Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 8
Capítulo 8 - É Diferente Agora


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Como foi a semana de vocês? Espero que tenha sido boa porque a minha foi um tédio total. Kkkkkkkkkk.
Mais uma vez, obrigado Alex, Katherine (posso te chamar de por algum apelido? Eu sempre vou olhar umas três vezes o seu comentário pra ter certeza que escrevi seu nome certo Kkkkkkkkkkkkkk), Adam (pode interagir mais comigo, eu não mordo), Samily e Jessica.
E agora a faltam 166 pra bater os 200 comentários. Fantasminhas, podem aparecer, aqui é um lugar legal pra interagir.
Enfim, boa leitura.

Anteriormente em Operação Spemily:
— Quando começou a gostar da Emily? — Aria perguntou querendo ajudar.
— Sei lá. Umas três... Talvez quatro semanas atrás. — Respondeu Hanna.
— Foi quando ela contou pra gente que ia morar no Texas. Parando pra analisar, essa história de mudança deve ter te deixado confusa, com medo de perder a Emily e os sentimentos acabaram se embaralhando. Você não gosta de garotas. Se eu te beijasse agora, você não ia sentir nada. — Aria sorriu e brincou. — Ou talvez sentisse, porque né? Eu beijo muito bem.
— Aposto que eu beijo melhor do que você. — Hanna desafiou.
— Nem em sonho. — Desafiou-a de volta.
— Tá a fim de tirar a prova? — Um sorriso malicioso surgiu nos lábios róseos de Hanna, chamando atenção para a área. — Com um beijo.
— Só um beijo? — Aria arqueou uma das sobrancelhas.
— Só. E ninguém precisa ficar sabendo.
E depois, aquele “só um beijo” se tornou três, quatro, cinco. Até virar um amasso bem quente com a menor sentada no colo da outra na cadeira no computador.
A porta do quarto estava entreaberta, então Emily, acompanhada de Caleb, apenas precisou empurrá-la para se deparar com a cena chocante.
— Mas o que caralhos...? — Caleb nem sequer conseguiu terminar a frase de tão embasbacado que estava.
Hanna empurrou Aria de seu colo, então olhou para o namorado tentando achar algo para dizer, porém apenas o clichê mais idiota saiu de seus lábios. — Caleb, eu posso explicar.
— Agora sei por que você andava distante comigo. — Disse Caleb com lágrimas escorrendo por suas bochechas. — Só tenho uma palavra pra você. Acabou.



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Hanna já estava trajando um pijama, sentada em sua cama com o notebook no colo escutando música com o fone de ouvido e fazendo um trabalho para a escola. E do outro lado do quarto, Emily, também usando roupas de dormir, estava deitada tentando se concentrar no livro em suas mãos, porém só conseguia pensar no ocorrido do dia anterior.

— Hanna? — Chamou desistindo de não tocar no assunto. — Hanna. Hanna!

— Hm? Oi, Em? — Respondeu tirando os fones de ouvido.

— Er... Bom, eu... Eu queria... — Emily não sabia bem como começar, afinal, fazia só um dia que o relacionamento de sua amiga havia acabado por causa do que queria abordar ali.

— Relaxa. — Hanna apenas riu fechando o notebook e voltando-se para ela. — Eu sei bem do que você quer falar. Vai em frente, pode perguntar.

— Tem certeza que tá bem pra conversar sobre isso? Olha, você e Caleb terminaram ontem e...

— Bom, na verdade nós já tínhamos terminado faz tempo. Só estávamos empurrando com a barriga por, sei lá... Comodismo. To meio mal porque ele se machucou no final e poderia ter sido evitado com um pouco de diálogo. — Desviou o olhar por um segundo com um sorriso triste, porém logo voltou à expressão anterior. — Mas uma hora a gente ia ter que admitir que a partir de algum ponto da nossa relação já éramos só amigos. O processo só foi acelerado.

— Então quer dizer que a Aria começou a te encantar muito antes do que eu pensava, hein? — Emily empregou diversão na voz para deixar o bate-papo mais leve.

— Na verdade não. — “Outra pessoa talvez, mas ela não” completou em pensamento. — O namoro com o Caleb ficou sem graça por sozinho. Isso com a Aria foi espontâneo. Aquilo que você viu foi a primeira vez que nos beijamos.

