Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 103
A real origem do herói! Brave Yuki vs. Saganbo




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Saganbo, possuidor de um corte de cabelo de um criminoso dos anos cinquenta, de pele avermelhada e de um físico robusto de gangster. Sua vestimenta era o uniforme laranja que vestiam os prisioneiros da Patrulha Galática e seus olhos azuis tinham a característica marca em cruz dos Androides Mutantes.
— Hmm... Brave Yuki é?
Ele olhou para o ruivo de camiseta vermelha em mangas arregaçadas, calça cargo azul marinho e botas amarelas a manter-se em sua pose de herói de tokusatsu, com o cachecol branco a balançar e apontou a mão disparando uma esfera de energia. A explosão foi intensa e o guerreiro sumiu no meio dela, o que fez Saganbo acreditar em sua vitória e abaixando o braço, ele mal percebeu quando Brave surgiu em sua frente com um olhar sério e opaco.
— Minha vez! - com o punho direito, vestido por uma luva preta sem dedos, Yuki desferiu um soco fulminante no peito de Saganbo.
O golpe atirou o bandido a quilômetros de distância, causando uma ventania que destruiu tudo pelo caminho a abrir até mesmo as nuvens e só parou quando acabou colidido e afundado nas costas de uma rocha da região montanhosa, afastado da cidade.
— Mas o que foi isso?
Saganbo estava confuso, havia perdido todas as joias no caminho e depois a pedra em que estava rachou, o levando a escorregar e acabar caído em um monte de pedras, de onde se levantou e viu Brave Yuki se aproximando.
— Parece que sobreviveu bem ao meu soco mais pesado, isso significa que finalmente veio um oponente à altura.
— À altura?
— Alguém que não morra com apenas um soco. Como é o seu nome?
— O meu nome é Saganbo.
— Satan Goss?
— Não seu surdo, é Saganbo, líder da antiga Brigada de Bandidos Galáticos!
— Nunca ouvi falar, mas já se vê que é um cara mau, um cara mau com quem eu posso lutar a sério! - em outra sequência de poses de herói de tokusatsu, Brave aproximou a mão direita do lado direito da cabeça, depois a tirou, virou para o lado, posicionando a outra mão e depois voltou a olhar para frente, aproximando agora da cabeça ambas as mãos, elevando o seu ki em uma aura branca, puxando depois seus braços em punhos fechados para a esquerda e terminando por puxá-los de volta em uma posição de combate. - Da última vez que lutei nessa história, eu era um antagonista, mas agora lutarei como o herói que eu costumava ser a séculos atrás, prepare-se!
— (Esse cara é muito estranho, não sei de onde ele saiu, mas acho que servirá para testar meus novos poderes. Vai demorar um pouco para eu ficar tão forte como quando Moro-Sama me deu seu poder, mas será divertido... Quem sabe o quanto esse Brave Yuki será capaz de me fortalecer?) - Saganbo dizia a si mesmo em pensamento, antes de falar abertamente. - Muito bem então herói, vamos ver até onde você aguenta!
Saganbo também elevou o seu ki e se colocou em posição, a energia de ambos fazia lascas de pedra se desgrudar do solo e em um impulso mútuo, a batalha começou, punhos e pés começaram a se encontrar enquanto se movimentavam por entre as montanhas. Brave encaixou no rosto outro soco fulminante, agora com a esquerda e desta vez, com a guarda alta, Saganbo resistiu ao impacto e revidou com um gancho de direita, balançando o braço meio às cegas, conseguindo ganhar espaço e desferir uma cotovelada no braço esquerdo do herói, terminando com um chute na região da cintura que o afastou. O bandido ainda apontou a mão direita, disparando uma esfera de ki que acertou em cheio, deixando Brave a cair rolando numa região asfaltada que havia por em volta de uma das montanhas, onde ele então tentou se segurar, se levantando em uma das roladas e deslizando com os pés, vendo que Saganbo já avançava na sua direção.
— Como pode ver, eu aguento! E você Satan Goss, aguenta?
