ARMADILHAS NA FLORESTA QUE PODEM IMOBILIZA-LOS. – Chris posicionou o apito na boca.

— SOBREVIVENTES PRONTOS? VÃO!

Os nove animais saíram em disparada.

Leo, Alex e Pedro tomaram a liderança na corrida.

Giovanna e Julia estavam em um empurra-empurra para se decidir quem ficava na frente.

Julia levou um empurrão da loira e caiu no chão.

O barro pegajoso ficou em seu rosto.

— MERDA. – Julia reclamou.

A fazendeira ficou pra trás durante a corrida, levantou-se com dificuldades e entrou na floresta.

— Essa otária me paga. – Guardou ressentimento.

Começou a correr.

***

Os animais estavam em uma busca desesperada pelas chaves. Corriam feito loucos.

Alex, o mais rápido, correu pela frente e olhava ao redor constantemente, mas não procurou com cuidado.

Atrás dele, Leonardo também corria, mas decidiu parar quando encontrou dois grandes arbustos próximos um do outro.

— AS CHAVES SÓ PODEM ESTAR AQUI... – Pensou consigo mesmo.

Outra pessoa também procurou no mesmo lugar.

Pedro também acreditava que a chave estava nos arbustos.

Em outra região da floresta, Giovanna e Maria estavam juntas.

Elas correram lentamente, já cansadas.

— Uma de nós precisa ganhar esse desafio, eu compartilho a dica do Ídolo com você... – Giovanna propôs um acordo.

Ambas pararam de correr.

— Beleza, vamos procurar juntas. – Maria concordou. – Dentro daquele tronco, será?

Um tronco caído no chão causou curiosidade, será que a chave estaria ali?

Elas se apoiaram no chão e começaram a fuçar na madeira.

***

A chave dourada estava pendurada em uma árvore baixa no meio de alguns galhos.

Alex foi o primeiro a vê-la.

— Graças a deus... – Comemorou. – Que essa seja a chave certa.

Pegou a chave e correu de volta pelo mesmo percurso.

Henrique passou pelo lado dele, desesperado pela chave.

— CADÊ ESSAS CHAVES... – Parou de correr e começou a caminhar.

Sentiu algo no chão puxando seu pé e o corpo de Henrique virou de cabeça á baixo.

Foi pego por uma armadilha, ficando imobilizado.

— Ah não... merda – Lamentou Henrique.

***

Indignada, Julia correu lentamente sob as raízes das árvores.

Ainda continuava no início da floresta.

— ONDE TÁ A PORRA DESSA CHAVE? – Ficou zangada.

A falta de atenção de Julia foi horrível.

Enquanto corria, seu pé chocou-se contra uma pequena pedra do chão.

O corpo de Julia caiu para o lado e rolou ribanceira a baixo.

A caída foi rápida, sem se machucar.

Foi parar na frente de um espinheiro.

— MELHOR QUE ISSO NÃO PODIA FICAR... – Ironizou, ainda no chão, levantando-se.

Seus cabelos se encheram de folhas do chão e seu rosto ficou mais barrento do que já estava.

Mas a caída foi crucial para achar o objetivo.

— Isso... – Comemorou.

Encontrou a chave prata, pendurado em um galho do espinheiro.

***

A tentativa de Giovanna e Maria no tronco estava de mal a pior.

— Nunca vamos achar nada aqui. – Maria desistiu.

Repentinamente, Taylor surgiu da mata e correu por trás delas

— ELES ESTÃO VINDO! – Gritou.

Duas bolas de tinta atingiram as costas de Taylor.

O italiano foi eliminado na prova.

Imediatamente, Maria se jogou para trás de uma árvore.

Giovanna não teve pra onde fugir.

Foi atingida no ombro por várias balas de tinta.

O caçador Yuri já tinha duas vítimas.

Ao chegar, começou a perguntar:

— Onde está a outra? – Questionou.

— Vai procurar. – Giovanna riu.

Entre as árvores estreitas da floresta, Maria correu.

