— VAMOS CARALHO DIZ LOGO OQUE ACONTECEU COM ELA! – Gritei apavorado.

— Calma cara! Ela ta bem agora... – Zayn fala quando eu o interrompo.

— CALMA? VAMOS, FALA LOGO O QUE ACONTECEU!

— Ela acabou se cortando com alguns cacos de vidros... – Niall explicava.

— O QUE? E A GENTE TEM QUE LEVAR ELA NO MÉDICO, ISSO É SÉRIO... – Interrompi Niall.

— Calma Harry! O Liam já cuidou dela, muito bem por sinal! – Diz Louis e eu encaro Liam que desvia o olhar.

— Mas sou eu que tenho que cuidar dela... – disse encarando Liam – Não ele! – Apontei para o Liam.

— Olha, sinceramente Harry, até você tomar a iniciativa de ir lá cuidar dela, ela já teria morrido de tanto sangue que ela perderia, ainda bem que o Liam entende bem dessas coisas... E você já imaginou a gente levando uma garota para o hospital no estado que a Natália estava, cara ia ser uma dor de cabeça tremenda pra gente... – Explicava Louis.

— Não importa... – Encarei Liam. – Cadê ela? – Disse indo em direção para a porta que dá na cozinha.

— Harry, ela ta dormindo, não! – Zayn pediu, mas eu não dei ouvidos e sai correndo pela casa de Louis, subi as escadas e fui diretamente para o quarto dele, era o maior da casa, provavelmente ela estaria lá, abro a porta e a vejo deitada, ela dormia feito um anjo abraçada no ursinho que eu dei para o Louis, sua calça jeans estava quase toda manchada pelo sangue, me aproximei calmamente para não acordá-la e me sentei no cantinho da cama, vi os curativos em seu braço e me assustei com o tamanho. 

 – Coitadinha da minha menina, é tudo culpa minha! – pensei alto acariciando o seu rosto e ela se mexeu.

— Louis? – Ela disse sonolenta, coçando os olhos. – Harry! – Ela gritou se levantando rapidamente assim que me viu.

Nath’s POV:

Liam é uma pessoa tão doce e simpática, ele é realmente o cara que toda menina sonha, na realidade não só Liam, como Zayn, Louis e Niall, cada um deles tem seu jeitinho, cada um sabe como conquistar, e as quatro garotas que ficarem com eles, serão garotas de muita sorte, eu poderia tentar algo com algum deles, mas o cara que realmente faz o meu coração acelerar não é nenhum desses quatro garotos que citei, é o idiota do Harry gostoso e tarado Styles. Eu não tenho ideia do que realmente aconteceu, ele tentou me beijar, eu queria virar o rosto naquela hora, mas seus olhos me hipnotizavam, era como se algo me impedisse de evitar que nós se beijássemos, não que eu não quisesse sentir aquela boca tão desejada, poder sentir aquela respiração bem pertinho de mim fez com que o meu coração batesse tão rápido mais tão rápido que era como se ele fosse sair do meu peito, ele se aproximava e eu não me movia, era como se ele tivesse o total controle sobre mim, e era realmente o que estava acontecendo, e quando eu achei que finalmente eu poderia sentir os lábios da pessoa que eu sempre desejei desde que eu conheci a One Direction, o bendito telefone dele toca, o clima quebrou e todos nos encararam, eu automaticamente virei o rosto e ele ficou me olhando, olhou para o telefone e me encarou com um rasgo de desilusão no olhar. Mas não foi isso que me magoou, foi o fato de ele ter saído e não voltado mais, ele provavelmente se arrependeu de tentar me beijar e não sabe como dizer isso, mas porque ele se arrependeria de tentar me beijar? Será que eu tenho mau hálito? Ou será que ele tem alguma namorada secreta? Mas mesmo assim, ele só tentou me beijar, não me beijou, não tinha o porquê dele ficar lá naquele bendito jardim sozinho.

— Ainda não dormiu? – Louis entra no quarto me despertando dos meus pensamentos.

— Louis é recém sete horas da noite, é muito cedo e eu ainda estou acostumada ao fuso horário do Brasil... – Expliquei encarando para a bandeja que ele carregava, não conseguia ver exatamente o que tinha ali, mas o cheiro estava realmente bom.

— Ah é, me esqueci de que você é brasileira... – falou soltando um sorrisinho fofo. - A diferença de horário de Londres para o Brasil é de quatro, cinco horas não é? – Questionou parecendo pouco se importar com a resposta.

— É por aí... E agora me diz o que tem aí nessa bandeja, eu to morrendo de fome! – Falei me sentando na cama e mordendo os lábios.

— Como assim ta com fome? Nós acabamos de comer dois potes cheios de pipoca dona Natália! – Ele disse rindo.

— Primeiro quem comeu mais foram tu e o Niall, segundo que pelo o tanto de sangue que eu perdi é aceitável estar com fome ok? – Falei tentando conter o riso.

— Ta bom senhorita Natália... – Ele riu se sentando ao meu lado na cama. – Bem eu trouxe aqui um chá que preparamos especialmente para a nossa princesinha, uma receita do Liam, espero que você goste – Louis explica apontando para a xícara de porcelana branca com um líquido cor de mel dentro dela. – Aqui tem algumas torradas e esse é o bolo que minha mãe preparou ontem, Niall e Zayn comeram hoje de manhã, então eu suponho que esteja bom – Disse e eu o encarei.

— Niall e Zayn? Você não comeu por quê? – O encarei rindo.

— Não gosto dos bolos da minha mãe... – Falou coçando a nunca.