— Já disse que o meu nome é Saganbo, seu anão de auréola!
— Quem você está chamando de anão?! - irritado, Brave bateu as palmas das mãos envoltas em raios uma na outra e as levou ao chão, o qual foi se rasgando na medida em que ele freava.
O concreto do asfalto misturado com a própria composição mineral da montanha começou a se remoldar na forma de grandes blocos de piche e terra que se estenderam como chicotes, tentando acertar Saganbo a recuar, um após o outro.
— O que está acontecendo?
— Seus centímetros e seus músculos a mais não significam nada para mim. - dois braços de terra, ferro e concreto se estenderam até Saganbo e o esmagaram com as palmas das mãos. - Alquimia, artes ninja e samurai, habilidade com espada e armas de fogo, artes mágicas e anti-mágicas, artes marciais... Depois de séculos no Outro Mundo, aprendi e desenvolvi um pouco de tudo e não tenho porque esconder minha auréola também, como fiz no outro dia, pois ela é parte do que sou agora, mesmo ainda tendo vergonha da morte escrota que eu tive. - se erguendo, ele posicionou a mão direita com o indicador apontado como uma pistola, usando a mão esquerda para apoiá-la. - Para resumir, não conheci o Outro Mundo porque quis! Leishotto!
O raio de energia disparado de seu dedo foi mais forte do que quando o usou contra Vegeta no torneio, viu-se uma grande explosão que destroçou parte da montanha e da prisão de concreto onde Saganbo estava, o levando a despencar céu abaixo em queda livre, além do guarda-corpo da estrada.
— Argh, desgraçado!
— E eu ainda não acabei! - correndo, ele saltou por cima do guarda-corpo, agarrando-o com a mão esquerda, assim quebrando um pedaço do mesmo e caindo na direção do bandido galático, elevando o seu ki a ranger os dentes, com o punho direito a ferver. - Parsley... SMASH!
O poderoso soco atingiu a barriga de Saganbo violentamente, o levando a cuspir sangue em meio ao tufão causado pelo impacto que o arremessou sem piedade verticalmente ao solo, caindo dentro do rio lá em baixo, com o chão se quebrando e fazendo a água se espalhar. Yuki se manteve lá no alto, com uma leve ofegância que logo passou, a espera do seu oponente que ascendeu das águas com a mão na barriga, rasgos nas vestes e alguns ferimentos.
— Ugh... Não pensava que pudesse existir alguém que, além de forte, tivesse tantas habilidades, é quase como se estivesse copiando inúmeros guerreiros ao mesmo tempo. Isso me faz pensar como seria interessante se o Sete-Três estivesse aqui e copiasse você, creio que com todas essas habilidades e a energia infinita, ele se tornaria virtualmente invencível!
— Bem, vai ver era mesmo para eu lutar contra esse tal de Sete-Três e aconteceu que o cânone oficial estragou o rumo da história.
— Não sei o que quis dizer com isso, mas fato é que aquele androide não foi revivido pelo desejo que o Doutor Myuu fez para o dragão das Esferas do Dragão de Namekusei. Desde que o roubamos, o Sete-Três apenas seguia ordens, costumava ser uma arma infalível em minha brigada por causa da habilidade de copiar que ele tinha e algo me diz que você é capaz de algo semelhante ou estou errado?
— Se eu te contar, você não vai acreditar, pois eu mesmo tem vezes que quando penso nisso não acredito.

Na Corporação Cápsula, depois de todo o alvoroço com Bra, Vegeta voltou ao marasmo e não suportava ter de ficar de guarda sem fazer nada. Sentado de braços cruzados na cadeira isolada no laboratório de sua esposa, onde a mesma se encontrava na reta final da restauração de Daburá, o saiyajin já havia pensado em tanta coisa que agora estava refletindo até mesmo a respeito de um inseto como Brave Yuki, lembrando-se não só do momento em que Vovó Uranai o trouxera pela segunda vez, mas também das últimas palavras que trocaram antes da despedida na primeira vez, quando o indagou a respeito da técnica idêntica ao Kamehameha.
