Party of Four escrita por Fluconheira


Capítulo 1
S01E01 - O enterro de James.


Notas iniciais do capítulo

Leram o disclaimer? não? vai ler!

Boa leitura :)



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— Então… nos vemos amanhã? — perguntou Lily com um sorriso tímido.


O casal estava tão próximo que James poderia contar as sardas que havia na ponta do nariz de Lily. Os olhos verdes da garota brilhavam, talvez, excitados demais só por estar com minha presença, pensou James. Não que meu ego seja muito grande...


— Se quiser me convidar para dormir com você… — sorriu o moreno com malícia.


Lily aproximou-se dele e passou as mãos em seu peito, alisando-o, e só parou quando seus dedos estavam enroscados no pescoço de James.


— Você não precisa de convite. — sussurrou ela e beijou os lábios do namorado. James sorriu ainda mais, se fosse possível.


— Lily?


Lily empurrou James sem nenhuma delicadeza para trás, fazendo a cabeça do moreno dar um delicioso encontro com a parede atrás de si. Lily virou o corpo para dentro de casa, onde sua mãe os fitava.


— Sim, mamãe?


— Pode me ajudar com as compras? — pediu Lorain.


— Pode me dar dez minutos? — Lily fez um bico.


A senhora Evans colocou a mão na cintura e olhou a filha com reprovação.


— Engravidei da sua irmã em um tempo recorde de oito minutos. E nem tive um orgasmo. Então, a resposta é não. — disse Lorain.

— Eu ouvi isso. — a voz do senhor Evans ecoou ao fundo.


— Mamãe! — Lily olhou James e rolou os olhos. — Desculpe por isso…


— Ela quis dizer que eu tenho ejaculação precoce? — perguntou James um pouco preocupado. — Porque eu não tenho. — apressou-se a emendar.


Lily deu uma gargalhada.


— Tudo bem, amor. — Lily o deu um selinho. — Minha mãe não mede as palavras…


Ao se despedir da namorada, James entrou no carro e arrancou para casa ao som de Britney Spears. Ele arrumou o retrovisor, fazendo-o encarar seu reflexo, piscando para si mesmo.


— Não seja tóxico. — disse James aos sussurros e estacionou em frente a sua casa.


James saiu do carro cantarolando e girando as chaves do carro entre os dedos. Talvez tenha sido um reflexo ou talvez ele estivesse tão perdido em pensamentos, o quais incluíam um par de olhos esverdeados, que nem reparou no movimento que vinha de sua garagem.


James franziu o cenho, andou de costas e colocou a cabeça dentro da garagem, que estava aberta.


— O que diabos está rolando aqui? — balbuciou ele sem entender o que estava acontecendo.


Um caixão coberto de flores do campo com uma foto de um James sorridente que jazia em cima dele, era o que chamava atenção. Atrás dele estava um padre, ditando palavras em latim com os olhos fechados e ao seu lado, três mulheres de véu, chorando sob seus lenços.


Remus estava com papel na mão, pronto para ditar um discurso, e Peter estava debruçado em lágrimas, jogado em cima do caixão.


— Porque Deus? Porque? — Sirius estava de joelhos, com um punho erguido para o céu.


E eram esses seus melhores amigos.


Ao ver James parado em sua frente com uma expressão desacreditada, Sirius se ergueu e abraçou o melhor amigo de lado, arrastando-o para dentro da garagem.


As três mulheres que choraram ao lado do padre, aumentaram a choradeira, falsas obviamente.


— Sirius… — começou James lentamente.


— Chegou bem na hora do discurso do Remus. Calado. — apenas disse e virou-se para o outro amigo.


— James Potter… Como posso começar a explicar James Potter? — começou Remus.


James rolou os olhos. Quando isso ia acabar?


— Parceiro, um amigo que nunca te deixaria na mão por causa de nenhuma garota… — continuou o moreno. Remus deu ênfase na palavra “garota”, o que fez James revirar os olhos mais uma vez. Se referiam à Lily, claro.


— Nenhuma garota. — entoou Sirius com respeito.


— NENHUMA GAROTA! — berrou Peter ao lado, de repente, fazendo James se sobressaltar.