***

Rafaella e Ana procuravam pelos animais juntas, bastante concentradas.

— Ouviu esses tiros? – Ana perguntou.

— Sim, provavelmente já acharam alguém. Temos que agilizar. – Apressou o passo.

Em um dos arbustos ali de perto, Ingrid permanecia escondida furtivamente.

Na sua mão esquerda, segurava uma chave de bronze, havia encontrado naquele mesmo lugar.

Qualquer movimentação de Ingrid faria perder o desafio.

Mas a atriz teve sorte quando Maria apareceu correndo atrás de algumas árvores.

A atenção das caçadoras foi toda para a loira magricela.

Ela foi baleada pelo corpo.

Ingrid usou esse tempo para tentar correr de volta ao baú.

Tinha decorado a trilha, o que facilitou o caminho de volta pela floresta.

Quando chegou na mata aberta, escutou alguém correndo atrás dela.

Era Alex, que tinha outra chave na mão também.

Os dois ficaram lado-a-lado como se fosse uma competição. Uma corrida em que Ingrid não tinha chances.

O estudante a ultrapassou e tomou a frente.

Chris, ao lado do baú, narrava o desafio:

— ESTÁ ENTRE ALEX E INGRID, AMBOS TEM A CHAVE. BASTA TER A CHAVE CERTA E CHEGAR PRIMEIRO.

Um pouco mais atrás de Ingrid, outra participante saiu de dentro da mata, entrando na corrida.

Julia corria desengonçadamente com a chave prata na mão.

— JULIA TAMBÉM NA CORRIDA, ELA TEM CHANCES! – Disse Chris.

Segundos depois, Alex chegou no baú primeiro que todos e tentou o abrir.

— Vamos, vamos... – Girava a chave.

— Essa não é a chave, Alex.

Frustrado, o estudante jogou a chave no chão e correu em direção á floresta.

Ingrid finalmente chegou até o baú.

Com as mãos trêmulas, tentou destrancá-lo.

Julia chegou logo atrás, esperando pela tentativa.

— Ingrid, a chave não é essa. – Revelou Chris.

— É sério? – Ficou decepcionada.

— Dá licença. – Julia a puxou pelo braço. – Obrigada.

E foi a vez da terceira pessoa tentar.

— Será que está será a chave? – Chris questionou.

A chave girou e o baú foi aberto por ela.

— JULIA VENCE A RECOMPENSA!

Julia deu um grito histérico de alegria.

— FINALMENTE, ÍDOLO DA IMUNIDADE, AÍ VOU EU. – Comemorava com animação.

— Parabéns. – Ingrid a parabenizou.

Julia pegou a carta da pista de dentro do baú.

Esbanjando poder, a fazendeira ergueu a carta para cima em uma pose de vitória.

***

Floresta Hawi

Atrás de algumas árvores, uma pessoa vomitava.

Taylor colocava tudo para fora.

— Que nojo... – Sentiu-se enjoado.

Os motivos do vômito eram claros.

O rato assado do outro desafio da imunidade começou a fazer um belo estrago no estômago do rapaz.

Agora se sentia fraco, as provas de habilidade físicas poderiam ser um problema.

***

[C] Taylor

Não estou nos meus dias... – A face do rosto era pálida. – O rato assado da outra prova tá se remexendo dentro do meu estômago, estou vomitando a cada cinco minutos. Se eu tiver que fazer força, já era, to acabado.

***

No acampamento, dentro do abrigo, Leonardo e Pedro, os dois aliados, faziam uma conversa silenciosa.

— Se perdemos, quem vai ser a próxima eliminada? – Perguntou pro líder.

Obviamente, Leonardo era o rei da aliança, pois tinha o espirito de liderança, também comandava tudo o que acontecia nos Hawis.

— Vai ser Ingrid ou Julia, não me decidi ainda... Vale lembrar que a Julia tem altas chances de encontrar o Ídolo com a pista.

A conversa foi interrompida quando outra pessoa apareceu.

Alex havia surgido no local.

Segundos depois, Henrique também entrou.