— Percebeu que você disse “primeira” e não “única”? — O sorriso divertido tornou-se malicioso instantaneamente.

— Não. — Hanna começou a corar com o olhar de sua amiga. — Ah, para de onda, vai. Eu só fiz uma escolha equivocada de palavra.

— Se você nas suas palavras acredita, vou acreditar também. Mas, e aí, como foi que rolou a coisa com a Aria? — Perguntou com o cenho franzido.

— Bom... A Aria tava me explicando o lance todo que aconteceu no aeroporto por que, na moral, eu tava boiando e... Para de rir!

— Desculpa. — Emily comprimiu os lábios para se segurar.

— Eu não sou tão desligada assim, tá bom? — Murmurou em tom de birra e cruzou os braços. — É que a tensão enorme da minha melhor amiga estar me abandonando pra ir morar no Texas tava mantendo minha mente ocupada o bastante pra não notar essa sementinha de romance brotando.

— Nossa, agora to me sentindo mal. — Sussurrou colocando a mão sobre o peito.

— Espero que esteja mesmo.

— Acredite, meu amorzinho, estou sim. Mas vai, termina sua história.

— Bom... — Hanna passou a mão no cabelo enquanto procurava um jeito de contar omitindo as partes que Emily não precisava (nem deveria) saber. — Ela explicou, aí comecei a falar que Spencer era muito magrela e eu era mais gostosa, na brincadeira, sabe? Aí eu e a Aria começamos a tirar onda com a cara uma da outra dizendo tipo “eu sou mais gostosa que você, blábláblá”, uma zoeira levou a outra e acabamos discutindo sobre quem beijava melhor de nós duas até que... Meio que decidimos tirar a prova... Tipo... Na prática. Enfim, você viu onde isso tudo foi parar.

— E como foi a sensação? Sabe... De beijar uma garota a primeira vez.

— Emily do céu! Foi incrível! — Sua voz saiu bem mais alta do que pretendia e antes de continuar Hanna pigarreou para tentar disfarçar ao Emily teve que fazer outro grande esforço para não rir. — Er... Sim, foi muito bom. Além de ter os lábios super macios, ela consegue ser tão... Tão delicada e ao mesmo tempo ter uma... Uma pegada louca! Caramba, beijar meninas é delicioso. Porque você nunca me disse isso antes, Em?

— Ué. Lésbica, hetero. — A nadadora apontou respectivamente para si e para a amiga.  — Acho que minha opinião não ia valer muito pra você, queridinha.

— Não interessa. — Marin cruzou os braços e empinou o nariz. — Eu vou continuar te culpando mesmo assim por não ter me avisado e eu ter perdido um tempão da minha vida sem experimentar a maravilha que são os lábios femininos.

Fields balançou a cabeça em negativa e ria, porém logo retomou a uma postura séria. — Seja sincera comigo. Você pretende ficar com a Aria de novo?

— Não! Sim... Olha, Em... Eu não sei. — Hanna colocou os fones de volta para deixar claro que o assunto estava encerrado por aquela noite. — Mas que eu gostei, gostei. E muito.

Emily sorriu e pegou seu livro de volta, abrindo na página onde estava conseguindo por fim se concentrar de verdade nela.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, no sofá simples de um apartamento pequeno, Aria estava sentada no colo de Ezra em um amasso, como era de costume. O único problema era que a baixinha não conseguia parar de comparar o professor com certa loirinha gostosa. E o pior: Hanna estava ganhando de lavada.

— Ezra. — Chamou interrompendo o beijo de supetão.

— An? O que? — Respondeu confuso.

— Eu tenho que ir. — Declarou levantando-se rápido e pegando seu coturno no chão, calçando-o de qualquer jeito.

— Ir? Agora? Como assim? Por quê? — Ezra permaneceu onde estava, observando as ações da namorada.

— Eu tinha esquecido completamente e acabei de lembrar. — Usou uma frase longa para ter tempo de formular uma desculpa pelo menos um pouco convincente. — Tenho um trabalho pra entregar depois de amanhã.