— Ela sabe disso? – Falei soltando uma gargalhada.

— Claro que não, e nem pode, estou confiando em você hein! – Falou me encarando sério.

— Calma, nem conheço a tua mãe... – Falei entre gargalhadas.

— Mas vai um dia conhecer – Disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— O quê? – O encarei parando imediatamente com as minhas gargalhadas. – Conhecer a sua mãe? – Falei parecendo não acreditar.

— Claro! Não só a minha mãe, como a minha família inteira! – Ele disse sorrindo simpaticamente.

— Mas, mas – ele me pegou de surpresa – Mas... Porque Louis? Você só me conhece à pouco menos de oito horas... – o encarei séria e ele parecia se divertir com isso.

— E já te considero como a minha melhor amiga – Ele sorriu olhando rapidamente para baixo. – Eu não sei explicar Nath, você me fascina, cara, você é tão simpática, você é, sei lá, tão diferente... E eu me diverti muito contigo, e quero continuar conversando contigo... Quero ser o teu amigo, eu tenho certeza que você não vai negar o pedido de um de seus ídolos não é? – Ele acrescentou rindo simpaticamente, aquelas palavras dele haviam soado como uma bela sinfonia para os meus ouvidos, cada um dos meninos da 1D me encantavam de um jeito diferente, e o Louis, cara, eu achava que ele era o protótipo perfeito de melhor amigo, ele era tão amigável, tão protetor, eu queria poder conhecê-lo e poder me tornar uma amiga para que ele me protegesse, para que ele brigasse comigo, para que ele me xingasse, para que ele me amasse, para que ele me abraçasse e me desse colo e carinho sempre que eu quisesse ou precisasse, era isso que eu queria, e ouvir isso saindo espontaneamente da boca dele foi com certeza uma surpresa maravilhosa para mim...

— Louis! Cara... Eu te amo – Falei o abraçando, pude sentir algumas lágrimas caírem em meu rosto.

— Eu também te amo... Amo-te demais pequena... – Ele falou retribuindo o abraço e me apertando contra ele, logo depois eu já estava chorando igual um bebê e ele apenas ria da minha cara.

— Pa-pa-para de rir – Disse entre soluços dando um tapinha em seu braço forte.

— Não precisa chorar dramática! – Louis falou passando a mão pelas minhas bochechas molhadas, com intuito de secá-las. – Vocês mulheres gastam água demais! – Ele disse e eu não consegui conter o riso.

— Cara, pra uma menina que sempre morou no Brasil, que sempre sofreu desilusões ao longo dos seus dezoito anos e que sempre achou que seus sonhos eram impossíveis, isso o que aconteceu comigo desde o inicio dessa semana é como se eu estivesse dentro daqueles filmes de adolescente, bem clichês mesmo, sabe – Falei abrindo um sorriso simpático. – Por favor, Louis, mostra pra mim que eu não estou sonhando! – Gritei abrindo os braços e escorando as minhas costas na cabeceira da cama.

— A senhora que manda! – Ele falou no mesmo tom que eu e mordeu a minha perna.

— AI! Louis! – Gritei o encarando sério e passando a mão no local que o canibal mordeu.

— Que foi, foi você que pediu pra eu mostrar pra você que não estas sonhando! – Ele falou rindo.

— Eu sei o que eu falei! – Falei tentando conter o riso. – Mas era modo de fala, poxa – o encarei. – E além do mais, as pessoas normais iriam ter beliscado e não mordido! – Falei e ele mordeu os lábios, acho que acabo de dar uma ideia imbecil para ele.

— A não tem problemas eu posso fazer isso... – Ele falou e não deu nem tempo de me proteger e ele já beliscou o meu braço que não estava machucado.

— Aii! Louis! – Gritei e ele riu. – Além de canibal é idiota! – pensei alto revirando os olhos e ele riu pelo o nariz.

— Olha que eu mordo hein! – Ele falou batendo os dentes um no outro me fazendo rir – Agora mocinha, come isso aqui vai... – Disse pegando um pedaço do bolo e enfiando na minha boca.

— Louis! – falei assim que consegui engolir o imenso pedaço que ele enfiou em minha boca. – Deixa que eu como sozinha ta! – Avisei e ele riu pelo o nariz.

— Ah, pensei que eu teria que alimentar o bebesão aqui – Ele lamentou batendo levemente em minha perna e eu apenas ri e tomei um gole do chá que eles haviam me preparado, e realmente estava muito bom. – Bem, Nath, me conte mais sobre você – Ele pediu me encarando.

— Pois bem, o que você quer saber? – Perguntei tomando outro gole do chá.

— Sei lá, me conte o que você veio fazer aqui...  – Sugeriu e eu consenti, contei lhe tudo sobre o estranho caso do meu pai, o que aconteceu, o porquê de nós termos perdido o contato, enfim, contei lhe sobre o meu relacionamento com a minha irmã mais velha, disse o quanto éramos companheiras e parecíamos duas loucas quando saíamos juntas. Contei a ele também o meu estranho sonho de conhecer a Inglaterra, e o quanto eu amava os artistas britânicos. Contei lhe sobre o fato de eu ser uma cabeça dura, quase igual a ele, contei sobre a Bibi e a Mia, e disse o quanto eu havia ficado grata por elas terem entrado em minha vida, contei-lhe sobre os meus planos malucos para poder vir para a Inglaterra e acabei comentando algo sobre as condas o que fez com que ele ficasse extremamente curioso, mas eu desviei o assunto. Depois de muito papo vai, papo vem, eu finalmente dormi.