— Vamos convidar eles agora... – Sussurrou Pedro.

— Ok. – Concordou Leo. – Mas não vamos falar que Taylor está junto com a gente, ele e o Henrique se odeiam.

— Então vamos mentir? – Pedro não gostou da ideia.

— Isso é Survivor, temos que mentir pra ganhar. – Leo novamente mostrou-se estratégico. – Assim como você mentiu pra todos que não é rico.

— Dá pra parar de ficar esfregando isso na minha cara? – Riu.

***

[C] Pedro

Agora eu e Leo temos uma aliança com Alex e Henrique. Só que o problema é que já temos Taylor na aliança, o que causa um monte de problema. Henrique e Taylor se odeiam bastante, se um souber que o outro tá junto, vai dar ruim.

***

[C] Alex

Hmmm... esse jogo está muito interessante, estou em uma aliança secreta agora com Leo, Pedro e Henrique. Seria perfeito se Henrique não estivesse junto, porque eu não suporto ele, apenas finjo que me dou bem, preciso de alguém forte fisicamente no meu lado. – Sorriu.

***

[C] Henrique

Nem sabia que existia essa palhaçada de Aliança Secreta dos Homens Hawis, mas enfim, agora que eu to dentro, não vejo a hora de poder eliminar o Taylor, aquele capacho.

***

Quando o acordo foi feito, os quatro rapazes escutaram uma gritaria vindo de fora do abrigo.

— O que tá acontecendo? – Henrique correu para fora.

— Acho que é briga.

Quando eles saíram, se depararam com a seguinte cena:

Julia na frente de Giovanna, a xingando de todas as formas possíveis e apontando o dedo na sua cara.

Giovanna tentava se defender, gritando.

Era uma discussão escandalosa.

Vários palavrões saíam da boca de Julia.

— VOCÊ É UMA TRAPACEIRA, TENTA ME EMPURRAR DENOVO NA PROVA , TU VAI VER O QUE EU FAÇO CONTIGO, ÓTARIA. – Apontou o dedo na cara.

— VAI A MERDA, TÁ BRABA PORQUE CAIU NA LAMA? SUA  CRIANÇA ABESTADA. – A raiva ia crescendo dentro da loira. – QUEM VOCÊ PENSA QUE É?

Em uma briga física entre as duas, Giovanna sem dúvidas venceria, por ter muito mais força.

Mas naquela hora eram os argumentos.

Perto da discussão, Maria e Ingrid também acompanhavam tudo.

A magricela não fazia nada, pois gostava de ver o circo pegar fogo.

— Parem com isso... – Pediu Ingrid, que detestava brigas.

Os quatro rapazes preferiram ficar quietos, sem se posicionar ao lado de alguém.

— ALÉM DE TRAPACEIRA, AINDA É UMA PREGUISOÇA. NÃO FEZ NADA ÚTIL NO ACAMPAMENTO ALÉM DE FICAR DORMINDO...

— CALA A BOCA. – Giovanna impediu a frase. – VOCÊ É QUEM PRA FALAR ISSO?

Julia tirou a Pista do Ídolo de dentro do seu bolso e quase esfregou na cara da rival.

— TÁ VENDO ISSO AQUI? É O GOSTO DA VITÓRIA. VOU ENCONTRAR O ÍDOLO DA IMUNIDADE E VOU CHUTAR VOCÊ PRA FORA DESSE REALITY.

— Grande merda, do jeito que você é burra é capaz de nem achar o Ídolo. – Riu.

Naquele momento, todos se contorceram pra não rir.

Leonardo engoliu a risada, se cansou e interviu:

— OK, AS DUAS CRIANÇAS, PAREM COM ESSA MERDA, ISSO É DESNECESSARIO PRA GENTE, QUEREM SE MATAR? SE MATEM, MAS LONGE DO ACAMPAMENTO. AQUI NÃO É CASOS DE FAMÍLIA, É SOBREVIVÊNCIA.

O líder conseguiu o que queria, calou a boca das duas em uma única frase.