O professor deu uma risadinha descrente. — Aria Montgomery finalizando trabalho de escola sem três dias de folga pra revisão?

— Na verdade, eu nem comecei. — Mentiu descaradamente vestindo o casaco preto pendurado no mesmo gancho que sua bolsa perto da porta. — Foi todo esse estresse da Emily indo viajar que me deixou com a cabeça no mundo da Lua. Por favor, não fala nada, se não vou me sentir mais culpada por fazer de última hora.

— An... Tudo bem. — Ezra estranhou aquela atitude, afinal, sua namorada era uma aluna exemplar que só não era mais regrada com os deveres de casa do que Spencer Hastings. — Se é assim, te vejo amanhã.

— Com certeza. — Sorriu amarelo, deu-lhe um selinho apressado e saiu dali quase correndo, atordoada como jamais estivera antes.

Ezra afundou no sofá sentindo-se frustrado, mas não ficou assim por muito tempo já que, pouco mais de um minuto depois, a campainha soou. Seu ânimo voltou com força total por pensar que fosse Aria apenas para se esvair na mesma velocidade ao perceber que quem estava parado em frente a sua porta era um garoto de cabelos compridos.

— Boa noite, Senhor Fitz. — Disse ele com um sorrisinho de canto.

— An... Boa noite. — O professor franziu o cenho em confusão. — Você é Caleb Rivers, certo? Como... Como descobriu onde eu moro?

— Sou sim. Foi fácil. Só precisei seguir sua namoradinha Aria Montgomery até aqui. — Respondeu em tom cínico.

— Não seja ridículo. — Ezra dramatizou como se estivesse muito ofendido. — Minha relação com a Senhorita Montgomery é estritamente profissional.

— Claro. Porque é muito lógico que uma aluna com média A+ em literatura precise de aulas extras justo com o professor dessa matéria. — Caleb sorriu ainda mais.

— Ela gosta dessa matéria e pretende seguir carreira nessa área, por isso gosta de se aprimorar e eu apenas a ajudo. Não nos malicie, Senhor Rivers.

— Já que é assim, acho que não vai querer as informações que eu tenho. — Murmurou dando de ombros, então virou as costas e fez menção de ir embora.

— Espera. — Fitz bufou irritado por estar sendo manipulado por um garoto de 17 anos que usava touca 90% do tempo. — Que tipo de informações?

— Do tipo que talvez possa explicar por que ela saiu daqui parecendo um furacão de meio metro. — A expressão de deboche com a qual Caleb tornou a olhar para o professor era desagradável ao extremo de tão presunçosa. — Posso entrar?

— Sim, senhor Rivers, entre. — Porém, sem muita escolha, Ezra deu passagem ao seu aluno e fechou a porta do apartamento.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo dessa semana? Deve ser estranho ter uma conversa com a sua crush sobre sua outra crush. Conseguem se imaginar no lugar da Hanna?
E quanto a Aria? Parece que uma pisadinha na pocinha colorida já deu pra ela vontade de mergulhar no mar de arco-íris.
Acho que não vai sair algo bom desse papinho entre Fitz e Rivers, hein? O que vcs acham?
xoxo
Atenciosamente, Leonardo Guedes.

Spoiler do próximo capítulo:

― Eu vou dizer pro velho ranzinza que vamos ao cinema e acampar no fim de semana. ― Toby decidiu não enrolar muito e introduziu o assunto logo depois de deitar no colchão macio e confortável do quarto. ― Assim você pode ver a Emily no sábado e domingo nos juntamos com as meninas pra uma reunião.
— Os Soldados podem estar de folga, mas todos moram na cidade. Se alguém me vir perambulando por aí, o teatrinho vai por agua a baixo. ― Toby havia chamado os “guarda-costas amadores” de soldados uma vez e Spencer achou engraçado, então aderiu.
― Pensei nisso também. Eu te levo de verdade ao cinema, lá você se veste de garoto e vai pra um local bem afastado ter seu encontro. ― Declarou sem mostrar preocupação alguma. ― Só não faço ideia de nenhum local afastado o bastante.
Spencer sorriu grande. ― Sei exatamente o lugar. Tanto pra levar a Em quanto pra unir o Team Spemily.



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