"Onde aprendeu aquela última técnica?"
"Você quer mesmo saber?"
"Entendo, você não é um cara normal..."
Vendo então que a vidente acabara de entrar na sala, o príncipe a chamou, antes que a mesma pudesse pensar em ir até Bulma:
— Ei velha, venha até aqui um instante.
Um tanto incomodada, Uranai se aproximou flutuando em sua bola de cristal e falou:
— Veja lá como fala, posso até ser velha, mas pelo menos não tenho entradas que parecem sinais de calvície.
— Como é?
— Vou deixar essa passar, então diga logo o que você quer.
— Quero que me conte o que sabe sobre aquele sujeito que trouxe do Outro Mundo.
— Quer conversar sobre o Brave Yuki? Vejo que realmente está muito entediado aqui para ter chegado a esse ponto.
— Hmpf!
— Pois então diga, o que você quer saber?
— Quero saber o segredo por trás das habilidades dele e eu sei que você sabe, pois mais cedo você disse que tinha mais de quinhentos anos e aquele cara viveu há pouco mais de quatrocentos anos atrás, o que me faz pensar que você chegou a conhecê-lo em vida, correto?
— De fato, pude acompanhar a curta vida dele do início ao fim, ainda que eu não tenha sido alguém próxima dele.
— Quando lutei contra ele no torneio, uma coisa me surpreendeu mais do que o fato dele estar replicando uma técnica do Kakarotto.
— Já sei, você não sentiu que era alguém usando a técnica do Goku, você sentiu como se o próprio Goku que estivesse lutando contra você.
— Exatamente, depois de ter lutado e treinado com o Kakarotto tantas vezes, não há como eu confundir essa sensação e nem mesmo o Uub que é discípulo dele consegue transmiti-la da mesma forma com total exatidão, era como se, naquele momento, aquele sujeito fosse o próprio Kakarotto. De início, pensei que talvez eles tivessem se conhecido no Outro Mundo durante os sete anos após o torneio do Cell e que o tal Brave Yuki tivesse talento para copiar as técnicas dos outros, mas descobri que estava enganado enquanto ouvia o Kakarotto conversar com o Uub, o Trunks e os outros sobre o torneio depois que o Kyabe tinha ido embora, o Kakarotto disse que nunca tinha visto aquele sujeito antes. Então desembucha, sei que tem algo a mais além daquela história dele ser um prodígio mutante que ele havia me contado, nenhum terráqueo neste planeta tem as mesmas capacidades que ele teve como um todo e eu preciso saber o que ele esconde porque toda e qualquer informação pode ser relevante para que possamos vencer essa guerra.
— Bem, o que ele te contou não foi uma mentira, só que aquilo é apenas parte da história. Eu vou te contar Vegeta, a história de Brave Yuki desde o início... Tudo começou na Era 351, ano em que Brave nasceu, os pais dele eram pessoas comuns e estavam animados com a chegada de seu primeiro filho, porém não foi apenas Brave quem nasceu, pois a mãe dele tinha dado a luz a gêmeos.
— Então ele teve um irmão?
— Sim, ele era apenas minutos mais novo que seu irmão Kitsuko e ambos aparentemente eram crianças saudáveis, até começarem a crescer e Kitsuko começar a desenvolver uma espécie de autismo.
— Autismo?
— Bem, foi o que os pais dele pensaram na época, mas na verdade, Kitsuko estava desenvolvendo uma habilidade especial. Por ser um saiyajin, talvez você não saiba, mas entre nós terráqueos também há aqueles que por alguma razão adversa nascem com alguma característica especial ou talento diferenciado, assim como eu que sou capaz de prever o futuro, aliás, foi naquela época que conheci o Brave e a família dele, eles vieram me procurar depois de terem ido a tantos médicos que não deram uma resposta clara a respeito do irmão dele. Acontecia que Kitsuko estava tendo experiências paranormais, ele podia ver e sentir coisas que ninguém sentia e isso o deixava muito perturbado. Eu descobri que ele estava involuntariamente se conectando com almas de outras dimensões, só que eram almas más ou que foram consideradas uma ameaça e que por causa disso, o futuro do menino era incerto. E então, semanas depois, aconteceu uma tragédia, indo de carro para o hospital por conta de uma crise que Kitsuko teve, eles sofreram um acidente onde nenhum deles além de Brave Yuki sobreviveu, ele não tinha nem quatro anos quando tudo aconteceu, mas amava o seu irmão e só o que restou dele foi aquele cachecol que ele usa, o qual pertencia a Kitsuko e que eu tive que vir buscar para ele após ter deixado para trás depois que você e ele lutaram no torneio.