Influenciadas, Giovanna caminhou para um lado enquanto Julia foi pro outro.

A tensão predominou o acampamento dos Hawis, que agora, estavam cheios de conflitos.

***

[C] Leonardo

— Eu que mando nisso tudo, todos já sabem que eu domino o acampamento de muitas formas.

***

[C] Giovanna

Deus é mais, por favor, que Julia não encontre o Ídolo, amém. — Rezou.

***

DIA 8

Acampamento Volcano.

Se nos Hawis, o clima era de conflitos, o relaxamento dos Volcanos fazia um belo contraste.

Anteriormente, tudo era invertido, os Hawis eram mais divertidos e calmos, só que muitos deles tinham personalidades fortes que só agora começaram a aparecer.

Já nos Volcanos, havia pessoas que não se gostavam da tribo, mas até então, ninguém brigou seriamente.

Os Volcanos eram mais unidos.

Amizades cresciam cada vez que o tempo passava.

Nas redes de descanso, um ótimo lugar para dormir, Yuri estava  deitado na rede, sem fazer nada, pensativo.

Perto da floresta, Cauã caminhava sozinho.

A solidão do jogador de futebol na tribo era grande, gostava de caminhar sozinho pelo bosque.

Não havia ninguém na tribo que conversasse muito.

— HEY BROTHER! CHEGA AÍ, MANO! – Yuri chamou.

— Qual é. – Cauã sentiu-se á vontade.

Ele se deitou na rede do lado.

— Tá fazendo o que? – Perguntou Cauã.

— Pensando no jogo, meu irmão. – O atleta continuava pensativo. – Acha mesmo que podemos ir longe nessa competição?

Cauã não era nem um pouco confiante.

— Sinceramente, não sei se estou indo muito bem... Não me dou muito bem com os outros, acho que eles não vão muito com a minha cara.

Naquele momento, Yuri viu uma oportunidade.

— Bem, eu não vou votar em você cara... – Tentou mostrar lealdade.

— Também nunca vou votar em você, cê é o único que é maneiro comigo aqui. – Cauã procurava amizades.

— Vamos fazer um trato? Se tu nunca votar em mim, eu nunca voto em você. – Yuri propôs.

— Certo, fechado! Nunca votaremos uns nos outros.

Os dois se levantaram da rede e apertarão as mãos.

***

[C] Yuri

Sim, eu fiz um trato com Cauã, mas isso não significa que eu preciso cumprir isso. Apenas estou jogando o jogo, ele é um isolado, vou usa-lo pra chegar até a onde eu quiser.

***

[C] Cauã

Ter alguém pra confiar é muito bom, finalmente eu e Yuri fizemos um trato. Não acho que vai quebrar o acordo, ele é muito gente boa. Nós dois juntos vamos muito longe.

***

PROVA DA IMUNIDADE

Os Hawis e os Volcanos estavam posicionados em seus respectivos círculos na sede.

Na frente deles, Chris Hidden apresentava a terceira prova de imunidade do jogo. Era crucial para a permanência de qualquer participante.

Atrás de Chris, havia um terreno cheio de lama em uma grande área, parecido com um chiqueiro. Cercas de madeira estavam em volta do lugar, fechando-o.

No meio do chiqueiro, uma pequena bandeira azul ficou posicionada no centro.

— Sejam bem-vindos á terceira prova de imunidade, que vai requer agilidade e força. Vocês já devem ter percebido esse chiqueiro. – Apontou para lá. – Vai ser aqui onde ocorrerá a prova.

— Isso fede muito. – Julia tampou o nariz.

— Sempre tem alguém pra fazer fiasco... – Sussurrou Bruno.

— A prova será realizada em etapas, todos irão participar. Escolherão três pessoas de cada tribo a cada rodada, o objetivo é capturar a bandeira no meio do chiqueiro, o problema é que, só existe uma bandeira, ou seja, as duas tribos vão disputa-la, brigas físicas acontecerão, tomem cuidado pra não se machucar. Quando um integrante conseguir a posse da bandeira, corra de volta para a sua base e atravesse a cerca de madeira. A tribo que conseguir marca ponto. Quem tiver mais pontos vence a imunidade.