— James era um irmão que não se achava a cada esquina, não. Muito pelo contrário… mas ele está morto. Assassinado! Cruelmente assassinado por ela! — Remus apontou para a parede e uma das mulheres chorosas correu para pegar e puxar um barbante, que fez desenrolar um banner de uma foto de Lily. — A assassina dos cabelos de fogo!


— ASSASSINA!!! — berrou Peter mais uma vez.


— Parem, parem, parem, PAREM!!! — gritou James para os amigos. — Vocês estão loucos?!


— Qual foi a lavagem cerebral que ela fez em você, Potter? Tá hipnotizado? — Remus perguntou, e Sirius colocou as mãos em sua cabeça, como se pudesse sentir as engrenagens funcionando de modo reverso.


— Nenhuma! Ugh! — James jogou as mãos pra cima. — A Lily é uma garota incrível e vocês deveriam conhecer ela primeiro…


— Confraternizar com o inimigo? — perguntou Sirius com o punho erguido. — NUNCA.


— Você nem a conhece! E qual é a dessa de funeral na minha garagem?


— Tia Euphemia não deixou que fizéssemos na sala… — explicou Sirius.


— Achei sensato. — concordou James com a cabeça.


O padre se aproximou de Sirius, tirando a batina.


— Você disse que me pagaria no final.


Sirius suspirou e tirou a carteira do bolso, lhe entregando vinte dólares. O padre negou com a cabeça.


— Mais vinte!


— O que? — Sirius se voltou contra ele. — Você só falou umas coisas em latim…


— Então significa que faço muito bem o meu trabalho.


Sirius bufou e entregou, de cara feia, mais vinte dólares. O padre sorriu e apertou sua mão.


— Me chamem para o próximo enterro… — E foi embora.


James se virou para os amigos.


— Eu nunca ia trocar vocês por ninguém! Lily é um acréscimo de mais uma pessoa especial na minha vida…


— Parecia mais uma substituta. Você nos trocou. — Peter cruzou os braços.


— Não troquei.


— Trocou.


— Ela tem amigas. Amigas bonitas e solteiras… — James tentou argumentar.


— Quer nos ganhar com garotas? — perguntou Sirius. — Acha que pode nos comprar com garotas? Isso é um...


— Garotas? — perguntou Remus.


— Garotas? — perguntou Peter secando as lágrimas.


— Garotas? — foi a vez de uma das mulheres chorosas, que não estava tão chorosa assim, perguntar.


— Sim… — confirmou James lentamente. — Garotas...


— Uhuul! Tô dentro. — Peter disse saindo da garagem, sendo acompanhado por Remus.


— Porque não falou isso antes? — perguntou Remus.


— O que? — indagou Sirius, perplexo. — Traidores! Como podem…?


— Ai, cara… ela é amiga da Marlene. — disse James sorrindo para o amigo.


Sirius piscou.


— Da McKinnon?


— A própria. — respondeu James fazendo pouco caso.


Sirius que estava muito sério, relaxou a expressão, sendo rapidamente substituída por um sorrisinho cínico.


— Cara… a Lily parece ser tão legal… — e saiu da garagem.


Os três já iam correndo para o carro de James quando o mesmo gritou:


— Onde vocês pensam que vão?


Os três pararam e o olharam com uma expressão óbvia. James continuou:


— Não seria melhor marcar um encontro primeiro? — perguntou óbvio.


Os amigos se entreolharam e voltaram, indo em direção à casa.


— Tia Euphemia fez biscoitos. — disse Peter.


— O que eu faço com o caixão? — perguntou James apontando para a garagem.


Remus veio até James, enquanto Peter e Sirius entravam em casa.


— Deveria enterrar o orgulho do Sirius… — disse apenas e deu as costas, andando em direção a porta.


James suspirou e alguém o cutucou no ombro; eram as três mulheres. A do meio estendeu a mão. James jogou as mãos para o alto.


— Eu nem morri!


— E isso não nos impediu de chorar por você. — argumentou uma delas.


James fechou a cara e puxou a carteira do bolso, onde lhe entregou vinte dólares. Ela deu um sorrisinho e saiu andando, sendo acompanhada pelas outras três, cuja última, James ganhou uma piscadela.


O moreno colocou as mãos no bolso e andou até a entrada de sua casa; os biscoitos de sua mãe eram os melhores, pelo menos.


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Notas finais do capítulo

Eai? O próximo capitulo ainda é meu favorito. Querem descobrir por quê? :)



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