— O cachecol...
— Desde então, Brave Yuki cresceu sozinho, só que algo nele começou a mudar. Dizem que gêmeos têm algum tipo de elo especial e o que houve com ele parece ser um caso desse tipo, pois Brave começou a se parecer mais com seu irmão, desenvolvendo o mesmo "autismo" que ele tinha, só que era diferente, pois aquilo se manifestou nele como algo positivo ao invés de negativo, Brave Yuki começou a ter uma percepção da realidade muito maior do que qualquer um de nós. As pessoas a sua volta começaram a rejeitá-lo por causa disso, mas ele estava determinado em ser respeitado, ele começou a treinar para se tornar um lutador atleta porque achava que isso o faria ganhar esse respeito das pessoas e então houve o momento em que ele teve a sua primeira conexão... Naquele momento, Brave descobriu que era anormalmente mais forte do qualquer terráqueo comum...

De volta ao clima ameno das montanhas ao norte, enquanto o vento frio balançava seu cachecol, Brave continuava olhando Saganbo lá do alto enquanto contava a ele a mesma história que Uranai contou a Vegeta.
— Acha que vou acreditar? - perguntou Saganbo. - Parece mentira.
— É verdade, eu juro! Não precisa fazer meme.
— O que? Meme?
— Está certo que eu era muito jovem e não me lembro de muita coisa, tudo o que estou dizendo foi o que a Vovó Uranai e o Mestre Mutaito me contaram, só que de uma coisa eu sempre soube: meu pai, minha mãe e meu irmão existiram, não me lembro do rosto deles e nem no Outro Mundo tive a chance de vê-los porque lá eles são apenas almas, mas eles me amavam e ao meu irmão eu devo o meu dom, o qual uso para proteger as pessoas. - jogando a barra de metal que arrancara do guarda-corpo para a mão direita, ele levou a esquerda ao cachecol, se pondo mais sério do que o normal e moldando uma grande lâmina que parecia uma faca do tamanho de seu corpo ao usar os poderes que usara anteriormente. - Bansosei!
Uma explosão de energia adveio da espada e no dissipar da luz e da nuvem de poeira, ela havia ficado menor, na forma de uma katana de lâmina negra com guarda-mão em forma de suástica, a qual ele apontou para seu oponente.
— Hmm... Agora que posso ver nos seus olhos que não está brincando, você realmente não é a piada que pensei que fosse. Depois de tudo o que me contou, imagino que um nome estúpido como Brave Yuki não seja seu verdadeiro nome, não é?
— Brave Yuki foi o nome de herói em homenagem a minha coragem que uma associação da Capital do Sul me deu devido aos meus atos de heroísmo. O meu verdadeiro nome é... Shujinko.
— Shujinko e Kitsuko, agora faz sentido. Por trás dessa aparência jovem e dessa roupa de herói ridícula, se esconde alguém com centenas de anos de experiência em combate, graças ao seu tempo de vida e a essas suas conexões que o permitiram desenvolver tantas habilidades... É o adversário perfeito para eu fazer meus poderes crescerem!
Saganbo liberou seu ki em uma grande aura escandalosa e Shujinko, vulgo Brave Yuki, notou na hora o aumento em seu poder e ainda sério comentou:
— Tinha me esquecido que agora seria o momento da luta em que você revelaria seu verdadeiro poder.