As pessoas mais fortes ficaram animados com a prova.

Os mais fracos se sentiram vulneráveis.

— Escolham as pessoas e vamos iniciar.

PRIMEIRO ROUND

— NO PRIMEIRO ROUND, SERÁ LEONARDO, INGRID E ALEX PELOS HAWIS CONTRA DAVI, VITÓRIA E CAUÃ PELOS VOLCANOS.

Os três Hawis se posicionaram na extrema direita do chiqueiro.

Leonardo começou a fazer a estratégia rapidamente:

— Eu e Alex vamos impedir eles, Ingrid, pegue a bandeira e corra de volta pra cá.

— Tá, pelo menos eu vou tentar. – Concordou Ingrid.

Os três Volcanos se posicionaram na extrema esquerda do chiqueiro.

Vitória deixou os óculos de lado.

— Eu não enxergo muito bem sem eles... – A visão era um pouco embaçada.

— Quem pega a bandeira? – Perguntou Cauã.

— Deixa que eu pego. – Davi ficou confiante.

Chris anunciou o inicio da prova:

— SOBREVIVENTES PRONTOS? VÃO!

Todos correram na direção da bandeira.

Os pés de Ingrid se afundaram facilmente na lama, causando atraso.

— Droga. – Tentava se locomover.

Davi, saltitando como um canguru, não tinha dificuldades nenhuma.

Rápido como o Flash, a mobilidade de Alex lhe deu vantagem.

Os outros se manteram regulares na velocidade.

— A BANDEIRA É MINHA! – Davi gritou.

O professor de Parkour foi o primeiro a chegar no objetivo.

— DAVI É O PRIMEIRO A IR NA BANDEIRA – Narrou Chris.

Posicionou as duas mãos nela e tentou puxar da lama.

Obteve dificuldades, era como se o cabo estivesse preso no chão.

— Mas que merda...

Davi foi impedido por Alex.

O estudante pulou em cima dele e usou impulso nos braços e nas pernas.

Os dois rolaram pela lama, indo pra longe da bandeira do centro.

Apesar de Alex ter a vantagem no inicio, Davi tinha mais força.

Aproveitando a distração dos dois, Leonardo passou direto.

Vitória e Cauã fizeram a mesma coisa.

— TRÊS PESSOAS DISPUTANDO A BANDEIRA. ALEX E DAVI ESTÃO BRIGANDO NA LAMA.

O artefato era agarrado de todos os lados.

Era um puxa-puxa pela bandeira em que Vitória e Cauã juntos tinham muita dificuldades.

Leonardo era muito forte.

Quando a bandeira finalmente saiu da lama, os três lutaram feito loucos para a conseguir.

Vitória manteve as mãos na bandeira, segurando-a.

Cauã puxava Leo pelo braço, tentando tirar ele do combate.

Leo impulsionou o corpo pra trás, tentando fugir com a bandeira, mas não conseguiu.

Longe do meio, Davi imobilizou Alex na lama com as duas mãos em seu pescoço, mas mesmo assim, os dois estavam fora da luta principal.

Mesmo atrasada, Ingrid chegou no centro e puxou Cauã pelo braço, derrubando-o facilmente na lama.

Depois disso, a garota fraca jogou-se pra cima de Vitória, que também caiu no chão por causa do impacto.

Leonardo ficou livre e começou a correr até a base.

— VAI LEO! – Disse Ingrid, brigando no terreno úmido.

— LEONARDO ESTÁ COM A BANDEIRA, SÓ RESTA LEVA-LA ATÉ O OBJETIVO.

Correu com velocidade extrema.

Leo atravessou a base com a bandeira rapidamente.

— 1X0 PARA OS HAWIS! – Chris pontuou.

Os Hawis comemoraram.

Os Volcanos ainda tinham esperanças.

SEGUNDO ROUND.

— Agora será Julia, Taylor e Maria pelo os Hawis contra Bruno, Sarah e Ana pelo os Volcanos.

Nenhum deles preparou alguma estratégia.

— SOBREVIVENTES PRONTOS? VÃO!

Os seis correram em disparada.

Mas desta vez o ritmo era mais lento, ninguém foi rápido.

— TODOS OS SEIS ESTÃO TENDO DIFICULDADES PRA CHEGAR AO CENTRO DO CHIQUEIRO. – Disse Chris.

Todos chegaram na bandeira ao mesmo tempo.

Bruno passou pelo lado dela e preferiu partir para a luta física, já que era bastante forte.

Empurrou Taylor, que estava na linha de frente.

Ambos ficaram com os braços grudados e entrelaçados, tentando derrubar o outro.

Maria tentou intervir o combate dos dois.

Puxou Bruno com as duas mãos para trás.

Longe da confusão, Julia chegou até a bandeira ilesa.

— ISSO, CONTINUEM NA LAMA, PORCOS. – Riu, enquanto tirou a bandeira.

Taylor e Maria ficaram juntos e seguraram Bruno pelos braços contra o chão.

Ana apareceu correndo e empurrou Maria, que caiu para o lado com a cara na lama.

A cozinheira dominou a luta, a bloqueando no chão.

Chutes e tapas surgiram tanto de Ana quanto de Maria.

As duas lutaram bravamente.

A força de Ana era muito maior, mas mesmo assim, Maria tinha altas chances.

Taylor e Bruno continuavam brigando feito gato e rato.

Enquanto isso, bem longe daquele local, Julia permanecia a posse da bandeira.

Tentou chegar a sua base o mais rápido possível.

Mas era perseguida por Sarah, que também estava livre.

— LARGA DO MEU PÉ. – Gritou Julia.

— VAI SARAH, PEGA ELA! – Os colegas fora da prova torciam.

Apesar de parecer que Sarah fosse pegar ela, tropeçou e caiu na lama.

Sem fazer o mínimo de força, Julia entrou na base com a bandeira.

— 2X0! SENDO ASSIM, HAWIS VENCEM A IMUNIDADE.

A comemoração foi enorme, os Hawis correram pelo chiqueiro, festejando a segunda vitória do jogo.

Julia foi a mais elogiada.

Apesar das indiferenças, conseguiram lidar com isso e se unirão na prova. Se lambuzaram na lama.

Foi a segunda derrota dos Volcanos, ficaram decepcionados. Algumas pessoas já sabiam quem era a pessoa culpada da derrota.

Bruno foi o que mais ficou furioso.

— PARABÉNS HAWIS, ESTÃO IMUNE NOS PRÓXIMOS TRÊS DIAS. VOLCANOS, NADA DE BOM PRA VOCÊS, AMANHÃ A NOITE ALGUÉM VAI EMBORA. – Chris avisou.

— Ótimo, ótimo... – Bruno ficou claramente brabo.

***

ACAMPAMENTO VOLCANO.

O céu escuro, o vento calmo, as estrelas brilhantes e a lua cheia, eram coisas de se apreciar, o ambiente de uma noite tranquila.

Ao contrário disso, os Volcanos ficaram nervosos com o próximo Conselho Tribal que enfrentariam.

Quando todos retornaram, a paciência de alguns se esgotaram.

Principalmente de Bruno, totalmente fora de si.

O tatuador Inglês chegou no abrigo, foi até as mochilas e estava louco para destruir tudo o que por dentro.

Entretanto, antes do ato, lembrou de uma coisa, a sua bandana.

— CADÊ A MERDA  DA MINHA BANDANA? – Gritou furioso.

Começou a chutar as coisas de dentro do espaço, procurando-o a bandana que havia perdido.

Parecia realmente surtado.

— O que tá acontecendo cara? – Perguntou Davi, na porta do abrigo.

— Alguém roubou a minha bandana... – A cara dele ficou avermelhada. – QUERO SABER QUEM FOI! DROGA.

Davi pensou rápido.