— Esse ainda não é meu verdadeiro poder, é apenas o começo dele.
— Hein? - Saganbo ascendeu ao ataque, o colocando em guarda a mover-se lateralmente em velocidade para tentar confundi-lo, empunhando a katana e concentrando seu ki nela antes de balançá-la horizontalmente. - Esse é o poder da Zanchikyu! Jitsume Tenshou!
A onda de energia escura atingiu o bandido diretamente, mas a explosão não foi suficiente para pará-lo, Saganbo a atravessou com chamuscados pelo corpo e acertou um lariat no peito de Yuki com o antebraço direito, atropelando-o no processo. E então, ainda sentindo o baque, o corpo do herói desapareceu em um estouro de fumaça, Brave Yuki havia deixado um clone em seu lugar para o verdadeiro ressurgir lá do alto da montanha, usando da manipulação dos elementos outra vez para descomprimir a katana em uma espada maior, de lâmina curva e com um guarda-mão coberto por algo que imitava os pelos de um animal, balançando-a em um corte vertical.
— Corte do Vento! - o veloz corte de energia amarela foi como um tufão que, pegando Saganbo de surpresa em uma explosão que cortou seu peito, o empurrando com tudo de volta para baixo e também para longe, conseguindo frear apenas quando já estava rente com o chão. Brave Yuki nesse meio tempo juntou as mãos no cabo da grande espada, aplicando o poder de manipulação novamente antes de jogá-la para o alto e unir as mãos vazias em uma posição de cruz usando os dedos indicador e médio de ambas adiante do rosto, o que deu origem a um clone como o de outrora em um estouro de fumaça. Esse clone saiu de seu lado e avançou na frente, agarrando a espada que já havia se transfigurado em um cajado cuja ponta superior era como uma taça disforme com uma lateral pontiaguda contendo uma esfera que imitava uma bola de cristal. - Agora Brave Yuki, ataque diretamente! Magia Obscura!
Com a ordem do original a estender a mão, o clone ergueu seu cajado, onde raios negros se concentraram em uma esfera de energia e foram lançados em uma explosão quase à queima-roupa que fez tudo ao redor parecer ficar com cores negativas por um instante. No dispersar da luz, a camisa de Saganbo havia se desintegrado em partículas, mas seu usuário pouco havia sido afetado pelos ataques, mesmo tendo sido afastado.
— Você não estava mentindo mesmo quando disse que sabia magia, mas para o seu azar, já fui braço direito de Moro-Sama e aprendi um pouco a como me defender disso.
O bandido galático então revidou, concentrando ki em sua mão, formando uma grande esfera de energia que fora arremessada como uma bola, destruindo o clone a se desfazer em fumaça e não mais bastando, o ataque prosseguiu até o verdadeiro lá atrás, que tentou em vão conter com os antebraços, sendo engolido pela grande explosão e quando ela acabou, Brave Yuki tinha alguns ferimentos, acabando também por cair sob seu joelho direito.
— Ugh! Ele... tinha uma armadilha virada para baixo! O pior é que sinto que ele está ainda mais forte do que quando elevou o ki naquela hora...
— Então você já percebeu que a diferença entre nossos poderes desapareceu. Dentre todos os que foram revividos e transformados em Androides Mutantes, eu fui o único que não ganhou aumento de poder, revivi com meu poder original de antes de receber qualquer incremento de Moro-Sama e continuei com esse poder mesmo depois das melhorias do Doutor Gero e do Doutor Myuu. Porém em compensação, ganhei a melhor das habilidades, pois sou capaz de me fortalecer sozinho em batalha, não preciso mais da energia de Moro-Sama e a melhor parte é que meu corpo foi condicionado a suportar sem problemas um nível muito maior do que eu tinha conseguido!
Saganbo elevou o seu ki mais uma vez, sua musculatura estava inflando e as veias e artérias estavam ficando em destaque enquanto envolto por uma aura enorme.
— O poder dele continua aumentando!
— E já está maior do que o seu, é só questão de tempo até eu alcançar o nível de antes com a energia de Moro-Sama e ainda superá-lo!