— Mano, porra, seja esperto, se você surtar assim, todos vão votar em você! É SÓ UMA BANDANA, RELAXA... Eu vou arrumar as coisas aqui, vai lá pra fora, Lucas está fazendo uma reunião com Rafaella, Ana, Cauã e Yuri sobre o Conselho Tribal de amanhã a noite.

— Sério? Mas que rápido!

Bruno saiu do abrigo enquanto Davi ficou por lá, tentando arrumar a bagunça.

***

[C] Davi

Bruno parece que tem sérios problemas mentais, tive que arrumar toda a merda que ele fez no abrigo, aposto que a maioria está louco pra eliminar ele no Conselho Tribal, mas Lucas está fazendo uma reunião que pode mudar as coisas... A força de Bruno é valiosa no momento – Riu.

***

Bruno caminhou ao ar livre até encontrar as pessoas que fariam parte da reunião.

Sentadas no tronco, Rafaella e Ana odiaram a presença do tatuador.

Cauã e Yuri estavam sentados no chão, esperando o assunto começar.

Lucas era quem comandava no meio.

— O QUE FOI AGORA? – Perguntou Bruno.

— Antipático... – Ana sussurrou pra Rafaella.

— Sarah e Vitória estão nas rochas, fazendo meditação. Achei esse momento mais apropriado porque elas não estão aqui. – Revelou Lucas

— O que quer dizer com isso? – Yuri franziu as sobrancelhas. – Quer votar nelas, meu caro?

— NÃO NELAS, MAS SIM EM SARAH. – Parecia determinado. – Ela tá fazendo a gente perder os desafios, ela é legal sim, mas muito fraca, nós temos que fortalecer a tribo.

As reações de todos foram mistas.

Ana, Rafaella e Cauã não opinaram em nada.

Yuri ficou claramente incomodado, pois tinha simpatia pela ruiva.

Da raiva para a alegria, Bruno ficou extremamente feliz

— SIM, SIM, VAMOS VOTAR NA SARAH AMANHÃ. – Confirmou Bruno. – Eu concordo plenamente.

— Então todos aqui concordam em votar nela? – Perguntou Lucas.

— Se não tiver opção melhor, meu voto é nela. – Ana se posicionou.

— Ah, pode ser, sei lá... – Rafaella ficou com indecisão.

— Tá, a Sarah vai embora. – Cauã concordou.

Yuri escondeu sua mão para trás, cruzou os dedos e disse:

— Meu voto será nela no Conselho. – Mentiu.

— Certo, acordo feito. – Lucas encerrou. – Espero que tenham falado a verdade.

Após o término da reunião rápida, todos se espalharam pelo acampamento.

A decisão final do voto era na Sarah, por ser considerada a mais fraca e um peso morto nos desafios.

***

[C] Bruno

Geral decidiu que ia votar na ruiva, mas eu não confio muito nessa cambada, sei que muitos não gostam de mim, é capaz de tudo isso ser uma enganação e eu serei eliminado.— Ficou inseguro

***

[C] Yuri

Lucas acha que manda na nossa tribo, coitado desse cara, mal sabe que a pessoa que tem cartas na manga aqui sou eu. Sarah não será eliminada hoje, EU VOU IMPEDIR ISSO.

***

Longe do acampamento, perto da praia, uma meditação era realizada.

Sossegada, Vitória estava de pernas cruzadas e olhos fechados, gostava de se sentir relaxada.

Sentada na beira da rocha, Sarah apenas a acompanhava, estava bastante pensativa sobre o Conselho Tribal.

— Sarah, Vitória, preciso falar com vocês. – Escutou uma voz chamando-a.

Vitória abriu os olhos e enxergou Yuri no inicio da rocha.

Sarah se levantou e deu passos curtos até chegar nele.

— E aí Yuri. O que foi? – Sarah perguntou.

— Acabaram de fazer uma reunião no acampamento. QUEREM TE ELIMINAR!

Sarah ficou preocupada, mas nem um pouco surpresa.

***

[C] Sarah

De novo, estou com um enorme alvo nas minhas costas no próximo Conselho Tribal. Lucas esquematizou contra mim. Ainda bem que Yuri me avisou, posso reverter as coisas até lá. Um pouco de drama sempre é bom.

***

Depois da conversa, Yuri fez um pacto com Sarah e Vitória:

— Parceiras, só to fazendo isso porque eu acho vocês super gente boa, vou tentar convencer todo mundo a votar no Bruno. Só quero apenas uma coisa em troca.

— E o que é? – Vitória questionou de sobrancelhas erguidas.

— Nunca votem em mim nos Conselhos Tribais, que eu vou ajudar o máximo que eu conseguir.

Vitória e Sarah se entreolharam e cochicharam um pouco.

— Nós aceitamos. – Vitória deu a palavra.

O trio fez um aperto de mão. A lealdade foi crescendo aos poucos.

***

[C] Yuri

Já tenho pacto com três pessoas da minha tribo, nada mal para o oitavo dia, não é?

***

De volta ao acampamento, Davi e Lucas cortavam lenha como sempre faziam á noite.

— O Conselho de amanhã será ótimo, agora sabemos quem vai ser eliminada. – Davi riu. – Vou falar a verdade, Sarah é terrível nos desafios.

Apesar de Davi estar feliz, Lucas se sentia um pouco culpado de planejar uma eliminação.

— Nunca mais vou combinar os votos, a sensação é muito ruim...

A conversa dos dois parou quando avistaram Sarah entrando no acampamento.

A jovem simplesmente se dirigiu até os dois .

Os olhos de Sarah estavam vermelhos e lágrimas escorriam pela sua bochecha.

— Ah droga... ela já deve saber que vai ser eliminada. – Lucas sussurrou.

— PORQUE EU? – Gritou escandalosamente. – EU NUNCA FIZ NADA PRA VOCÊS DOIS.

— Não vamos discutir sobre isso. – Davi não teve piedade.

Naquele momento, Sarah fez um drama.

Começou a chorar ainda mais e se ajoelhou no chão.

— EU JURO POR DEUS, POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO, EU NUNCA FARIA NADA DE MAL PRA PREJUDICAR A TRIBO, MAS SIMPLESMENTE ALGUÉM DESTRUIU A MINHA CÂMERA, NÃO SABEM COMO ISSO FOI HORRÍVEL. – Choramingou.

Davi e Lucas permaneciam no mesmo lugar, em pé.

— Tudo o que você falar, não adianta mais. – Davi cortou todas as possibilidades. – Já está decidido.

— BRUNO DESTRUIU A MINHA CÂMERA! – Mentiu mais uma vez.

— COMO TEM CERTEZA DISSO? – Lucas questionou.

Sarah ficou sem palavras.

— Não dê ouvidos á ela, vai fazer de tudo pra se salvar do Conselho Tribal. – Davi não teve sentimentos.

O professor de Parkour puxou Lucas para longe, encerrando o assunto.

Sarah continuou ali no chão, forçando o fiasco.

***

[C] Davi

Essa menina é completamente louca, fez um drama pra não votarem nela, nem a pau que eu vou acreditar que o Bruno quebrou a câmera. Novela mexicana não é aqui não.

***

DIA 9

O pôr do sol chegava aos poucos.

Todos arrumavam suas coisas para o Conselho Tribal.

Sete deles estavam confiantes, já duas pessoas temiam pela eliminação.

Estava claro, seria um ou outro.

Ambos fizeram as suas jogadas, mas o destino de um provavelmente chegava ao fim.

Ninguém queria ser o terceiro eliminado...


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Notas finais do capítulo

ENTÃO, O ÍDOLO DA IMUNIDADE ESTÁ EM JOGO!
A despedida de outra pessoa irá acontecer no Conselho Tribal 03.
Mas a pergunta é: QUEM SERÁ O PRÓXIMO?
Comentem o que acharam e se possível favoritem para ajudar Survivor Havaí a crescer mais.
Espero que tenham gostado e o próximo capitulo já estará liberado!



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