Saganbo avançou com tudo, deixando Brave Yuki em guarda.
— Fork Barrier!
Balançando o braço esquerdo, ele deu forma a um garfo de energia azul cujo cabo era curvo e fazia cento e oitenta graus ao seu redor, com a ponta atuando como um escudo em sua frente, mas aquilo foi em vão, o bandido o atravessou facilmente com o próprio corpo, chegando até Brave e agarrando sua cabeça. E então teve início o massacre, Saganbo o afundou violentamente com a cara no chão, depois agarrou sua perna direita e foi jogando-o de um lado para o outro como um chicote várias vezes, com a última o deitando de bruços e pisando sem dó em suas costas, fazendo-o vomitar sangue. Não satisfeito, Saganbo o ergueu outra vez, agora pelos cabelos e o lançou para o ar, o herói estava quase inerte, sem força de reação e acabou deixando seu corpo cair em queda livre, restando ao inimigo apenas erguer a mão para o alto e disparar uma rajada de ki à queima-roupa na barriga no momento oportuno, a explosão no céu foi gigantesca. Quando tudo cessou, ao som das rochas se esfarelando, o corpo de Brave Yuki caiu seco do alto no solo, em pouco tempo, Saganbo o havia deixado muito machucado. Brave Yuki retirou a faixa e os óculos de aviação em sua testa, ficando triste ao ver que o presente que aquele menino havia lhe dado tinha se quebrado, largando-o no chão, tentando se levantar enquanto levava a mão ao seu cachecol.
— Isso não pode acabar assim, não posso... não posso ser derrotado por um vilão secundário que apenas os fãs mais chegados conhecem... - ele não aguentou e foi ao chão de bruços outra vez. - Não consigo... Isso realmente está acontecendo?
Saganbo se aproximava caminhando para desferir o golpe de misericórdia e chegando junto dele, pisou nos óculos de aviação, quebrando o que restava deles.
— Você já era... Shujinko.
A Estrela da Morte havia mesmo brilhado para Brave Yuki quando este a viu no céu da Capital do Norte? O guerreiro do Outro Mundo capaz de quebrar a Quarta Parede estava prestes a encontrar o seu fim.

 


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Notas finais do capítulo

Imagens da arte de capa retirados de materiais relacionados a Chrono Trigger e ao mangá de Dragon Ball Super, com o render de Saganbo colorido originalmente por RaphaelDslt, usuário do DeviantART.
Edição, recolor e logo de Dragon Ball GT Kai por FagnerLSantos.

BEHIND THE SCENES #47
O nome Kitsuko vem da palavra "Kitsukoyaku" que, traduzindo do japonês, significa "Antagonista" enquanto Shujinko advém da mesma palavra "Shujinko", cuja tradução é "Protagonista". Logo, os nomes Shujinko e Kitsuko referem-se respectivamente a Protagonista e Antagonista, descrevendo também suas habilidades de conexão que serão explanadas melhor no próximo capítulo.
E como bônus nesse Behind the Scenes, falaremos sobre o poder de Saganbo, que é bem diferente do que vimos no mangá de Dragon Ball Super, mas ao mesmo tempo, fiel ao que foi dito no mesmo. Segundo Vegeta, sem os incrementos do Moro, até mesmo o Trunks do presente seria capaz de derrotá-lo, o que significa que, com seu poder original, Saganbo provavelmente não seria capaz sequer de vencer o Freeza de Namekusei. Isso explica o porquê Brave Yuki tinha plena vantagem no início da luta, visto o poder que ele já demonstrou durante a história de Dragon Ball GT Kai. Entretanto, Saganbo ganhou dos cientistas uma habilidade semelhante a do personagem Ganos do Universo 4 do Torneio do Poder do anime, consistindo em um aumento contínuo de poder durante a progressão da luta, o que significa que é só questão de tempo para Saganbo atingir o nível que tinha com os incrementos do Moro por si próprio e ainda ser capaz de suportar tal poder sem explodir.



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